sábado, 11 de maio de 2013

Amostra no Japão focaliza a heroica perseverança dos “católicos escondidos”







Quadro japonês de um "cristão escondido" fiel nas perseguições. No centro: Nossa Senhora e o Menino Jesus, S. Matias, Sto Inácio, S.Francisco Xavier e Sta Luzia. Em volta: os mistérios do rosário

Universidade de Kyoto, Japão, está promovendo uma exposição que mereceria ser mais conhecida pelos católicos do mundo inteiro.
Trata-se de uma amostra de quadros pintados por “cristãos escondidos” dos séculos XVII a XIX, quando o cristianismo era sanguinariamente proibido no país e houve incontáveis mártires, como os de Shimabara.
Os primeiros portugueses aportaram no Japão a partir de 1543, levando missionários católicos. Entre eles, o grande São Francisco Xavier SJ.
Durante seis ou sete décadas, o catolicismo foi acolhido com entusiasmo. O fato foi registrado por artistas japoneses, dando origem a uma escola chamada Namban. Esta se caracteriza por uma síntese de elementos nipônicos e ensinamentos artísticos ocidentais transmitidos nos seminários.
A habilidade dos japoneses para a pintura fez com que os missionários lhes encomendassem quadros grandes para os altares, ou pequenos para uso pessoal dos fieis.
Esses quadros existiram em grande número, mas foram destruídos quando o Shogun [governador militar designado pelo imperador com poderes de ditador] pagão Tokugawa ordenou uma das mais sangrentas perseguições religiosas da história. 

Mártires de Nagasaki


Tendo o catolicismo sido declarado oficialmente ilegal em 1612, os católicos foram martirizados em massa. 434 deles foram beatificados e canonizados em diversas ocasiões, e muitos outros milhares ganharam a graça do martírio.
As ferozes perseguições e martírios públicos não conseguiram, entretanto, extinguir o catolicismo, que continuou sendo professado secretamente – de onde a expressão “cristãos escondidos”.
Sem o apoio de sacerdotes – portanto, sem a Missa e sem certos sacramentos fundamentais – eles continuaram professando o catolicismo, que foi transmitido de pais a filhos durante séculos.

Samurai (cavaleiro) católico com terço no pescoço

 Também secretamente produziam quadros e objetos de devoção para as práticas religiosas em família ou em grupo, e que eram zelosamente ocultados aos olhares dos verdugos pagãos.
Em mais de um desses quadros, onde a influência barroca ocidental é evidente, contemplamos no centro Nossa Senhora com o Menino Jesus, tendo a seus pés Santo Inácio de Loiola – fundador dos jesuítas, grandes missionários no país – e São Francisco Xavier SJ, o mais famoso deles.
Em volta do tema central podemos ver em quinze círculos os quinze mistérios do Rosário, sinal de que a devoção do terço foi essencial na perseverança daqueles católicos sem comunicação com o mundo, mas amados de Nossa Senhora.
Um desses quadros (ao lado) foi encontrado na região de Osaka, no porão de uma chácara da aldeia de Ibaraki.
O Japão era dotado de uma organização social feudal onde os nobres governavam as regiões, um pouco como a nobreza medieval governava a Europa.
No século XVI, a região em que foi achado o quadro pertencia ao feudo do Senhor Takayama Ukon, conhecido na região pelo seu nome católico: Don Justo Takayama.
Lembrado como um dos mais piedosos senhores feudais católicos da época, ele preferiu renunciar a seu feudo e às suas propriedades antes que renunciar à Fé. Acabou sendo expulso do Japão e morreu em Manilha, Filipinas.
Mas, apesar da perda de seu senhor feudal e protetor, os católicos conservaram intacta sua Fé.
Perto da casa onde foi recuperado este quadro de Nossa Senhora encontrou-se um famoso retrato de São Francisco Xavier, o qual está hoje exposto no Museu da cidade de Kobe.

 Dom Justo Takayama Ukon, heroico e protetor senhor feudal católico


Em 1853, o almirante americano Matthew Perry, comandando uma frota de guerra, obrigou o Japão a se abrir ao comércio e às relações diplomáticas com o Ocidente.
Efetivada essa liberalização, os missionários católicos puderam voltar ao Japão e abriram missões.
Conta-se que uma vez, na igreja ainda nova e vazia, um japonês entrou e observou com grande curiosidade tudo o que nela havia.
O missionário puxou uma prosa e o japonês lhe perguntou:
– O Sr. acredita no Papa?
– Sim.
– O Sr. acredita em Nossa Senhora.
– Sim!
– O Sr. acredita na Eucaristia?
– Sim!
– Então seu coração é como o nosso!
Tratava-se de um dos “católicos escondidos”. Eles receberam instrução dos últimos padres para não acreditarem em qualquer um que viesse de fora, mas só nos que professassem a fé no Papa, em Nossa Senhora e na Eucaristia. Estes só poderiam ser católicos.
A amostra promovida hoje pela Universidade de Kyoto ilustra a fé desses japoneses que perseveraram contra toda esperança, aguardando que um dia chegariam os bons missionários.
Demoraram quase três séculos, mas chegaram. O mérito de perseverança na Fé desses católicos do Japão é todo um exemplo para nós, nesta época em que a Fé é tão perseguida.


