Luz nas trevas: respostas irrefutáveis às objeções protestantes
por Pe. Júlio Maria
por Pe. Júlio Maria
Livro de 1955 - 224 pag.
Editora VOZES
Petrópolis
Editora VOZES
Petrópolis
CAPÍTULO IV
COMO OS PROTESTANTES PROTESTAM
Há diversos modos de protestar.
Protesta-se contra a mentira, pela manifestação da verdade. Protesta-se contra
a injustiça pela valorização dos seus direitos. Protesta-se contra a calúnia
pela exibição das provas contrárias. O protestantismo protesta contra a Igreja
católica! Já expliquei a razão deste protesto; mas, como é que ele protesta?
Mostrando a verdade? Mostrando seus direitos? Mostrando sua inocência? Nada de
tudo isso. É o contrário: ataca a verdade. Não respeita os direitos alheios.
Calunia a inocência de que e de quem não conhece. Protesta unicamente pela
calúnia, pelo ódio, pela hipocrisia e pelas objeções. É um protesto fora de
todas as regras do bom-senso, da lógica e da bíblia, que se ufana de praticar.
O protesto verdadeiro, lógico,
racional e convincente seria de mostrar, de provar a mentira, a injustiça ou a
calúnia.
Por que os protestantes não provam a
mentira, a injustiça ou a calúnia da Igreja católica contra eles? Pela razão
que a Igreja não mente, nem comete injustiças, nem calúnias... e que os
mentirosos são eles; os fautores de injustiças são eles; os caluniadores são
eles ainda.
A Igreja católica teria direito de
protestar; ela não protesta, mas sim, mostra a verdade, prova esta verdade e pela verdade dissipa o erro.
Por que os protestantes não seguem o
mesmo caminho? Em vez de limitar a sua ação em fabricar objeções, por que não
provam eles a verdade do protestantismo? Se tal verdade existe, ela há de
dissipar necessariamente o erro católico como a verdade católica dissipa o erro
protestante.
A primeira obra que uma religião deve
fazer é provar a autenticidade, a autoridade e a legitimidade do seu ensino; em
outros termos: é provar os seus dogmas.
Por que não o fazem os protestantes?
Pela razão muito simples de não terem dogmas.
A negação ou o protesto não se sustentam por si mesmos, só podem existir onde
há uma coisa positiva, que se possa negar, onde há uma verdade contra a qual se
possa protestar.
***
O protestantismo é um verdadeiro parasita religioso, que só pode viver
nas costas do catolicismo, procurando chupar-lhe a fé, como os parasitas —
animais ou vegetais — que vivem do sangue ou do suco de outro. Tirai das costas
do animal tal parasita-bicho e está morto; arrancai tal outro parasita da casca
do vegetal, e morto estará também.
Assim o protestantismo. Se o
catolicismo pudesse morrer, — o que é impossível — no mesmo dia e na mesma hora
estaria morto o protestantismo. Arrancai-o das costas do catolicismo e ele será
um cadáver em putrefação.
A Igreja católica é o objeto
positivo; o protestantismo é a sua negação. A Igreja católica é o sol luminoso
e resplandecente do dia; o protestantismo é as trevas da noite onde se tropeça
e perde o caminho. Vae ponentes tenebras lucem
(Is. 5, 20).
A Igreja católica é uma instituição
modelar, harmoniosa e divina; o protestantismo é a anarquia, a desordem e a
revolta que procura aviltar esta instiuição. Super hanc petram aedificabo ecclesiam meam (Mt. 16, 18).
A Igreja católica é um colosso de
vida, de progresso, de expansão e de força; o protestantismo é um ancilóstomo
ou necátor que procura fixar-se no organismo para aí produzir a opilação espiritual, o cansaço de Deus e
amarelão religioso. Ite in mundum
universum, praedicate evangelium (Mt. 16, 15).
A Igreja católica é a água divina,
num vôo direto, em demanda do céu; o protestantismo é a pulga que procura
fixar-se nas asas do pássaro, para cansá-lo e impedir seu vôo. Sicut aquila, provocans ad voladum pullos
suos (Dt. 32, 11).
A Igreja católica é árvore frondosa,
em cujos ramos as aves do céu, que são os santos, se aninham; o protestantismo
é o parasita que procura envolver o tronco, chupar-lhe a seiva, para
esterilizá-lo. Fit arbor, ita ut voluvres
caeli... habitent in ramis ejus (Mt. 13, 32).
A Igreja católica é o farol luminoso,
que Deus colocou à beira da estrada humana, para indicar aos homens a verdade e
a virtude; o protestantismo é a noite escura, que cega o olhar do viandante e o
faz precipitar-se no abismo. Posui te in
lucem gentium (At. 13, 47).
A Igreja católica é a ponte que liga
a terra ao céu, e onde os homens devem estar para, da terra, subirem ao céu; o
protestantismo é o abismo horrendo, que passa por baixo da ponte, onde se
precipitam aqueles que desprezam a ponte. Arcta
via est, quae ducit ad vitam (Mt. 7, 14).
A Igreja católica é a arca fora da
qual ninguém se salva, sendo todos — como no dilúvio — arrastados pelas ondas
em furor; o protestantismo é o lodo terrestre, é o arrecife, formado pelas
árvores arrancadas, pelas casas destruídas, que procura atalhar a navegação da
arca. Tanquam navis quae pertransit
fluctuantem aquam (Sab. 5, 10).
A Igreja é a barquinha de São Pedro
que leva, através do oceano do mundo, os filhos de Deus, até aportar no céu; o
protestantismo é o vento rígido que sopra contra a barquinha procurando
afogá-la. Navicula... in medio maris
jactabatyr fluctibus (Mt. 14, 24).
A Igreja católica é salvação
prometida pelo Salvador; é a porta do céu; o protestantismo é a perdição, é a
porta do inferno. Si ecclesiam non audierit, sit tibi sicut
ethnicus (Mt. 18, 17).
A Igreja católica é o reino de Deus,
reino triunfante no céu; reino padecente no purgatório; reino militante na
terra; o protestantismo, estando fora deste tríplice reino, é necessariamente o
único reino aí não incluso: o reino de Satanás, ou inferno. In hoc manifestati sunt filii Dei, et filii
diaboli (Jo. 3, 10).
Para terminar resumamos tudo em duas
palavras: a Igreja católica é a obra de Deus, fundada por Deus, sustentada por
Deus, inspirada por Deus, fazendo as obras de Deus; o protestantismo é obra dos
homens (de Lutero), fundada pelos homens, hoje sustentada pelo dólar americano,
inspirada pelo ódio, e fazendo as obras do ódio e da revolta. Ex fructibus eorum cognoscetis (Mt. 7, 20).
É o bastante para os homens sinceros
compreenderem o que é o protestantismo e como é que ele protesta.
Protesta pelo ódio, pelos ataques,
pelas objeções, pelas calúnias, pela hipocrisia, fazendo em tudo o contrário do
que manda a bíblia e o bom-senso. E têm a coragem de chamar isso de religião! É
muita coragem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário