quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Após proibir palmadas, Suécia ‘sofre’ com geração de crianças mimadas


A proibição das punições físicas a crianças foi incorporada ao código penal da Suécia em 1979

Marie Märestad (dir.) e seu marido concedem entrevista à agência AFP em outubro Foto: AFP

A Suécia, primeira nação do mundo a proibir as palmadas na educação das crianças, se pergunta agora se não foi longe demais e criou uma geração de pequenos tiranos.
"De uma certa forma, as crianças na Suécia são extremamente mal educadas", afirma à AFP David Eberhard, psiquiatra e pai de seis filhos. "Eles gritam quando adultos conversam à mesa, interrompem as conversas sem parar e exigem o mesmo tratamento que os adultos", ressalta.
O livro "Como as crianças chegaram ao poder", escrito por Eberhard, explica porque a proibição das punições físicas - incorporada de forma pioneira ao código penal da Suécia em 1979 - levou, pouco a pouco, a uma interdição de qualquer forma de correção das crianças.
"É óbvio que é preciso escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que decidem tudo nas famílias: quando ir para a cama, o que comer, para onde ir nas férias, até qual canal de televisão assistir", avalia ele, considerando que as crianças suecas são mal preparadas para a vida adulta.

O comportamento das filhas levou o casal Märestad a procurar aconselhamento Foto: AFP

"Nós vemos muitos jovens que estão decepcionados com a vida: suas expectativas são muito altas e a vida se mostra mais difícil do que o esperado por eles. Isso se manifesta em distúrbios de ansiedade e gestos de autodestruição, que aumentaram de maneira espetacular na Suécia", diz o psiquiatra.
Suas teses são contestadas por outros especialistas, como o terapeuta familiar Martin Forster, que sustenta que, numa escala mundial, as crianças suecas estão entre as mais felizes. "A Suécia se inspirou sobretudo na ideia de que as crianças deveriam ser ouvidas e colocadas no centro das preocupações", afirma Forster. Segundo ele, "o fato de as crianças decidirem muitas coisas é uma questão de valores. Pontos de vista diferentes sobre a educação e a infância geram culturas diferentes".
O debate sobre o mau comportamento das crianças surge regularmente nas discussões sobre a escola, onde os problemas de socialização ficam mais evidente. 

"É óbvio que é preciso escutar as crianças, mas na Suécia isso já foi longe demais. São elas que decidem tudo nas famílias" - David Eberhard (Psiquiatra)

No início de outubro, o jornalista Ola Olofsson relatou seu espanto após ter ido à sala de aula de sua filha. "Dois garotos se xingavam, e eu não fazia ideia de que com apenas 7 anos de idade era possível conhecer aquelas palavras. Quando eu tentei intervir, eles me insultaram e me disseram para eu ir cuidar da minha vida", conta à AFP.
Quase 800 internautas comentaram a crônica de Olofsson. Entre os leitores, um professor de escola primária relatou sua rotina ao passar tarefas a alunos de 4 e 5 anos: "Você acha que eu quero fazer isso?", disse um dos alunos. "Outro dia uma criança de quatro anos cuspiu na minha cara quando eu pedi para que ela parasse de subir nas prateleiras".
Após um estudo de 2010 sobre o bem estar das crianças, o governo sueco ofereceu aos pais em dificuldade um curso de educação chamado "Todas as crianças no centro". Sua filosofia: "laços sólidos entre pais e filhos são a base de uma educação harmoniosa de indivíduos confiantes e independentes na idade adulta".
Um de seus principais ensinamentos é que a punição não garante um bom comportamento a longo prazo, e que estabelecer limites que não devem ser ultrapassados, sob pena de punição, nem sempre é uma panaceia.
"Os pais são instruídos a adotar o ponto de vista da criança. Se nós queremos que ela coopere, a melhor forma de se obter isso é ter uma relação estreita", afirma a psicóloga Kajsa Lönn-Rhodin, uma das criadoras do curso governamental. "Eu acredito que é muito mais grave quando as crianças são maltratadas (...), quando elas recebem uma educação brutal", avalia. [SIC!]
Marie Märestad e o marido, pais de duas meninas, fizeram o curso em 2012, num momento em que eles não conseguiam mais controlar as crianças à mesa. "Nós descobrimos que provocávamos nelas muitas incertezas, que elas brigavam muito (...) Nós tínhamos muitas brigas pela manhã, na hora de colocar a roupa para sair", relembra essa mãe de 39 anos. "Nossa filha caçula fazia um escândalo e nada dava certo (...) Nós passamos por momentos muito difíceis, até decidirmos que seria bom se ouvíssemos especialistas, conselheiros", conta Märestad, que é personal trainer em Estocolmo.
O curso a ajudou a "não lutar em todas as frentes de batalha" e a dialogar melhor. Mas para ela, as crianças dominam a maior parte dos lares suecos. "Nós observamos muito isso nas famílias de nossos amigos, onde são as crianças que comandam".
Segundo Hugo Lagercrantz, professor de pediatria na universidade Karolinska, de Estocolmo, a forte adesão dos suecos aos valores de democracia e igualdade levou muitos a almejarem uma relação de igual para igual com seus filhos. "Os pais tentam ser muito democráticos (...) Eles deveriam se comportar como pais e tomar decisões, e não tentarem ser simpáticos o tempo todo", diz Lagercrantz.

