sexta-feira, 29 de março de 2013

1,4 milhões de pessoas marcham na França para defender o matrimônio e a família






PARIS, 25 Mar. 13 / 11:24 am (
ACI).- Aproximadamente um milhão e meio de franceses participaram ontem em La Manif pour Tous (A Marcha para Todos) pelas principais ruas de Paris, exigindo ao governo socialista de François Hollande que retire o nocivo projeto de lei que promove o mal chamado "matrimônio" homossexual e a adoção por parte destes casais.



Os porta-vozes das organizações participantes denunciaram que o projeto de lei do regime socialista chamado "matrimônio para todos", atenta contra a realidade histórica da humanidade e nega o fundamento antropológico das relações humanas.



"Criar uma filiação fictícia é fazer da criança um objeto", denunciaram, citados pela plataforma espanhola HazteOír, que se juntou à marcha com uma delegação em Paris.



A Marcha para Todos denuncia toda forma de discriminação para com as pessoas homossexuais, mas recorda com similar firmeza que a relação pai-mãe é uma lei universal.



"O matrimônio civil, como instituição, existe precisamente para garantir esta realidade. O Direito não pode reinventar os laços de filiação, que fundamentam nossa sociedade e protegem à criança", asseguraram.



Para os participantes, "o direito da criança (e não ‘o direito à criança’) é algo superior que ultrapassa os pensamentos ideológicos aos que nos querem acostumar".



"Todos nascemos de um homem e de uma mulher!", exclamaram desde a tribuna principal da manifestação.



A Marcha Para Todos busca defender o matrimônio civil entre um homem e uma mulher, ameaçado pela lei "Taubira", que inclui a "procriação medicamente assistida" (PMA) e a "gestação para outro" (GPA).



Os manifestantes, muitos deles jovens, apareceram com cachecóis com as cores da bandeira francesa, assim como com cartazes e balões que reivindicavam a defesa da infância, da família e do matrimônio entre um homem e uma mulher.



Em 13 de janeiro deste ano, em uma edição prévia da La Manif pour Tous, mais de um milhão de pessoas marcharam em Paris com cartazes que diziam: "Os pais e as mães às ruas descem e o matrimônio defendem", "Pai e Mãe: Não há nada melhor para uma criança", "Todos nascemos de um homem e de uma mulher", "Nem progenitor A, nem progenitor B: Pai e Mãe!".



Nessa marcha participou Nathalie de Williencourt, fundadora da organização gay Homovox, uma das maiores da França, quem assegurou que "sou francesa, sou homossexual, a maioria dos homossexuais não querem nem o matrimônio, nem a adoção das crianças, sobretudo não queremos ser tratados do mesmo modo que os heterossexuais porque somos diferentes, não queremos igualdade, mas sim justiça".


Fonte: acidigital 25/3/2013

terça-feira, 26 de março de 2013

O perdão de uma ofensa

HISTORIETAS
Biblioteca do jornal
 Leituras Populares de Lisboa 
Luiza Escudero - 1878




Havia na Havana um riquíssimo colono, o qual perdera sua esposa, ficando só com uma filha chamada Branca, que apenas contava oito anos.

Esta formosa menina tinha tão bom coração, que era sempre, na sua quinta, a consolação de todo aquele que por qualquer motivo experimentava algum infortúnio.

Seu pai amava Branca cegamente, e apesar do seu gênio áspero, muitas vezes, a pedido de sua filha, perdoava, ou pelo menos minorava o castigo dos negros que tinha na sua propriedade.

Havia entre estes um moço chamado Domingos, de caráter sumamente travesso, ao qual seu amo vezes sem conto tinha ameaçado com dar-lhe por suas faltas um castigo tão terrível, que ao recebe-lo ficaria sem vida.

Chegou um dia em que Domingos, desobedecendo aos mandados de seu amo, fez o contrário do que lhe fora determinado.

Apenas o proprietário teve conhecimento da nova desobediência, descarregou furioso o seu castigo sobre o infeliz servo, e mandando amarrá-lo fortemente ordenou que o conduzissem ao sitio, onde estava preparado o tormento que ele havia de padecer.

No momento de leva-lo, ouve Branca os seus soluços, corre espavorecida ao lugar donde partiam, e se encontra com o desditoso Domingos, que ia no mais lastimoso estado.

— Oh menina Branca! exclamou ele assim que a viu, tenha compaixão de mim; peça a meu senhor que me perdoe, que eu lhe prometo e juro que não tornarei a cometer uma falta mais na minha vida. Corra, minha rica menina, senão em pouco tempo deixarei de existir.

Apenas a boa e compassiva menina ouve estas palavras, não corre, voa aonde estava seu pai, talvez já esquecido da sorte do pobre negro; lança-se-lhe a seus pés, e de mãos postas e derramando lágrimas, lhe diz: — Meu pai, pelo amor que tem à sua filha perdoe ao infeliz Domingos, ele está arrependido e jura que não há de tornar a ser desobediente. Perdoe-lhe, meu pai; deixe-me dizer-lhe algumas palavras mais: se a esta sua filha tirassem a vida...

— Meu Deus! disse o pai com espanto.

— Pois bem, Domingos tem pai; que dor não será a sua, vendo morrer seu filho! E só meu pai pode salva-lo!

— Assim é, filha da minha alma, disse o pai comovido, levantando-a do chão e abraçando-a. Vamos a salva-lo, porém talvez já seja tarde.

Correram imediatamente ao lugar onde havia de executar-se a sentença, e com grande alegria sua viram que ainda não tinha padecido a pena, por isso que os encarregados de executar a ordem esperavam ansiosos por saber o que tinha feito aquela boa fada.

O pai de Branca desatou por suas próprias mãos as prisões do pobre negro e disse-lhe: — Toma conta que eu nunca te perdoaria; porém as lágrimas de minha filha chegaram-me até ao coração; e olha bem para o futuro nem ela nem ninguém será capaz de salvar-te.

