quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Escapulário do Carmo: tábua de salvação oferecida por Maria Santíssima




Imagem de Nossa Senhora do Carmo, Padroeira do Chile
Escapulário do Carmo: tábua de salvação oferecida por Maria Santíssima



Um dos sintomas recentes mais reconfortantes de religiosidade e devoção marianas que está se generalizando, especialmente no seio da juventude, é certamente o uso do Escapulário do Carmo. O presente artigo, além de visar a difusão de tão louvável hábito, tem por objetivo aprofundar seu conhecimento, contribuindo assim para eliminar o caráter de quase superstição com que o Escapulário tem sido adotado por alguns, devido à ignorância religiosa.

Plinio Maria Solimeo
Certa manhã, o Sr. Joaquim Bacarin, construtor residente em Santo André (SP), resolvera levar consigo sua filhinha de cinco anos para uma das casas que estava construindo. Mal chegou ao local, a menina, exultante, começou a explorar o novo terreno, saltando e pulando de satisfação. Aproximou-se assim de um poço de 20 metros de profundidade, com oito de água. Curiosa, inclinou-se para ver seu fundo, perdeu o equilíbrio e caiu naquele abismo.
A seu grito desesperado, acorreram pai e pedreiros. O Sr. Joaquim queria a todo custo descer em busca da filha, mas foi dissuadido por não ter apetrechos nem prática para isso. Resolveu-se então chamar um poceiro, que tardou quase uma hora em chegar. Ao atingir o nível da água, no fundo do poço, em vez de um cadáver, encontrou a menina boiando, mantida à tona milagrosamente pelo Escapulário que trazia ao pescoço.
O Sr. Joaquim, fora de si de emoção, estreitou em seus braços a filhinha sorridente; depois, comovido, caiu de joelhos e agradeceu a Nossa Senhora do Carmo, enquanto os presentes, chorando, bradavam: “Milagre! Milagre! Milagre de Nossa Senhora do Carmo!” (1).
Exemplos assim, da proteção prodigalizada por Nossa Senhora por meio do Escapulário oubentinho do Carmo, são inúmeros e podem ser encontrados em várias fontes (2). Por isso, não nos deteremos neles senão de passagem. Procuraremos antes explicar o que significam propriamente esses dois pedaços de lã unidos por um cordão, que tantas graças e benefícios têm proporcionado àqueles que os portam piedosamente.



Origem e evolução histórica do Escapulário




Visão do Monte Carmelo, divisando-se ao fundo o Convento dos Padres Carmelitas


Tanto o Escapulário (do latim scapulae, ombros), quanto o próprio hábito monástico e as vestes litúrgicas desenvolveram-se a partir dos trajes dos leigos.
Com o tempo, o Escapulário monástico foi evoluindo até chegar, no século XII, à forma atual, tornando-se então parte integrante de quase todos os hábitos monásticos, inclusive o carmelita. Mas este não tinha o significado que adquiriu depois, como veremos.
Como desdobramento das OrdensPrimeiras (monges ou frades), surgiram asSegundas (monjas ou freiras), e depois asTerceiras ou Oblatos, formadas estas últimas por simples leigos, casados ou solteiros, que viviam com suas famílias.
Os terceiros eram ligados por votos ou promessas, conforme o estado, às Ordens Primeiras, e participavam dos bens espirituais da Ordem. Os terceiros recebiam um hábito religioso mais simples, que usavam todos dias; ou, mais comumente, apenas aos domingos e em festas religiosas.
Vieram depois as Confrarias para os leigos que não podiam ingressar nas Ordens Terceiras (3).
Segundo o Pe. Simón María Besalduch (4), a Confraria de Nossa Senhora do Carmo é tão antiga quanto seu escapulário (1251). Este é uma miniatura do Escapulário monástico entregue por Nossa Senhora a São Simão Stock. Vejamos como.



