DESTAQUE
Como podem todos ter interpretado corretamente a Bíblia, se a Bíblia de todos é a mesma e se as doutrinas de cada um não correspondem às doutrinas de outro?
Uns batizam e
outros não. Uns acatam o divórcio e outros tantos o repudiam. Tem quem case
pessoas do mesmo sexo e tem quem se recuse a fazê-lo. Tem quem condene e quem
aprove o sacerdócio feminino. As diferenças são tantas que já podemos contar somente
no Brasil mais de 50.000 seitas. Tem até quem defenda o aborto ou o evangelho
judaizante.
Como podem estar todos certos ao mesmo tempo? Como
podem todos ter interpretado corretamente a Bíblia, se a Bíblia de todos é a
mesma e se as doutrinas de cada um não correspondem às doutrinas de outro?
Então, o que “garante” salvação é o rótulo
protestante adquirido a partir do momento que alguém levantou o dedo em uma
denominação protestante e fez o favor de “aceitar” Jesus.
*** * ***
O Católico que conhece a Santa Fé jamais muda de religião
Máscara mortuária do herege alemão Martinho Lutero |
É muito comum na Web encontrarmos
textos de católicos e protestantes justificando porque aderiram ou repudiaram
ao catolicismo ou ao protestantismo. Qualquer pessoa que esteja com dúvidas
sobre sua fé por certo terá dificuldades em entender todos os contextos. E
mesmo que esta pessoa possa compreender a maioria dos apontamentos, não saberá
definir para si próprio o caminho que deve abraçar. Católicos escrevem razões
porque alguém não deve ser protestante. Protestantes dizem porque deixaram de
ser católicos e vice-versa.
Basicamente, os protestantes acusam
os católicos de práticas antibíblicas. Os católicos por sua vez, comprovam que
os protestantes não seguem a Bíblia quando adotam ou eliminam dogmas e credos
previstos nas sagradas escrituras.
Mas quem está com a razão? Provaremos
que são os católicos que estão certos. Mas como? Ora, o protestante é aquele
que parte de um critério de homens para contestar o catolicismo. Como assim? O
critério “Só a Bíblia” ou Sola Scriptura é um critério meramente humano. Tal
critério não está previsto na Bíblia. Também sabemos que Jesus nunca disse: “Só
a Bíblia”. E tampouco os apóstolos que lhe sucederam o disseram. Como surgiu o
critério “Só a Bíblia” ou “Sola Scriptura”? Partiu de Lutero. Lutero homem e
pecador.
Lutero fundador do protestantismo:
“Cristo cometeu
adultério pela primeira vez com a mulher da fonte, de que nos fala São João.
Não se murmurava em torno dele: ‘Que fez, então, com ela?’ E, com Madalena,
depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim Cristo,
tão piedoso, também teve de fornicar antes de morrer”. (Martinho Lutero: Tischreden,
nº 1472, ed. Weimer, 11, 107)”.
Quando um protestante diz “Só a
Bíblia”, deveria usar para si o critério que pretende estabelecer para os
demais. É no mínimo repugnante que alguém cobre de outro aquilo que ele próprio
não faz. E como sabemos que os protestantes não seguem a Bíblia? Porque deixam
de observar regras fundamentais estabelecidas pelo livro sagrado.
Podemos destacar duas destas regras:
1)A Bíblia diz que interpretação alguma é de
caráter individual. O protestante faz o contrário. Ele diz que todo e qualquer
homem pode interpretar a Bíblia com o auxílio do Espírito Santo.
Diz o protestante que a Bíblia é de fácil
interpretação. No entanto, para justificar seus desvios e teorias desconhece
o aramaico, hebraico e grego, o que por si só invalida a dita “facilidade”
na interpretação da Bíblia.
Perguntamos se todo e qualquer protestante conhece
os idiomas aqui citados? Então como o protestante pode dizer que é fácil
interpretar a Bíblia ? E se todos são assistidos pelo Espírito Santo, por que
cada um tem sua própria doutrina, se sabemos que o Espírito Santo nunca se
divide?
