sábado, 20 de abril de 2013

Cenas da JMJ: os Santos Patronos da castidade estariam nesse meio?




Fonte: Borboletas ao Luar



"A juventude não foi feita para o prazer, mas para o heroísmo" Paul Claudel



Vejamos algumas cenas da Jornada Mundial da Juventude flagradas pelas câmeras. Eu não gosto de mostrar fotos indecentes em meus blogs, evito ao máximo, mas creio que para algumas mentalidades somente imagens fortes podem surtir algum efeito. Devemos mostrar aos que querem enxergar o mal que é comparecer a um evento como esse. Temos que avisar as ovelhas para que tenham cuidados com os lobos. Simples assim.





 É algo católico se manifestar como na foto acima? E essa imagem é veiculada no site oficial da JMJ. Ou seja, eles incentivam gestos que hoje são conhecidos como não-católicos. Preciso explicar o que significa isso hoje em dia?
Há católicos que pensam que a JMJ é algo bom, mas não percebem que um evento onde altos prelados praticamente abençoam apresentações de músicos com canções que nada tem a ver com o catolicismo, que não dão nenhum código de vestuário decente, e deixam que os jovens assistam à Missa (que nem mesmo é a Missa Tradicional) e se aproximem do Santíssimo vestidos como prostitutas e marginais, não pode ser algo querido por Deus; esses prelados promovem um evento onde jovens solteiros de ambos os sexos dormem próximos uns aos outros, alguns dentro de barracas, contrariando totalmente a moral cristã. Tem que ficar claro que os católicos fiéis à Doutrina da Igreja repudiam esse evento e querem a total reforma ou o fim dele. Como eu acredito que uma reforma só pode acontecer quando Roma voltar a ensinar e viver a Fé verdadeira, meu voto é pelo fim da JMJ como se apresenta hoje e desde o começo.

Independente da intenção do jovem que queira estar numa JMJ, o mais importante é o que é pregado lá. A JMJ possui, no mínimo, as seguintes falhas:

- apresenta Vias Sacras “recriadas”, com teor liberal-socialista, em vez de Tradicional;
- apresenta shows de música pop, coisa sem necessidade num evento religioso;
- não dá nenhum código de vestuário decente;
- permite que jovens solteiros de ambos os sexos durmam juntos, longe das vistas dos pais;
- não celebra a Santa Missa Tridentina em Latim.


Então não é uma questão de “ah, vou lá dar o meu testemunho”. Isso é ingenuidade. Você pode até ter boas intenções, mas o problema é muito mais profundo. O problema vem de cima, do topo da hierarquia, pois os próprios bispos apóiam tal evento, o Papa está lá sem dizer uma palavra sobre a imoralidade da coisa toda, etc. Isso é fato, só não vê quem não quer. Os católicos precisam tomar uma atitude, precisam reclamar, do mesmo jeito que fez São Paulo quando chamou a atenção de São Pedro, o Papa, na frente de todo mundo!Esse é o exemplo do Evangelho.

Então os artigos que traduzo, as coisas que escrevo, sobre a JMJ são para avisar aos que querem ver, porque com os cegos voluntários eu não quero conversa, eles estão brincando com a hora da verdade. Deus tenha misericórdia deles. As pessoas que freqüentam JMJ em sua maioria, não todas, são pessoas mundanizadas, que vão a praias mistas, que usam biquíni e tomara-que-caia, shorts curtos, pulam carnaval, entre outras coisas; e ainda se acham muito católicas, repetindo baboseiras clichês do mundo neoconservador e achando que têm razão. Nada conhecem de fato sobre Doutrina, achando que até espirro de Papa é infalível. É a desgraça da crise de Fé que vivemos atualmente. Para saber um pouco sobre de onde vem o horror que vemos hoje, leia este artigo que traduzi, aqui.

+ Para começar a saber mais sobre Catolicismo e compreender a crise de hoje, leia:
Pacientes na TribulaçãoSPES e os escritos de Dom Lefebvre.
+ Para entender sobre obediência leia aqui e aqui.
+ Para aprender o Catecismo, leia: Regi SaeculorumA Grande Guerra.
Há vários outros blogs bons, mas fiquem com esses para começar.

Vejamos agora algumas cenas nada modestas acontecidas em várias JMJ, todas comentadas. Os textos são traduzidos por mim e foram extraídos do site Tradition in Action.

***


Amor livre sob a proteção da Igreja - JMJ 2005










Acima, uma cena comum nas JMJs: um jovem casal se beijando em ambiente de completa liberdade. Abaixo, primeira fileira, adolescentes de ambos os sexos dormindo perto uns dos outros sem qualquer barreira para prevenir seus maus instintos de se desenvolverem. Segunda fileira, uma manifestação do tipo paz e amor no estilo característico de Woodstock. 





