quarta-feira, 31 de julho de 2013

A reencarnação sob o olhar da fé






Em 1982, uma sondagem do instituto Gallup revelava um fenômeno impressionante da mentalidade ocidental. Um em cada quatro europeus declarava ser adepto da teoria da reencarnação. O fenômeno tinha todas as oportunidades para se expandir, uma vez que, no mesmo ano, 28% dos britânicos apoiavam esta doutrina enquanto, dez anos antes, não eram mais de 18%.

As cifras crescem sem parar nos últimos 12 anos. Mostram de modo evidente que essa crença não se limita às margens do Ganges, mas que exerce uma real força de sedução nas mentalidades ocidentais. A multiplicação dos livros, artigos, programas televisivos, filmes, que se prestam a gravá-la na inteligência, convida-nos a examiná-la atentamente.

Apresentação geral

A reencarnação, ou metempsicose, é uma doutrina filosófica que prega a transmigração da alma, ao considerá-la suficientemente independente do corpo para que não esteja ligada a ele de modo exclusivo. Depois da morte, ela une-se a outro corpo para começar nova vida. A alma é semelhante a um homem que tem de mudar-se regularmente. Em uma determinada data, deixa necessariamente uma morada para ir habitar em outra. A metempsicose distingue-se da reencarnação no que admite a migração das almas nos animais e nas plantas, enquanto esta última a restringe ao gênero humano.

Uma breve exposição nos ajudará a conhecer melhor tais doutrinas1. As tribos animistas da África conservaram a religião das hordas ancestrais. Na morte, a alma lamenta pelo seu corpo, desejando assim unir-se seja aos objetos a que era apegada, seja aos animais ou mesmo aos seres humanos. As coisas ou animais tornavam-se protetores da família dos descendentes. A metempsicose encontra-se aqui mais próxima da superstição que da religião. Ainda que de modo secundário, essa crença ressurge em uma forma mais elaborada no Egito das pirâmides. Para os egípcios, a alma, depois da morte, vai juntar-se às estrelas incontáveis (versão mais antiga), ou fundir-se na alma universal que habita o sol (versão panteísta mais tardia). Por vezes, todavia, a alma do pecador pode ser constrangida a entrar no corpo de um porco para que ali leve uma vida miserável sobre a terra.

Tal doutrina aparece na Grécia por volta do século VI a.C.. Desconhecida até então, logo adota um novo formato, elaborado através do mito de Orfeu. Composto de um elemento mal e outro divino, o homem deve se libertar do princípio maligno que quer governá-lo, para permitir o triunfo da força divina. Logra-o por purificações sucessivas, reiteradas ao longo de uma série de existências terrestres, até o ponto em que se escuta dizer esta sentença liberadora: Bem-aventurado e feliz, serás deus e não mais mortal2.

Pitágoras faz sua a teoria. Mais ainda, afirma lembrar-se de todas as vidas anteriores, que faz começar em Aitalides, filho de Hermes. Platão é mais prudente em seus escritos: Em tal matéria, é impossível, ou pelo menos dificílimo, chegar a uma evidência. (Fédon, 85) Contudo, sua concepção da metempsicose não é menos precisa. Na morte, a alma passa uma estada no inferno para um tempo de provações, depois do que se une por iniciativa própria aos seres que se lhe assemelham. Se a alma se encontra pura no momento da morte, isto é, isenta de todas as máculas do corpo, é-lhe imposta não obstante uma provação de três mil anos, em meio de que precisará sofrer três outras vidas terrestres, conservando a inocência. Só então será fundida para sempre em um espírito divino, imortal e cheio de sabedoria. Por outro lado, a alma dos tiranos e dos incorrigíveis viverá em uma eterna infelicidade, unida aos seres corrompidos que se lhe assemelham. Quanto àqueles cuja malícia não é invencível, podem reencarnar para se purificar e avançar até à sabedoria. A despeito disso, mil anos de provação separam duas encarnações sucessivas. Aristóteles considera com desdém o que chama de “fábulas pitagóricas”3 Recusa-as baseado em graves razões filosóficas, que iremos examinar. A alma não é estranha ao corpo. Constitui, com o corpo, um todo substancial, uma só realidade concreta. Uma alma determinada dá o ser e aperfeiçoa um determinado corpo: “Uma alma não pode entrar num corpo qualquer”4

No final do século II antes de nossa era, a metempsicose passou da Grécia para Roma por intermédio do poeta Ênio (239-169 a.C.). Aí parece ter sido admirada, já que descobrimos menções a seu respeito em Horácio, Ovídio e Virgílio.

Mas é na Índia e no Oriente Distante que a teoria da reencarnação encontrou sua terra de predileção, conhecendo sucesso prodigioso. Notemos, antes de tudo, que os livros védicos, levados pelos Arianos ao norte do país (2000 anos a.C.), não davam qualquer sinal da metempsicose. Essa só aparece com os Upanishads (700 anos a.C.). Tal moral está subtendida por um princípio primordial: a felicidade das almas consiste na fusão com a alma universal do tudo. A boa ação é a que favorece o aniquilamento da personalidade, dos apetites, da atividade própria. E, já que a fonte de todo mal é a sede de existência, o ato mal é o que a alimenta. Enquanto a soma dos atos maus não for compensada pela dos atos bons, a alma deverá renascer à vida terrestre. Ela será liberada dessa fatalidade quando tiver apagado todo desejo de existir, quando tiver atingido a inação absoluta, o vazio completo. É a absorção na alma universal (o brahma) ou nirvana.