2) A Bíblia diz que a Igreja é coluna e
sustentáculo da verdade. O que isto significa? Significa que sem a igreja a
verdade não se sustenta. O protestante, fazendo o contrário, diz que igreja não
serve para nada.
Por outro lado, além das regras não observadas
pelos protestantes, outras disposições bíblicas são totalmente ignoradas por
eles em conseqüência da não observância dos critérios iniciais.
Podemos citar a não observância da Bem Aventurança
de Maria, a recitação do Pai Nosso e a confissão dos pecados. Ora, os apóstolos
receberam poder para reter e perdoar pecados. Como alguém pode reter pecados ou
perdoá-los se ninguém irá confessá-los? Teria Jesus Cristo dado uma ordem sem
sentido aos seus apóstolos?
Portanto, temos três principais erros
que levam o protestante a cometer todos os demais desvios.
Primeiro: A Bíblia não diz ser a única fonte de
revelação. Nem Jesus o disse. Nem os apóstolos. Pelo contrário, São Paulo nos
ensinou que guardássemos as tradições de tudo que nos foi ensinado. E a própria
Bíblia ensina que muitas outras coisas foram feitas e ditas por Jesus, as quais
não foram escritas.
Segundo: O protestante ignora que a Bíblia não pode
ser interpretada privadamente. Ou seja, nem todos podem ser intérpretes. No
protestantismo todos se julgam intérpretes.
Terceiro: O protestante ignora que somente a Igreja
é coluna e sustentáculo da verdade. A Bíblia não fala de si mesma como sendo
coluna e sustentáculo da verdade.
A partir das deficiências
protestantes em entender o papel da Igreja e da Bíblia, todos os demais enganos
são consequências de interpretações bíblicas à margem do magistério da Igreja.
Além disto, existe o ranço contra o
catolicismo, que parece ser prioridade entre os protestantes, e que faz surgir
uma animosidade, que elimina qualquer gesto de boa vontade para compreensão dos
dogmas de fé e doutrinas católicas.
Onde está a solução da questão ?
Ora, os católicos não estão obrigados
ao “Sola Scriptura ou Só a Bíblia”. Este é um critério meramente humano.
Não foi criado por Jesus, nem pela Bíblia e nem pela Igreja, mas somente por
Lutero. E Lutero é ídolo dos protestantes e não dos católicos. Quem escolheu
Lutero e rejeitou a Igreja foi o protestante.
Os católicos não estão obrigados a
provarem suas crenças e costumes pela Bíblia. Os católicos seguem corretamente
o magistério da Igreja, coluna e sustentáculo da verdade (Timóteo). Os
católicos corretamente ouvem a interpretação da Igreja, pois sabemos que
interpretação alguma é de caráter particular. O que escrevo aqui, eu não ouvi
de mim mesmo.
Ora, uma vez que nem todas as coisas que foram
feitas e ditas por Jesus estão escritas (Evangelho de João), como poderiam
estar todas estas mesmas coisas na Bíblia?
Ora, se São Paulo nos ensina que
devemos guardar a tradição, por que deveríamos ignorar a transmissão oral que é
a tradição viva ?
Ora, se os cristãos dos 367 primeiros
anos não dispunham de Bíblia e por certo eram melhores do que nós e seguramente
foram mais provados, como é possível tornar a Bíblia maior do que Cristo e sua
Igreja? Ora, não é a Igreja anterior à Bíblia?
Foi a Igreja que criou a Bíblia ou a
Bíblia que criou a Igreja?
Não é DEUS antes de todas as coisas?
Como é possível ao protestante criar um DEUS que está restrito a tinta, ao
papel e a interpretação de cada homem?
Sem Bíblia, como foi possível
transmitir o cristianismo nos quase 400 primeiros anos, exceto pela
tradição oral? Quem está obrigado ao critério “Só a Bíblia” é quem dele se utiliza
para julgar aos demais.
É o protestante e somente ele que
precisa provar pela Bíblia suas teses, teologias e doutrinas. É pela Bíblia que
devem provar Lutero, Calvino, o protestantismo, o Canon, a Bíblia protestante,
as traduções que usam e também o tradutor “insuspeito” dos protestantes, João
Ferreira de Almeida.