Terceira fileira, esquerda, um punk sorridente com um penteado extravagante posa como se estivesse recebendo uma bênção de Bento XVI. À direita, outro punk está à vontade no ambiente de tolerância de Cologne 2005 (em Alemão: Köln 2005). Última fileira, rapazes sem camisa e garotas com shorts entram nas águas do rio Reno para saudar o barco de Bento XVI, chegando para a JMJ.










  

Original aqui.




Revolução Cultural sob proteção da Igreja



Acima: um padre e uma freira dançando em cima de barris em frente à Catedral de Cologne.
À direita: jovens mulheres em trajes brancos dançando pelo altar onde está exposto o Santíssimo Sacramento num ostensório.

Abaixo, primeira fileira à esquerda: jovens casais chegando a estação de Cologne para passar cinco dias e noites juntos. 
À direita: um casal deitado no chão em seus sacos de dormir durante a Missa de Bento XVI.

Segunda fileira, à esquerda: uma figura riponga [hippy no original. N.dTr.] enrola rosários sobre a cabeça como se fosse um lenço, segurando uma bandeira da Santa Sé. 
À direita: uma garota tendo uma cruz tatuada em sua barriga.

Teceira fileira, à esquerda: jovens homens cobrem-se com as bandeiras de seus países, dando a impressão de que estão nus. 
À direita: um casal se abraçando numa atmosfera de grande liberdade moral.





  Original aqui.


Novas devotas



Para expressar seu entusiasmo por Ratzinger, jovens mulheres tatuam a parte de baixo de suas costas com a frase: "Eu amo o Papa!" [em alemão: Ich liebe den Papst!]

É indiscutivelmente uma forma original de expressar sua devoção pelo Papado. 
Também não há dúvida que essa e outras iniciativas tais foram permitidas pelo clero que dirige a juventude.  Um “sinal dos tempos” indicando para onde a formação da juventude está se conduzindo. Esse é um bom exemplo dos frutos do Vaticano II na pastoral atual também.

Julgando pelas cores que elas usam nas suas echarpes em volta da cintura, as jovens são parte da delegação da Baviera para a Jornada Mundial da Juventude 2005 em Cologne.



Original aqui.



Estilo Woodstock Ainda Presente na JMJ em  Sydney



Algumas pessoas podem estar se perguntando se a inculturação aborígine exibida na JMJ Sydney eclipsou ou até mesmo erradicou o estilo Woodstock dessas reuniões. Isso não aconteceu. Os dois estilos se fundiram confortavelmente, permitindo ao tribalismo urbano se beneficiar do contato com o tribalismo aborígine. 

O desprezo pela moral católica tanto por parte dos organizadores quanto dos jovens permaneceu tão completo como foi nas JMJ anteriores. De fato, não havia restrições sobre o comportamento dos casais jovens não-casados​​, que continuaram a dormir juntos em alojamentos fechados, abaixo na primeira fileira. Alguns deles foram tão longe a ponto de posar para os repórteres deitados juntos e fazendo carícias uns nos outros, como os “peregrinos” alemães, acima. 

Ninguém se incomodou com o extravagante punk americano, segunda fileira abaixo, que estava completamente à vontade com o seu estilo de cabelo vermelho-arara, enquanto um grupo de jovens africanos se movia freneticamente ao ritmo do rock eclesiástico tocado por uma das muitas bandas, como o duo franciscano, última fileira à direita.



Original aqui.


A Dança da Freira com o Padre missionário



Cologne 2005, Agosto 16 - 21 – A belga Irmã Johanne Vertommen dança com o padre missionário John em dois close-ups da Jornada Mundial da Juventude 2005. 

Essas fotos foram publicadas pelo jornal flamengo Het Laatste Nieuws. Quando um reporter perguntou a Irmã Johanne sobre as poses de sua dança, ela respondeu: “Minha Madre Superior levantou a questão hoje. Ela acha que eu deveria ter um pouco de cuidado e ter em mente que eu represento a nossa comunidade."

Isso quer dizer que, por este comportamento indecente em público - para qualquer jovem, mas especialmente para uma freira – a Irmã Johanne não recebeu reprimenda, mas apenas uma observação prudencial. Também não houve relatos até o momento de qualquer reprimenda feita ao Pe. 
John...

Como justificativa para esse comportamento, Irmã Johanne adicionou: "Eu não faria isso em casa, mas em tais ocasiões eu me deixei levar pelo entusiasmo do grupo."