O budismo na China retoma o mesmo pensamento, radicalizando-o. Como seu predecessor, segue a destruição da personalidade, mas parece ignorar a alma suprema, a ponto de só se interessar pelo nirvana em si mesmo. Acentua, destarte, o niilismo hindu. Métodos ascéticos mui austeros são estabelecidos, a fim de se realizar o nada, não mais obstando a reminiscência das vidas passadas.

No Oriente assim como no Ocidente, a metempsicose nos parece como um fenômeno em contínua expansão. Nada parece deter sua progressão. Nada, salvo o cristianismo. Com efeito, só o formidável esforço da Igreja nos dois primeiros séculos de nossa era pôde estancar tal doutrina. Em todo lugar onde o Evangelho foi pregado, ela caiu no esquecimento ou teve de se esconder. No Ocidente, vemo-la refugiar-se na cabala do século II. Qualquer alma, ensina, possui em si o princípio de seu próprio aperfeiçoamento, devendo conduzi-la até à substância divina, onde entrará depois de uma ou várias vidas terrestres.

Os gnósticos retomam a mesma concepção dinâmica da reencarnação. Esta não é tão-somente punição pelas faltas de vidas passadas, mas uma etapa da ascensão da alma à divindade pelo impulso de seu próprio dinamismo interior.

Veiculada pela cabala e pela gnose, tal pensamento é retomado, no século XVI, pelo matemático Jerome Cardan (1501-1576) e pelo filósofo Giordano Bruno (1548-1600). O século XIX fornece vários adeptos notórios desse pensamento, mas é contudo com a teosofia e a antroposofia, no século XX, que o movimento toma um formidável alcance.

Tal é, por exemplo, o vaticínio de Rudolf Steiner5, fundador da antroposofia: “Quando superamos a ilusão do EU terrestre habitual, escreve ele, quando logramos a visão espiritual, podemos reconhecer o EU tal como atravessou o mundo espiritual entre a morte e um novo nascimento, e como no seio desse mundo dotado de impulsos morais, ele se comporta em função de sua vida terrestre precedente, e como introduz na vida terrestre atual tudo o que vimos exprimir-se nas inclinações do ser humano (...). “Quando observo uma planta, me é possível perceber que ela tem em si um impulso vital durável, que reaparecerá em uma outra planta quando a primeira já estiver, muito tempo depois, reduzida a cinzas.”6

Nos anos 60, com a fascinação pela Índia, a expansão toma aspecto de um grande contágio. Assistimos a uma verdadeira campanha orquestrada por todos os meios de comunicação. Os livros se multiplicam, os testemunhos mais perturbadores são transmitidos pelas ondas e telas7. Logo, a “Nova Era” faz disso um de seus temas favoritos, dando a ele a eficaz sustentação de sua organização e finanças. A propaganda alcançou um formidável sucesso, o que constatamos até à hora presente.

Concluamos este sobrevôo de séculos e civilizações por um comentário geral. O cônego Vernette observa, com justeza, que a teoria da reencarnação não aparece nas diversas religiões, nem no seu nascimento nem à sua idade de ouro, mormente em seu declínio. Denuncia certo desgaste, marca o fim de uma era. “A crença na reencarnação parece surgir no momento das grandes crises de sentido: quando buscamos uma nova resposta religiosa às questões metafísicas a respeito da origem e do fim do homem, sobre o mal e o sofrimento”. A religião é sufocada e torna-se impotente para responder as inquietudes do homem. Este, pois, se refugia na metempsicose. Graças a ela, em primeiro lugar, nossos mortos não nos deixam mais, porém continuam a viver entre nós. Ela também nos vem consolar de nossos fracassos e de nossa impotência em fazer o bem, fazendo-nos crer que outra vida nos tornará melhores. Nada está definitivamente decidido. O sofrimento toma um novo sentido. Não é mais um escândalo revoltante para aqueles que  não são cristãos, mas a justa expiação de uma vida anterior. Enfim, essa doutrina nos dá serenidade para enfrentar os males do tempo presente. Os cataclismos e a morte são apenas passagens obrigatórias para uma nova existência mais feliz. O “paraíso terrestre” permanece sempre possível. Compreendemos melhor a força de sedução que essa doutrina exerce sobre os espíritos deste fim de século XX. Mas a metempsicose cumpre suas promessas? Tem alguma possibilidade de conduzir o homem à felicidade? É crível? É verdadeira?

Para responder, devemos examinar tal doutrina de um duplo ponto de vista: o da fé e o da razão natural.

Súmula bíblica contra protestantes


Fonte
Permanência
 Pe. Antônio Miranda, S. D. N.Manhumirim, 1960




ABSOLVIÇÃO


1 ― JESUS PROMETEU CONFERIR O PODER DE PERDOAR PECADOS

MAT. XVI, 19 ― “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: e tudo o que ligares sobre a terra será ligado nos céus e tudo o que  desligares sobre a terra será desligado também nos céus”.