O negro lançou-se-lhe aos pés e prometeu novamente não ofende-lo mais, jurando que nunca lhe esqueceria que devia a sua vida á formosa menina.

Decorridos alguns meses depois deste sucesso, declarou-se na casa um voraz incêndio. Todos aterrados trataram de salvar-se, e dois negros puderam salvar o amo que estava de cama doente, havia alguns dias.

Vendo-se escapo, o seu primeiro cuidado foi procurar Branca, e não a vendo exclamou com um acento que seria capaz de comover as pedras:

— A minha filha! a minha filha que morre abrasada!

Todos ficaram aterrados ouvindo tal exclamação, quando repentinamente foi visto surgir dente as chamas e atravessar por elas com velocidade o negro Domingos, todo ensanguentado e o rosto mutilado, mas trazendo em seus braços a sua salvadora desmaiada e com algumas queimaduras, porque o negro reconhecido teve bom cuidado de expor a sua vida para salvar a se sua senhora.

O pai correu para a filha cobrindo-a das mais ternas carícias; e todos trabalham afanosos para que ela volva á vida. Recuperada esta, Branca abraçou seu pai ternamente, dizendo-lhe:

— Meu querido pai, se não tivesse dado a vida do filho ao pai de Domingos, não teria meu pai agora podido abraças a sua filha.

— É verdade, minha filha querida, disse o pai; e chamando Domingos e seu pai, falou-lhes assim: — Eu vos devo mais que a vida; o que posso é fazer-vos livres, como ficais desde este momento. Se quiserdes, vivereis sempre em nossa companhia porém em completa liberdade; e eu cuidarei porque nada vos falta para serdes felizes; entretanto todos tenham presente que


O que perdoa uma ofensa
Dá prazer ao coração;
E quando menos o pensa
Encontra uma recompensa
Quem a outro deu perdão.

segunda-feira, 25 de março de 2013

O que há de errado com o Dia Mundial da Juventude?





Tomado em: A Grande Guerra


Por Marian T. Horvat*
Traduzido por Andrea Patrícia
Parece tão bom e saudável - jovens reunidos para saudar o Papa, celebrar sua fé Católica e aprender mais sobre ela para evangelizar os outros. O que poderia haver de errado com a Jornada Mundial da Juventude lançada por João Paulo II em 1985 em Roma, e repetida 18 vezes mais em cidades ao redor do mundo? Em 1993, os EUA organizou uma Jornada Mundial da Juventude em Denver. Em julho de 2002, o Canadá teve sua vez, em Toronto.
Tenho falado frequentemente com os pais com "dúvidas" sobre a JMJ. Mas, certamente, eles racionalizam: deve dar tudo certo porque o Papa vai estar lá, os Bispos o apoiam, e o pároco ou diretor CCD vai dirigir a van levando homens e mulheres jovens ao evento. O alarme deve estar indo embora com aquela última frase: sempre foi contra a moral Católica que jovens de sexos mistos viajem juntos como uma grande família para acampar ou fazer retiros durante a noite. Estas novas práticas estranhas ignoram a realidade do pecado original; elas seguem uma moral frouxa de uma nova Igreja pós-Vaticano II.
Para expor a doutrina desta Contra-Igreja e como isso moldou o Dia Mundial da Juventude igualitário e pan-religioso, Cornelia Ferreira e John Vennari uniram forças em frentes diferentes, no local e nos bastidores do que está acontecendo na JMJ.
O editor da CFN, Vennari, conta a história no local. Em julho de 2002, ele decidiu participar da JMJ canadense para fornecer um testemunho ocular do que se passa. Ele permaneceu com a família da respeitada autora e palestrante Cornelia Ferreira que estava fazendo uma extensa pesquisa sobre como o evento era parte de uma Igreja reestruturada pelo Vaticano II. Os dois autores decidiram unir seus esforços. Foi uma união fecunda, que nos deu seu livro recém-lançado, World Youth Day, From Catholicism to Counterchurch.
Agora, os pais com dúvidas saudáveis sobre o JMJ ​​têm um recurso seguro para aprender tanto sobre o que acontece em uma JMJ, quanto sobre o pensamento ruim e a doutrina modificada que é o combustível dela.
Parte Um: da Igreja para a Contra-Igreja
Desde o Concílio Vaticano II, alguns slogans tornaram-se jargão comum no discurso da Contra-Igreja. A Sra. Ferreira mostra como "comunidade" e "peregrinação" foram manipulados para criar um novo conceito de Igreja (Cap.1). Programas de Educação Religiosa, reuniões de conselho paroquial, eventos como a JMJ, são usados ​​para promover a "comunidade".
Juventude em peregrinação
A festa do pijama se alastrando na Roma do ano 2000 ...