Ele vê, contudo, algumas vantagens nesse estilo de educação. "As crianças suecas são muito francas e sabem expressar seu ponto de vista", afirma. "A Suécia não valoriza a hierarquia e, de uma certa forma, isso é bom. [SIC!] Sem dúvida, esta é uma das razões pelas quais o país está relativamente bem do ponto de vista econômico". [SIC!]


Fonte: Terra

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Liberdade em marcha à ré









MAC MARGOLIS 


Há poucas décadas, ser tirano era mais simples. Bastava usar farda ou cercar-se de urutus. Ninguém se preocupava com a voz das urnas, Parlamentos ou juízes com cabeça própria. Se a imprensa insistia, era só parar a gráfica. Mas o mundo girou. Os autoritários usam guayaberas, ternos finos ou, em Buenos Aires, salto Christian Louboutin. Adoram as eleições, desde que ganhem, resultado quase garantido pelas regras oficiais. Gostam tanto da ordem constitucional que mandam reeditar as Constituições sempre que podem.
No entanto, o que mais distingue o autoritário de hoje do modelo antigo é sua relação com a mídia. Com audiência globalizada e informação que voa à velocidade da internet, não condiz aos palacianos atuais agirem de forma bruta. Com um olho nas pesquisas, aprenderam a aveludar a mordaça.
Calar a crítica com discurso democrático virou prática padrão em diversos países das Américas. Faz parte da pauta das "ditaduras do século 21", nas palavras do cientista político equatoriano Osvaldo Hurtado - paródia evidente ao socialismo do século 21 de Hugo Chávez, ideário da revolução bolivariana.
Muitas chagas do subdesenvolvimento assolam a América Latina contemporânea. No quesito controle da mídia, os latinos não devem a ninguém. Caso a caso, os abusos parecem até desvios eventuais de uma região onde a democracia ainda está em transição. No seu conjunto, representam uma aberração continental, como ficou evidente na semana passada, na reunião anual da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
O destaque foi para as nações bolivarianas e simpatizantes, onde os governos partem para cima da mídia com golpes estudados. No Equador, na Bolívia e na Venezuela, o artifício é a lei Robin Hood. Apropriar-se das concessões de rádio e TV dos meios privados para redistribuí-las à mídia estatal e da "comunidade", entes confiáveis, sempre dispostos a divulgar a boa-nova do mandatário.
No Equador de Rafael Correa, a imprensa independente, antes majoritária, encolheu para um terço do mercado. Na Bolívia, Evo Morales quer mais: reduzir a mídia opositora a 10% ou 20% do total das emissoras do país. Outros governos partem para a guerra econômica. Na Venezuela, Nicolás Maduro simplesmente negou à imprensa acesso aos dólares que precisa para importar papel, tinta e equipamentos para rodar os jornais.
Na Argentina, Cristina Kirchner, possessa com a crítica, mandou fechar a torneira da publicidade oficial para La Nación, Clarín e outras empresas editoriais inconvenientes. A meta atingiu 17 jornais em Buenos Aires que já perderam 75% da sua receita de propaganda oficial desde janeiro.
Daniel Ortega, líder da Nicarágua, é mais contundente. Proibiu seu ministério de conceder entrevistas à imprensa privada ao mesmo tempo em que varreu o mercado de concessões. Dos nove canais de TV aberta, oito pertencem à mídia companheira. Na calada do dia, resta a dúvida. Por que os líderes emergentes de uma região em franca ascensão política e econômica fazem vista grossa aos ataques contra a liberdade de imprensa?
Para alguns analistas, a desunião política da região esvaziou os compromissos regionais. O Mercosul virou um clube político com agenda bolivariana. A OEA perdeu-se no ranço antigo entre Washington e o restante. Foi-se o tão celebrado espírito da união que, em 2001, pariu a Carta Democrática Interamericana, pacto fundado na convicção de que uma ameaça às liberdades de um país é um atentado contra todos. Agora, no lugar de princípios, prevalecem os interesses.
Não ajuda que os EUA, defensores históricos da democracia, tenham se calado. Constrangido por flagrantes de espionagem e distraído com conflitos distantes, Washington desperdiçou seu capital moral nas Américas. Melhor para o autoritarismo do século 21.
É COLUNISTA DO 'ESTADO',
CORRESPONDENTE DA REVISTA 'NEWSWEEK' E EDITA O SITE

WWW.BRAZILINFOCUS.COM

NEO-SANTOS DA NEO-IGREJA: A vez de Paulo VI



BEATIFICAÇÃO DE PAULO VI?




- Carta aos Cardeais -


Eminência Reverendíssima:

Li na Imprensa que, em 11 de Dezembro[1], os Cardeais e os Bispos, ultrapassado o obstáculo dos teólogos, darão o seu “sim” à beatificação de Paulo VI, apesar de não ter tido, durante a sua vida, fama de santidade e de ter sido, para muitos, o primeiro responsável pelos problemas atuais da Igreja, isto para não dizer que o seu Pontificado foi, na realidade, catastrófico!

Então, seja-me concedido citar o que foi relatado, em letras garrafais, na revista “Avvenire” de 19 de Março de 1999, página 17, acerca de Mons. Montini: “Ruini[2] traça o perfil do Papa [Paulo VI] que mudou a Igreja”.