Aqui vemos o poder de perdoar, conferido primeiramente ao chefe dos Apóstolos, no singular; depois, Jesus conferirá o mesmo poder a todo o Colégio Apostólico, no plural. Leia-se o texto seguinte:

MAT. XVIII, 18 ― “Em verdade, vos digo: tudo que ligares sobre a terra, será ligado também no céu: e tudo o que desligardes sobre a terra será desligado também no céu”.


2. JESUS CONFERIU ESTE PODER, APÓS A RESSURREIÇÃO

JOÃO, XX, 22-23: ― “Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem vós perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.

NOTA-SE que, no texto último, Jesus faz questão de, antes de conferir aos Apóstolos o poder de perdoar pecados, soprar sobre eles, conferindo-lhes o Espírito Santo.  Logo, o poder de perdoar não convém, de maneira nenhuma, a todo e qualquer indivíduo, como o entendem os protestantes, mas é um poder sacramental, conferido mediante a colocação do Espírito Santo.

Vide também o verbete CONFISSÃO.


ADORAÇÃO

1 ― EM SENTIDO ESTRITO, SÓ SE PODE ADORAR A DEUS
MAT. IV, 10 e LUC. IV, 8: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e a Ele só servirás”.

ATOS, X, 25, narram que Cornélio, ao receber S. Pedro, “prostrou-se para adorá-los, mas S. Pedro lhe disse: “Levanta-te. Também eu sou um homem”

APOC. XIX, 10, narra também que São João se prostrou aos pés de um Anjo para o adorar, mas este lhe disse: “Não faças isto !  Eu sou um servo como tu e teus irmãos, que tem o testemunho de Jesus. Adora a Deus”.

2 ― MAS, EM SENTIDO IMPRÓPRIO, A ESCRITURA FALA DE ADORAÇÃO EM VÁRIOS LUGARES

GEN.  XXXIII, 1 :  ― “Levantando, porém, Jacó os seus olhos viu Esaú,  ...  3. E ele, adiantando-se, adorou-o sete vezes prostrado por terras”.

NÚMEROS, XXII, 31: ― “No mesmo ponto abriu o Senhor os olhos a Balaão, ele viu  o Anjo parado no caminho com a espada desembainhada, e, prostrado por terra, o adorou”.

II REIS, XIV,22: ― “Joab, prostrando-se por terra sobre o seu rosto, adorou e felicitou o rei”.

III REIS, 1, 16: ― “Inclinando-se Betsabé profundamente, adorou o rei”.

IV REIS, IV, 36 e 37: ― “Chegou ela e lançando-se-lhe aos pés (de Eliseu), adorou prostrada em terra”.

IPAR. XXIX,20: ― “E todo o povo bendisse o Senhor Deus; e se prostraram e adoraram a Deus, e depois ao rei”.

A adoração de que fala a Escritura nestes textos não é propriamente adoração, e, sim, veneração profunda que se demonstra com a prostração. A Escritura narra estes fatos sem reprová-los, porque o sentido deles é fácil de entender-se, entre os orientais principalmente.

É neste mesmo sentido que, em português antigo. falavam alguns autores de adoração dos Anjos e Santos. Estavam, pois, muito de acordo com a Sagrada Escritura.

Hoje em dia se usa o termo adoração só para Deus. E para a Sma. Virgem e os Santos se usa o termo veneração.

ADORAR EM ESPÍRITO E VERDADE

JOÃO, IV, 23 e 24: ― “A hora vem, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Por que é destes adoradores que o Pai procura. Deus é Espírito, e em espírito e verdade é que o devem adorar os que o adoram”.

Deste texto os protestantes deduzem contra a Igreja Católica a abolição de todo culto externo, principalmente o culto das imagens. Mas é dar à palavra de Jesus uma extensão que não tem. Jesus apenas quer dizer à samaritana que vai ser abolido o culto da lei antiga e que não será necessário ir mais ao templo de Jerusalém para ali adorar a Deus, porque, em a nova religião cristã, não são as formas antigas, prescritas por Moisés, que vão agradar ao Pai, e sim a adoração “em espírito e verdade” isto é: adoração espiritual e sincera, não só externa, mas partindo do intimo da alma, sobretudo adoração de almas em estado de graça.


ANJOS

1. ― SOMOS CONFIADOS À SUA GUARDA

MAT. XVIII,10: “Vede que não desprezeis a nenhum destes pequeninos; porque eu vos declaro que os seus anjos, no céu contemplam sempre a face do Pai que está no céu”.

HEBR. I, 14: ― “ Não são eles espíritos ministradores, enviados para exercer  o seu ministério em favor daqueles que deverão herdar a salvação ?”

ÊXODO, XXIII, 20: ― “Eis que te envio um anjo (mensageiro), diante de ti para que te guarde no caminho, e te leve ao lugar que te guarde no caminho, e te leve ao lugar que te preparei”.

ÊXODO, XXIII, 21: ― “Guarda-te diante dele e ouve a sua voz, e não provoques a ira. Porque não perdoará a vossa rebelião; porque meu nome está nele”

NOTE-SE a força destes textos. Deus encarregou os Anjos de zelar pelos homens. Eles estão, assim, constituídos intermediários, de algum modo medianeiros entre Deus e nós.

