quinta-feira, 6 de junho de 2013

Como a criação de Terras Indígenas virou uma máfia no Brasil - Entrevista com o antropólogo Edward Luz



Isso acontece porque sem a bandeira comunista para opor-se ao desenvolvimento do capitalismo, restou o ambientalismo e o indigenismo, que ao final do século XX, uniram-se formando um movimento misógeno, absolutamente contrário a qualquer projeto desenvolvimentista.  No Brasil esse processo é tão forte a ponto de seguir freando por mais de três décadas o processo de desenvolvimento do país. 
Aos indígenas são disponibilizados todos direitos constitucionais e poderosos instrumentos legais, que asseguram seus direitos. Mas aos produtores rurais, aos empreendedores, aos municípios e até aos estados, estas garantias são precárias. Com as atuais regras de identificação e demarcação de terras indígenas no Brasil, somente os interesses de indígenas são sobrepostos e afrontam a sociedade brasileira. Só existem dois tipos de territórios no Brasil: os que já foram reconhecidos e demarcados tradicionais indígenas, e aqueles que podem ser demarcados a qualquer momento, sem qualquer instrumento seguro para contestar ou questionar esta arbitrariedade do governo e do movimento indigenista nacional.

É isso que estrangula o desenvolvimento. A meu ver, existe um patrulhamento ideológico que sufoca especialistas que tem pensamentos dissonantes, dos quais, eu sou talvez a única ou uma das únicas vozes que está denunciando essa abusividade.


 *** * ***






O antropólogo mestre e doutorando pela Universidade de Brasília, Edward M. Luz, é consultor da Human Habitat Consultoria. Atuou como Coordenador de grupos de trabalho para a identificação e delimitação de 8 terras indígenas na amazônia. Hoje presta consultoria para municípios, estados, sindicatos ou associações ameaçadas pela demarcação de terras indígenas. Aqui ele abre um importante debate sobre a demarcação de terras indígenas, comunidades quilombolas e sociedades tradicionais. Por conhecer todo o processo de demarcação, vêm defender a tese de que se nada for feito, ONGs internacionais com claros interesses obscuros, aliados ao sistema demarcatório, irão travar o crescimento do Brasil. Vejamos o que diz em sua entrevista concedida com exclusividade à Revista Infovias.


Revista Infovias: Um fato que salta aos olhos dos observadores mais atentos, é o crescente conflito entre indígenas e setores produtivos da sociedade, passando a impressão de que os indígenas são ou seriam contrários ao desenvolvimento nacional.  Como você interpreta este fenômeno?

Edward M. Luz:
 Não os vejo como obstáculo. Os indígenas nunca foram contrários ao desenvolvimento. Sempre buscaram acesso àquilo que julgavam ser tecnologias mais desenvolvidas do que as que possuiam. Sempre desejaram com toda força os novos produtos e avanços com os quais se deparavam desde os terçados, machados,  até o isqueiro, panelas de alumínio, chegando ao rádio, à televisão e mais recentemente até ao acesso a internet, que uma boa parte já utiliza. Os indígenas deram uma incomensurável contribuição ao desenvolvimento nacional desde o descobrimento do Brasil. O Brasil é um dos poucos países onde o colono europeu encontrou, pode contar com ajuda nativa no esforço conjunto de colonização. Veja, Portugal era o país europeu com o menor territário durante o século XVI e não tinha recursos humanos para encampar esta iniciativa colonizatória sem a força, o apoio, o conhecimento e o empenho indígena. Durante cinco séculos de colonização portuguesa, com algumas exceções pontuais aqui e acolá, os nossos indígenas juntamente com outros colonos que migraram para as américas, foram nossos parceiros nessa empreitada colonizadora.  Portanto, o que salta aos olhos deste analista neste início de século XXI, é a forma como alguns grupos indígenas estão sendo sorrateira e inteligentemente manipulados, sendo jogados contra os projetos de desenvolvimento de interesse do estado e da sociedade brasileira.


Revista Infovias: E por que isso acontece? Quais seriam os motivos?