Certíssimo!... Já o havíamos demonstrado com a nossa “Trilogia Montiniana”[3]nunca tida nem como falsa nem pouco fiável pelos meus opositores, limitando-se a graçolas e insultos, sem nunca denunciarem em público o “como”, o “onde”, o “porquê” de os nossos argumentos e documentos serem contrários à verdade.

Decerto, dizer a Verdade não é, de modo algum, uma ofensa, nem sequer à pessoa de Paulo VI, já entrado na História, motivo pelo qual toda a sua vida é objeto de estudo, sem reticências nem mistificações, sem lhe colocar a auréola na cabeça, o que significaria colocá-la igualmente na sua“revolução” operada pela Maçonaria, por seu intermédio, em nome do Vaticano II.

***

Deve-se, assim, apresentar o esboço das suas presumíveis virtudes, necessárias para uma beatificação. O Cardeal Ruini, no discurso de encerramento do Processo Diocesano, disse: “A sua Fé resplandece através da sua pessoa, brilha nas suas palavras. Em 1967, inicia o Ano da Fé. Em 1968, no átrio de São Pedro, proclama o Credo do povo de Deus[4]; uma Fé baseada no Credo de Niceia”.

Todavia, quanto a essa presumível Fé, que o Cardeal inclusivamente qualificou como “apaixonada”, desmente-a o mesmo Paulo VI, no seu famoso discurso sobre a autodemolição da Igreja, durante o qual disse: “A Igreja encontra-se numa hora de interrogação, de autocrítica. Dir-se-ia mesmo de autodemolição. Uma Igreja que quase, quase fere a si mesma. Todos esperam do Papa gestos clamorosos e decisivos. Mas o Papa não considera que deva seguir linha diferente daquela da confiança em Jesus Cristo, que se preocupa com a Sua Igreja mais do que qualquer outro. Será Ele que acalmará a tempestade”.

Esta sua declaração soa à traição ao seu dever de Vigário de Cristo, o Qual, para a defesa da Fé, se serviu sempre de Seus sucessores, a começar por São Pedro, Seu primeiro Vigário na Terra.

Logo, essa decidida recusa de Paulo VI em defender ele próprio a Fé foi uma aberta recusa de fazer aquilo que era, contudo, o seu primeiro dever. Portanto, a sua política de “não intervenção” foi uma abdicação do seu ofício próprio, no dever de intervenção na autodestruição da Igreja, que ELE mesmo conduzia. Uma recusa, assim, que constitui autêntico pecado de omissão.

Como pensar, então, em levar aos altares, à veneração dos fiéis, um Papa que tão gravemente faltou ao seu principal dever, que é, de fato, a defesa do “depositum fidei”?

Paulo VI abdicou do seu principal dever, não o cumprindo como Cabeça da Igreja Católica, a fim de se colocar ao serviço da Humanidade e conciliar todas as crenças e todos os cultos numa única religião universal. Sonhando converter-se no grande unificador dos povos, sacrificava a Igreja Católica, a Tradição, as Instituições, os próprios fiéis, para formar esse movimento de animação espiritual da Democracia Universal, que deve escravizar a Igreja a o mundo.

Deste modo, Paulo VI, não distinguindo já a Igreja de Cristo, que é “uma e não duas ou mais”, foi o primeiro Papa que, no discurso de abertura da Terceira Sessão[5], em 14 de Setembro de 1964, conclamou as comunidades religiosas cismáticas e heréticas, dizendo:
“Oh Igrejas distantes e tão perto de nós! Oh Igrejas objeto do nosso sincero pensamento! Oh Igrejas da nossa incessante nostalgia! Igrejas das nossas lágrimas!”… E anunciou, logo e em muitas ocasiões, o mútuo perdão pelas culpas recíprocas[6].

Posteriormente, a sua incessante propaganda ecumênica foi só para levar ao reconhecimento das outras comunidades cristãs, e não para conduzi-las à verdadeira comunidade de salvação[7].

Prova disso é a sua visita ao Conselho Ecumênico das Igrejas[8]em 10 de Junho de 1969, onde foi recebido por cerca de 230 comunidades religiosas. Ali, Paulo VI assumiu a linguagem deles e ainda participou desse cisma geral com esta afirmação: “a fraternidade cristã (…) entre as Igrejas que formam o Conselho Ecumênico e a Igreja Católica”…ignorando que não pode haver fraternidade entre a Igreja Católica e osdissidentes. Por outro lado, ele mesmo levantou a questão, dizendo: “A Igreja Católica deve tornar-se membro do Conselho Ecumênico”. E disse logo: “em tão grande fraternidade, não cremos que a questão da participação Católica no Conselho Ecumênico esteja madura a ponto de que se possa e deva dar uma resposta positiva. A questão fica no campo das hipóteses (…) graves implicações (…) caminho largo e difícil”.

Foi um discurso “balão de ensaio”, porque, no fundo, lá estava o seu “sim”;provou-o ao dizer: “O espírito de um são Ecumenismo[9], que anima uns e outros (…) reclama, como condição primeira para o contato frutuoso entre diferentes confissões, que cada um professe lealmente a própria fé”; e, aqui, Paulo VI convidou ao reconhecimento dos valores positivos cristão-evangélicos que se encontram nas outras confissões e à abertura de todas as possibilidades de colaboração… como no campo da caridade e da busca da paz entre os povos.