Se Irmã Johanne e Padre John fizeram isso em plena luz do dia em frente às câmeras, pode-se imaginar quais ações de entusiasmo espontâneo os levaria quando eles estivessem sozinhos juntos. 

Além disso, se as pessoas religiosas entram neste tipo de "entusiasmo" típico de uma Jornada Mundial da Juventude, o que se pode imaginar em matéria de casais não-casados ​​que estão autorizados a dormir juntos durante todo o encontro de seis dias?



Original aqui.
Falta de pureza na JMJ de Toronto



É julho de 2002. A delegação de Luxemburgo presente na Jornada Mundial da Juventude em Toronto, acima, aguarda a chegada de João Paulo II. Até que o Pontífice apareça, a juventude se diverte. Se alguém observar detalhadamente a foto, verá que eles manifestam a atmosfera geral de falta de modéstia e pureza. O homem no centro encosta seu torso nu nos ombros desnudos da mulher em seu colo, enquanto sua mão acaricia sua coxa. Suas posições revelam que seus corpos estão tão juntos quanto possível. A posição de suas pernas nuas dificilmente é decente em companhia mista.

Atrás do primeiro casal, um jovem massageia o pescoço de sua amiga.

Abaixo, primeira fileira: casais em contato próximo encontram proteção debaixo de uma tenda improvisada. Segunda fileira: a juventude de Luxemburgo apresenta música moderna durante a celebração da Missa. Terceira fileira: casais esperam para embarcar no avião de volta para a Europa, depois 13 dias de viagem "piedosos e dignos".


Original aqui.


JMJ: Indo em direção a um bordel "sagrado"?




A JMJ-2011 em Madrid terminou. Ainda mais que nas anteriores, esse encontro foi marcado pelo relaxamento dos costumes. Casais deitados juntos no chão em plena luz do dia, mulheres usando biquínis e homens com peitos desnudos dificilmente podem induzir outros participantes a praticar a virtude, eufemisticamente falando. Em vez disso, tal comportamento faz um forte convite ao pecado.

Acima, as pernas de um casal estão entrelaçadas, enquanto estavam deitados juntos em público; abaixo primeira linha: uma garota provocativa usando um top de biquíni toma a iniciativa de beijar seu companheiro sem camisa, seus corpos estão ensopados depois de terem sido molhados pela caminhão de água. Segunda fileira: protegida do sol por bandeiras espanholas, uma jovem mulher mostra seu corpo num biquíni ligeiramente modificado enquanto ela casualmente busca por petiscos na sua bolsa. Seus vizinhos usam trajes similares. 

Terceira fileira: um casal se dirige para a vigília papal. Ela enrolou sua blusa para mostrar a barriga e, em vez de usar um “chapéu de peregrino” para proteger sua cabeça do sol, ela escolhe colocá-lo na sua cintura para atrair a atenção dos transeuntes para o seu derriere. Seu companheiro sem camisa usando uma bermuda frouxa mostra parte de sua roupa de baixo.

Quarta fileira: garotas usando ousados tops de biquíni entram numa espécie de êxtase sensual quando a água fria toca seus corpos: uma forte ocasião de pecado para os jovens homens presentes. Quinta fileira à esquerda: enquadrado por cinco pares de pernas, um rapaz seminu se prepara para a cerimônia, enquanto à direita seu fleumático colega usando sunga observa o movimento no campo. Sexta fileira: um jovem seminu e sua amiga ensopada de água desfrutam o borrifo que deixa a blusa dela transparente. 

Quando quase tudo convida à sensualidade e quase nada impede as coisas de alcançar seus últimos estágios, não é necessário ser muito inteligente para concluir que aquelas conseqüências finais aconteceram. As fotos ousadas mostradas aqui nos permitem dizer que a atmosfera da JMJ-2011 assemelhava-se a uma enorme orgia. Sua principal diferença é que essa atmosfera tipo bordel na JMJ é abençoada pelas autoridades religiosas e endossada pela presença de Bento XVI. 

Se você também se opõe a essas cenas e concorda com esses comentários, você deve tomar alguma ação.

Não mande seus filhos para a JMJ. 

Expresse-se sobre essa imoralidade escandalosa
.






***


Depois dessas imagens quem ainda achar que pode frequentar esse ambiente e ainda assim ser edificado ou evangelizado na JMJ, está com sérios problemas. Se isso tudo aconteceu lá fora, não quero nem pensar na bagunça que vai ser aqui no Brasil.

Deus tenha misericórdia dos que não querem ver.