Edward: Isso acontece porque sem a bandeira comunista para opor-se ao desenvolvimento do capitalismo, restou o ambientalismo e o indigenismo, que ao final so século XX, uniram-se formando um movimento misógeno, absolutamente contrário a qualquer projeto desenvolvimentista.  No Brasil esse processo é tão forte a ponto de seguir freando por mais de três décadas o processo de desenvolvimento do país.

Foram poucos os projetos de desenvolvimento no Brasil que não esbarraram e estagnaram ante alguma resistência, seja de terra indígena, unidade de conservação, comunidade quilombola ou comunidade tradicional. Certamente essas comunidades tem todo o direito nessas reinvindicações, estabelecendo acordos com o estado para serem ressarcidas dos danos provocados, e para encontrarem alternativas a minorar os efeitos deletérios do desenvolvimento. Mas o que se vê são grupos se opondo de forma veemente e sistemática contra qualquer iniciativa ou obra de desenvolvimento. Eles parecem ser contrários à abertura de estradas, ferrovias, hidrovias ou usina hidrelétrica, o que gera animosidade crescente entre eles e o restante da sociedade brasileira que quer e precisa do desenvolvimento.

Este óbice ao desenvolvimento é danoso, pois gera uma espécie de preconceito na sociedade brasileira, que vê estes grupos como inimigos do desenvolvimento, como um entrave que não os são, nem nunca foram empecilho algum ao desenvolvimento em cinco séculos de história. Nunca foram. Claro que um ou outro grupo indígena tinha alguma resistência, pois tinham receios e medo do desconhecido. Viam os novos colonos como invasores desconhecidos. Mas no geral, a grande maioria já tinha tomado a opção a aliar-se ao novo colono branco, desenvolvendo assim, um processo de dependência simbiótica com ele. O que a elite intelectual não quer reconhecer de jeito nenhum, é que os indígenas não desapareceram, mas fundiram-se ao colonizador, formando uma nação mestiça. Esta oposição entre indígenas e desenvolvimento nacional foi forjada e recentemente criada. Cresceu e se fortaleceu com o financiamento internacional desde a década de 70.

Revista Infovias: Quais os interesses por trás da manipulação destas minorias étnicas que os colocam contra os projetos de desenvolvimento do estado e da sociedade brasileira?

Edward:
 Faz alguns anos que me faço esta pergunta. Por que? Creio que ainda preciso me aprofundar em analises e maiores estudos. Isto porque nunca foram feitos estudos de forma sistemática pelas nossas academias. Nossa elite pensante é tão comprometida que foi preciso pensadores de fora para detectar este fenômeno no Brasil, entre eles Elaine Dewar, Lorenzo Carrasco e Sílvia Palacios. A primeira é canadense e os outros dois são mexicanos. Carrasco me parece ser o mais produtivo e que poderíamos chamar de investigador sobre o assunto. É ele quem responde estas perguntas, e eu reconheço que só consegui comprendê-las depois de contato profundo com as obras dele: Mafia Verde 1 e 2, Ambientalismo a serviço do Governo Mundial.


Revista Infovias:  Em que as obras de Lorenzo Carrasco contribuem para a realidade brasileira?

Edward:
 Lorenzo Carrasco sustenta, com dados e provas, a hipótese mais plausível de todas: O Brasil é uma potência ameaçadora, que tem tudo, inclusive recursos para ser uma grande potência em todas as áreas de desenvolvimento, seja na mineração, em recursos energéticos, em recursos ambientais e em recursos alimentares, etc. O Brasil ha muito é chamado de celeiro do mundo. Não temos fatores físicos que freiem o nosso desenvolvimento. Se compararmos o Brasil com os outros três países que compõem o bloco chamado BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China, percebem-se claramente as vantagens evidentes e sólidas do Brasil. Nosso clima e meteorologia são fantásticos. Não temos o inverno rigoroso que existe na Rússia, nem as monções da Índia, e tampouco temos problemas graves de superpopulação como China e Índia. Rússia e China têm enormes áreas não agricultáveis cobertas por montanhas ou pelo deserto de Gobi na China. A Índia ainda tem problemas socioculturais, étnicos e religiosos, difíceis de superar. Por exemplo: na índia são faladas mais de 600 línguas, o que dificulta a identidade cultural de um país. Pelo menos 30% da produção de cereais são consumidas por roedores, devido às suas crenças tradicionais que dão conta que ratos e outros roedores são seres divinos, e por isso devem se alimentar livremente.

