Folha de São Paulo – O porta-voz do Vaticano, Federico
Lombardi, disse que teoricamente e teologicamente é possível a nomeação de uma
mulher como cardeal pelo papa Francisco, mas que isso não está no horizonte – ao
menos de curto prazo.
O próximo consistório (reunião para nomeação de cardeais) está
marcado para fevereiro. “Não é uma possibilidade realista. Teológica e
teoricamente, é possível [nomear uma mulher cardeal]: para alguém ser cardeal,
em tese, não é preciso ter sido ordenado [padre]. Mas daí a sugerir que o papa
nomeará mulheres cardeais no próximo consistório não é nem remotamente
realista”, declarou.
Ele não afirmou que isso nunca ocorrerá, porém, apenas que
não na próxima leva de nomeações.
As especulações sobre o assunto começaram em setembro, quando o
ex-padre Juan Arias, correspondente do jornal espanhol “El País” no Brasil,
escreveu um artigo dizendo que Francisco cogitava elevar mulheres ao
cardinalato.
No fim de semana, foi o irlandês “Irish Times” que levantou o
tema, o que levou à manifestação de Lombardi.
Embora essa possibilidade nunca tenha sido confirmada, chegaram
a circular nomes de mulheres “cardinaláveis”, como a teóloga Linda Hogan, do
Trinity College de Dublin (Irlanda), e a ex-presidente irlandesa Mary McAleese.
Desde sua eleição, Francisco tem dito que é necessário dar maior participação
às mulheres na igreja.
Fonte: Católicos Ribeirão
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