Finalmente, à pergunta sobre se há salvação em uma ou outra das 234 “igrejas” membros do CEI, ao passo que a doutrina da Igreja Católica sempre tinha respondido negativamente, Paulo VI, pelo contrário, responde afirmativamente! Vê-se sempre esta “mens” sua quando acolhe judeus, muçulmanos, bonzos, budistas… e visitando-os durante as “viagens apostólicas”, com o fim do “diálogo”.

Mas, antes de Paulo VI, nenhum Papa tinha declinado a Fé no plural; Paulo VI, contudo, dizia que as “confissões” se homenageavam mutuamente.

Durante a sua viagem ao Uganda, Paulo VI falou dos “mártires ugandeses”; foi, pois, visitar esses “mártires católicos”, mas confundidos, indiscriminadamente, com os muçulmanos, com os protestantes; segundo ele, morreram em “espírito ecumênico”, unidos para além dos conflitos dogmáticos. Igualmente, na sua viagem a Bombaim (onde os hindus lhe ofereceram um pequeno ídolo, e os budistas, um Buda!), Paulo VI não mostrou nenhum discernimento entre as religiões humanas e a Católica.

E mais se poderia continuar sobre este tema da Fé. Bastará mencionar, por agora, esse seu escandaloso gesto da entregar aos turcos, com um pedido de desculpas por escrito, o “glorioso estandarte de Lepanto”, quase se desculpando de que não tivessem tido liberdade para ocupar e entregar ao Islã toda a Europa Católica.

Quanto ao seu “Credo do povo de Deus”, que o Cardeal Ruini comparou ao“Credo de Niceia” e apresentou como o non plus ultra da Fé de Paulo VI, tem de se dizer que o citado “Credo”, recitado em público no átrio de São Pedro, foi precedido por “dois esclarecimentos” de Paulo VI: o primeiro, que ele queria dar um “firme testemunho da verdade divina confiada à Igreja” (isto é louvável!); mas o segundo esclarecimento punha tudo em discussão,porque excluía, expressamente, que o seu “Credo” fosse uma “definição dogmática”. Disse, de fato: “Vamos fazer uma profissão de Fé, pronunciar um ‘Credo’ que, sem ser uma definição dogmática (…), com algum desenvolvimento requerido pelas condições espirituais do nosso tempo”[10].

Ora, esta sua expressão eliminava do nosso Credo Católico a nota de infalibilidade, por ser este de “Verdade revelada”, de Fé Divina e de Fé Católica, atestada pela Sagrada Escritura e pela Tradição.

Em São Pedro lê-se: “Inde oritur unitas sacerdotii”[11]ou seja, o Papa deve ser o vínculo da Caridade e, portanto, da união. Todavia, Paulo VI honrava e preferia “aqueles que estão distantes” aos próximos na Fé, mostrando, em relação a estes, uma fria amizade; admirava a linguagem, os ritos religiosos e as tradições dos “outros”, enquanto perseguia os que pertencem à antiga Tradição Católica. As portas da sua casa estavam sempre abertas para os teólogos aventureiros, para os agitadores, para os que espalhavam escândalos e heresias, não dissimulando nunca, pelo contrário, a sua animosidade em relação aos tradicionalistas e integristas que defendiam o que ele queria destruir. Não os excomungou porque não tinha razões canônicas para tal, mas precavia-se em não manter contato pessoal direto com eles. O que é mais do que uma excomunhão, porque é aanulação supressão dialética do adversário, como o que este texto assina, que não se vergou jamais às loucuras, aos caprichos, às distorções, às extravagâncias de tanto clero progressista de obediência servil em levar a termo, como disse o Cardeal Garrone, “a derrota do outro partido”.

Dos muitos feitos da sua falsa Caridade, podem se ler uns quantos nos meus três livros sobre Paulo VI, a respeito do seu sectarismo que tinha todo o sabor do cisma. Sim, porque o cisma, sendo a separação da Igreja Católica de uma parte dos fiéis, pode se definir como um “pecado-delito” contra a Caridade, que é amor guiado pela Fé e pela Esperança; e que, necessariamente, implica ódio contra o Reino de Deus e a Igreja, para debilitar esta e arrancar-lhe as almas mediante excisões e heresias!

Por isso, jamais Paulo VI poderia ter lançado este grito:
“CHARITAS CHRISTI URGET NOS!”[12].

***

Depois do que escrevo sobre Paulo VI, sou obrigado a colocar em evidência o profundo mistério da “mens” de Paulo VI modernista, por meio dos seus“feitos” “ditos, porque constituem a razão da minha reação espiritual, que tanto me faz sofrer”.

Digne-se, Eminência, tomar em consideração o meu trabalho, expressão do meu respeito e da minha oração.

Pbro. Luigi Villa







LISTA DOS “FEITOS” Y “DITOS” DE PAULO VI

PAULO VI E A DUPLA MISSA NEGRA

A eleição ao papado do Cardeal Montini (21 de Junho de 1963) foi devida à intervenção de alguns representantes da Alta Maçonaria Hebraica da B’nai B’rith[13].