2.  ELES OFERECIAM NOSSAS PRECES A DEUS, A  MODO DE MEDIANEIROS

APOC. VIII, 3:  ― “ Veio, pois, outro anjo, e parou diante do altar, tendo um turíbulo de ouro, e foram-lhe dados  muitos perfumes para oferecer com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que está ante o trono de Deus”.

APOC. VIII. 4: ― “ E da mão do anjo subiu a fumaça dos perfumes das orações dos santos diante de Deus”.


 ELES ROGAM POR NÓS DIANTE DO TRONO DE DEUS

ZACARIAS, I, 12: ― “ Então o Anjo do Senhor respondeu e disse: ― “ Então o Anjo do Senhor respondeu e disse: “O Senhor dos Exércitos ! Até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado estes setenta anos ?”

GÊN. XL.VIII. 16: ― “ O anjo que me livrou de todo mal, abençoe estes rapazes, seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaac e se multipliquem como peixes em multidão no meio da terra”.

OSÉIAS, XII, 3 E 4: ― “Jacó suplantou seu irmão no ventre materno e com fortaleza lutou com seu anjo. E prevaleceu contra o anjo e ficou vencedor. Chorou e suplicou-lhe”.

domingo, 28 de julho de 2013

Nudistas profanando, quebrando crucifixos e imagens sagradas



Nudistas profanando, quebrando crucifixos e imagens sagradas.

Onde está a indignação, a santa cólera dos verdadeiros católicos?

Nesse mesmo momento, desenrolava-se a JMJ Rio 2013...

Pregação ou pegação: O apogeu da decadência moral nos meios 'católicos' está aí...




A sacerdote santo —houve quem dissesse— corresponde um povo fervoroso; a sacerdote fervoroso, um povo piedoso; a sacerdote piedoso, um povo honesto; a sacerdote honesto, um povo ímpio. Sempre um grau de vida a menos, naqueles que são gerados. Seria talvez exagero admitir esta proposição. Julgamos, contudo, que as seguintes palavras de Santo Afonso Maria de Ligório explicam bem a atual situação:

“Os bons costumes e a salvação dos povos dependem dos bons pastores. Se, à frente de uma paróquia, estiver um bom pároco, depressa nela se verá florescer a devoção, os sacramentos serão frequentados, a oração mental praticada. Daí o provérbio: ‘Tal padre, tal paróquia’, segundo esta palavra do Eclesiástico (10, 2): ‘Qual o governador da cidade, tais os seus habitantes’”.

- A Alma de todo o Apostolado - J.B. CHAUTARD


Zé Zacarias Essa JMJ é uma grande promiscuidade e uma grande irresponsabilidade de seus promotores. Jovens saindo do mundo inteiro para ficarem alojados em barracas ou em outros aglomerados, totalmente expostos a ocasiões de pecados, os mais diversos. E no final, isso não converte absolutamente ninguém, em uma Jornada Mundial da Juventude, dos quais, muitos pensam que são Católicos, mas discordam da Doutrina Católica; discordam da Fé Católica, até mesmo porque essa jornada, de Católico não tem nada. O discurso de Bergoglio era vazio e de natureza eminentemente política, e o que é pior, política esquerdista, voltada para o comunismo ateu. QUE BELA "SANTIDADE"!.... Isso é uma pouca vergonha!


Fonte: UOL

A Imoralidade - Pio XII


Fonte: MJCB 







Discurso, mulheres católicas, 20 de fevereiro de 1942.

