Os defensores do homossexualismo dependem de apelos
emocionais, porque eles certamente não podem contar com os fatos e com a
realidade
Fonte: Aleteia
|
|
|
|
|
Jeffrey Bruno
Feministas
radicais e defensores dos “direitos gays” se organizaram ao redor
do mundo para promover certos direitos sexuais e reprodutivos que incluem o
acesso irrestrito à contracepção e ao aborto, o direito das pessoas com atração
pelo mesmo sexo não serem "discriminadas", se casar com uma pessoa do
mesmo sexo e adotar crianças.
No
entanto, os argumentos apresentados por aqueles que defendem a redefinição
do casamento não são logicamente consistentes. Por um lado,
eles ignoram a teoria de gênero, que afirma que a identidade sexual é uma
construção social, mas, ao invés disso, argumentam que a atração pelo mesmo
sexo é natural, que eles nasceram assim e não podem mudar, e que, portanto, têm
um direito humano de igualdade de tratamento com base em sua
natureza – ou seja, o direito de casar-se e adquirir as crianças. Por outro
lado, argumentam que não há diferenças essenciais entre homens e mulheres no
que diz respeito a sua capacidade de se casar ou educar os filhos e, portanto,
uma criança criada por duas mães ou dois pais teria o mesmo nível sadio de
desenvolvimento que as criadas pelos pais biológicos.
Em março
passado, a questão do casamento foi à Suprema Corte dos EUA.
Um tribunal de primeira instância tinha decidido que "o sexo dos pais de
uma criança não é um fator que influencia no desenvolvimento da criança...
Crianças não precisam ser criadas por um pai e mãe para estarem bem
ajustadas".
O
tribunal de menor instância apontava estudos que sustentariam seu veredicto; no
entanto, a análise desses estudos mostrou que eles eram mal projetados, traziam
pequenas amostras, não representativas, além de outras ferramentas
insatisfatórias. Por outro lado, há inúmeras provas de que as crianças têm o
melhor quando criadas pelo seu pai e sua mãe, casados. Toda criança adquirida
por um “casal” (par) do mesmo sexo foi separada de um ou ambos os pais biológicos.
A criança percebe sua separação de um ou de ambos os pais biológicos como uma
perda. Por exemplo, os adultos que foram concebidos através de inseminação
artificial – um método frequentemente utilizado por “casais” (pares) do mesmo
sexo do sexo feminino – estão agora com sua voz ativa. Eles querem saber quem
são seus pais. Um estudo intitulado "O nome do meu pai é Doador"
demonstrou os efeitos negativos da inseminação artificial por doação nas
crianças.
Aqueles
que promovem a redefinição do casamento exigem que o parceiro do mesmo sexo seja
considerado o pai legal de qualquer criança nascida com outro parceiro, mesmo
que ele não tenha ligação biológica com a criança. Recentemente, um juiz de Vermont
(EUA) concedeu a uma lésbica a custódia da filha de uma mulher com quem ela
tinha tido um relacionamento, apesar da lésbica não ter vínculo biológico com a
criança. A mãe, que havia terminado o relacionamento quando a criança tinha 17
meses de idade, renunciou à homossexualidade e se tornou cristã.
Quando a mãe biológica da menina se recusou a permitir as visitas da lésbica,
porque a atmosfera na sua casa tinha mudado, o tribunal transferiu a custódia
da menina à lésbica. Depois de esgotados os recursos legais para retirar sua
filha da ex-parceira lésbica, a mãe e a filha fugiram para a América Latina,
onde estão escondidas. Uma pessoa que as ajudou a fugir foi condenada a 22
meses de prisão.
Os
tribunais não podem mudar o fato de que homens e mulheres são diferentes. A
maternidade é fundamentalmente diferente da paternidade. Vínculos de sangue
importam. As crianças querem conhecer e ser conhecidas por sua mãe biológica e
seu pai biológico. Há uma infinidade de razões pelas quais o Estado deve
conceder um estatuto privilegiado ao casamento entre um homem
e uma mulher.
O livro One Man, One Woman analisa os efeitos de
se mudar a definição de casamento na sociedade, na liberdade de religião e de
expressão, na infância e nos próprios casais do mesmo sexo. No passado, as pessoas que
queriam ser, ou que pensavam ser realmente do outro sexo, ou que sofriam de
ansiedade grave quando forçadas a vestir roupas consideradas adequadas para o
seu sexo, ou que se consolavam vestindo roupas estereotipadas associadas ao
outro sexo, foram consideradas como sofrendo de “transtorno de identidade de
gênero” (GID, em inglês). Recentemente, esta designação foi abandonada em favor
de “disforia de gênero”, refletindo a ideia de que não há nada de errado em
querer ser do outro sexo, desde que isso não te faça infeliz.
Os
defensores dos "direitos gays" afirmam que, se a sociedade
não aceita que você pertença a outro sexo, então a sociedade tem de mudar.