Não fosse tudo o
que já dissemos acima, bastaria verificar que um protestante não concorda com o
outro em matéria de fé e doutrina.
Metodologia
Protestante: Tão logo surge uma discordância já surge uma nova “igreja”.
Uns batizam e
outros não. Uns acatam o divórcio e outros tantos o repudiam. Tem quem case
pessoas do mesmo sexo e tem quem se recuse a fazê-lo. Tem quem condene e quem
aprove o sacerdócio feminino. As diferenças são tantas que já podemos contar
somente no Brasil mais de 50.000 seitas. Tem até quem defenda o aborto ou o
evangelho judaizante.
Como podem estar todos certos ao mesmo tempo? Como
podem todos ter interpretado corretamente a Bíblia, se a Bíblia de todos é a
mesma e se as doutrinas de cada um não correspondem às doutrinas de outro?
Quem procurar na internet não terá
dificuldades em encontrar protestantes chamando outros protestantes de hereges.
Uns condenando as doutrinas dos outros. Não há protestante que não tenha chamado
outro protestante de herege. E quem chamou outro de herege provavelmente também
já foi chamado ou ainda será.
Quando um protestante faz a lista de suas
razões para não ser católico, reparem sempre, meus amigos, que as razões fazem
referências a textos bíblicos soltos.
É sempre um tal de “biblicamente correto, ou porque a palavra diz isso ou aquilo, ou ainda porque isto não está na Bíblia…”
É sempre um tal de “biblicamente correto, ou porque a palavra diz isso ou aquilo, ou ainda porque isto não está na Bíblia…”
Além de interpretações equivocadas,
já que ao contrário do que diz a Bíblia, cada protestante sente-se um
intérprete e acaba interpretando do seu jeito, o critério usado “Só a Bíblia”
nunca é provado. O protestante, este parte de uma premissa falsa para contestar
o catolicismo e esquece-se de provar para si mesmo que o critério que ele
utiliza é o critério adequado.
Tudo isto engana os mais inocentes,
que chegam ingenuamente a acreditar que a Igreja, que compilou e traduziu a
Bíblia, não dispõe de homens que leiam a Bíblia ou que já a leram.
Imaginem se seria possível que nos últimos 2000 anos todos os católicos, vivos e mortos, incluindo mais de 260 papas, jamais tivessem tido a ideia de consultar as Sagradas Escrituras?
Imaginem se seria possível que nos últimos 2000 anos todos os católicos, vivos e mortos, incluindo mais de 260 papas, jamais tivessem tido a ideia de consultar as Sagradas Escrituras?
Por outro lado, quando um católico faz
a lista de suas razões para não ser protestante ou para deixar o protestantismo,
sempre são provados os enganos e erros protestantes, a partir da não
observância dos critérios bíblicos que evidenciamos acima.
Reparem que um protestante,
contestando textos católicos, nunca esgota um tema. Vencido em um argumento,
ele parte imediatamente para outro tema, sem esgotar o primeiro. Confrontado,
um protestante nunca responde objetivamente o que lhe é perguntado, mas antes
faz outras duas perguntas para desviar seu oponente do tema para o qual não tem
resposta. E isto acontece rapidamente, tão logo um católico pergunte a um
protestante onde está escrito que a Bíblia ensina “Só a Bíblia”.
Antes mesmo de um protestante listar
suas razões para não ser católico, deveria enumerar os motivos pelos quais ele
integra uma determinada denominação protestante e não as outras 49.999
denominações. Desejando ser honesto, o protestante deveria mencionar uma a uma
e as razões porque não adere a cada uma das quase 50.000 outras seitas.
Afinal de contas, todo protestante
parece conhecer todas as seitas e todos os crentes do mundo inteiro em todos os
tempos. Como assim?
Porque ele mesmo, sem conhecer todas
as 50.000 seitas e todos os seus crentes, entende que todos estão salvos a
partir do “aceitar Jesus” e porque todos se consideram “irmãos em Cristo”, ainda
que cada um pregue um Cristo diferente ou ainda que ele, protestante, não
conheça o tipo de cristianismo que é praticado ou apresentado em outras
denominações.