Em 29 de Junho de 1963, oito dias após a eleição de Paulo VI, foi celebrada, na Capela Paulina e numa capela de Charleston (Carolina do Sul – EUA) uma dupla missa negra, com o fim de entronizar Lúcifer na Capela de São Paulo, coração do Catolicismo.

No fim dessa missa sacrílega, os participantes da Capela Paulina juraram:

“entregar a Alma nas mãos do onipotente Lúcifer”;
“serem instrumentos e colaboradores voluntários dos fundadores da ‘Casa do Homem sobre a Terra’.”;
“modelar a ‘Nova Era do Homem’.”;
“erigir a ‘Igreja Universal do Homem’.”.

Depois dessa missa negra, que fez Paulo VI nos seus 15 anos de Pontificado?

Desde a sua viagem à Terra Santa, em 1964, Paulo VI começou a usar o“Éfode[14], símbolo da negação da divindade de Jesus Cristo.

Em 1964, Paulo VI, na presença de 2.000 Bispos, depôs definitivamente a Tiara sobre o altar, repelindo os três poderes papais, significando, assim, que já não desejava governar a Igreja.

Lendo a Trilogia Montiniana de Dom Luigi Villa, descobre-se que Paulo VI:

inventou um cristianismo novo, desligado da Cruz;
- substituiu o “Culto de Deus” pelo “Culto do Homem”, ou seja, o primado do sobrenatural pelo primado do natural e do temporal;
- substituiu o primado da “Lei de Deus” pelo primado da “consciência”;
- substituiu o primado do “Reino de Deus” e da vida eterna pelo primado do “mundo”, da “Paz” e do “paraíso na Terra”!;
- inventou um cristianismo que considera Cristo como um “libertador”,não do pecado, mas do sofrimento e da escravidão;
- inventou um Evangelho confundido com a “Carta dos Direitos do Homem” e colocado ao serviço da “justiça social”; os “Direitos de Deus” foram abolidos em favor da exaltação dos “Direitos” e dos “gostos” do homem;
- reduziu a evangelização do sobrenatural “docete” a um “diálogo” que se apoia apenas nos meios humanos e não procura a conversão;
- inventou um cristianismo que, idolatrando o homem, proclamou a “Liberdade religiosa” como direito fundamental e absoluto do homem, e promoveu um falso amor pelo homem, sobre o qual Paulo VI fundou a sua“Religião do Homem”:
“Devemos assegurar, no caminho da Igreja, um novo modo de sentir, de querer, de comportar-se”;
“A religião deve ser renovada”;
“Já não é caso de atrair as almas e interessá-las pelas ‘coisas supremas’.”;
“Não se trabalha para a Igreja, mas trabalha-se para a Humanidade”;
“Não chegará o homem moderno, um dia (…), a prestar ouvidos à voz maravilhosa do Espírito que nele palpita? Não será a religião de amanhã?”;
“O nosso Humanismo transforma-se em Cristianismo, e o nosso Cristianismo transforma-se em teocêntrico, de modo que podemos igualmente afirmar: para conhecer Deus, há que conhecer o homem”!;
“O homem revela-se-nos gigante. Revela-se-nos divino. Revela-se-nos divino não em si, mas no seu princípio e no seu destino. Honra ao homem, honra à sua dignidade, ao seu espírito, à sua vida! […]. Honra ao homem; honra ao pensamento! Honra à ciência! […]. Honra ao homem, Rei da Terra, e agora também Príncipe do Céu!”.

Em 7 de Dezembro de 1965, Paulo VI, perante toda a Assembleia Conciliar, pronunciou o discurso no qual proclamou o “CULTO do HOMEM”[15]:

“Para conhecer Deus, há que conhecer o homem”.
“Toda esta riqueza doutrinal do Concílio não visa senão uma coisa: servir ao homem”.
“o Humanismo laico e profano apareceu, finalmente, na sua terrível estatura e, em certo sentido, desafiou o Concílio. A religião do Deus que se fez Homem encontrou-se com a religião do homem que se fez Deus… Nós, mais que quaisquer outros, NÓS TEMOS O CULTO DO HOMEM!”.
“… O homem revela-se divino. Revela-se-nos divino não em si, mas no seu princípio e no seu destino”.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Carta aberta contra o socialismo na UFSC