Agitando e à espera do pontífice em Paris, 1999

Abraços e beijos em Denver, 1993
Mas observe com cuidado, não estamos mais falando de uma vida normal de uma paróquia Católica, mas sim de uma comunidade expandida, incluindo seguidores de outros credos, e mesmo aqueles que não professam qualquer credo. A ideia é colocar a doutrina de lado para que todos possam se unir ao diálogo, ou "fazer o bem" aos outros. É a grande fraternidade universal, a unidade sem fronteiras, a qual João Paulo II muitas vezes se referiu em seus discursos para a juventude (p.118).
A propaganda da JMJ também fala constantemente de peregrinação: juventude como peregrinos, jovens em peregrinação. Mas, novamente, a palavra mudou. Peregrinação não significa mais uma viagem a um lugar sagrado. Tornou-se uma jornada evolutiva de "autodescoberta", de encontrar sua própria espiritualidade. As sessões JMJ incentivam os jovens a desafiar a autoridade e "as velhas formas" e trabalhar juntos para criar novas soluções para questões religiosas em sintonia com os tempos. Todos unidos para encontrar os valores que definem o seu espírito, os jovens aprendem e, em seguida, colocam-nos em prática.
Esse é supostamente um estágio superior do "processo de fé", observa a Sra. Ferreira, uma Igreja nova e democrática "sempre vindo a ser" supostamente superior à Igreja antiquada de doutrina definida e moral firmemente fixada (p.30-6). Na verdade, o dogma deve ser evitado porque é um princípio de divisão em vez de união. Ele não construiu comunidade...
O espírito falso da JMJ
Qual é o espírito da JMJ? A Sra. Ferreira descreve-o como adolescente e artificial (Capítulos 3 e 4). O próprio nome é falso: a chamada "juventude" inclui uma boa porção de adultos de até 35 anos de idade. O evento não é um "dia", mas se estende a uma semana de "experiências" regulares que giram em torno de shows de pop e rock, uma grande festa.
A celebração é uma farsa. A juventude celebra a si mesma: "Nós somos a Juventude, o futuro do mundo!" "Nós somos a luz do mundo e sal da terra". O objetivo da evangelização é uma farsa: ao invés de trazer outras pessoas para a verdade da fé Católica, os jovens abraçam e "trocam experiências" com pessoas de todas as religiões e credos. Os facilitadores do evento nem sequer são obrigados a ser católicos.
O objetivo da unidade é também uma farsa, uma vez que é baseada em uma falsa premissa de que todas as religiões levam à salvação, que todos os deuses dos falsos credos podem ser adorados ao lado de um verdadeiro Deus. No Canadá, por exemplo, os católicos participaram de ritos cerimoniais pagãos indianos para o "grande espírito", que foram referidos como "serviços de oração tradicional" (p. 90).
Outro item considerado irrelevante na JMJ é o código moral de tempos passados. A Sra. Ferreira observa: "Em Roma, apelidado de "Woodstock Católico", ombros nus, barrigas de fora e microssaias foram autorizados em São Pedro, e a Missa papal mostrou meninas dançando em trajes transparentes". Em Toronto, os peregrinos "tiravam as roupas ficando de biquíni e brincavam em uma fonte em uma via principal" (p. 64). Na noite antes da Missa Papal, os jovens – homens e mulheres juntos - estavam acampados em tendas ou sacos de dormir o que valeu o apelido dado pela imprensa secular de "festa do pijama Papal" [1] (p. 65). O que aconteceu em algumas dessas tendas pode ser deixado para a imaginação do leitor. Certamente, foi para evitar este tipo de escândalo que a moral Católica sempre - até o Vaticano II - proibiu que ​​homens e mulheres não casados dormissem em tais condições.
E depois há o entretenimento, a abundância de rock, dança e teatro para manter as coisas vivas. Na JMJ 2002, em Toronto, por exemplo, havia 25 etapas, onde 500 performances diferentes foram executadas. Os “peregrinos" no geral não estavam buscando um conhecimento mais profundo da fé Católica, mas sim "comunidade", experiência e diversão. É como a Sra. Ferreira apropriadamente a denomina: "a religião como diversão."
As raízes da JMJ
Em dois capítulos esclarecedores, a Sra. Ferreira examina as origens da JMJ. Sempre me foi ensinado que se você quiser entender a intenção de um movimento, você deve encontrar as suas raízes. No capítulo cinco, ela mostra as raízes da JMJ: os grupos progressistas não tão transparentes que têm surgido na Igreja depois do Concílio Vaticano II para construir uma nova Igreja, com base na comunidade. Estes são movimentos leigos como os dos Focolares, Comunhão e Libertação, e o Caminho Neocatecumenal.
Os métodos empregados na JMJ seguem a "fórmula" do Movimento dos Focolares: bandas, danças, testemunhos pessoais, aplausos altos. A emoção delirante exibida para o Papa é paralela à "histeria em massa manipulada" em torno da fundadora do movimento Chiara Lubich. Os princípios igualitários e ecumênicos que orientam esses grupos na construção de uma nova igreja futura são os mesmos que dirigem a agenda da JMJ. Na verdade, esses movimentos fornecem uma grande parte dos diretores e equipe de trabalho para os eventos JMJ. E tal como a JMJ, a revolucionária "espiritualidade da unidade" de Lubich desfrutou da bênção incondicional de João Paulo II.
O Capítulo Seis, "Teilhard e o Triunfo do Sillon", se aprofunda mais ainda. "A peregrinação da Igreja para a Contra-Igreja começou no Concílio Vaticano II", observa a Sra. Ferreira, "utilizando as forças combinadas da Maçonaria, Humanismo, Comunismo e Modernismo." Ela mostra como cada um desses inimigos irrompeu no Concílio para se tornar política oficial e começar a remodelar a face da Igreja.
Em particular, ela aponta para Teilhard de Chardin como um dos mentores da nova religião baseada na experiência pessoal, objetivos humanistas, e um sonho iluminista. O pensamento de Chardin teve uma forte influência sobre o teólogo modernista Karl Rahner, um dos primeiros a difundir o conceito de "Igreja como povo de Deus", que ele incorporou em sua escrita da Lumen Gentium. Rahner sustentou que os próprios fiéis eram a fonte da autoridade na Igreja e, portanto, a fonte do profetismo.
Permitam-me acrescentar uma nota aqui: Karl Rahner foi o mentor de outro teólogo progressista em ascensão no Concílio, o padre Joseph Ratzinger. Até o momento, o discípulo nunca renunciou ou condenou o pensamento revolucionário de seu mestre. Pode-se indagar se, como Bento XVI, Ratzinger vai denunciar esta doutrina ruim? Além disso, ele vai corrigir as infrações galopantes contra a Fé Católica que tipificam o Dia Mundial da Juventude? [2]
Até agora, o Papa Bento XVI afirmou que ele estaria presente na próxima Jornada Mundial da Juventude em Colônia, na Alemanha, que promete seguir o padrão anterior de um evento para promover a tolerância às falsas religiões, maus costumes e vulgaridade. Será que virá uma palavra do Papa Ratzinger e mudará a direção do evento? Até agora, pelo menos, nada foi dito.
Parte Dois: JMJ experimentada
 Canadá JMJ 2002
Acima, os jovens mostram pouco interesse durante o discurso papal.