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-Para ver vídeos no site oficial, clique aqui. Algumas imagens que aparecem nessa postagem estão nos vídeos.
-Vejam no site da JMJ Rio algumas fotos que ilustram a falta de espírito católico e total falta de modéstia de quem se prepara para o evento.


À TROUXE-MOUXE




SENS DESSUS-DESSOUS...

Papa Francisco com o "troféu" na mão: camiseta do seu time de futebol predileto...






Raphael de la Trinité


Augura-se que o PAPA FRANCISCO, em sua paixão pelo ludopédio, não haja por bem arbitrar contendas de futebol, uma vez que parece menos afeito a dirimir polêmicas no âmbito eclesiástico do que as que irrompem naquele.


Em tempos idos, quando ainda Cardeal, jungia-se ao Rabino de Roma, Stocca, outro aficionado em matéria esportiva, torcendo vivamente para que a sua equipe de predileção vencesse as porfias. Desconhecemos o epílogo de tais embates.


Mudaram-se os tempos — mas foi para melhor. Após galgar várias posições de relevo, a mesma ínclita figura foi investida de um grau de poder excelso, situando-se, de um mês para cá, “au dessus de la mélée”. No momento, é o timoneiro da Barca de Pedro.


Contudo, há quem vislumbre um perigo: que, de súbito, num assomo de épico frenesi, o desavisado BERGOGLIO (agora, o PAPA FRANCISCO), deixando de lado o seu reles papel d’antanho, como mero assistente colateral nos estádios, decida-se sair a campo. Vendo-se revestido de plenos poderes, receia-se que tente evitar a eclosão dos indesejáveis confrontos entre “hooligans” e assemelhados, propondo-se como mediador ou elemento de ligação entre “torcidas” rivais. De fato, ninguém mais autorizado para isso. Desfrutando de autoridade máxima, é capaz dos mais culminantes papéis, ou seja, lograr desempenhos que nem os virtuoses mais célebres seriam capazes de excogitar.

Que ajuizar a respeito? 


Eventual cisma ou confrontação física direta entre adeptos de clubes antagônicos, com turbas que se apedrejam, não seria um cenário dos mais promissores — embora dado a proezas, Bergoglio não se equipara a um
deus ex machina. Mesmo assim, tal é o seu poder de arbitragem, que também desse inesperado desafio, bem poderá safar-se incólume.




*** *** ***




No mais, dissipa-se todo e qualquer horizonte pressago. 


Eis que o entusiasmo me leva de roldão. Fico cismando.


Ouso indagar: malgrado tão protuberante manifestação de “fervor” futebolístico e candor esportivo, parece aceitável que ainda existam católicos ansiosos por “voltar atrás”, esquecendo-se das realizações que o insuperável Concílio Vaticano II nos proporcionou?


Não há quem ignore que essas portentosas lições de conduta (que num só mês de Pontificado, Bergoglio, tão despretensiosamente, nos ministrou) só podem ter como fonte inspiradora a nova Igreja, aquela que emergiu das mãos de João XXIII, mais de cinquenta anos atrás. 


Atitudes tão sábias, comedidas e “empolgantes”, como estas de nosso exemplar Pontífice, sobretudo no campo dos desportos (alinhar-se, por exemplo, entre os grandes colecionadores de camisas das equipes futebolísticas, figura entre os seus hobbies prediletos, e dos mais supinos), só podem provir de uma “grande abertura para o mundo”, preconizada pelo injustiçado Concílio. 


Por acaso, não tivesse sido arejado o mofo dos tempos pré-conciliares, veríamos jamais um Cardeal emulando-se em dar lições de tino futebolístico, nos gramados e arquibancadas? Quão grande perda, então, para o mundo! Ficaríamos sem um intrépido fã-clube, ademais “Bispo de Roma”!

Tenhamos tento: se, como Cardeal, o antístite-torcedor já se fazia notar em seus arrebatamentos desportivos, que inéditos acenos poderá fazer à turba (futebolística ou não), a partir de agora, no exercício de seu “ministério petrino”?
Ao menos no terreno das atividades lúdicas, disso estejamos certos, jamais se lhe dará quinau.




*** *** ***




Não obstante tais evidências, recusando-se a ver, nesses gestos indizivelmente sublimes de nosso espiritual Soberano, a ação de uma igreja coreográfica e renovada, os irredutíveis adeptos da Tradição, sem sombra de dúvida, merecem o proclamado doesto: “tolos, de coração duro, teimosos”. Sim, esses apodos, Papa Francisco não os assaca em vão. Dias atrás, resolveu afirmá-lo com todas as letras. A sua exasperação deve vir de longe. Não é para menos. Tamanha demonstração de cegueira, por parte dos “católicos de sempre”, é bem própria a meter em brios até mesmo a doce benignidade franciscana. Pudera...