Antonio Pinho

Caros alunos da UFSC,

Dirijo-me a vocês, estudantes da nova geração, porque a antiga, a de seus professores, está corroída até a alma pelo verme da desonestidade. A esperança de que a saúde intelectual e moral dessa nação melhore está em vocês. Espero que estas breves palavras tenham algum impacto em vocês, como um balde de água que se joga em alguém que antes dormia. Meu chamado a vocês é que ACORDEM para o grande perigo que nos rodeia.
Vejo um futuro negro a nossa nação. Vejo esse futuro sombrio se materializar velozmente ao meu redor. Continuando o atual processo destrutivo e revolucionário, o Brasil deixará de existir em duas ou três décadas, diluindo-se na “Pátria Grande” latino-americana, que está agora mesmo sendo construída pela esquerda. A Pátria Grande será um mega bloco comunista totalitário governado desde Havana, pelo Foro de São Paulo, no qual as atuais nações latino-americanas serão meras províncias de um grande e centralizado governo. O Brasil entrará, portanto, muito em breve, para a lata de lixo da história. Dele só se terá uma breve lembrança, que lá houve uma ditadura terrível, que tendo matado 300 pessoas, foi pior que a ditadura de Fidel Castro que matou mais de 115 mil pessoas. O Brasil será uma nota de rodapé – muito vergonhosa – na história da construção da gloriosa Pátria Grande. Se continuarmos seguindo a estrada na qual caminhamos, este será, sem dúvida alguma, o ponto de chegada.
No meio disso tudo, há uma criminosa conivência de setores da UFSC pela destruição da cultura e da soberania nacional. Muitos cursos e centros de pesquisa das ciências humanas tornaram-se apenas instrumentos dóceis nesse processo revolucionário, caixas de ressonância de ideologias forjadas em Cuba e na Venezuela. Muito se falou do Centro de Difusão do Comunismo da Universidade Federal de Outro Preto, mas a UFSC também tem o seu. É o IELA (Instituto de Estudos Latino-Americanos), cujos membros são ligados a partidos comunistas e ao Foro de São Paulo. Esse grupo luta abertamente pela construção de um futuro comunista ao Brasil, e a sua destruição em favor da construção da Pátria Grande latino-americana. O símbolo do Foro está estampado em publicações do IELA. Se o Centro de Difusão do Comunismo foi fechado por fazer propaganda política com recursos públicos, o que é ilegal, o mesmo deveria ocorrer com o IELA, que promove eventos na UFSC como a Semana Paulo Freire ou as Jornadas Bolivarianas, eventos nos quais participam agentes do governo cubano e abertamente ligados ao Foro de São Paulo.
O CDS – Centro de Desportos – da UFSC, no qual ocorre a semana Paulo Freire, bem que poderia se chamar Centro de Difusão do Socialismo (ainda hoje desconfio que a sigla CDS seja isso mesmo).
Como comunismo e perseguição cristã sempre andam de mãos dadas, os setores revolucionários da UFSC não poderiam ficar de fora. Os símbolos cristãos são ofendidos em meio à praça do campus, por estudantes do curso de Artes Cênicas. Ao mesmo tempo, nas salas de aula das ciências humanas, há a hegemonia do sentimento anticristão e do materialismo. O centro de psicologia dá andamento à destruição da moral quando praticamente só se interessa em pesquisar sobre sexualidade. Os pedagogos da UFSC promovem concursos de cartazes “anti-homofobia” em escolas infantis de Florianópolis, que significa a destruição dos valores que as crianças aprendem em casa e na igreja, e a preparação das novas gerações à aceitação da legalização da pedofilia (a meta última do movimento gay é esta, e não apenas a legalização do casamento homossexual). As feministas se reúnem anualmente para propagar o ódio ao cristianismo e o fim da família tradicional num evento chamado “Fazendo o Gênero”. O curso de Direito faz apologia aberta ao governo genocida dos irmãos Castro ao organizar o “Cuba em Foco”.
É um verdadeiro crime intelectual ver como vários setores da UFSC deixaram de fazer ciência para apenas propagar a revolução. A depender de muitos criminosos que atuam nessa universidade sob o título de “pesquisador”, a União Soviética renascerá numa versão tropical e latina.       
Atenciosamente,
Antonio Pinho
Editor e articulista do blog UFSC Conservadora.

Fonte: UFSCON

Era o monoteísmo a crença original da humanidade?




Por Roy L Hales



Os descrentes têm frequentemente ressalvado a exclusividade dos ensinamentos transmitidos pelo Povo Eleito e pelo Cristianismo, mas as Sagradas Escrituras indicam que, no princípio, toda a humanidade conhecia o Criador. Quando Noé levou a cabo o sacrifício em Génesis 8:20-9:17 (imediatamente após o Dilúvio), toda a sua família – os antecessores de toda a humanidade – foi abençoada. Mais tarde, a humanidade fixou-se na Suméria, onde construiu a Torre de Babel.

A tradição dos hebreus sustenta que Deus ordenou que as pessoas se dispersassem e colonizassem toda a Terra, mas a humanidade recusou-se. Como consequência, Deus dispersou-os. (1) Gerações posteriores do homem passaram a estar cada vez mais indiferentes ao Criador, tal como Romanos 1:21-24 descreve:
Porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível, em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que, também, Deus os entregou às concupiscências dos seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si.

O Criador escolheu uma só família para preservar a Sua adoração, mas mesmo quando esta família, mais tarde uma nação, veio a existir, ainda existiam profetas ao servio do monoteísmo original:
§  Quando Abraão se encontrava em Canaã, cruzou-se com Melquisedeque, o Sacerdote do Deus Altíssimo (Génesis 14:18-20);
§  Começando no capítulo 22 até ao capítulo 24, o Livro de Números descreve a forma como o profeta Balaão (da Síria ou do Irão (2)) foi consultado para amaldiçoar a descendência de Abraão pouco antes de estes conquistarem Canaã.