Abaixo, a banda punk SALÁRIO DAYZ realizado um concerto de rock desenfreado para um salão lotado.

Fotos do livro World Youth Day - From Catholicism to Counterchurch
Na segunda parte, John Vennari nos leva à JMJ de Toronto. Do show de punk rock na sexta-feira (Capítulo 10) às Estações da Cruz e das "não muito solenes" Vésperas (Capítulo 12), à Missa Papal carregada de abusos litúrgicos (Capítulo 15), seguimos os seus passos cansados ​​e observações muitas vezes incrédulas de que ele finalmente apelida de "o dia mundial da juventude dormir fora" onde os jovens "cruzam o limiar do paganismo" (Capítulo 14).
Poderíamos ser tentados a pensar que Vennari está exagerando sua descrição para causar efeito, mas esse não é o caso. Ele tem o cuidado de apontar grupos piedosos aqui e ali, ele observa os jovens bem-intencionados e nada óbvios cantando hinos católicos; ou um momento solene nos serviços. O que ele relata é a mesma história que ouvi de outros participantes. O tom dominante é o de um festival de rock 'n' roll, e a intenção geral da juventude presente é conhecer outras pessoas e se divertir.
O que a "experiência" ensina aos jovens? O que seu filho ou filha implicitamente aprenderia ao fazer parte de um evento como esse? John Vennari diz claramente: eles são ensinados de que não há nada de errado com a dança litúrgica, a música rock, leigos leitores da leitura da Epístola, vestuário indecente e desleixado na Missa, rituais pagãos, ministros leigos e Comunhão na mão. Em suma, ele conclui:
"A Jornada Mundial da Juventude oferece uma falsificação, uma religião emocional do tipo “comício animado”. Suas cerimônias contêm inúmeras novidades, práticas e sacrilégios que foram condenados pelo constante ensinamento e prática dos Papas ao longo dos séculos. A JMJ é um escândalo para os nossos jovens. Ela corrompe a juventude." (P. 214-5).
Pão e circo
Até o final do século I, o Império Romano esteve em uma fase de decadência e corrupção. O outrora orgulhoso cidadão do Senado e reto romano tinha sido enfraquecido por uma sucessão de imperadores corruptos e decadentes e um relaxamento geral dos costumes. As pessoas estavam distraídas dos problemas do colapso do Império porque tinham pão e circo, comida barata e entretenimento gratuito: as corridas de bigas do Circus Maximus, os violentos combates de gladiadores e o abate de mártires católicos no Coliseu.
O Senador Romano Juvenal lamentou o estado reduzido de pessoas, que não mais buscavam honrarias, batalhas, ideais elevados e orações sóbrias, mas clamavam "por apenas duas coisas: pão e circo". Panem et circenses.
A expressão “pão e circo” referia-se a benefícios ou divertimentos destinados a aplacar ou desviar a atenção de uma situação grave. Eu acho que se aplica muito apropriadamente à popular JMJ. Pão e circo para a juventude - para distraí-los da seriedade do catolicismo, oferecendo entretenimento pop e uma religião de diversão e jogos, uma espiritualidade para atender às suas fantasias. A pergunta vem à mente: quem é mais a culpado, as autoridades eclesiásticas que patrocinam e promovem esses circos JMJ, ou as massas de jovens que os frequentam?
John Vennari responde:
"Minha maior frustração não é com os jovens, muitos dos quais eu acredito que são bem intencionados, mas... enganados. Minha frustração principal é com os adultos que promovem, organizam, participam, e louvam a Jornada Mundial da Juventude como se fosse um meio legítimo para transmitir o catolicismo." (P. 162).
Em seu último capítulo, Vennari define claramente o caminho correto para o católico sério que ama a Deus e a Santa Igreja, o católico que iria seguir o Magistério perene ao invés de abraçar novidades, abusos e heresias. Ele fornece sólida evidência do ensinamento dos Papas do passado, Santos e Doutores da Igreja ao qual um católico tem o direito para manter a pureza da Fé e da doutrina e da prática. Além disso, um católico tem o dever de resistir ao ensino errôneo e às novidades, mesmo que tais ensinamentos ou novidades em questão partam de um Papa.
No caso da Jornada Mundial da Juventude, a aplicação deste ensinamento é muito simples. Se você sabe o tipo de atividades que acontecem lá, se você sabe qual o falso pensamento e doutrina que estimula o seu espírito - o que você vai saber, se você ler esta obra - então a JMJ deve ser enérgica e inequivocamente rejeitada.
Original aqui.
*Resenha do livro World Youth Day, From Catholicism to Counterchurch [Jornada Mundial da Juventude, do catolicismo para a Contra-Igreja], por Cornelia R. Ferreira e John Vennari, Canisius Books, 2005, 229 p. 
Publicado em Catholic Family News, junho de 2005.
____________________________________________ 
Notas da tradutora:
[1] Festa do pijama: festa onde crianças ou adolescentes dormem fora de casa.
[2] Hoje podemos ver que Bento XVI não corrigiu nada na JMJ. Tudo continuou ruim nas edições posteriores.

domingo, 24 de março de 2013

A Opus Dei e Mons. Escrivá



Fonte: SPES 




Artigo do Reverendo Padre Curzio Nitoglia


Neste artigo: se a Opus Dei tem ligação com a Maçonaria e com a Liga Anti difamatória da B’nai B’rith; a história de Mons. Escrivá de Balaguer, sobre o ecumenismo da Opus Dei e sobre o poder político da "Obra".