No Brasil não tem nada disso. O Brasil tem uma área agricultável enorme. É possível se produzir até três safras durante o ano em algumas regiões. Neste aspecto, o Brasil tem tudo para ser uma grande potência mundial.

Diante destes fatos, a principal hipótese que Carrasco levanta, é que estes fatores somados, tornam o Brasil uma clara ameaça ao poder das superpotências mundiais. Os países do hemisfério norte, sobretudo os países da Europa, se veem ameaçados por um país emergente,  ágil e agressivo em suas políticas econômicas e desenvolvimentistas. O Brasil é atualmente a sexta economia do mundo, e tem tudo para chegar até 2015 à quinta maior economia mundial, ameaçando o ordenamento econômico do hemisfério norte, deixando potências bélicas e econômicas, como a Inglaterra e a França, atrás. Daí o empenho de estados estrangeiros se utilizarem de ONGs para manipular as minorias étnicas e botar freios e barreiras, capazes de impedir este crescimento.

As primeiras e mais versáteis barreiras são as socioambientais, ou seja, o vetor indígena e as sociedades tradicionais e quilombolas, que somadas ao elemento vetor ambiental, que juntos formam um enorme exército irregular de ONGs, um aparato indigenista/ambientalista no país. Este é o termo cunhado por Lorenzo Carrasco, que demonstra com dados estatísticos, que há um verdadeiro batalhão de ONGs, instituições e pesquisadores orientados por uma agenda ideológica, escrita e orquestrada por potências do hemisfério norte - Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Noruega, Dinamarca e Alemanha, que pagam a conta e financiam este aparato indigenista e ambientalista que opera vigorosamente no Brasil.


Revista Infovias: Os Indígenas estão sendo financiados por ONGs internacionais?

Edward: 
Eu diria que uma parte significativa do movimento indigenista brasileiro, está sim recebendo dinheiro de organizações não governamentais, de agências de cooperações internacionais dos países do hemisfério norte. Por exemplo; a GTZ, ONG alemã, foi quem financiou por décadas todas as iniciativas de demarcação de terras indígenas no Brasil. Praticamente todas as demarcações ocorridas na década de 90 foram financiadas pela agência alemã de cooperação.

ESQUERDA ‘CATÓLICA’ incendeia o Brasil




CNBB e CIMI ignoram apelo do Governo e continuarão incentivando conflito no Mato Grosso do Sul


Conflitos no Mato Grosso do Sul são "manifestações dos povos indígenas", 
diz D. Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB


A ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, procurou nesta segunda-feira o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Leonardo Steiner para tratar dos recentes conflitos entre índios e produtores rurais. A Ministra foi incumbida pela Presidente Dilma Rousseff de procurar o auxílio da Igreja Católica no trabalho de distender os conflitos entre produtores rurais e índios no Mato Grosso do Sul. Deu com a cara na porta.

D. Leonardo tergiversou e disse esperar que a Funai não seja esvaziada das suas funções. "Também esperando que as demarcações continuem, é direito dos povos indígenas", disse o dirigente da CNBB. Sobre a resistência de índios de sair de fazendas em Mato Grosso do Sul, d. Leonardo disse que os episódios são "manifestações dos povos indígenas. Os povos indígenas hoje têm uma consciência maior do seu valor, da sua cidadania e começam a se organizar mais", disse o bispo. "A CNBB dialogará agora para que seja respeitado o direito dos pequenos", finalizou.

Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), subordinado à CNBB, acusou o governo federal de mostrar que "não entende e que não está disposto a entender os povos indígenas brasileiros". "As medidas anunciadas pelo governo com o intuito de superar os conflitos em torno das questões indígenas no Brasil partem do pressuposto equivocado segundo o qual os povos indígenas estariam causando os conflitos e agindo sob o comando de organizações não indígenas, de modo especial o Cimi. Além de preconceituoso e racista, o pressuposto é sociologicamente falho", critica a nota.

Questionado sobre o teor da nota do Cimi, d. Leonardo disse que ainda não a havia lido.

