quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Luz nas trevas: respostas irrefutáveis às objeções protestantes — A Imaculada Conceição (Parte IX)



Nota do blogue:  Acompanhe esse Especial AQUI.

Luz nas trevas: respostas irrefutáveis às objeções protestantes
por Pe. Júlio Maria

Livro de 1955 - 224 pag.
Editora VOZES
Petrópolis





CAPÍTULO VIII

A IMACULADA CONCEIÇÃO



Pede-se um texto da bíblia que prove que Maria foi concebida sem pecado. 

É a segunda objeção formidável, que prova a supina ignorância de quem a formula. Falam de conceição imaculada de Maria, sem saber de que se trata, em que consiste e qual a significação das palavras. 

Eis por que vou citar, não somente um texto da bíblia, mas sim diversos, e explicar o mais claro possível o que é a imaculada conceição, para que o meu amigo protestante entenda que ele pretende combater o que ignora. Escute bem, meu amigo.


I. O que é o pecado original

O pecado original é o pecado cometido por Adão e Eva, desobedecendo a Deus. Este pecado, em Adão era atual, e o afastou de Deus, como fim sobrenatural. Em nós, é um pecado de raça.

O gênero humano forma um corpo único, como ensina São Paulo: assim como o corpo é um, e tem muitos membros... assim é também Cristo, porque num espírito fomos batizados todos nós, para sermos um só corpo (1 Cor 12, 12).

Cristo é a cabeça sobrenatural deste corpo... sendo Adão a sua cabeça natural e moral. A cabeça moral pecando, todos os membros participam deste pecado.

Quando Deus criou nossos primeiros pais, estabeleceu-os no estado de inocência, de justiça original e de santidade, outorgando-lhes dons de três qualidades: naturais, sobrenaturais e preternaturais.

Os dons naturais são as propriedades do corpo e da alma, exigidos por sua natureza dos homens, para alcançar o seu fim natural. Os dons sobrenaturais são: a graça santificante que faz deles filhos de Deus e predestinados à visão beatífica. Os dons preternaturais consistem na imunidade do sofrimento, da morte, da ignorância e da concupiscência. 

Adão e Eva, desobedecendo a Deus, cometeram um pecado mortal (Gn 2, 17) e perderam a graça divina, com todos os dons que excediam as exigências da natureza humana. Perderam todos os dons sobrenaturais e preternaturais, conservando apenas os dons naturais, porém muito enfraquecidos. Os dons naturais não lhes foram retirados em sua constituição intrínseca, mas em seu exercício; as paixões desnorteando o juízo e enfraquecendo a vontade.

Este pecado, sendo um pecado de raça, transmite-se a todos os que pertencem à raça humana.
                                                              
O pecado entrou no mundo por um homem só, diz o Apóstolo (Rom 5, 22). E ainda: Se um só morreu para todos é porque todos estavam mortos (2 Cor 5, 14).

Todos estavam mortos em Adão. Todos! Logo também Maria SS.

Entende-se por morta em Adão o fato de Maria, em virtude da sua conceição, estar sujeita ao pecado original por direito, porém não estava sujeita a este pecado de fato, porque uma graça singular do Redentor preservou-a, afastando dela a privação que constitui o pecado original.

Maria, em virtude da sua descendência natural de Adão, estaria sujeita ao pecado, se não fosse, como pessoa, preservada dele[1]. Como criatura, Maria devia herdar o pecado original; como Mãe de Deus, devia ela ser preservada.

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