EMENTA: José Miguel Ceja afirma: “A novidade dos ensinos de Mons. Escrivá (...) as páginas de ‘Caminho’ representavam uma novidade quase, e inclusive sem ele quase, escandalosa”[36]. É significativo o fato que segundo Escrivá o homem foi criado por Deus não para conhecê-lo, amá-lo e servi-lo, senão PARA TRABALHAR, e para provar essa afirmação Mons. Escrivá não hesita em desnaturalizar a significação da Escritura onde se diz que Deus “pôs o homem no jardim de delícias para cultivá-lo”[37]. O trabalho para o cristão não é um fim, senão somente um meio (inclusive de santificação). Para o calvinista e o talmudista, o trabalho pode ser um fim, porém não ara o católico![38]

João Morales afirma, depois de haver estudado sete obras das edições Rialp (da Opus), que a Obra “é um verdadeiro cavalo de Tróia no seio da Igreja”[31]. O autor mostra com muitas citações que o espírito de Mons. Escrivá era não somente laico senão claramente anti clerical. Peter Berglar diz: “Escrivá estava contente de fazer ordenar seus três primeiros sacerdotes, porém também triste de que não permanecessem laicos”[32]. Salvador Bernal escreve a este respeito: “Para nós (Mons. Escrivá), o Sacerdócio é uma circunstância, um acidente, já que na Opus a vocação dos sacerdotes e dos seculares é a mesma”[33]. E um pouco mais longe: “As obras apostólicas organizadas pela Opus Dei (...) se governam com uma mentalidade laica (...) é por esse motivo que não são confessionais”[34]. Estas doutrinas que eram vistas com desconfiança na Espanha nos anos 40 (que expressam o culto do trabalho, do dinheiro, o laicismo, o anti clericalismo, que são a marca característica da judaico-maçonaria) foram logo ratificadas pelo Vaticano II, como disse Vázquez del Prada [35]: os membros da Opus Dei não possuem nenhuma dificuldade em admitir o espírito essencialmente inovador ainda que aparentemente conservador da Obra (uma das características mais enganosas da Opus).

Por R.P. Curzio Nitoglia

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Introdução
 

Já havia escrito sobre o tema da Opus Dei, quando por causalidade dei com um folheto de um porta-voz da “Obra” que me fez refletir. Em efeito, nele se lê: “Um dia ‘Caminho’ foi queimado publicamente em um colégio de religiosas em Barcelona, cidade na qual o governador havia dado ordem de prisão a Mons. Escrivá. O fundador havia sido igualmente denunciado ao Tribunal militar especial para a repressão da fanco-maçonaria  ; suas detrações qualificavam a Opus Dei como ‘esse ramo judio da maçonaria’, ou ‘essa seita judia em relação com a maçonaria’”[1]. O tema me impactou e tratei de aprofundar o assunto. Recordo que a revista “30 Giorni” abordou o problema. No nº 5 de maio de 1990, encontrei um interessante artigo de Marina Ricci, no qual se lia: “Ao fim de agosto de 1939 a Opus Dei abriu um oratório... em Madri. Se dizia que estava decorando com símbolos cabalísticos e maçônicos”[2]. E também: “Em 1941 (...) Escrivá (foi) denunciado ao Tribunal especial para a repressão dos crimes da maçonaria e do comunismo (...) Escrivá (...) foi igualmente denunciado em 1941 às autoridades civis de Barcelona. A acusação sempre era a mesma: se afirmava que debaixo do nome Opus Dei se ocultava um ramo judeu da maçonaria (...) Em um convento de religiosas carmelitas foi queimada publicamente uma cópia do ‘Caminho’, o primeiro livro escrito por Escrivá”[3]. Esta coincidência me surpreendeu, nunca imaginei uma coisa parecida. Salvo que achei por causalidade uma série de outros artigos muito interessantes que acrescentavam outras informações a estes textos; Fabio Andriola entrevistou ao grande mestre do Grande Oriente da Itália, o advogado Virgílio Gaito, e lhe perguntou: “Quais são as relações entre vocês e a assim chamada ‘maçonaria católica’? Penso, respondeu Gaito, que a Opus Dei tem uma visão universal muito ampla... Este Mario Conde... que hoje tem a honra das crônicas é um célebre representante da Opus Dei, e está também no conselho de administração de uma certa sociedade que tem como chefe o grande mestre Di Bernardo”[4]. Ademais, o ministro Gaito revelou a “30 Giorni”: “Em Lucerna, Suíça, Di Bernardo criou a Fundação Dignity. A preside o professor Vittorio Mathieu que, me parece, pertence ao Opus Dei, e participa Giorgio Cavallo, ex reitor da Universidade de Turin, ex inscrito na Loja P-2 (...) Está (...) o financista ‘opusdeísta’ Mario Conde...”[5]. Porém isso não termina aqui. Em um livro muito documentado se lê: “Foi Giuliano Di Bernardo quem, em 1970, pediu a inscrição na loja P-2... Os meios financeiros e os fins da Fundação Dignity parecem pouco claros... Este organismo do qual é presidente DI Bernardo... e o banqueiro espanhol Mario Conde, um dos principais inspiradores.... Da Fundação dependem uma academia de filosofia e um instituto de tradições místicas. Este último prepara um congresso sobre  ‘misticismo judio e cristão’... o financistas não seria outro que Mario Conde... próximo ao Opus Dei. Entre os possíveis mecenas da Fundação Dignity se encontra também Marc Rich... citado por Di Bernardo como dispensador de cursos de esoterismo judio...”[6]

 

