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Luz nas trevas: respostas irrefutáveis às objeções protestantes
por Pe. Júlio Maria
por Pe. Júlio Maria
Livro de 1955 - 224 pag.
Editora VOZES
Petrópolis
Editora VOZES
Petrópolis
CAPÍTULO
III
CONTRA
QUE OS PROTESTANTES PROTESTAM
Contra quem? Contra
o quê? Protesta-se contra aquilo que é injusto ou nos incomoda; e, não sendo
assim, protesta-se por vício ou por mania. Os protestantes protestam
contra a Igreja católica e contra os ensinamentos da mesma. Por quê? Terá
a Igreja católica cometido qualquer injustiça contra eles? Nunca! A Igreja
católica, como mãe carinhosa e como pai vigilante, ensina a doutrina recebida
por Jesus Cristo... Exorta os homens a praticar a virtude, a afastar-se do mal,
a respeitar as pessoas que não partilham o seu credo, embora refutem os erros
por elas ensinados.
É a sua tarefa em
tempo de paz. E em tempo de guerra, quando é atacada pelos inimigos, defende-se
e defende o seu chefe Cristo, como o soldado, atacado pelos inimigos da pátria,
defende a sua honra, a sua bandeira e o seu chefe.
É o seu direito. É
o seu dever. Atacada, ela se defende; perseguida, ela reza e sofre; levada ao
patíbulo — o católico morre; porém a Igreja não pode morrer; — ela se levanta
mais radiante do meio do sangue dos seus filhos, para cantar o seu hino de
triunfo em cima do túmulo dos seus perseguidores.
Quanto aos seus
inimigos, ela perdoa, reza por eles e procura converter seus próprios algozes.
Tudo isto é nobre, é leal, é brioso, e deve excitar a admiração e não o ódio.
Não podendo
protestar contra qualquer injustiça da parte da Igreja católica, deve-se
concluir que os protestantes protestam, porque ela os incomoda. Isso pode ser.
A verdade incomoda
a mentira; a virtude incomoda
o vício; a honestidade incomoda
a ganância; Deus incomoda o demônio.
Estamos de acordo
neste ponto. A Igreja católica, pelo seu ensino, sempre idêntico e sempre
invariável; pela sua organização admirável; pela sua santidade que realiza na
pessoa de seus filhos; pelas altas intelectualidades que a professam, defendem
e exaltam, forma com tudo isso um astro luminoso, que incomoda a retina visual
da miopia protestante. Assim, incomoda ao libertino a pureza de uma donzela,
como incomoda ao ladrão a presença da polícia, como incomoda ao bêbado a temperança
dos sensatos.
Isto é lógico. A
mão coça onde há coceira, diz o ditado. Assim explicado, compreende-se a razão
íntima do protesto dos protestantes e a mira desse protesto...
Não protestam nem
contra a barbaridade de um Calles, no México; nem contra a tirania de um
Lenine, na Rússia, nem contra a perversidade do espiritismo, nem contra a
imoralidade dos costumes e das modas. Isto, para eles, não merece protesto, mas
merece-o a Igreja de Cristo, a Igreja do Papa, a Igreja de Roma, que atravessa
os séculos, passando por cima dos ódios e da lama dos vícios, sempre bela,
sempre pura, sempre majestosa e sempre divina!... Ah! Isso é demais... é
preciso protestar – e o protestante, escutando a calúnia dos seus pastores, em
vez de escutar a voz do bom-senso, protesta e vive protestando.
Cristo, o
verdadeiro Deus, dirigindo-se a Pedro, disse: Tu
és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela (Mt. 16, 18). Estarei
convosco até o fim dos séculos (Mt.
28, 20). Se alguém, ainda que fosse um anjo do céu, vos
anunciasse outro evangelho além do que vos tenho anunciado, seja anátema (Gál.
1, 8). Pedro, rezei por ti, para que a tua fé nunca venha
a desfalecer (Lc. 22, 32).
Tudo isto é claro;
é tal um sol refulgente!
O protestante,
entretanto, protesta, e tapando os olhos com os dois punhos, grita: — “Não! São
Pedro não é o chefe da Igreja! — Não é ele o primeiro papa! — Ele nunca esteve
em Roma! — Não tem nenhuma autoridade! A Igreja romana está errada!... A religião
verdadeira é o protestantismo de Lutero!
Cristo disse: Minha
Igreja! É um erro! grita o protestante, a igreja verdadeira é a de Lutero.
Pobres
protestantes! Protestam contra Deus, contra a Igreja fundada por Cristo, filho
de Deus, contra a Igreja fundada por Cristo e contra a doutrina ensinada por
Deus.
Mas, então, em que
acreditais, pobres protestantes? Se fôsseis sinceros, devíeis responder: Só
acreditamos no protesto.
Afirmamos tudo
aquilo que a Igreja católica nega, e negamos tudo que ela afirma: eis a nossa
religião. Nós protestamos!
A Igreja católica
crê que São Pedro e seus sucessores são os representantes de Cristo na terra. Nós protestamos!
A Igreja católica crê
na pureza imaculada da Mãe de Jesus, honrando-a e invocando-a. Nós protestamos!
A Igreja crê na
confissão, no poder que o sacerdote recebeu de Cristo, de perdoar os pecados. Nós protestamos!
A Igreja crê no céu
para os justos, no inferno para os maus e no purgatório para aqueles que têm de
expiar ainda umas faltas. Nós protestamos!
A Igreja crê na
intercessão dos santos, no culto dos finados, na união que existe entre os
vivos e os mortos. Nós protestamos!
A Igreja crê nos
sete sacramentos, no poder da oração, no valor das boas obras, nas indulgências
concedidas pela Igreja. Nós protestamos!
A Igreja crê na
bíblia, como um livro divino, exigindo uma interpretação autêntica, feita por
uma autoridade legítima. Nós protestamos!
A Igreja crê na
tradição, conforme as palavras de São Paulo: Conservai
as tradições que aprendestes, ou por nossas palavras, ou nossa carta (2
Tess. 2, 14). Nós protestamos!
Eis o protesto dos
protestantes. Eis por que, como e contra que eles protestam[1].
Para quem quer
refletir e é capaz de o fazer, a verdade se impõem com todo o rigor e com todas
as suas conseqüências.
O protestantismo é
uma seita humana, de revoltosos ou de ignorantes, de orgulhosos ou de néscios.
Numa palavra, é bem a seita anunciada por São Paulo: Muitos andam...
que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo deus é o
ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas (Filip.
3, 18-19).
Não é isso o
retrato perfeito de tais pastores, protestantes, exploradores, vendedores de
bíblias, de sermões e consciências, que só pensam em ganhar dinheiro e em
passar boa vidinha?
Reflitam sobre
isto, pobres protestantes iludidos, enganados por estes falsários que nada têm
de pastores, mas que, como o disse Cristo, são
ladrões e salteadores (Jo. 10, 1).
[1] Cf. o nosso livro: “O Anjo das Trevas”, Polêmicas de doutrina, de
ciência e de bom senso, Cap. VII: O Bibeball protestante — e o cap. V: O
tinteiro de Satanás.
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