domingo, 3 de agosto de 2014

A Origem das Espécies




DESTAQUE

MARX: as raças mais fortes (as revolucionárias) deveriam realizar sua tarefa, enquanto “a principal tarefa de todas as outras raças e povos, grandes e pequenos, é perecer no holocausto revolucionário”. — Karl Marx, “Die Neue Rheinische Zeitung”, janeiro de 1849, in “Journal of the history of ideas”, vol. 42, nº 1, 1981;www.churchinhistory.org/pages/booklets/roots%28n%29-2.htm


O movimento nazista adotou freneticamente o evolucionismo e o eugenismo, e foi mais fidedigno à cartilha darwinista do que o marxismo. Em 1933, ordenou a esterilização de nove tipos de “doentes”, entre os quais os cegos, os alcoólatras e os esquizofrênicos! Calcula-se que 400.000 esterilizações foram praticadas pelo III Reich, na Alemanha e territórios ocupados. Um decreto secreto de 1940 obrigava as mulheres “inferiores” a abortar. O extermínio das “raças inferiores” e os esforços para produzir o “ariano puro” – a “raça superior” – são bem conhecidos.

Darwin também é tido como um dos fundadores do ecologismo, que exalta a vida tribal animalesca “integrada” numa natureza em perpétua evolução.

Por certo, os atuais sequazes de Darwin deblateram contra as monstruosas consequências que o nazismo tirou do evolucionismo. Contudo, não é certo que manteriam essa linguagem caso o nazismo tivesse ganhado a II Guerra Mundial... De fato, após a conflagração, o eugenismo escorado no evolucionismo prosseguiu, e está no cerne das campanhas contra a vida. Os pretextos continuam os mesmos: impedir que nasçam crianças com defeitos graves, economicamente insustentáveis ou simplesmente “indesejadas”.

Na trilha da utopia eugenista, a engenharia genética promete produzir um “bebê perfeito”, sem defeitos nem doenças. Mais ainda, ela tenta fabricar uma criança com coeficiente de inteligência, olhos e qualidades ideais. Segundo o Dr. Jacques Testart, pioneiro dos métodos de fecundação in vitro e defensor do evolucionismo, essa tendência prepara a gestação em laboratório de uma “nova humanidade”, e esse novo homem poderia ser chamado “homo geneticus”, que acabaria substituindo o “homo sapiens”, fase atual e provisória do homem na cosmovisão evolucionista. O sonho da “criança perfeita” a todo custo, segundo observa o jornalista científico Michel Alberganti, leva a tentar produzir uma “vida inventada de cabo a rabo”. Então a procriação será uma tarefa de laboratórios, e não mais de pais e mães. Nesse dia a família sofrerá um golpe mortal, pois lhe terá sido tirada sua finalidade primordial. A maternidade não existirá mais, e a Encarnação do Verbo parecerá um procedimento de uma espécie superada. O que será do homem rompido tão radicalmente com a Lei de Deus? A quem ele apelará na hora da angústia ou da necessidade? As perspectivas são “aterrorizantes para alguns” e “fascinantes para outros”, diz Alberganti.

O filósofo Jean-Michel Besnier, professor da Sorbonne-Paris IV, explica que o “pós-humano” “começou com a idéia de acabar com o determinismo dos nascimentos, pela aparição da pílula e do bebê de proveta”, ele acrescenta nessa linha a procriação assistida, a gestação em laboratório e a clonagem humana: “A utopia pós-humana imagina o fim da história natural da humanidade, tal como foi elaborada pela evolução. No fundo, essa utopia pretende [...] assumir a função da natureza”. Besnier acrescenta ainda que “o protótipo [do “pós-humano”] é o cyborg aparecido nos anos 60, [...] organismos biomecânicos dotados de próteses, vivendo em condições não-terrestres, adotados de faculdades novas que superam os limites humanos. Cyborgs, novos seres, que não evoluirão mais segundo as leis dos seres vivos”.  Escritores saídos de laboratórios de nanotecnologias, inteligência artificial e cibernética“se perguntam quais criaturas inumanas vão nos suceder, e imaginam formas de vida radicalmente inéditas” (17).