Opus Dei ou Opus Judei

 

Porém o fato que mais me surpreendeu foi um livro que me enviaram da Colômbia, intitulado “Opus JUDEI”, escrito por José Maria Escriba (seguramente se trata de um pseudônimo), publicado em 1994 por Orion Editores em Bogotá (Colômbia). Este livro proporciona muitas informações que me resultavam completamente desconhecidas sobre a vida, a doutrina e a obra de Mons. Escrivá. Não tudo é para se tomar ao pé da letra, mas me parece que algumas afirmações estão documentadas e são sérias. As submeto ao leitor tal como o autor apresenta. Antes de tudo, o autor sustenta que muitas bibliografias elogiosas de Mons. Escrivá estão cheias de inexatitudes : se lhe atribuem uma série de estudos e títulos sem nenhuma justificação. “Por exemplo que era Superior do Seminário São Francisco de Paula de Zaragoza... que foi professo de Direito Econômico e de Direito Romano em Zaragoza e em Madri... que obteve a licenciatura em Teologia na Pontifícia Universidade de Zaragoza....”[7].

 

A Família de Mons. Escrivá

 

José Maria Escriba Albás foi o segundo de seis filhos. Nasceu em 9 de janeiro de 1902, em Barbasto, Huesca. Seu pai, José Maria Escriba Corzan se dedicou ao comércio de tecidos[8]. Francisco Umbral escreveu no diário “El País”: “Espanha não é um tabuleiro de oportunistas. O último foi Escrivá. Os Escrivá, uma família de comerciantes que fugiu de noite de Barbastro para evitar aos credores” [9]. Segundo Carndell, o ingresso de Mons. Escrivá no seminário havia sido ditado pelas dificuldades econômicas de sua família [10].

 

Seminário e Adolescência

 

O mesmo Escrivá afirmou: “Nunca pensei em fazer-me sacerdote, nem em entregar-me a Deus... Inclusive... me sentia anticlerical”[11]. Porém, qual era a predisposição de Escrivá quando tomou a decisão de começar os estudos eclesiásticos no seminário? O mesmo responde: “Não tinha nem uma só virtude nem um só centavo”[12]. O insuficiente conhecimento do latim pesou muito sobre a vida de Escrivá [13]. Permaneceu no seminário de Logroño desde outubro de 1918 até setembro de 1920, ano em que partiu para Zaragoza; segundo Carandell, Escrivá havia sido expulso do seminário [14].

 

Delírio de Grandeza?

 

O certificado de batismo, como disse o autor de “Opus Judei”, que se conserva no registro da catedral de Barbastro, reza: “Em Barbastro, em 13 de janeiro de 1902, o Padre Ángel Malo..., batizou solenemente a uma criança nascida às 22 horas de 9 de janeiro, filho legítimo de José ESCRIBA...” [15]. Para estar todavia mais seguro, me informei e pedi a ata de batismo da qual obtive uma fotocópia, esta mensiona exatamente o mesmo. Uma nota na margem, acrescentada em 1943, indica uma mudança de sobrenome por Escrivá [16]. Por que Mons. Escrivá, que nasceu “ESCRIBA”, evidentemente experimenta a necessidade de mudar de sobrenome, senão para ocultar suas origens? Quando o grande rabino de Roma, Israel Zolli se converteu sincera e realmente ao Cristianismo não mudou de sobrenome, nem tampouco o rabino Drach ou os irmãos Lémann; ao contrário, o que mudava de apelido era o marrano, que exteriormente se apresentava como cristão e interiormente e de maneira oculta judaizava [17]. Seu sobrenome, pois, todavia era Escriba entre 1915 e 1918, quando era estudante no Instituto secundário de Logroño, porém já nessa época ele assinava Escrivá. Em 16 de junho de 1940, nos informa o autor, apareceu um edito publicado na Gazeta Oficial do Estado, em virtude do qual os irmãos Carmem, José Maria e Santiago Escrivá e Albás “eram autorizados a mudar seu sobrenome por Escrivá de Balaguer”. Então, depois de 1918 e antes de 1940, Mons. Escrivá já havia mudado seu nome de Escribá por Escrivá, e em 1940 agregou o título de Balaguer. Em resumo, as mudanças foram:

 

(1902) José María Escriba (com o B de Bologna; como se puede ler no certificado de batismo).

(1915-1918) assina José María Escrivá (com V de Veneza, e acento no A ).

(1940) José María Escrivá de Balaguer.

(1960) Josemaría (em uma só palavra) Escrivá de Balaguer.

(1968) Josemaría Escrivá de Balaguer y Albás, marqués de Peralta.

“A conceção do título que exibiu a partir de 1968, se encontrava manchada por numerosas anomalias e irregularidades: por exemplo, na Assembléia da Nobreza se oculta fraudulentamente, em 1968, a manipulação do apelido Escriba, circunstância que não aparece no sobrenome de reabilitação do título de marque de Peralta, pedida por Josemaría Escrivá de Balaguer e Albás”[18].

 

O título de marquês, como dignidade pessoal e intransferível, foi concedido pelo arquiduque Carlos de Áustria a dom Tomás de Peralta em 12 de fevereiro de 1718, e nunca nenhum filho nem herdeiro legítimo de dom Tomás reivindicou um título intransferível. “Se calcula que a compra do título... custou, na época, a soma de 250.000 pesetas”[19]. O periodista Carandell de pergunta com razão: Que razão podia justificar o fato de Mons. Escrivá, fundador de um Instituto que persegue a santificação de seus membros, haja pedido um título nobiliário?”[20] Outro periodista, Juan Gomis, escreveu na revista “El Ciervo” um artigo intitulado “Que é isso, Monsenhor?”, no qual se perguntava: “Como é possível que um sacerdote aspire a estas honras?” Por sua parte, o prêmio Nobel de Literatura Camilo José Cela escreveu: “Os religiosos não são nem marqueses nem condes (...) nada disso é cério, a gente se rirá muito desse marquesado”[21].