Não diversamente dos demais cristãos, também as pessoas dotadas simplesmente de honestidade e de bom-senso natural se admiram e aterram à vista da crescente maré de imoralidade que, embora estes últimos tempos já sejam extraordinariamente graves, ainda ameaça submergir a sociedade. Ninguém hesita em reconhecer como causa particular as publicações licenciosas e os espetáculos desonestos, que se apresentam aos olhos e aos ouvidos dos adolescentes e dos homens maduros, dos jovens e dos velhos, das mães e das crianças. Que dizer então da arte, da moda, dos costumes públicos e privados, masculinos e femininos? Difícil crer a que grau de corrupção moral não titubearam em descer determinados autores, editores, artistas, empreendedores e divulgadores de semelhantes obras literárias e dramáticas, artísticas e cênicas, convertendo o uso da pena e da arte, do progresso industrial e das admiráveis invenções modernas em meios, armas e lisonjas para a imoralidade. Escritos e obras, indignos da honra das letras e das artes, encontram leitores e espectadores aos milhares. E vós vêdes adolescentes atirarem-se a tal alimento, para a mente e para os olhos, com toda a fúria das paixões que se acordam, vêdes progenitores levarem e conduzirem consigo, a tão tristes cenas, meninos e meninas, em cujos tenros corações e em cujas pupilas se imprimem assim, em troca de inocentes e santas visões, fatais imagens e ânsias, que muitas vezes não mais se desvanecerão.
Que se deve portanto pensar que a natureza humana seja universal e profundamente depravada e que sua avidez de escândalos seja irremediável? Não, no coração humano Deus colocou por fundamento a bondade, à qual porém Satanás e a não refreada concupiscência armam ciladas. Salvo uma pequena minoria, o povo não procuraria espontaneamente, menos ainda pediria, divertimentos malsãos, se não fossem oferecidos, apresentados e, por vezes, quase impostos de surpresa. Por isto, se "contro miglior voler, voler mal pugna", é de extraordinária importância entrar na liça para a defesa da moral pública e social. Não é um combate de armas materiais e de sangue derramado mas um conflito de pensamentos e de sentimentos, entre o bem e o mal. Convém que todos aqueles que são bons (e já são muitos), enderecem seus esforços e coloquem todo seu talento para criar, promover uma literatura, um teatro, um cinema, que sejam educativos, sãos de conceitos e de costumes, e ao mesmo tempo interessantes e atraentes, verdadeiras obras artísticas. Não podemos suficientemente louvar e animar os beneméritos intelectos que a esta empresa se dedicam; são quais apóstolos do bem. É porém evidente que tal carga de apostolado não é para todos os ombros.
Não haveria para os outros algo que lhes conviesse? Podem eles acalentarem a esperança de que a atração das boas e belas obras será universalmente capaz de fazer nascer e difundir invencível desgosto e repúdio por todas as torpezas? Sobre isto ninguém é tão ingênuo que se iluda. E, então, encontram-se porventura desarmadas as pessoas de bem, diante dos mais desfrutadores da imprensa, da tela e do humorismo? Isto seria injusto afirmar, e tal injustiça manifestar-se-ia logo a quem quer que conhece e considera atentamente a louvável legislação que honra o País. Aos cidadãos respeitáveis, aos pais de família, aos educadores, está aberto o caminho para assegurar a aplicação e eficaz sanção daqueles leis providenciais, levando à autoridade civil, de modo devido, as denúncias baseadas sobre o fato, exata nas referências e quanto às pessoas, coisas e palavras, a fim de que tudo o que de reprovável fosse apresentado ao público seja reprimido ou impedido.
O trabalho, não o dissimulamos, é imenso e variado; porque imenso, oferece vasto campo para todos os de boa vontade; porque variado, é passível de todas as atitudes. Sua amplidão, porém, se de uma parte possui algo que causa medo e desencoraja os pusilânimes, de outra parte, no entretanto, serve para inflamar sempre mais o ardor das almas generosas.

Discurso, mulheres da Ação Católica, 24 de julho de 1949.

Examinemos agora mais de perto nosso argumento, porque muito ainda permanece por ser feito, e a Igreja, de sua parte, muito espera de nós.
Sempre mais altas e penetrantes ressoam, do solo europeu e de além-mares, os gritos, as vozes de socorro pela infeliz condição das famílias e das gerações de jovens. Que a guerra seja a principal culpada, parece não padecer dúvidas. É responsável sobretudo pela violenta e funesta separação de milhões de cônjuges e de famílias, e pela destruição de inumeráveis habitações.
Mas é igualmente certo que a verdadeira e própria razão de tão grande mal é ainda mais profunda. Deve ser procurada naquilo que com um termo geral se chama materialismo, na negação ou ao menos no descaso e no desprezo de tudo o que é religião, cristianismo, submissão a Deus e a sua lei, vida futura e eternidade. Como um hálito pestífero, o materialismo invade sempre mais todo o ser e produz maléficos frutos no matrimônio, na família e nos jovens.
É, pode-se afirmar, unânime o juízo de que a moralidade dos jovens está em contínua decadência. E não somente isto acontece com a juventude da cidade. Também na do campo, onde outrora floriam sãos e robustos costumes, a degradação moral não se torna inferior, porque muito daquilo que na cidade leva ao luxo e ao prazer, obteve igualmente entrada franca nas vilas.
É supérfluo recordar quanto o rádio e o cinema foram usados e abusados para a difusão daquele materialismo, e do mesmo modo: o mau livro, a licenciosa revista ilustrada, o espetáculo impudico, o baile imoral, a imodéstia das praias contribuíram para aumentar a superficialidade, o mundanismo, a sensualidade da juventude.
Os relatórios que provêm de diversas regiões, assinalam tais fatores como causa do abandono moral e religioso dos jovens. É porém responsável, em primeiro lugar, a desagregação do matrimônio, cuja funesta consequência e cujo índice é o abaixamento moral da juventude.