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Por que muitos evolucionistas de destaque insistem que a macroevolução é um fato? Richard Lewontin, um influente evolucionista, escreveu candidamente que muitos cientistas estão dispostos a aceitar afirmações científicas não comprovadas “porque já [assumiram] outro compromisso, um compromisso com o materialismo”. Muitos cientistas se recusam até mesmo a considerar a possibilidade de que exista um Projetista inteligente porque, como escreve Lewontin, “não podemos permitir que a ciência abra a porta à idéia de um Deus” (15).

Nesse respeito, o renomado sociólogo americano Rodney Stark é citado na revista Scientific American como tendo dito: “Há 200 anos se propaga a idéia de que, se você quer ser um cientista, tem de manter a mente livre dos grilhões da religião”. Ele disse ainda que nas universidades em que se faz pesquisa “os religiosos ficam de boca fechada” (16). A pressão, a discriminação, e a perseguição de grupos organizados no meio acadêmico contra aqueles que acreditam em Deus tem se tornado uma prática terrorista. Existem grupos financiados por inimigos da religião que são tremendamente fanáticos e fundamentalistas.



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A Origem das Espécies


Charles Darwin (1809-1882) nasceu numa abastada família inglesa. Estudou ciências naturais nas universidades de Edimburgo e Cambridge. Ainda jovem, empreendeu uma viagem de quase cinco anos em volta da Terra (1831-1836). Nela acumulou observações e amostras do reino animal. De retorno à Inglaterra, guardou as anotações embaixo de uma escada. As crianças da casa arrancavam as folhas para brincar.


 Mais de vinte anos depois, o naturalista Alfred Russel Wallace (1823-1913) mostrou a Darwin o livro que ia publicar, com idéias próximas às dele. Darwin recuperou então as velhas anotações, ordenou-as e publicou-as. Surgiu assim, há 150 anos, A Origem das Espécies.

Contrariamente à saga corrente, a viagem não mudou a atitude de Darwin em face de Deus. Por exemplo, após entrar numa floresta brasileira, escreveu: “Não era possível formar-se uma idéia dos sentimentos de maravilhas, de admiração e de devoção que enchem e encantam o espírito. Lembro-me bem de ter ficado convencido de que no homem há mais do que o simples influxo do corpo” (1).


Darwin torna-se anticristão

Mas o Charles Darwin de A Origem das Espécies mudara completamente em relação ao naturalista expedicionário. Ele fora criado no protestantismo, tendo depois perdido qualquer vestígio de fé entre 1836 e 1839. Tornou-se agnóstico e visceralmente contrário ao cristianismo. Em sua Autobiografia, narra como se voltou contra o Deus da Bíblia. Tal confissão de apostasia é tão chocante, que seus descendentes impediram a divulgação. Ela só veio a lume numa edição de 1958, onde afirma num trecho censurado; “De fato, dificilmente posso admitir que alguém pretenda que o cristianismo seja verdadeiro; pois, se assim fosse, as Escrituras indicam claramente que os homens que não creem – isto é, meu pai, meu irmão e quase todos os meus melhores amigos – serão punidos eternamente. E isto é uma doutrina condenável”.

Ele optou por um sentimentalismo relativista e vago, que levou até as últimas consequências; implicou com a lógica ordenada da moral evangélica, que tem na Igreja Católica sua autêntica realização; repeliu os movimentos de alma ordenados que lhe inspiravam as cenas grandiosas da natureza; pois percebeu “que estavam intimamente ligados à crença em Deus”. Rompendo com sua admiração pela floresta brasileira, explicou: “Hoje, as cenas mais grandiosas não produziriam em mim nenhuma convicção nem sentimento daquele gênero”.


Anticristianismo e Evolucionismo

Darwin passou a confessar-se agnóstico e a menosprezar acintosamente a Religião. Lê-se em sua Autobiografia: “O Antigo Testamento é manifestante falso, a Torre de Babel, o arco-íris como sinal, etc. Dado que ele atribui a Deus os sentimentos de um tirano vingativo, não é mais digno de confiança que os livros sagrados dos hindus ou as crenças de outros bárbaros. [...] Deixei de acreditar no cristianismo enquanto revelação divina”.

