domingo, 24 de novembro de 2013

Tenhamos Compaixão das Pobres Almas! — 23 de Novembro: Os pecadores ou as almas? (Parte XXIV)



Nota do blogue:  Acompanhe esse Especial AQUI.

Tenhamos Compaixão das Pobres Almas!
30 meditações e exemplos sobre o Purgatório e as Almas
por Monsenhor Ascânio Brandão

Livro de 1948 - 243 pags
Casa da U.P.C.
Pouso Alegre




23 de Novembro

AS ALMAS DO PURGATÓRIO NOS AJUDAM


O mérito do sufrágio


Que os sufrágios que prestamos às pobres almas sofredoras do purgatório seja uma obra muito meri­tória e receberá certamente grande recompensa de Deus, nenhum teólogo o contesta. É uma obra de ca­ridade, e Nosso Senhor, que promete recompensa até a um copo de água dado em seu nome, como não há de ser propício a quem socorre as mais miseráveis e infelizes e desprotegidas criaturas: as pobres almas, que nada podem fazer por si para se livrarem dos tormentos a que estão submetidas pela Divina Justiça e dependem da nossa caridade! É certo que as almas libertadas das chamas da expiação, no céu, interce­dem por seus benfeitores, porque estão cheias da Di­vina Caridade e podem, como os Santos, nos valer neste mundo. Portanto, o mérito que adquirimos com a caridade do sufrágio será bem recompensado por­que a ingratidão nunca entrou no céu e as santas almas salvas por nós serão nossas advogadas e tudo farão por nós junto de Deus.

São Francisco de Sales vê no socorro que pres­tamos às almas, todas as obras de caridade. “Não é visitar os enfermos, diz o Santo Doutor, obter por nossas orações o alívio das pobres almas que sofrem no purgatório? Não é dar de beber aos que têm sede tão grande da visão de Deus, dar o orvalho da nossa oração às que estão entre as chamas? Não é dar de comer aos que têm fome, ajudá-las pelos meios que a fé nos oferece? Não é verdadeiramente libertar os prisioneiros? Não é vestir os nus e lhes dar uma ves­te de luz e de glória? Não é dar hospitalidade, dar entrada na Celeste Jerusalém e fazer as almas ami­gas de Deus e dos Santos, fazendo-as moradoras eter­nas da Eterna Sião?” [1].

Ora, se Nosso Senhor declara que no dia de Juízo há de dar o céu e uma grande recompensa às obras de caridade, não há de recompensar generosamente estas obras de caridade para com as benditas almas?

Tem muito mérito o sufrágio, o socorro às ben­ditas almas.

Diz também o piedoso oratoriano Pe. Faber[2], como que comentando São Francisco de Sales: “A principal devoção da Igreja consiste nas obras de mi­sericórdia, e vede como elas se encontram todas reu­nidas na devoção para com os mortos! Ela sacia a fome das almas dando-lhes Jesus, o Pão dos Anjos. Para estancar a sede inextinguível que as devora, apresenta-lhes o Precioso Sangue de Jesus. Dá, aos que estavam nus, a veste da glória. Visita os doen­tes, consola-os e dá-lhes remédios. Livra os cativos de cadeias mais terríveis que a morte e os põe em liberdade celeste e eterna. Acolhe os peregrinos e lhes dá a hospitalidade do céu. Sepulta os mortos no seio de Jesus para que aí gozem o eterno descanso”.

Ó, quando vier o dia de Juízo, felizes os que ti­verem socorrido as pobres almas! Quanto mérito nes­ta obra de caridade — o sufrágio dos mortos!

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