O que “garante” salvação é o rótulo protestante
adquirido a partir do momento que alguém levantou o dedo em uma denominação
protestante e fez o favor de “aceitar” Jesus.
Para finalizar, citamos outra
contradição que prova a debilidade da doutrina protestante: O protestante que
desconhece a diferença entre infalibilidade e impecabilidade, contesta a igreja
e o papado.
O papa é infalível quando se
pronuncia em matéria de fé e doutrina. Não se ensina no catolicismo que o papa
não é pecador.
Diz o protestante que todos os homens são pecadores
e, portanto, falhos em suas interpretações. O protestante que contesta a
infalibilidade papal pretende impor aos seus pares e aos católicos sua
particular doutrina.
Onde está a contradição?
O protestante, antes mesmo de convencer aos demais
de que sua doutrina é a doutrina correta, necessita convencer os demais de que
homem algum é confiável. Ora, se o protestante antes mesmo de defender sua
doutrina tem que convencer a todos que homem algum é digno de confiança em
matéria de fé e doutrina, por que acha que quem lhe ouve deveria com ele
concordar? Como pretende o protestante impor seus conceitos ao católico, se
antes de qualquer outra coisa pretende negar-se a si próprio como intérprete
infalível?
São os próprios pregadores protestantes que negando a si mesmo dizem: “…não é o que o pastor está falando, mas é ao que diz a palavra”.
São os próprios pregadores protestantes que negando a si mesmo dizem: “…não é o que o pastor está falando, mas é ao que diz a palavra”.
Como pretendem unidade aqueles que
contestam o dogma da infalibilidade?
É de fato impossível ao protestante
defender a infalibilidade de um eventual protestante, seita ou conselho
protestante se todos negam o dom da infalibilidade. Como admitir a
infalibilidade entre protestantes e negar a infalibilidade da igreja peregrina
que deu origem a tudo que está relacionado ao cristianismo?
Como pretendem fazer discípulos
aqueles que se negam a si próprios? Como pretendem eliminar do meio protestante
todas as heresias, se todo e qualquer homem pode ser um intérprete da Bíblia
“infalível” para si mesmo?
O processo que dá origem a uma
denominação protestante séria é o mesmo que dá origem a uma denominação
protestante repleta de heresias. Se todos podem fundar denominações e se dizer
inspirados pelo Espírito Santo, como cercear a ação dos maus e ignorantes? Como
saber previamente se aquele que diz ter tido uma visão para fundar uma nova
denominação é um homem temente a DEUS, ou se é um abutre?
Ora meus amigos, o protestante crê
apenas na sua própria “infalibilidade”. Julgando-se sábios aos seus próprios
olhos, ele acaba sendo infalível apenas para si mesmo.
Concluímos que os filhos de Lutero, mesmo que não queiram, acabam fazendo exatamente as obras de seu pai:
Concluímos que os filhos de Lutero, mesmo que não queiram, acabam fazendo exatamente as obras de seu pai:
“Quem não crê como eu, esse é destinado ao inferno.
Minha doutrina e a doutrina de Deus são a mesma. Meu juízo é o juízo de Deus
(Martinho Lutero – Weimar, X, 2 Abt, 107)”
Católicos, provem como sempre seus
credos pelo magistério da Igreja, pela Bíblia e pela transmissão oral. Desta
forma, jamais serão vencidos.
Protestantes: Façam um teste. Tentem
provar todos os seus credos e costumes pela Bíblia.
Nem mesmo a rebeldia protestante pode ser provada pela Bíblia.
Nem mesmo a rebeldia protestante pode ser provada pela Bíblia.
Agora, pense meu amigo que me lê,
seja católico ou protestante: Em tudo na vida, quando temos dúvidas sobre a
seriedade e luminosidade das propostas que nos apresentam, devemo-nos lembrar
de algumas regras que podem fazer cair por terra doutrinas e ideologias que nos
remetem aos erros. Uma destas regras é a unidade.
Ora, a verdade não se divide. A
verdade é una. Quando lhe apresentam uma doutrina que mais divide do que
agrega, pode acreditar sem medo de errar que seus defensores estão longe da
verdade. Não existe meia verdade. Meia verdade também é meia mentira.