Ele foi abandonando a idéia de um Deus pessoal, e mesmo a existência de uma causa final na natureza: “O velho argumento de uma finalidade na natureza, que outrora me parecia tão concludente, caiu depois da descoberta da seleção natural. [...] Não acredito que haja muito mais finalidade na variabilidade dos seres orgânicos e na ação da seleção natural do que na direção em que sopra o vento”.

Homem e natureza se lhe afiguravam então como meros subprodutos de uma cega fatalidade, que progride rumo ao ignoto. O motor desse processo seriam transformações devidas a acidentes fortuitos e à necessidade. As espécies resultantes, ou mais evoluídas, exterminariam fatalmente as menos evoluídas, mais fracas e inferiores.

Darwin percebeu que, sem um princípio e um fim, o homem ficaria escravo, como um bicho, ao capricho de sua fantasia e de seus instintos: “Um homem que não tem uma crença bem sólida na existência de um Deus pessoal, ou numa existência futura com retribuição e recompensa, não pode ter outra regra de vida, segundo me parece, senão seguir seus impulsos e seus instintos mais prementes, ou que ele acha os melhores”.  Esta conclusão, ele a enfeitou com sentimentos típicos do romantismo vitoriano do século XIX.

Sua crise religiosa, que descambou para a apostasia e para o anticristianismo, correu lado a lado com a explicação do evolucionismo. Então, não é de espantar que o anticristianismo se encontre entranhado no pensamento darwinista e de seus sucessores “neo-darwinistas”, embora pretendam que se trate de meras doutrinas cientificas.


Bombardeou o conceito que o homem tem de si próprio

Diz um dos corifeus darwinistas hodiernos, o Professor Dominique Lecourt, da Universidade da Sorbonne-Paris VII: “Darwin estava bem ciente de que tirava o homem do centro, aproximava-o do animal, e entrava em conflito com a imagem de si próprio. [...] Darwin [...] confessou à sua mulher, muito piedosa, que sua teoria não concordava com o dogma cristão. Ele sabia que tinha fabricado uma bomba” (2). De fato, suas teorias serviram para dinamitar a visão racional da ordem do universo e sua procedência da criação.

Darwin também é tido como um dos fundadores do ecologismo, que exalta a vida tribal animalesca “integrada” numa natureza em perpétua evolução.


Interpretou o conhecido pelo desconhecido

Alfred Russel Wallace e Darwin foram co-inventores da teoria da seleção natural das espécies, peça-chave do evolucionismo. Porém, Wallace manteve a crença numa inteligência diretora que presidiria a luta evolutiva. A partir de 1862, descambou para o espiritismo e o ocultismo. Porém, Darwin permaneceu no agnosticismo naturalista materialista. Entretanto, sua linguagem recende a uma análoga procura de explicação do conhecido pelo desconhecido, pelo oculto. No livro A filiação do homem, ele imagina que o homem descende de algum tipo de símio há tempos desaparecido; este, “provavelmente de um marsupial arcaico”, e este ultimo, de uma ignota “criatura de tipo anfíbio”, por sua vez derivada de um ainda mais inidentificável “animal que se assemelha a um peixe”.

Condenação do Papa Leão XIII - Americanismo ou Carismatismo?


DESTAQUE

Todo o Magistério externo é desprezado como desnecessário, e até como menos útil, por aqueles que se esforçam em alcançar a perfeição cristã: agora – dizem eles – o Espírito Santo infunde nas almas dos fiéis maiores e mais abundantes carismas que nos tempos passados e os ensina e conduz com certo misterioso instinto, sem mediação de ninguém (...). Mas se se considerar a fundo a questão, dispensada também qualquer direção externa, não se conseguirá entender, pelo modo de falar desses inovadores, em que consiste esse mais abundante influxo do Espírito Santo que tanto exaltam.

Além do mais, quanto a uma segunda vinda do Espírito Santo o Papa ainda afirma:

10. Posto isso, não é, absolutamente, admissível excogitar-se ou guardar uma segunda, mais ampla e fecunda “aparição ou revelação do Espírito Divino”a que atualmente se efetua na Igreja é deveras perfeita, e nela permanecerá incessantemente até que a Igreja militante, após o percurso do seu período de lutas, seja transplantada para as alegrias da Igreja triunfante no céu. (Carta Encíclica DivinunIllud Múnus – Sobre a missão do Espírito Santo – Papa Leão XIII)
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Condenação do Papa Leão XIII - Americanismo ou Carismatismo?




