DESTAQUE
MANTENDO SEMPRE OS
OLHOS FIXOS NO HORIZONTE DA IGUALDADE UTÓPICA, A NOVA PEDAGOGIA, INSPIRADA NUMA
LÓGICA SOCIALISTA, DESQUALIFICOU O INDIVÍDUO POR CONSIDERÁ-LO SUPORTE DA
DESIGUALDADE. O GRUPO, NO ENTANTO, INSTRUMENTO DE NIVELAÇÃO, PASSOU A SER
EXALTADO A TAL PONTO, QUE SE TORNOU O PRINCÍPIO DA REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA. O QUE
IMPORTA, NÃO É MAIS O ATO INTELIGENTE DE APRENDER, SEM O QUAL NUNCA SE PODERÁ,
REALMENTE, CRIAR, MAS TÃO-SOMENTE O DE PARTICIPAR, COMO TODO O GRUPO.
Reza a lenda que,
em outubro de 1919, Lênin fez uma visita secreta ao laboratório do grande
fisiologista Pavlov, querendo saber se era possível controlar o comportamento
humano. Seu desejo era que as massas seguissem um padrão grupal de pensamento e
ação. "Há individualismo demais, na Rússia. Precisamos aboli-las."
Pavlov mostrou-se chocado. "O senhor gostaria que eu nivelasse a população
da Rússia?" perguntou. "Exatamente", respondeu Lenin. "O
homem pode ser corrigido, fazendo-se dele o que se quiser." Lênin morreu
em 1924, e logo depois, a nova pedagogia tornaria seu sonho
realidade. O pedagogo moderno é o engenheiro de almas, como o qual sonhava
Lênin, e a nova pedagogia, um crime contra o espírito.
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Nota do blog:
O COMENTÁRIO ABAIXO PROCEDE.
O COMENTÁRIO ABAIXO PROCEDE.
LI A OBRA ABAIXO, QUANDO VEIO A LUME, E POSSO ATESTAR QUE AS OBSERVAÇÕES
COLHEM.
FAÇO UM ADENDO: ESSA PEDAGOGIA ENCONTROU INSPIRAÇÃO E SUPORTE NO
PROCESSO AUTODEMOLIDOR DA IGREJA, QUE TEVE, NO CONCÍLIO VATICANO II, O SEU
PONTO ÁPICE.
Raphael de la Trinité
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O texto abaixo fui retirado do Blog "Encontrando alegria" e é
de autoria de Daniel Fernandes, professor de filosofia e história.
Atentas a todos os
passos do desenvolvimento da moderna pedagogia, Isabelle Stal e Françoise Thom,
mostram, de maneira contundente, no livro A ESCOLA DOS BÁRBAROS, que uma
explosão de inovações esquerdizantes, seguida de uma entronização crescente de
falsas ciências e de geringonças pedagógicas no processo de “renovação dos
colégios” afastou a escola de seus objetivos tradicionais, transformando-a num
campo de experimentação aberto a todas as utopias coletivistas empenhadas na
criação de um “homem novo”. Essencialmente niveladora, porque não exige nenhum
esforço real, a escola, transformada numa máquina de desaprender, tornou-se um
lugar “mediocrizante” e “barbarizante”. MANTENDO SEMPRE OS OLHOS FIXOS NO
HORIZONTE DA IGUALDADE UTÓPICA, A NOVA PEDAGOGIA, INSPIRADA NUMA LÓGICA
SOCIALISTA, DESQUALIFICOU O INDIVÍDUO POR CONSIDERÁ-LO SUPORTE DA DESIGUALDADE.
O GRUPO, NO ENTANTO, INSTRUMENTO DE NIVELAÇÃO, PASSOU A SER EXALTADO A TAL
PONTO, QUE SE TORNOU O PRINCÍPIO DA REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA. O QUE IMPORTA, NÃO É
MAIS O ATO INTELIGENTE DE APRENDER, SEM O QUAL NUNCA SE PODERÁ, REALMENTE,
CRIAR, MAS TÃO-SOMENTE O DE PARTICIPAR, COMO TODO O GRUPO.