Trata-se, vale dizer, de católicos que nunca tiveram a "graça" de vibrar (seja de dor, seja de exultação), à imagem de Bergoglio, nos grandes campos de jogos esportivos. Que esperar, portanto, desses marginais da atual “cultura do entretenimento”? 
Ó infeliz contumácia de se ausentar dos grandes eventos de massa... Haverá maior orfandade?


 *** *** ***

Nesse raiar alvissareiro de um novo Pontificado, tal como se descortina aos nossos olhos, são pigmeus e liliputes que tripudiam, bramindo vitória. Poderia, então, haver lugar para os infindáveis debates de outrora? 


Com uma exalação de frescor bergogliano, não há perlenga ou desavença que aguente. Facilmente se dirimem as polêmicas e intermináveis pendengas doutrinárias da história. É um elixir que imuniza os corpos, doce torpor que avança sobre as almas.


Alegremo-nos: é sempre tempo para um amplexo com prazenteiro “espírito esportivo”. 


À luz desses brilhantes feitos, que de Roma se espraiam pelo mundo, somente espíritos ranhetas e cediços ousariam falar em dissensões doutrinárias ou crise na Igreja.


Um sapato velho, um telefonema para o jornaleiro e uma viagem de ônibus... Foi assim que Bergoglio desanuviou a cena.

Com essas
heroicas iniciativas, PAPA FRANCISCO fez cessar a terrível borrasca que se anunciava. Restabeleceu-se a bonança nos céus do Vaticano.

Malditos sejam os que não se curvam à suave emanação de BERGOGLIO, PAPA FRANCISCO!
Como inimigos da paz, devem, pro bono pacis,  ser ceifados à primeira hora!

Para estes, bem cabe levar chumbo e deglutir o fel. É o quinhão que lhes pertence. 

Quanto aos demais — maioria do rebanho sem rumo —, o tratamento é simples: basta fazê-los deslizar por um terreno sem sobressaltos. Uma linda varinha de condão saberá conduzi-los à
terra prometida, que é a eterna esperança fictícia de um novo paraíso na terra.




 *** *** ***




PS: Fala-se até, com muita propriedade, em restabelecer o tribunal da Santa Inquisição, entregando ao braço secular, para que sejam punidos com energia máxima, os renitentes adeptos da empoeirada tradição católica. 


Até o momento, um dos candidatos mais prestigiados para ocupar o cargo seria o ex-frei Boff. De fato, é opinião assente que o ardoroso apóstolo da Terra (ou deusa Gaia, para os mais fiéis devotos da Igreja ecumênica “fast-food” ou “prêt-à-porter”) goza de todos os predicados para o exercício de tão nobre missão.

De fato, o seu nome acha-se em evidência, pois foi ele quem teve, dias atrás, uma brilhante inspiração: sugerir ao PAPA FRANCISCO que excomungue os que não compartilham as suas ideias.

Ao que se diz, uma vez aceita, seria esta uma das primeiras iniciativas
apaziguadoras do novo Pontífice.
  

ADENDO (comentando a paródia acima...)


RIDENDO CASTIGAT MORES


Não é sério levar a sério aquilo que é deliberadamente grotesco.

Eis o aspecto mais sério (grave) da situação: após tantas negaças e "reducionismos" das mais altas cúpulas eclesiásticas, o
sensus fidei ficou reduzido a frangalhos.

Há um pacto de silêncio e cumplicidade em torno do seguinte: aquilo que a opinião pública católica ainda concebe como Religião Católica, isso é apresentado, pelos artífices da autodemolição, como uma “nova faceta” da
Igreja de sempre: a baldeação ideológica inadvertida chega até as suas culminâncias.

Trata-se de uma “religião ao gosto do freguês”: não mais obriga, nem pune. Entretanto, o católico que, por princípio, não aceita esse modernismo abjeto, é logo encaminhado para o banco dos réus. Houvesse condenação à morte, seria queimado vivo pela nova Inquisição totalitária da Igreja nova.


Em suma, que significa hoje “ser católico”? Para muitos, equivale quase só a dizer: “participo da Missa ou da Eucaristia”. Qual o sentido disso? 



Para muitos, hoje, é mero ato de louvor, congraçamento ou convescote, inspirado pelas insossas musas de um ritualismo mágico, que se renova semanalmente, à maneira de um micro “shopping center” místico-emotivo.



Da verdadeira fé, sedimentada pelo Concílio de Trento, restam — quando muito — vislumbres efêmeros. Nada mais.


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