Um estudo das numerosas tradições mundiais ecoa a ideia Escritural mencionada em cima de que, originalmente, toda a humanidade seguia o Senhor antes de enveredarem por outros caminhos. Existem muitas evidências que demonstram a perda do monoteísmo original, e a queda para o paganismo. As primordiais e principais civilizações letradas da Suméria, Egito, Índia, China e México todas revelam sinais de haverem sido, no passado, monoteístas.
Algumas civilizações mais antigas de África, América do Norte e Japão exibiram a ideia dum Deus Criador Único, mas para todo o propósito prático, abandonaram a sua adoração em favor dos espíritos [entenda-se: demônios]. No caso da Suméria, do Egito, da Índia e do México, esta viagem do monoteísmo para a adoração dos espíritos levou à adoração de muitos deuses.

MONOTEÍSMO NA SUMÉRIA, EGIPTO E ÍNDIA

As evidências em favor do monoteísmo original na Suméria, no Egipto e na Índia há já muito tempo que são conhecidas. Os arqueólogos já apuraram que, quanto mais eles recuam na história da Suméria, mais proeminente o deus do céu An se torna: devido a isto, muitos são levados a acreditar que ele era o deus único da Suméria.
Evidências em favor da adoração do “Deus Único” no Egipto são mais abundantes mas, ao mesmo tempo, mais confusas. Os hinos, tais como aquele que se segue, são abundantes na literatura Egípcia:
Um, o criador de todas as coisas, o Espírito, o Espírito oculto, o criador dos Espíritos. Ele existia no princípio, quando nada mais existia. Tudo o que foi criado, Ele criou depois de começar a existir. Ninguém sabe como O encontrar; o Seu nome é um mistério e é oculto. Os seus nomes são inumeráveis. Ele é a verdade, Ele vive na verdade, Ele é o rei da verdade. Ele é vida; através dele o homem vive; Ele dá a vida ao homem, Ele assoprou vida para as suas narinas. . . Ele mesmo é a existência; Ele não aumenta nem diminui. Ele criou o universo, o mundo. o que era, o que é, e o que ainda será … Ele ouve todos os que clamam a Ele, ele recompensa os seus servos; todos os que o reconhecem são conhecidos por Ele. Ele protege os seus seguidores.(4)

Perante uma tal abundância de deuses egípcios, muitos peritos colocaram a hipótese deles todos serem aspectos distintos “Do Tal”, ou se as variadas divindades se encontravam em competição para serem “O Tal”. (5) Do ponto de vista Bíblico, o conceito da Unidade Divina muito provavelmente permaneceu na cultura mesmo depois de estarem passados vários séculos após o abandono da adoração ao Deus verdadeiro.
A herança monoteísta da Índia está claramente manifesta na sua escritura mais antiga, o Rig Veda:
No princípio, quem nasceu? O Senhor, o Senhor Único de todas as coisas que existem, Aquele que criou a Terra, formou o céu, que dá vida e força, a quem os deuses de petição reverenciam como o DEUS ÚNICO. (6)


MONOTEÍSMO CHINÊS

Originalmente, os Chineses adoravam uma divindade cujo nome, Shang Ti, traduzido para português significa “O Senhor Supremo” ou “O Senhor do Céu”. (7) Todas as coisas foram feitas por Ele, todos os castigos e recompensas eram, invariavelmente, rastreáveis até Ele. (6) Uma análise das tradições daqueles dias, quando Ele era adorado, revela uma mistura de adoração aos espíritos e um reconhecimento do Criador não muito diferente daquele encontrado nos reinos de Israel e Judá.
A história de um homem, o imperador Ch’eng Tang (~ 1760 B.C.), destaca-se como algo muito parecido com as histórias Bíblicas. Ch’eng Tang viveu durante os últimos dias do último imperador da dinastia Hsia. Tang encontrava-se visivelmente perturbado pelos actos do seu rei, mas não tentou corrigi-lo sem antes receber um comando expresso proveniente do Céu. Foi então que uma voz veio até ele num sonho:
Ataca. Dar-te-ei toda a força que precisas; porque eu recebi do céu um mandato para ti. (9)

Foi então que Ch’eng Tang destruiu a dinastia Hsia e instalou-se como imperador.
No entanto, a sua consciência não se encontrava totalmente descansada, e por muitos anos Tang questionou-se se ele havia agido da forma correcta. Finalmente, uma seca grave veio sobre a sua terra, e Tang vestiu-se como se fosse se sacrificar, ao mesmo tempo que clamava a Deus para que “não destruas o meu povo por causa dos meus pecadosl” (10) Segundo se sabe, chuva caiu do céu nesse momento.
Ch’eng Tang pode ter seguido a Deus, da forma como ele O entendia, mas o seu exemplo é único nas crónicas Chinesas. As gerações que se seguiram deram uma atenção crescente às leis de Deus, ao mesmo tempo que se esqueciam da Sua Personalidade.
Confúcio (511-479 BC) ressalvou que, quer Deus exista ou não, a Sua adoração é benéfica para as pessoas. Foi durante o seu tempo que o título mais pessoal “Shang Ti” foi abandonado pelo mais impessoal “Tien” (Céu). (11)

MONOTEÍSMO NO MÉXICO ANTIGO

Os povos originais do México podem ter tido Um só Deus Criador. (“Peritos” variados questionam-se se Ele e a sua esposa eram entidades diferentes ou aspectos distintos do mesmo ser). Uma lenda conta a forma como Ele fez um jardim (ou uma cidade) com um Verão perpétuo e rios que fluíam. Posteriormente, Deus instalou uma árvore bonita bem no meio do jardim e ordenou aos deuses menores para não a tocarem.
Estes deuses menores desobedeceram-No e rasgaram tiras enormes da árvore, em seu zelo de desflorá-la. Como resultado, Deus lançou estes “deuses” para fora do jardim e deu-lhes várias tarefas para eles levarem a cabo. O primeiro casal de humanos também vivia no jardim, e foram também expulsos juntamente com estes “deuses” menores. (12)