A crítica das
autoras é impiedosa, mas justa: a pedagogia moderna tornou-se um pesadelo a
serviço da demolição da escola. A obra inteira pode ser considerada como um
'livro-denúncia' que enfeixa um sem-número de importantes e oportunas reflexões
críticas sobre a devastação cultural e psicológica, sem precedentes promovida
pelos cérebros pedagógicos, desde a primeira metade do século XX. A moderna
pedagogia – que se intitulava científica – não mediu esforços para impor seu
niilismo pedagógico, afastar os alunos das matérias e dos exercícios
verdadeiramente formadores, em proveito de manipulações sem conceito, como a
tecnologia, ou tagarelices sócio-críticas a serviço de ideologias.
Enquanto a educação
tradicional pretendia controlar elementos tangíveis como a conduta, conhecimentos
e resultados, a nova se arrogava plenos poderes sobre o espírito e os
sentimentos dos alunos. Os pedagogos progressistas, sob o pretexto de instaurar
na escola uma igualdade real, chegaram, inexoravelmente, a banir noções
gramaticais de base. A própria linguagem foi colocada sob suspeita. Todas as
práticas, todos os métodos distribuídos pela pedagogia, passaram a suspeitar da
norma culta considerada infame por revelar disparidades culturais e
socioeconômicas entre as famílias. Assim, sob o pretexto de instaurar na escola
a igualdade, o ensino é nivelado por baixo.
Não por acaso, os
resultados da pedagogia progressista, ainda em andamento, tem sido
catastróficos. A MAIORIA DOS ALUNOS DOS ÚLTIMOS ANOS É INCAPAZ DE FALAR, ISTO
É, DE FORMULAR UM PENSAMENTO, POR MAIS SIMPLES QUE SEJA; LOGO QUE OS ESTUDANTES
TÊM DE SAIR DOS TEMAS DA VIDA CORRENTE E DAS FRASES USADAS PELOS MEIOS DE
COMUNICAÇÃO, ELES SE MOSTRAM PRATICAMENTE AFÁSICOS, ABORDANDO O DOMÍNIO DO
PENSAMENTO ABSTRATO COMO O AUXÍLIO DE UM LAMENTÁVEL ARSENAL DE ONOMATOPEIAS E
CACOETES GRUPAIS.
Ainda assim, longe
de tirar lições de seus fracassos, os modernos pedagogos obstinam-se, pensando
poder remediar as consequências de uma tolice pedagógica por outra. Existe aí
uma lógica infernal: os entusiasmos dos pedagogos modernos provocam, nesse
campo, desastres que lançam a máquina pedagógica num ciclo desenfreado, numa
voragem de inovações, precipitando os infelizes alunos num abismo de ignorância
e de perplexidade.
Reza a lenda que,
em outubro de 1919, Lênin fez uma visita secreta ao laboratório do grande
fisiologista Pavlov, querendo saber se era possível controlar o comportamento
humano. Seu desejo era que as massas seguissem um padrão grupal de pensamento e
ação. "Há individualismo demais, na Rússia. Precisamos aboli-las."
Pavlov mostrou-se chocado. "O senhor gostaria que eu nivelasse a população
da Rússia?" perguntou. "Exatamente", respondeu Lenin. "O
homem pode ser corrigido, fazendo-se dele o que se quiser." Lênin morreu
em 1924, e logo depois, a nova pedagogia tornaria seu sonho, realidade. O
pedagogo moderno é o engenheiro de almas, como o qual sonhava Lênin, e a nova
pedagogia, um crime contra o espírito.
Por isso mesmo, A escola dos bárbaros é leitura obrigatória para
educadores e, também, para pais que desejam, para seus filhos, uma escola sadia
e eficiente, a salvo de ideologias perversas e desastrosas revoluções
pedagógicas.
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