Discurso aos Cineastas, E.U.A., 14 de julho de 1945

Pergunta-se, por vezes, se os dirigentes das indústrias cinematográficas avaliam exatamente o vasto poder que possuem de influenciar na vida social, quer no recesso da família, quer em mais amplos grupos civis.
Os olhos e os ouvidos são como amplas vias, que levam diretamente à alma do homem e estão abertas, o mais das vezes sem obstáculos, pelos espectadores dos vossos filmes. Que é que passa da tela para os recônditos da mente onde se desenvolve o fundo dos conhecimentos e se plasmam e afinam as normas e os motivos da conduta, que formarão o caráter definitivo dos jovens?
É algo que contribuirá para nos dar um cidadão melhor, trabalhador, observante da lei, temente a Deus o que o faz encontrar suas alegrias e recreio nas telas e nos divertimentos?
São Paulo citou Menandro, antigo poeta grego, quando escreveu aos fiéis de sua Igreja em Corinto que"a péssima conversa corrompe os bons costumes". Isso, que então foi verdade, não deixa de hoje também ser verdade, porque a natureza humana muda pouco com os séculos. E se é verdade, como o é realmente, que a má conversa corrompe a moral, quanto mais eficazmente não será esta corrompida pela má conversa acompanhada pela conduta, vivamente projetada, que contradiz as leis de Deus e da decência civil? Oh, imenso é o bem que o cinema pode fazer! Eis porque os espíritos maléficos, sempre ativos neste mundo, desejam perverter este instrumento para seus ímpios escopos; é encorajante saber que o vosso Comitê está consciente do perigo e torna-se sempre mais consciente de suas graves responsabilidades diante da sociedade e de Deus.
Cabe à opinião pública sustentar de todo o coração e efetivar todo esforço legítimo executado por homens de integridade e honra para purificar os filmes e mantê-los limpos, para melhorá-los e aumentar-lhes as utilidades.

Discurso, Juventude da Ação Católica, 6 de outubro de 1940.


Moda e modéstia deveriam caminhar juntas como duas irmãs, porque ambos os vocábulos têm a mesma etimologia; do latim "modus", quer dizer, a reta medida, além e aquém da qual não se pode encontrar o justo. Mas a modéstia não é mais moda! Semelhantes àqueles pobres alienados que, tendo perdido o instinto da conservação e a noção do perigo, se atiram no fogo ou nos rios, não poucas almas femininas, esquecidas por ambiciosa vaidade, da modéstia cristã, vão miseravelmente ao encontro de perigos onde sua pureza pode encontrar a morte. Sofrem a tirania da moda, até a da moda imodesta, de sorte que parecem não suspeitar mais, nem mesmo da inconveniência; perderam o próprio conceito do perigo, o instinto da modéstia.

sábado, 27 de julho de 2013

Manifestantes da 'Marcha das vadias' durante a JMJ Rio 2013: Nudismo, quebra de Crucifixos e imagens de Nossa Senhora



"Eu vou pro inferno, mas vou feliz porque amei a pessoa que eu quis", cantam manifestantes na "Marcha das Vadias", segundo o repórter Henrique Coelho.


Fonte: G1
Tasso Marcelo/ AFP Photo
Participantes da Marcha das Vadias quebram imagens de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima. A atitude chocou os fiéis que estavam na Praia de Copacabana.

Marcelo Elizardo/G1
Em Copacabana, imagens de Nossa Senhora e crucifixos são colocados no chão e profanados.




Foto: Murilo Rezende/Agência Estado

Em meio aos peregrinos, durante a 'Marcha das vadias', mulher "senta"
(?) em imagem de Nossa Senhora e põe o crucifixo...

Marcelo Elizardo / G1
Batucadas e cantoria na "Marcha das Vadias" que acontece agora no calçadão da Praia de Copacabana.