O DEUS CRIADOR E OS VARIADOS ESPÍRITOS

A transição da sociedade monoteísta para uma que adora espíritos é ilustrada pelos variados povos antigos, que ainda existem actualmente. O Povo Japonês de pele branca com o nome de Ainu, por exemplo, ainda adora o Deus Criador Único mas pensa que Ele está demasiado afastado para se interessar no ser humano; devido a isso, o povo Ainu lida com espíritos. (13)
Muitas tribos Índias Norte-Americanas acreditam que o Criador designou espíritos como intermediários entre o homem e Deus (14). As tribos Algonquin no Este do Canadá foram mais longe ao declarar que o Próprio Deus disse aos Índios para buscarem os espíritos. Esta alienação é provavelmente melhor expressa por um nativo da África Ocidental que descreve o Deus Criador da sua cultura:
Sim, Ele criou-nos, mas depois de nos ter criado, Ele abandonou-nos e não Se preocupa connosco. Porque é que nós nos preocuparíamos com Ele? Ele não nos ajuda nem nos prejudica. São os espíritos que nos podem prejudicar, e são eles quem nós tememos e com quem nós nos preocupamos.(15)


A ASCENSÃO DO PANTEÍSMO

Desde a adoração de muitos espíritos até a adoração de muitos deuses é um pequeno passo. Os Cananeus parece que estavam a meio deste processo com a sua adoração ao deus supremo El, ao lado de inúmeros deuses menores. O Egipto, a Suméria e a Índia, todas se tornaram culturas com muitos deuses. Os deuses do México são, aparentemente, incontáveis e são encontrados sob muitas formas e em muitas culturas. Os Chineses retiveram a ideia do Céu Único mas a vida da sua espiritualidade encontra-se no seu espiritismo e no seu ocultismo.

CONCLUSÃO:

Antigamente, todos os povos da Terra conheciam o Verdadeiro Deus, mas não O adoravam nos seus corações porque não O obedeciam. Tudo o que sobrou da sua crença ancestral são lendas. A verdadeira adoração foi transmitida até aos tempos modernos pelos descendentes de Abraão.

No entanto, mesmo quando Deus preservou a Sua adoração numa única família, em vias de se tornar numa nação, Ele não se esqueceu do resto da humanidade. Ele mesmo disse a Abraão, “na tua semente serão benditas todas as nações da Terra, porque obedeceste à Minha Voz” (Génesis 22:18). Dois mil anos mais tarde, o Próprio Deus andou na Terra sob a Forma dum Homem. Um dos seus mandamentos finais dados aos Seus discípulos centra-se nos descendentes daqueles que se desviaram Dele há imensas gerações atrás, “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura.” (Marcos 16:15)



NOTAS DE RODAPÉ.

1 Josephus, Antiquities of the Jews I. iv. 1.
2 The Companion Bible (KJV), (London: Samuel Bagster & Sons 1970) fn p. 212 re the whereabouts of Balaam’s hometown Pethor.
3 Rev. Wilhelm Schmitt, Primitive Revelation (St. Louis, Missouri, & London, England: Herder Book Co., 1939) pp.236-237.
4 E.A. Wallis Budge, Osiris (New Hyde Park, N.Y: University Books, 1961) p. 357.
5 Dr. Brugsch & Maspero as cited by Budge, p.140.
6 Rig Veda excerpt from Selwyn Gurney Champion & Dorothy Short, Readings from World Religions (Greenwhich, Conn., Fawcett Publ., 1951) pp. 26-27.
7 E. Allie and M. Frazer, Chinese and Japanese Religion (Philadelphia, Westminster Press, 1969) p.268.
8 Wing Tsit Chan, A Source Book in Chinese Philosophy (Princeton University Press, 1970) p.16.
S Joseph Campbell, The Masks of God: Oriental Mythology (Viking/Compass, N.Y., 1974) p.396.
10 Li Ung Be ng, Outlines of Chinese history (Peking, 1914) p.15.
11 Wing Tsit Chan, p.16.
12 Irene Nicholson, Mexican and Central American mythology (London, N.Y., Sydney, Toronto: Hamlynn Publications, 1967) pp.20,21 & Burr Cartwright Brundage, The Fifth Sun (Austin, Texas & London: University of Texas, 1979) pp.47, 48.
13 Rev. John Batchelor, The Ainu of Japan (London: The Religious Tract Society) p.252.
14 Schmitt pp.171-174 & Cottie Burland, North American Indian Anthology (London, N.Y., Sydney, Toronto: Hamlvnn Publ., 1965) pp.73, 103-106 & Diamond Jenness, The Faith of a Coast Salish Indian (B.C. Provincial Museum: Anthropology in B.C., Memoir 131 pp.35, 36.
15 Schmitt pp.171-174.
16 Nassau, Fetishism in West Africa pp. 36-37 as cited Budge p.369.


Fonte: Creationism
Tirado de: Darwinismo
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