Veja aqui documento oficial daFunai que comprova que o Cimi financiou invasões de terra no Mato Grosso do Sul
Em tempo, esses padres da igreja católica olham a questão indígena a partir de uma perspectiva maniqueísta onde há pobres índios de um lado sendo oprimidos por grandes latifundiários capitalistas do outro. São incapazes de enxergar a complexidade tem posto a Igreja Católica contra, por exemplo. 

A igreja católica brasileira prega para um mundo que não existe mais e causa um mal terrível para o mundo real.
Essa igreja católica não representa o meu Jesus Cristo.

O Concílio Vaticano II foi intencionalmente ambíguo e responsável pela crise atual




Nós nos exprimimos de modo diplomático, mas depois do Concílio tiraremos do texto as conclusões que estão nele implícitas”.
*** *** ***






No livro extremamente esclarecedor “O Reno se lança no Tibre”, do Pe. Ralph Wiltgen S.V.D., que acompanhou o Concílio na qualidade privilegiada de jornalista, há alguns trechos extremamente esclarecedores sobre a perversidade da tática modernista da ambiguidade (os destaques são meus):
Foi então que um dos liberais extremistas cometeu o erro de fazer referência por escrito a algumas das passagens ambíguas e de esclarecer como seriam interpretadas após o Concílio. O documento caiu nas mãos do grupo de cardeais e superiores maiores de que acabamos de falar, e seu representante foi levá-lo ao Sumo Pontífice. Compreendendo então que se tinham aproveitado dele, Paulo VI caiu em si e chorou.
Ralph Wiltgen S.V.D.; O Reno se lança no Tibre; Editora Permanência; pág 244-245
“Desde a segunda sessão”, esclarecia [o padre Schillebeeckx], “dissera a um especialista da Comissão de Teologia que se sentia irritado ao ver exposto no esquema o que parecia ser o ponto de vista liberal-moderado sobre a colegialidade; pessoalmente, ele era favorável ao ponto de vista liberal-extremo”. O especialista lhe havia respondido: “Nós nos exprimimos de modo diplomático, mas depois do Concílio tiraremos do texto as conclusões que estão nele implícitas”. O padre Schillebeeckx achava esta tática “desonesta”. Durante o último mês da terceira sessão, dizia, bispos e teólogos tinham continuado a falar da colegialidade “em um sentido que não estava de forma alguma consignado no esquema”. Sublinhava que a minoria tinha compreendido perfeitamente que o fraseado vago do esquema seria interpretado em um sentido mais forte depois do Concílio. (…) A maioria, dizia, tinha recorrido a uma terminologia deliberadamente vaga e excessivamente diplomática e ele recordava que o próprio padre Congar tinha bem cedo protestado contra a redação deliberadamente ambígua de um texto conciliar.

Ralph Wiltgen S.V.D.; O Reno se lança no Tibre; Editora Permanência; pág 244-245 LER...

A “MODERNIDADE” ANTIQUADA DO CONCÍLIO





Por Cristina Siccardi – Approfondimenti di FidesCatholica
TraduçãoGiulia D’Amore


Nota do blog: Em consequência dos múltiplos erros de tradução, tornou-se necessário fazer algumas alterações. Contudo, para manter, tanto quanto possível, a fidelidade ao original, rescrevi apenas o que me pareceu absolutamente indispensável para a intelecção da matéria.




‘Estamos, sim, diante de um novo Muro de Berlim que cairá, inexoravelmente, como acontece com as ideologias...’




Desmitificando o Concílio - enfrentar a realidade para acordar a Bela Adormecida. Franciscanos da Imaculada promovem livro sobre Vaticano II 

Na Idade da confusão [1], um livro que esclarece





A primeira apresentação do livro de Gnocchi-Palmaro [2], A Bela Adormecida. Porque depois do Vaticano II a Igreja entrou em crise. Porque despertará (Ed. Vallecchi), despertou um vivíssimo interesse entre as pessoas reunidas no dia 15 de outubro, na maravilhosa e antiga Igreja de Todos os Santos dos Franciscanos da Imaculada, de Florença, onde foi celebrada, antes da conferência, a Santa Missa no rito tridentino, oficiada pelo Pe. Serafino Lanzetta [Franciscano da Imaculada].