Confessionários reais significam mais confissões reais



Por Rorate-Caeli  
Tradução: Fratres in Unum.com 

Nos últimos anos diversas paróquias ao redor do mundo restauraram coisas, como, por exemplo, mesas de comunhão, altares-mores, estátuas, sacrários posicionados no centro e os outros itens que comumente se encontravam nas igrejas Católicas.
Entretanto, uma área que foi muito negligenciada é a restauração (ou construção) de confessionários para as naves ou transeptos das igrejas. Mesmo as pretensas igrejas conservadoras aceitaram a “sala de reconciliação” como o padrão, desde que haja um genuflexório e anteparo como uma opção dentro da sala tipo escritório.
Comparem a “sala de reconciliação” de uma típica paróquia com um dos muitos confessionários na Basílica de São Pedro:
Recentemente, uma paróquia novusordinariana (rezem para que ela ofereça a Missa Tradicional em breve) descobriu que mais pessoas se confessam quando existe um confessionário visível.
Um Confessionário da Escola Antiga Reaviva a Expressão “Perdão”
Por Ann Marie Somma
da Religion News News
DERBY, Conn. (RNS) O Reverendo Janusz Kukulka não pode dizer ao certo que seus paroquianos estão pecando mais, mas certamente eles estão fazendo fila diante do novo confessionário para lhe contar seus pecados.
Durante anos, Kukulka, contentava-se em absolver pecados em uma sala privada assinalada com uma placa de saída à direita do altar de Santa Maria da Igreja Católica da Imaculada Conceição.
Mas algo aconteceu durante a Quaresma deste ano. Pela a primeira vez, Kukulka percebeu realmente que faltavam dois confessionários na parte de trás de sua igreja. Eles haviam desaparecido por quatro décadas, banidos durante os anos 70 para dar lugar a unidades de ar condicionado durante uma renovação inspirada no Concílio Vaticano II.
Eles devem ter sido belos, pensou Kukulka. E imaginou as suas portas de painéis de carvalho escuro e formas arqueadas para combinar com a arquitetura gótica da igreja projetada pelo ilustre arquiteto do século XIX, Patrick Keely.
A ausência deles era marcante, especialmente, quando a Arquidiocese de Hartford havia pedido às paróquias para estender os horários de confissão durante a Quaresma, parte de uma campanha de relações públicas para fazer com que os católicos retornassem ao sacramento da reconciliação.
Assim, em um domingo Kukulka anunciou o seu desejo à congregação. “Disse-lhes que queria um confessionário visível”, ele contou.
Ele recebeu um no tempo de uma semana. Os paroquianos Timothy Conlon e Patrick Knott se movimentaram rapidamente para atender o desejo de seu padre. Eles pensaram em construir um confessionário, mas o custo era proibitivo para a paróquia sem dinheiro. Assim, eles recorreram à Internet, onde Conlon encontrou um confessionário antigo à venda em Iowa pelo eBay.
Conlon voou para Iowa e voltou para Derby trazendo o confessionário de carro. A esposa de Knott, Elisa, doou o custo $1.100,00 do confessionário em honra de seus pais, que eram paroquianos devotos da igreja. Uma placa acima do confessionário ostenta seu nome.
“É um sucesso!”, disse Conlon.
Patrick Knott, que nunca havia se confessado em uma sala privada, disse que uma longa fila se formou em fevereiro, quando Kukulka atendeu a primeira confissão no confessionário. Ele foi o primeiro a experimentá-lo.
Recebi o status de celebridade, ele contou. “Não foi nada mal”.
Kukulka disse que desde então as confissões estão em alta na igreja.
Leia toda a história no Religion News Service aqui.
Vale observar que o sítio da paróquia na Internet chama aquilo que todos no mundo conhecem como o sacramento da penitência: ”confissões”.  Não “reconciliação”, ou “cura” ou outros nomes psicológicos que não aumentaram a freqüência da confissão desde o Concílio Vaticano II.
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