segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Tenhamos Compaixão das Pobres Almas! — 17 de Novembro: A esmola (Parte XVIII)



Nota do blogue:  Acompanhe esse Especial AQUI.

Tenhamos Compaixão das Pobres Almas!
30 meditações e exemplos sobre o Purgatório e as Almas
por Monsenhor Ascânio Brandão

Livro de 1948 - 243 pags
Casa da U.P.C.
Pouso Alegre





17 de Novembro

A ESMOLA


O sufrágio da esmola



Um socorro aos mortos dos mais valiosos é a esmola. Não é mister lembrar aqui o valor da cari­dade. É auxílio ao pobre na terra, alívio aos mortos nas chamas expiadoras do purgatório. Há tanta mi­séria a socorrer no mundo! Por que não fazermos do dinheiro, que perde tanta gente, um meio de sal­vação para nossa alma, e alívio do pobre e alívio do Purgatório? Não é conselho de Nosso Senhor que aproveitemos e façamos da riqueza meio de salva­ção empregando-a nas boas obras como os pecadores a empregam para o mal?

Socorramos o pobre em sufrágio das almas do pur­gatório.

Contam piedosos autores esta parábola tão ex­pressiva: Um homem tinha três amigos. Dois lhe eram muito queridos. O terceiro nem por isso. Um dia fora acusado e levado ao Tribunal da Justiça. Chama os amigos para o defender.

O primeiro escusou-se. Tinha negócios e famí­lia, era impossível!

O segundo foi até à porta do Tribunal e o deixou.

O terceiro o acompanha sempre fiel, defende-o com ardor, dá testemunho de sua inocência e salva o acusado do castigo.

Assim, o homem tem neste mundo três amigos: o dinheiro, os parentes e as boas obras. O dinheiro o abandona na morte, quando há de comparecer no Tribunal da Justiça de Deus. Os parentes o levam até a beira da sepultura e o deixam; e o esquecem de­pois. O terceiro amigo — as boas obras, a caridade praticada, as obras de misericórdia, tudo quanto o homem fez de bom neste mundo, só isto o acompa­nha e o defende no Tribunal da Justiça de Deus.

Pois bem. Neste mundo toda sorte de boas obras se­jam os nossos amigos. Tudo o mais falha. Diz São João que as obras do homem o hão de seguir depois da morte: Opera enim illorum sequntum illos.

Socorramos o pobre em sufrágio dos mortos. Praticaremos dupla obra de caridade. E tenhamos a certeza de que Aquele Deus de Misericórdia não dei­xará que se perca nossa pobre alma no Tribunal do Dia do Juízo.

Eis porque rezar pelos mortos, socorrer as almas do purgatório na prática da caridade pela esmola, é das maiores riquezas do cristão neste mundo.

A esmola, disse o Anjo a Tobias, salva o ho­mem da morte, apaga os pecados e faz achar a graça diante de Deus[1]. O Livro Eclesiástico ensina que “assim como a água extingue o fogo mais ardente, assim a esmola apaga o pecado"[2].

Sim, e a esmola apaga também o fogo do pur­gatório.

Dai esmola ao pobre em sufrágio das benditas almas. As lágrimas que vossas esmolas enxugarem, o alívio que tiverdes dado aos que padecem fome, sede e frio, serão alívio no purgatório para as almas sofredoras, talvez almas de vossos entes queridos. É uma dupla caridade socorrer os pobres por amor das santas almas.

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