No caso específico do debate entre
protestantes e católicos, além da regra da unidade, quando alguém estiver com
dúvidas sobre os textos que descrevem as razões para não ser católico e as
razões para não ser protestante, lembre-se de pedir a cada parte que prove suas
teorias, teologias, doutrinas e costumes pelos critérios que pretendem impor
aos outros.
Você pode perguntar, sem receio de
deparar com um protestante que eventualmente viva de modo correto todo o
contexto da Bíblia. Se isto fosse possível, o mesmo seria católico e não
protestante. Os católicos vivem exatamente o que pregam para os protestantes.
Ninguém pode nos acusar do contrário. Atendemos ao magistério da Igreja, coluna
e sustentáculo da verdade e por isto nos chamam de papistas.
Confiamos na transmissão oral e,
portanto, para nós nem todas as coisas precisam estar na Bíblia e por via de
consequência nos acusam em alto e bom som: “Católicos leiam a Bíblia”!
Pregamos a veneração a Virgem Maria e
aos santos, e nossos acusadores protestantes nos dizem: “Mariólatras,
idólatras!”.
Pregamos a Eucaristia e a vivemos
intensamente. O que dizem os nossos opositores? “A hóstia católica é só uma
bolachinha”. Dizem ainda os protestantes sobre a Eucaristia Católica: “Os
católicos crucifixam a Cristo em cada Missa”.
Então Cristo está de fato vivo na
Eucaristia Católica? Então Cristo está verdadeiramente presente na Santa Missa?
Enfim, pregamos ainda o purgatório e a confissão e por isto somos repudiados.
Enfim, pregamos ainda o purgatório e a confissão e por isto somos repudiados.
Pregamos o batismo de crianças e
disto nos acusam os protestantes aos gritos: “As crianças não possuem
capacidade de entendimento”.
Ora, no passado alguns perguntaram a
Jesus: “Então, tu és o Filho de Deus?” O que lhe respondeu o Senhor da Glória?
Respondeu ele: “Vós o dizeis: eu o sou!”.
São os protestantes, com suas
críticas e apontamentos, que dão testemunho de nós e da doutrina da Santa
Igreja que pregamos e que vivemos.
Por outro lado, se vivemos tudo que
pregamos aos protestantes, provamos também os defensores do “Só a Bíblia” não
vivem o que a Bíblia ensina e, portanto, não vivem pelo conceito que pretendem
impor a nós católicos. Se ainda você tiver dúvidas, pergunte ainda a cada
católico e a cada protestante quais são as suas fontes de revelação.
E uma vez que cada parte respondeu,
peça provas de que tais fontes de revelações são divinas e não apenas meras
doutrinas de homens. E sendo você católico, nunca se esqueça, que não estamos
obrigados a provar tudo pela Bíblia. Foram os protestantes que se obrigaram ao
“Só a Bíblia”.
Não estamos dizendo que católicos são
melhores do que protestantes. Não duvidamos que existem protestantes que levam
vidas mais saudáveis do que católicos.
Reconhecemos o direito de todos
homens e mulheres aderirem e professarem a fé que lhes pareçam mais
convenientes. Limitamos nossas questões aos aspectos de fé e doutrina.
O que não aceitamos é o velho “pulo do gato” protestante de exigir de um católico que prove tudo pela Bíblia antes mesmo do protestante provar para si próprio e para os demais que o critério por ele escolhido vem de DEUS e não dos homens.
O que não aceitamos é o velho “pulo do gato” protestante de exigir de um católico que prove tudo pela Bíblia antes mesmo do protestante provar para si próprio e para os demais que o critério por ele escolhido vem de DEUS e não dos homens.
E todos nós sabemos que o critério
protestante “Só a Bíblia” veio da árvore má que é Lutero. Quem cobra de mim
deve ser o primeiro a fazer o que me pede.
Quem diz “Só a Bíblia” deve de fato
considerar a Bíblia e assim não pode ignorar que interpretação alguma é de
caráter pessoal e tampouco que a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade.