Estavam presentes, à mesa dos palestrantes, o próprio Pe. Lanzetta, o Prof. Pucci Cipriani, o Prof. Mario Palmaro e o Dr. Paolo Deotto, diretor de Riscossa Cristiana [3]. Esse encontro foi a melhor resposta para o artigo que Alberto Melloni [4] havia escrito no ‘Corriere fiorentino’ [5] um dia antes; jornal que dedicou, no dia da reunião, uma página inteira ao evento. O expoente da Escola de Bologna [6], que fez do Concílio Vaticano II um mito intocável, usou em seu artigo tons insolentes e rudes contra quem sustenta que a Igreja sofreu um trauma com seu XXI Concílio. A medicina nos ensina que, para alguém se curar de um trauma recebido, importa descobrir as causas que os geraram… Tapar o sol com a peneira [7], ou repetir enfurecidamente que o Concílio não é o problema, mas que, quando muito, os problemas surgiram porque as diretrizes conciliares não foram executadas suficientemente (os progressistas), ou porque houve más interpretações por parte de outros (os neoconservadores), não é certamente um bom serviço à Igreja.

Melloni considera os católicos que amam toda a Igreja, portanto a Tradição católica, como nostálgicos que ‘causam pena’. Sente compaixão dos mesmos, como se se tratasse de frustrados que esperam uma revanche: “esperam uma desforra, ao invés de compreender a sua posição por aquilo que é: um movimento que chama tradição e hábitos de sua própria juventude”. Ignora, no entanto, que a Igreja de Todos os Santos estava cheia de jovens e de estudantes, ou seja, dos mesmos jovens que se interessam pela Tradição da Igreja, através das ideias que livremente circulam na Internet. Não se trata absolutamente de nostálgicos. As estatísticas, por outro lado, falam por si. Melloni não sabe que, nestas reuniões e nas missas tridentinas, os mais velhos são sempre o percentual menor. Na realidade, todos estes católicos querem entender o que realmente aconteceu naquele Concílio Vaticano II que tantos problemas tem criado.

Ninguém, desprovido de má-fé, pode afirmar que a Igreja se tenha beneficiado das decisões pastorais do Concílio Vaticano II. Ninguém pode dizer que tenham aumentado as vocações, que tenha aumentado o zelo, que se tenham ampliado a Fé, a Esperança e a Caridade, que haja uma boa preparação catequética nas crianças e adolescentes, que a prática religiosa tenha aumentado, que as famílias tenham sido beneficiadas, que as leis dos Países ocidentais sejam respeitosas em relação à vida humana desde a sua concepção, que a evangelização, ordenada por Jesus Cristo aos seus Apóstolos, tenha assimilado linfa nova e vital… Nada disso. Então, realmente, como disse Ralph McInerny [8], no Vaticano II algo deu errado, mas não porque, como argumentou o estudioso americano, os documentos não foram acolhidos corretamente e sua interpretação foi falsificada, mas porque o Concílio, seguindo a cultura da época, quis se desfazer, disse o padre Serafino Lanzetta, do princípio da Cruz e do sacrifício, sustentando uma tese heterodoxa “em nome da pastoralidade. Isso originou a ambiguidade, e, portanto, o Concílio se submeteu, por sua própria natureza, a múltiplas interpretações. Muitos, como resulta da análise de Melloni, pensaram que a doutrina deva adaptar-se aos tempos e não vice-versa. Hans Küng [9] sustenta, em seu livro ‘Salvemos a Igreja’, que a Igreja está em crise não por falta de Fé e de correta pregação, mas que isso deriva de um problema de caráter político dentro da Cúria romana, portanto da teologia romana, da teologia metafísica. Küng, como Alberigo e Melloni, argumenta que o Vaticano II queria recuperar a Igreja do primeiro milênio, considerando-o um período ideal porque a Igreja era unida e compacta: Ocidente e Oriente juntos, sem cismas, sem Protestantismo. Mas como é possível, na Igreja, não considerar o segundo milênio? Benvinda seja, então, a análise divulgadora de Gnocchi e Palmaro, que esclarece muitos pontos, gerando, no entanto, em alguns, turbamento, irritação, nervosismo”, e, sem argumentações sérias, procuram desacreditar com irreverência aqueles que consideram ‘inimigos’.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...