 

Coincidências Inquietantes

 

Quando morreu o primeiro ministro Israeli Rabin, Mons. Javier Echavarria, atual prelado da Opus Dei, enviou suas condolências ... à Liga Anti difamatória da B’nai B’rith, por meio da Sra. Lisa Palmieri Billig (que, oh! causalidade! Escreve em Studi Cattolici, a revista da Opus Dei). Agora bem, sabemos que a Sra. Billig é a representante da B’nani B’rith. Também sabemos que Rabi era franco maçom, como declarou Virgilio Gaito [22]. Como pode ser que o atual prelado da Opus Dei e sucessor de Mons. Escrivá de Balaguer e de Álvaro de Portillo envie condolências a Sra. Billig “como representante na Itália da A.D.L. da B’nai B’rith?”[23].

 

Ademais, quando morreu Álvaro de Portillo foi posto sobre um lenço branco sobre o piso, não sobre uma cama ou sobre uma mesa, como fazem os cristãos. Ritual estranho? Não, os judeus tem o costume de colocar seus mortos dessa forma, na terra, como podemos ler em Regole Ebraiche di Lutto [24]: “LOS DESPOJOS SE EXTIENDEN SOBRE EL SUELO”. Simples coincidência ou cripto judaísmo?

 

Anomalias Ascéticas e Pastorais da Opus

 

Para concluir,   quisera retomar o discurso que havia começado em “Sodalitum”[25], a propósito da concepção do trabalho nos escritos de certos autores da Opus Dei. Le Tourneau, porta-voz da Opus, escreve: “Muito a pouco na vida do povo cristão o trabalho não é tomado como algo bom em si, senão como um meio ascético... Depois de São João Crisóstomo se tem a impressão que o cristão médio não está chamado a viver o Evangelho”[26]. E continua: “A aparição das ordens mendicantes (...) não comporta a afirmação do valor do trabalho profissional (...) Santo Tomás apresenta as ocupações seculares como um obstáculo para a contemplação (...) No curso dos século a atenção se desvia do trabalho”[27]. E finalmente, depois de quinze séculos de catalepsia veio Escrivá... “ET labor caro factum est”. Um pouco mais longe, o teólogo da Opus precisa: “Uma certa evolução positiva é esboçada pelo Renascimento com homens como... Erasmo”[28]. E sobre este ponto, o autor cita o mesmo Escrivá: “O caminho da vocação religiosa me parece.... necessário na Igreja, porém não é o meu, nem é o dos membros da Opus (...) Vindo a Opus... o fiz com a condição explícita de não mudar de estado”[29]. João Paulo I disse justamente que SE SÃO FRANCISCO DE SALES PROPÔS UMA ESPIRITUALIDADE PARA OS LEIGOS, ESCRIVÁ PROPÕE UMA ESPIRITUALIDADE LAICA[!] [30].

 

João Morales afirma, depois de haver estudado sete obras das edições Rialp (da Opus), que a Obra “é um verdadeiro cavalo de Tróia no seio da Igreja”[31]. O autor mostra com muitas citações que o espírito de Mons. Escrivá era não somente laico senão claramente anti clerical. Peter Berglar diz: “Escrivá estava contente de fazer ordenar seus três primeiros sacerdotes, porém também triste de que não permanecessem laicos”[32]. Salvador Bernal escreve a este respeito: “Para nós (Mons. Escrivá), o Sacerdócio é uma circunstância, um acidente, já que na Opus a vocação dos sacerdotes e dos seculares é a mesma”[33]. E um pouco mais longe: “As obras apostólicas organizadas pela Opus Dei (...) se governam com uma mentalidade laica (...) é por esse motivo que não são confessionais”[34]. Estas doutrinas que eram vistas com desconfiança na Espanha nos anos 40 (que expressam o culto do trabalho, do dinheiro, o laicismo, o anti clericalismo, que são a marca característica da judaico-maçonaria) foram logo ratificadas pelo Vaticano II, como disse Vázquez del Prada [35]: os membros da Opus Dei não possuem nenhuma dificuldade em admitir o espírito essencialmente inovador ainda que aparentemente conservador da Obra (uma das características mais enganosas da Opus). A este respeito, José Miguel Ceja afirma: “A novidade dos ensinos de Mons. Escrivá (...) as páginas de ‘Caminho’ representavam uma novidade quase, e inclusive sem ele quase, escandalosa”[36]. É significativo o fato que segundo Escrivá o homem foi criado por Deus não para conhecê-lo, amá-lo e servi-lo, senão PARA TRABALHAR, e para provar essa afirmação Mons. Escrivá não hesita em desnaturalizar a significação da Escritura onde se diz que Deus “pôs o homem no jardim de delícias para cultivá-lo”[37]. O trabalho para o cristão não é um fim, senão somente um meio (inclusive de santificação). Para o calvinista e o talmudista, o trabalho pode ser um fim, porém não ara o católico![38]

 

O Pluralismo

 

Mons. Escrivá dizia que “O pluralismo não é mais temido senão amado como uma conseqüência legítima da liberdade pessoal”[39]. “Sua paixão pela liberdade levou a transformar as casas da Opus Dei em residências interconfessionais “[40]. Sobre isso, Berglar diz: “Quando... o fundador obteve finalmente... a permissão para admitir na Obra (...) a não católicos e não cristãos entre os ‘cooperadores’, a família espiritual da Opus Dei se completou”[41]. Que lástima que este espírito ECUMENISTA e PANCRISTÃO haja sido condenado por “Mortalium Animos” de São Pio X em 1928, como “separando-se completamente da Religião revelada”!