Aqueles que defendem a mudança argumentam que a atração pelo mesmo sexo (SSA,
em inglês) é normal para algumas pessoas, e uma vez que a atração pelo mesmo
sexo é muitas vezes (mas nem sempre) precedida pelo transtorno GID,
então o GID deve ser também normal. Eles ignoram os numerosos estudos
respeitados que mostram que pessoas com SSA (atração pelo mesmo sexo) são muito
mais propensas a sofrer de distúrbios psicológicos, abuso de substâncias
químicas, impulso suicida e compulsões sexuais. Eles ignoram as provas de que a
SSA não é biologicamente determinada, mas associada a experiências negativas no
início infância, e que as crianças com GID são muito mais propensas a sofrer de
ansiedade e transtorno de apego, além de vir de famílias desestruturadas. O livro Sex, Cells, and Same-Sex Desire, de um editor pró-gay, busca uma causa biológica para a SSA [a atração pelo mesmo sexo], mas conclui
que "a pesquisa atual sobre as possíveis bases biológicas da preferência
sexual não conseguiu produzir qualquer prova conclusiva" (John De Cecco ,
David Parker, Sex Cells and Same-sex Desire , (Harrington Park Press: NY, 1995)
P.427).
Se a SSA
fosse uma condição genética, seria de se esperar que gêmeos idênticos teriam
sempre o mesmo padrão de atração sexual, mas uma pesquisa constatou
que, em apenas 11% dos casos, onde uma criança tinha SSA a outra também tinha.
Uma pesquisa mais recente sugere que esse percentual pode ser ainda menor.
Susan Bradley, que tem trabalhado
intensivamente com crianças com GID [“transtorno
de identidade de gênero”], considera o GID como um dentre uma série de
transtornos de apego. Ela afirma sobre os sintomas do GID: "os sintomas do
GID são particularmente assumir o papel e o comportamento do sexo oposto;
deve-se agir para apaziguar a ansiedade da criança e fazê-la se sentir mais
valorizada, forte e segura". Bradley afirma que um tratamento precoce pode
resolver esse transtorno.
Enquanto
aqueles que promovem a teoria de gênero insistem em que a identidade de gênero
é diferente de orientação sexual, as duas estão ligadas. A
orientação sexual descreve as pessoas com base no sexo pelo qual elas são
atraídas, quer seja o seu próprio (atração pelo mesmo sexo, ou SSA), o oposto,
ou ambos (bissexuais). Pessoas com SSA estão entre os mais influentes
porta-vozes das várias teorias de gênero. Muitos sentem que têm sido
discriminados por não estar em conformidade com as normas de gênero.
Eles também se opõem à "heteronormalidade" – a crença de que a
heterossexualidade é a norma e qualquer outra orientação é anormal.
Não há razão para supor que exista uma única causa para todas as SSA [a
atração pelo mesmo sexo]. Terapeutas como Joseph Nicolosi, autor
de Shame and Attachment Loss: The Practical Work of
Reparative Therapy, e Janelle Hallman, autora deThe Heart of Female
Same-Sex Attraction, têm
ajudado os clientes a compreender a gênese psicológica de sua SSA. No entanto,
ninguém deve ter a impressão de que a mudança é fácil, que os resultados são
garantidos, ou que uma pessoa que, embora se esforçando para viver a castidade,
nunca terá outra tentação.
A mudança real é possível. Isso pode acontecer espontaneamente ou
através de terapia ou aconselhamento religioso. Parece ser mais comum entre as
mulheres, talvez porque entre os homens a doença tenha complicações como
vício sexual e uso de substâncias químicas. Lisa Diamond,
autora de Sexual Fluidity, acompanhou 89 mulheres por 10
anos e descobriu que um certo número espontaneamente passou da SSA à
heterossexualidade (Lisa Diamond, Sexual Fluidity (Harvard UP: Cambridge MA,
2008)).
Muitas,
mas nem todas as pessoas que têm sintomas de GID quando crianças desenvolvem a
atração pelo mesmo sexo (SSA) quando adultas. A intervenção
precoce pode mudar essa trajetória. No entanto, há agora uma grande iniciativa
para tornar ilegal o tratamento de crianças com GID ou adultos
com SSA. Aqueles que defendem a proibição de tratamento argumentam que as
pessoas com SSA nasceram dessa forma, que não podem mudar, e que qualquer
terapia que não reafirme a sua atração pelo mesmo sexo é prejudicial. Nada
disso é verdade.
Teorias
de gênero começam com premissas falsas. Elas distorcem as
provas e prejudicam os indivíduos e as sociedades que as abraçam. As provas
produzidas em apoio à redefinição do casamento não resistem a
um exame rigoroso. Isso pode explicar porque os partidários da redefinição do
casamento querem encerrar o debate acusando os partidários do casamento natural
de serem machistas, homofóbicos e intolerantes, culpáveis por discriminação e
incitação ao ódio. Eles apelam para a compaixão, porque os fatos estão contra
eles.
Mas
aqueles que insistem na importância da diferença de sexo e
do casamento natural não têm que ter medo dos fatos. Eles são
os defensores da realidade.