Darwin: evolucionismo anticristão rumo à extinção do homem


As teorias darwinistas, quando levadas a seu extremo de negação de Deus e da ordem natural, induzem à aceitação da “cultura da morte”: a extinção do homem.
Luis Dufaur
O leitor me perdoe começar com este fato aberrante: a Ginemedex, clínica de aborto de Barcelona, utiliza liquidificadores para “sumir” com os restos de bebês abortados com mais de sete meses de gestação!(1) O pretexto para essas “moedoras de bebês” é o fato de a lei obrigar as clínicas a enterrar os despojos das crianças sacrificadas com 11 ou 12 semanas de gestação. E tais clínicas não querem arcar com as despesas do enterro...
Como é possível que tal fato não suscite uma onda de compaixão pelas criancinhas que acabam assim os seus dias? E, convém ressaltar, elas não foram batizadas!
Pensava eu nisto quando lia escritos de John Holdren –– o novo “czar” das ciências do presidente Obama ––, que me lembraram os sofismas da pregação progressista, ecologista e da “cultura da morte”. E ia refazendo na minha cabeça as discussões que tinha com colegas progressistas, aos quais eu apresentava a contra-argumentação.
— “É a evolução... o homem multiplicou-se mais do que o meio ambiente pode suportar. Com sua civilização, ele ameaça o clima da Terra. É preciso reduzir seu número até com métodos drásticos e compulsivos”.
— E a moral? –– reagi como que instintivamente.
— “Moral? Não há moral. Darwin mostrou que nada é definitivo, que o homem é apenas um estado passageiro da evolução. Ontem ele se assemelhava a um simióide que andava de quatro pelas galharias das árvores. Anteontem estava contido numa espécie de ameba no fundo dos mares. Amanhã será outra coisa. A natureza muda... e a moral se altera junto. Os mais fortes prevalecem. No futuro, virá talvez um ‘homem novo’ que substituirá nossa orgulhosa humanidade. É a lei da evolução”.
— Mas o homem não é filho de Deus, saído de suas próprias mãos, feito à sua imagem e semelhança, destinado à bem-aventurança eterna?
— “Ora essa! Darwin mostrou que nada disso tem base científica. Isso é coisa de espírito retrógrado, fundamentalista, inimigo da ciência e do progresso humano”.
— Mas se nada é fixo, imutável, eu não posso ter segurança de nada?
— “Nada... nada..., nada é imutável. Veja a Religião católica, teólogos que aceitam a evolução, como Teilhard de Chardin. Eles criaram uma nova teologia, viraram a Igreja Católica pelo avesso. A única segurança é que tudo ficou inseguro, incerto. É a evolução, meu caro, é preciso adaptar-se ou desaparecer!”
Enquanto afastava estas ameaçadoras idéias, fui me informar sobre o que Darwin, cujo bi-centenário do nascimento comemora-se neste ano, afirmava de fato a respeito da evolução.
A viagem em volta da Terra e “A Origem das Espécies”
Diário de Darwin
Charles Darwin (1809-1882) nasceu numa abastada família inglesa. Estudou ciências naturais nas universidades de Edimburgo e Cambridge. Ainda jovem, empreendeu uma viagem de quase cinco anos em volta da Terra (1831-1836). Nela acumulou observações e amostras do reino animal. De retorno à Inglaterra, guardou as anotações embaixo de uma escada. As crianças da casa arrancavam as folhas para brincar.
Mais de vinte anos depois, o naturalista Alfred Russel Wallace (1823-1913) mostrou a Darwin o livro que ia publicar, com idéias próximas às dele. Darwin recuperou então as velhas anotações, ordenou-as e publicou-as. Surgiu assim, há 150 anos, A Origem das Espécies.
Contrariamente à saga corrente, a viagem não mudou a atitude de Darwin em face de Deus. Por exemplo, após entrar numa floresta brasileira, escreveu: “Não era possível formar-se uma idéia dos sentimentos de maravilhamento, de admiração e de devoção que enchem e encantam o espírito. Lembro-me bem de ter ficado convencido de que no homem há mais do que o simples influxo do corpo”.(2)
Crise religiosa: Darwin torna-se anticristão
Iguana das ilhas Galápagos
Mas o Charles Darwin de A Origem das Espécies mudara completamente em relação ao naturalista expedicionário. Ele fora criado no protestantismo, tendo depois perdido qualquer vestígio de fé entre 1836 e 1839. Tornou-se agnóstico e visceralmente contrário ao cristianismo. Em sua Autobiografia, narra como voltou-se contra o Deus da Bíblia. Tal confissão de apostasia é tão chocante, que seus descendentes impediram a divulgação. Ela só veio a lume numa edição de 1958, onde afirma num trecho censurado: “De fato, dificilmente posso admitir que alguém pretenda que o cristianismo seja verdadeiro; pois, se assim fosse, as Escrituras indicam claramente que os homens que não crêem –– isto é, meu pai, meu irmão e quase todos os meus melhores amigos –– serão punidos eternamente. E isto é uma doutrina condenável”.
Ele optou por um sentimentalismo relativista e vago, que levou até as últimas conseqüências; implicou com a lógica ordenada da moral evangélica, que tem na Igreja Católica sua autêntica realização; repeliu os movimentos de alma ordenados que lhe inspiravam as cenas grandiosas da natureza; pois percebeu “que estavam intimamente ligados à crença em Deus”.Rompendo com sua admiração pela floresta brasileira, explicou: “Hoje, as cenas mais grandiosas não produziriam em mim nenhuma convicção nem sentimento daquele gênero”.
Anticristianismo e evolucionismo explicitados simultaneamente
Darwin estava bem ciente de que tirava o homem do centro, aproximava-o do animal, e entrava em conflito com a imagem de si próprio
Darwin passou a confessar-se agnóstico e a menosprezar acintosamente a Religião. Lê-se em suaAutobiografia: “O Antigo Testamento é manifestamente falso, a Torre de Babel, o arco-íris como sinal, etc. Dado que ele atribui a Deus os sentimentos de um tirano vingativo, não é mais digno de confiança que os livros sagrados dos hindus ou as crenças de outros bárbaros. [...] Deixei de acreditar no cristianismo enquanto revelação divina”.
Ele foi abandonando a idéia de um Deus pessoal, e mesmo da existência de uma causa final na natureza: “O velho argumento de uma finalidade na natureza, que outrora me parecia tão concludente, caiu depois da descoberta da seleção natural. [...] Não acredito que haja muito mais finalidade na variabilidade dos seres orgânicos e na ação da seleção natural do que na direção em que sopra o vento”.
Homem e natureza se lhe afiguravam então como meros subprodutos de uma cega fatalidade, que progride rumo ao ignoto. O motor desse progresso seriam transformações devidas a acidentes fortuitos e à necessidade. As espécies resultantes, ou mais evoluídas, exterminariam fatalmente as menos evoluídas, mais fracas e inferiores.
Darwin percebeu que, sem um princípio e um fim, o homem ficaria escravo, como um bicho, ao capricho de sua fantasia e de seus instintos: “Um homem que não tem uma crença bem sólida na existência de um Deus pessoal, ou numa existência futura com retribuição e recompensa, não pode ter outra regra de vida, segundo me parece, senão seguir seus impulsos e seus instintos mais prementes, ou que ele acha os melhores”. Esta conclusão, ele a enfeitou com sentimentos típicos do romantismo vitoriano do século XIX.
Sua crise religiosa, que descambou para a apostasia e para o anticristianismo, correu lado a lado com a explicitação do evolucionismo. Então, não é de espantar que o anticristianismo se encontre entranhado no pensamento darwinista e de seus sucessores “neo-darwinistas”, embora pretendam que se trate de meras doutrinas científicas.
Bombardeou o conceito que o homem tem de si próprio
Diz um dos corifeus darwinistas hodiernos, o Prof. Dominique Lecourt, da Universidade da Sorbonne-Paris VII: “Darwin estava bem ciente de que tirava o homem do centro, aproximava-o do animal, e entrava em conflito com a imagem de si próprio. [...] Darwin [...] confessou à sua mulher, muito piedosa, que sua teoria não concordava com o dogma cristão. Ele sabia que tinha fabricado uma bomba”.(3) De fato, suas teorias serviram para dinamitar a visão racional da ordem do universo e sua procedência da criação.
Darwin também é tido como um dos fundadores do ecologismo, que exalta a vida tribal animalesca “integrada” numa natureza em perpétua evolução.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Crescimento do catolicismo tradicional surpreende até revista econômica inglesa