Hoje muitos afirmam um novo influxo do Espírito Santo na Igreja.

Denominam esta heresia com o nome de “Batismo no Espírito Santo”.

Incrível é, que nesses dois mil anos, desde a fundação da Igreja Católica, nunca se ouviu falar, dentro da doutrina Católica, em tal“batismo”, seria então a mesma condenação feita por Leão XIII, no ano de 1.889, mas valendo também para os dias de hoje?


Porventura Deus nos daria um Novo Pentecostes?

A resposta é negativa
. Não é minha, mas do Papa Leão XIII.



Trecho da Carta do
Sumo Pontífice
Papa Leão XIII
Testem benevolentiae
ao cardeal Gibbons
(22.1.1889) ASS 31
Condenação do Americanismo

Do erro em acomodar os dogmas à mentalidade moderna


Dz 1967 (3340)
Este é o fundamento em que geralmente se baseiam as novas doutrinas de que estamos falando: para mais facilmente atrair à Fé católica os dissidentes, deve a Igreja aproximar-se um pouco mais da cultura de um mundo já adulto e, atenuando o antigo rigor, condescender com os gostos e princípios modernamente introduzidos entre os povos. E pensam muitos que isto deve ser entendido não só quanto à norma de vida, mas também no que se refere às doutrinas que expõem o Depósito da Fé. De fato, afirmam que, para atrair a vontade dos dissidentes, seja oportuno omitir certos pontos de doutrina, como se fossem de menor importância, ou mitigá-los de tal modo que não conservem o mesmo sentido que a Igreja constantemente manteve. Mas não é preciso um longo discurso para ver com que propósito condenável foi arquitetada semelhanteidéia. Basta recordar a natureza e a origem da doutrina ensinada pela Igreja. A propósito diz o Concílio Vaticano [I]: “E jamais deve [alguém] afastar-se (...)” (Dz 3020)

Dz 1968 (3341)
Mas a história de todo o passado [da Igreja] é testemunha de que esta Sé Apostólica, à qual foi confiado não só o Magistério, mas também o Governo supremo de toda a Igreja, constantemente se manteve “no mesmo dogma, no mesmo sentido, no mesmo modo de entender”; mas quanto à norma de vida, sua atitude foi sempre a de conduzir as coisas de tal modo que, mantendo incólumes os direitos de Deus, jamais desatendesse aos costumes e à psicologia dos tão diferentes povos que ela congrega. E quem duvidará de que também agora poderá fazê-lo, se assim o exigir a salvação das almas? Isto, no entanto, não deve ser resolvido ao arbítrio de pessoas particulares, que geralmente se enganam com a aparência de bem, mas é preciso deixá-lo ao juízo da Igreja (...).

Dz 1970 (3342)
Todo o Magistério externo é desprezado como desnecessário, e até como menos útil, por aqueles que se esforçam em alcançar a perfeição cristã: agora – dizem eles – o Espírito Santo infunde nas almas dos fiéis maiores e mais abundantes carismas que nos tempos passados e os ensina e conduz com um certo misterioso instinto, sem mediação de ninguém (...). Mas se se considerar a fundo a questão, dispensada também qualquer direção externa, não se conseguirá entender, pelo modo de falar desses inovadores, em que consiste esse mais abundante influxo do Espírito Santo que tanto exaltam.


Além do mais, quanto a uma segunda vinda do Espírito Santo o Papa ainda afirma:

10. Posto isso, não é, absolutamente, admissível excogitar-se ou guardar uma segunda, mais ampla e fecunda “aparição ou revelação do Espírito Divino”a que atualmente se efetua na Igreja é deveras perfeita, e nela permanecerá incessantemente até que a Igreja militante, após o percurso do seu período de lutas, seja transplantada para as alegrias da Igreja triunfante no céu. (Carta Encíclica DivinunIllud Múnus – Sobre a missão do Espírito Santo – Papa Leão XIII)
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