 

O Poder Político da Opus

 

Em 1957, o Generalíssimo Francisco Franco formou seu 6º governo. Entraram novos ministros, e muitos deles eram tecnocratas, alguns pertenciam a Opus. “A economia espanhola se encontrava em dificulades (...) o Caudilho buscava homens eficazes (...) sobre quatro tecnocratas, três são da Opus Dei (...) eles empreenderam as reformas e começaram o aggiornamento (...) Quanto mais aumenta a influência de ministros da Opus, mais diminui a da Falange (...) Grupos de altos financistas chagaram a Espenha (...) eles elaboraram um plano de estabilização e prometeram que sua aceitação aportaria todas as classes de vantagens: a peseta se estabilizaria, o governo americano e os bancos estadounidences (...) ajudariam. Sustentado pelos economistas da Opus, o plano foi aceitado oficialmente pelo governo em julho de 1959 (...) Estes tecnocratas obcecados pela produtividade, o êxito material a todo custo (...) sacrificando a parte alta, nobre ou espiritual do indivíduo para obter o êxito, logo chamaram aos financistas internacionais, os políticos mundialistas. A Espanha, preservada, ao menos oficialmente e por leis, da corrupção moral (...) abriu (graças a Opus Dei) suas fronteiras (...) para fazer entrar dinheiro (...) Em 1961... as hordas ocidentais trouxeram às praias espanholas mil milhões de dólares e os espetáculos imorais e o fermento da corrupção do liberalismo. Espanha sacou um verdadeiro proveito?”[42]. Distingo: enquanto ao trabalho (“opusdeísticamente” falando, como fim do homem), sim. Porém em relação ao Reino dos Céus (critãmente falando). Penso verdadeiramente que não.

 

Conclusão

 

Parece-me que o dilema ante o qual nos encontramos ao começo do artigo: OPUS DEI OU OPUS JUDEI, pode ser facilmente resolvido pelo leitor.

 

 NOTAS (em epanhol)

 
* Tomado de “Sodalitium”, n°42, oct./nov. de 1996) (Traducido por el R. P. Romero) 

* [1] D. Le Tourneau,"El Opus Dei”, P.U.D.F., París, 1984. 

* [2] M. Ricci: Presto un’aureola per Escrivá, “30 Giorni”, 5/5/90, pág. 14. 

* [3] ibidem, pág.15. 

* [4] F. Andriola: La Loggia é una cara di vetro, en “L’Italia Settimanale”, 26/1/94, pág. 72. 

* [5] G. Cubbeddu: Giuliano il teista, en “30 Giorni”, febrero de 1994, pág. 29 


* [6] F. Andriola - M. Arcidiacono: “L’anno dei complotti”, Baldini y Castoldi, Milán, 1995, págs. 322-323. 

* [7] J. M. Escriba: “Opus Judei”, ed. Orion, Bogotá, 1994, pág. 74. 

* [8] S. Bernal: “Monseñor Josemaría Escrivá de Balaguer”, Rialp, Madrid, 1976, pág. 9 

* [9] “El País”, 20/1/86 

* [10] L. Carandell: “Vida y milagros de Monseñor Escrivá de Balaguer”, Editorial Laia, Barcelona, 1975, pág. 118 

* [11] S. Bernal, op. cit., pág. 55 
* [12] id., pág. 31) 

* [13] L. Carandell, op. cit., págs. 142-143 

* [14] id., pág. 147. 

* [15] cfr. J. M. Escriba, “Opus Judei”, pág. 123. 

* [16] L. Carandell, op. cit págs. 79-80. 

* [17] cfr. “Sodalitium”, nº 39, págs. 18 J. M. Escriba, op. cit., pág. 126. 

* [18] J. M. ESCRIBA, OP. CIT., P 129. 

* [19] id., pág. 127; cfr. Jesús infante: “La prodigiosa aventura del Opus Dei”, op. cit., pág. 32 


* [20] L. Carandell, op. cit. pág. 64

* [21] cit. en J. M. Escriba, op. cit., pág. 129


* [22] F. TORRIERO Ferma è la Massoneria L'Italia Settimanale 22/02/1996 p. 29. 

* [23] Cf. Lettre del 6/11/1996. 

* [24] Cf. Regole hebraiche di lutto, Carucci ed. Roma 1980, p. 17. 


* [25] cfr. nº 40, págs. 69-71 


* [26] D. Le Tourneau: “El Opus Dei”, pág. 2) 

* [27] id., págs. 22-23 

* [28] id. pág. 23 

* [29] id., pág. 25 

* [30] id., pág. 26 

* [31] J. Morales: “El Opus Dei: su verdadera faz”, Madrid, 1991. 

* [32] P. Berglar: “Opus Dei”, Rialp, Madrid, pág. 218. 

* [33] S. Bernal: “Monseñor Escrivá de Balaguer”, Rialp, Madrid, pág. 153


* [34] id., pág. 30 

* [35] Vázquez del Prada: “El fundador del Opus Dei”, Rialp, Madrid, pág 336 

* [36] J. M. Ceja: “Estudios sobre «Camino»”, Rialp, Madrid, 1988, pág. 100


* [37] Génesis, II, 15 

* [38] (cfr. “Sodalitium”, nº 40, pág. 70) 

* [39] “Reportaje a Mons. Escrivá de Balaguer”, ed. Fayard, París, pág. 126 

* [40] N. Dehan: Un extraño fenómeno pastoral, el Opus Dei, “Le sel de la terre”, nº 11, invierno 1994-1995, pág. 135. 


* [41] P. Berglar “Opus Dei”, Rialp, pág. 244. Cfr. también Vázquez del Prada: “El Fundador del Opus Dei”, pág. 258 

* [42] P. Berglar “Opus Dei”, Rialp, pág. 244. Cfr. también Vázquez del Prada: “El Fundador del Opus Dei”, pág. 258 
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