Fonte: IPCO

Luis Dufaur




No período posterior ao Concílio Vaticano II, inaugurado em 11 de outubro de 1962, a Igreja Católica na Grã-Bretanha procurou se modernizar até na liturgia.
Mas o resultado, segundo a conceituada revista econômica “The Economist”, é que os fiéis desertaram das igrejas.

A assistência à Missa na Inglaterra e em Gales caiu pela metade do 1,8 milhão que compareciam aos domingos em 1960. Também a média de idade dos frequentadores aumentou de modo preocupante: de uma média de 37 anos no ano 1980, subiu para 52 anos hoje.
Corpus Christi em Blackfriars, Oxford

Nos Estados Unidos, a assistência à Missa caiu mais de um terço desde 1960. Menos de 5% dos católicos franceses assistem regularmente à Missa, e só 15% fazem o mesmo na Itália.
Em sentido contrário, as Missas não modernizadas, em latim e de costas ao povo, conhecem um boom de participação.
A Sociedade pela Missa em Latim de Inglaterra e Gales (Latin Mass Society of England and Wales), que nasceu em 1965, tem agora mais de 5.000 membros. O número de Missas semanais em latim passou de 26 em 2007 a 157 em 2012: um crescimento de mais de 600%.
Nos EUA, passou de 60 em 1991 a 420 em 2012: um aumento de 700%.
No Oratório de Brompton, fundado pelo Cardeal John H. Newman e ponto de referência do tradicionalismo de Londres, 440 pessoas assistem à Missa em latim aos domingos.
Isto é o dobro do normal da assistência nas principais igrejas modernizadas. Em Brompton, as mulheres usam véu e os homens, o tradicional paletó ou terno de tweed.
Mas os números é o menos importante, observa “The Economist”. As comunidades tradicionalistas se destacam pela juventude e por sua expansão internacional. O Catolicismo tradicional está atraindo pessoas que não tinham nascido quando o Vaticano II pretendia “rejuvenescer” a Igreja.

Além de se expandirem por países da Commonwealth até à África e à China, os jovens grupos tradicionalistas britânicos publicam blogs, administram websites e são muito ativos nas redes sociais.
Eles difundem suas posições até nas dioceses mais progressistas. E não deixam de ser invectivados pelos velhos progressistas que, na falta de argumentos mais religiosos, os qualificam de anacrônicos ou afetados.
Um grande desequilíbrio de crescimento vem acontecendo desde 2007, quando S.S. Bento XVI aprovou formalmente o antigo rito da Missa em Latim. Até aquele momento, o padre que celebrasse a Missa antiga podia ver cortada sua carreira eclesiástica.
Oratório de Brompton, Londres

Na Inglaterra, o rápido aumento dos adeptos da Missa tradicional viu-se ainda reforçado com a criação, pelo Vaticano, do Ordinariato para acolher grupos de ex-anglicanos que abandonaram a dita ‘Igreja de Inglaterra’, a qual está levando sua modernização a ponto de “ordenar” e “sagrar” lésbicas e homossexuais.
Sacerdotes ex-anglicanos “atravessaram o Tibre” às dúzias para se somarem aos católicos romanos tradicionalistas, conta “The Economist”.

Este retorno ao antigo rito com força está deixando consternados os católicos “modernistas”, que o baniram no passado.
Para o Pe. Timothy Radcliffe OP, ex-prior dos dominicanos da Grã-Bretanha, o renascimento tradicionalista é uma reação contra o “liberalismo de moda” em sua geração.
Para ele, não é mais do que um movimento do pêndulo, que ora vai num sentido, ora no oposto, de modo inevitável.

Mas esse argumento não convenceu o jornalista de “The Economist”. Este concluiu a reportagem perguntando se todos os escândalos morais no seio da “Igreja progressista”, a decadência desta, e, em sentido contrário, o crescimento dos tradicionalistas, não são outros tantos sinais de que há 50 anos o Concilio Vaticano II virou para o lado errado.
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