Quem diz “Só a Bíblia” deve provar
todos os seus conceitos pela Bíblia que jura defender, inclusive que todas as
coisas estão na Bíblia e que a Bíblia é a única fonte de revelação.
“Onde está na bíblia?”.
Ora, essa tese é refutada pelo próprio Evangelho.
No final do Evangelho de São João nos foi dito:
Jesus, as quais se se escrevessem uma por uma, creio que nem no mundo todo poderiam caber os livros que delas se houvessem de escrever" (Jo XXI, 25).
Nem tudo o que Deus revelou foi posto na Bíblia! Se o que Cristo fez, e
não foi posto na Bíblia, não deve ser acreditado, então não se tem Fé em
Cristo, mas só na Bíblia: colocou-se um livro no lugar de Cristo.
Transformou-se a Bíblia em ídolo.
E Nosso Senhor Jesus Cristo anunciou que o Espírito Santo completaria a
instrução dos Apóstolos:
"Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas vós não as podeis
compreender agora. Quando vier, porém, o Espírito de verdade, ele vos guiará no
caminho da verdade integral, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que
tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir" (Jo. XVI,
12-113).
E o que Cristo ensinou e fez nos foi transmitido pela Tradição
Apostólica. Por isso, duas são as fontes da Revelação: a Sagrada Escritura
e a Tradição. Também os Atos dos Apóstolos nos dizem que Cristo ensinou
outras coisas mais que não foram postas nos livros sagrados, mas guardadas pela
Tradição:
"Na primeira narração, ó Teófilo, falei de todas as coisas que
Jesus começou a fazer e a ensinar até o dia em que, tendo dado as suas
instruções por meio do Espírito Santo, foi arrebatado ao (céu); aos quais
também se manifestou vivo, depois de sua paixão, com muitas provas,
aparecendo-lhes por quarenta dias e falando do reino de Deus". (Atos I,
1-3)
Será que aquilo que Jesus fez e ensinou nesses quarenta dias não tem
valor?
Falou, ensinou e fez Ele coisas inúteis?
E as Instruções que Ele deu, e o que Ele falou então aos Apóstolos sobre
o Reino de Deus - a Igreja - não teriam nenhum valor?
É evidente que essas instruções e ensinamentos têm valor sim, porque
provém de Deus, apesar de não terem sido registradas na Sagrada Escritura. Elas
nos foram guardadas pela Tradição. Ora, em São Paulo foi escrito o
contrário:
"Permanecei, pois constantes, irmãos, e conservai as tradições que
aprendesses, ou por nossas palavras ou por nossa carta" (II Tess. II,
14).
Portanto, a tese protestante de que se deve crer só no que está na
Bíblia é negada pela própria Bíblia. E há muitas coisas que os Apóstolos
praticaram e ensinaram que não foram registradas antes na Bíblia. Assim, por
exemplo, a "imposição de mãos". Dela não se acha menção nos Evangelhos,
e, entretanto, os Apóstolos a praticaram.
Teriam eles inventado da própria cabeça tal costume? Claro que não!
Cristo deve tê-los instruído a fazer a "imposição de mãos" (Atos,
VIII, 14-17; e Heb VI, 1-2). São Tiago - embora os protestantes, seguindo
Lutero, recusem essa epístola, nos fala da unção sobre os enfermos:
"Está entre vós algum enfermo? Chame os presbíteros da Igreja, e
[esses] façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; a oração da
Fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará; se estiver com pecados, ser-lhe-ão
perdoados" (S. Tiago, V, 15). E também essa unção dos enfermos não aparece
nos evangelhos. Ora, nem a imposição de mãos (Sacramento da Confirmação), nem a
unção dos enfermos (Sacramento da Extrema Unção) poderiam transmitir a graça,
se não tivessem sido instituídos pelo próprio Cristo. Cristo legou aos
Apóstolos um conjunto de verdades reveladas e de sacramentos instituídos por
Ele mesmo que formam o "Depósito da Fé" que deveria ser guardado:
"Ó Timóteo, guarda o depósito (da Fé), evitando as novidades profanas de
palavras e as contradições de uma ciência de falso nome, professando a qual
alguns se desviaram da Fé"(I Tim . VI, 20)
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