Fonte: Riposte Catholique -
Tradução: Dominus Est
Para a justiça de Denver, Colorado, um
confeiteiro que se recusa a fornecer um bolo de casamento para um “casamento”
gay merece uma multa pesada, provavelmente até a prisão. É o que Jack Phillips
aprendeu a duras custas, ele que foi condenado na semana passada a produzir
bolos de casamento – chamemo-los de “para todos” – sob a ameaça de uma pena
ainda indefinida.[...]
Os fatos remontam a 19 de julho de
2012, data na qual dois homens entraram na loja de Jack Phillips, “Masterpiece
Cakeshop“, para ver os bolos de casamento, confeitos que ele produz com tal
convicção, tal arte, que ele julga homenagear seu Criador, Jesus Cristo, seu
salvador, fazendo-os da melhor forma que ele pode – assim como nota o
juiz.
David Mullins e Charlie Craig, após
circular pela loja, começaram a explicar o que eles queriam. A partir do
instante em que ele entendeu que se tratava de participar, de certo modo, de
seu “casamento”, Phillips se recusou. Fazer-lhes brownies, ou qualquer outro
confeito para a festa, isso sim. Mas o bolo de noiva, o bolo símbolo da festa
que, nos Estados Unidos, tem tal importância, não. Um não educado, tranquilo,
porém definitivo.
David e Charlie deram meia volta,
furiosos. Eles vão fazer ele pagar! De fato, a partir dos dias seguintes,
haverá manifestações em frente à loja, e ameaças de morte e insultos da parte
da comunidade LGBT contra a “confeitaria homofóbica”.
Os dois homens não pararão por aí. Com
a ajuda da ACLU (associação laicista) eles darão queixa contra Phillips diante
da comissão dos direitos civis do Colorado, apoiando-se sobre as leis de
não-discriminação do Estado que, desde 2008, incluem a “orientação sexual” no
número das categorias protegidas.
Phillips se defendeu invocando três
coisas: o fato de que a Constituição americana garante seu direito de viver e
de trabalhar em conformidade com suas crenças religiosas, o fato de que a
Constituição do Colorado define o casamento como podendo existir exclusivamente
entre um homem e uma mulher, e o fato de que a lei de não-discriminação também
protege a religião. É preciso notar, com efeito, que os dois “casados”, não
podendo obter a cerimônia em seu próprio Estado, foram celebrar sua união no
vizinho Massachusetts, onde o “casamento” gay foi oficializado pela
jurisprudência em 2004, somente a festa ocorrendo no Colorado.
O juiz não quis saber de nada. “Pode
parecer razoável que uma empresa privada possa decidir recusar um serviço a
qualquer um. Este ponto de vista, contudo, recusa levar em conta o que isso
custa à sociedade e a dor causada às pessoas a quem se recusa um serviço,
simplesmente pelo o que elas são”, estimou ele.
Certamente não há “casamento” gay no
Colorado, acrescenta o julgamento, mas Phillips se tornou culpado de “discriminação
por causa da orientação sexual”, agindo como se ele tivesse se recusado a
fabricar um bolo para um “casamento inter-racial” (sic), porque ele teria sido
pessoalmente contra os casamentos inter-raciais.
Podemos ficar assustados diante deste raciocínio
estranho, porém esta é a lógica de todas as leis que reprimem o “racismo” e a
“discriminação” através do mundo. E especialmente na França.
Interrogado há alguns dias pela Fox News, Jack
Phillips explicou que ele não cederia. Ele ainda prefere fechar sua loja e
perder seu emprego que participar dos “casamentos gays”, afirmou ele, ao lado
de seu advogado. Ele está disposto a ir preso? “Vocês sabem, farei isso se isso
for necessário. Esta não é uma história de ter escolhido esta ou aquela equipe.
Trata-se de quem eu sou, do que eu acredito”.
Phillips não trabalha somente pelos dólares que sua
profissão lhe obtém. “Não tenho a intenção de abandonar minha fé religiosa. Não
acredito dever participar de seu casamento, e quando faço um bolo, sinto
participar da cerimônia ou da ocasião através desse bolo. Minhas prioridades me
levam rumo à minha fé ao invés de minha garantia ou minha segurança”.
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