Ordem do Carmo: do Antigo Testamento ao monacato oriental e ocidental


Imagem do Profeta Elias, que se venera na Sede da TFP, 
na Serra do Japy (Município de Jundiaí -SP)



Segundo a tradição carmelita, a Ordem do Carmo teve origem nos Profetas Elias e Eliseu e seus seguidores. Eles já veneravam a futura Mãe do Messias, simbolizada por uma nuvenzinha – citada na Sagrada Escritura -- que prenunciou a chuva redentora que, a rogos de Elias, fertilizou a terra ressequida de Israel.
Esses dois grandes Profetas tiveram seus continuadores nos Filhos dos Profetas (instituição surgida na época do Profeta Samuel e dotada de alguma semelhança com os institutos religiosos atuais), e mais tarde nos essênios (ramificação entre os antigos israelitas). E, já na era cristã, nos ermitães que povoaram o Monte Carmelo, situado na Palestina.
Estes ermitães acabaram por constituir-se em ordem religiosa ao estilo ocidental, no século XII, sob uma regra escrita pelo Patriarca de Jerusalém, Santo Alberto de Vercelli, confirmada depois pelo Papa Honório III.
Em 1291, esses eremitas do Monte Carmelo foram martirizados pelos muçulmanos e seu convento queimado. Mas a Ordem subsistiu, pois muitos dos monges do Carmelo eram europeus e haviam efetuado fundações em vários locais da Europa, inclusive na Inglaterra (5).

*** * ***
Escapulário: privilégios, condições para usar, imposição e uso



Brasão da Ordem do Carmo
1º - A Grande Promessa“Aquele que morrer com o Escapulário não sofrerá as penas do inferno”.(1*)
2º - O Privilégio Sabatino: será liberto do Purgatório no sábado seguinte à sua morte.1º - A Grande Promessa“Aquele que morrer com o Escapulário não sofrerá as penas do inferno”.(1*)

Para gozar desse privilégio sabatino são necessárias as seguintes condições:
a - Haver recebido devidamente o Escapulário, isto é, ter sido ele imposto por um sacerdote com poder para tal;
b - Que o Escapulário seja como prescreve a Igreja: feito de dois pedaços de lã (e não de outro material 2*) da forma retangular, ligados entre si por cordões ou cadarços e cor requeridas (marrom café ou negro). Se a própria pessoa quiser confeccioná-lo, o tamanho adequado de cada um dos pedaços de lã poderia ser: 3,5cm de altura x 2,5cm de largura, ou ainda menor, observando-se essa proporção;
c - Que uma de suas partes caia sobre o peito e a outra sobre as costas;
d - Que se observe a castidade segundo o estado (perfeita para os solteiros, e matrimonial para os casados);
e - Que se rezem as orações prescritas pelo sacerdote que o impôs.
1* Frei Afonso Maria, O Escapulário do Carmo e a medalha, Caixa Postal, 532, Recife. Imprimatur D. Miugel de Lima Valverde, Arcebispo de Olinda e Recife, 3-12-1941.
__________________
N.B: Qualquer pessoa poderá confeccionar seu próprio Escapulário, desde que encontre dificuldade em obter algum já feito. Para isso, basta seguir rigorosamente o que estabelece o item b acima.

2* Nota: São Pio X permitiu o uso da medalha-escapulário, feita de metal, não por exigências da moda,mas o fez para atender aos apelos de missionários de zonas tórridas, em favor dos nativos, os pedaços de lã ficavam logo em condições intoleráveis, ás vezes sendo ninho de vermes pelo calor. Também na Grande Guerra os soldados se beneficiaram de tais medalhas, que não se deterioravam como os de lã. Ainda São Pio X declarou muito explicitamente seu desejo de que os fiéis continuassem a utilizar o Escapulário como antes, e que a medalha só fosse usada quando houvesse um inconveniente real em se levar o Escapulário de lã. E corroborando o desejo de São Pio X, Bento XV concedeu uma indulgência ao fiel, a cada vez que ele oscular seu Escapulário. Esta indulgência, porém, não se obtém com a medalha-escapulário. (SOLIMEO, 2006).


A Grande Promessa e o Privilégio Sabatino: sua autenticidade














O Pe. Simón María Besalduch, em sua já citada obra, refuta sábia e sobejamente os argumentos e autores que põem em dúvida a autenticidade da Grande Promessa e do Privilégio Sabatino (6).
No que consistem a Grande Promessa e oPrivilégio Sabatino?
Em um momento de grande aflição para a Ordem do Carmo, que corria perigo até de extinção, seu novo Geral, o inglês São Simão Stock, suplicava insistentemente à Mãe de Deus que lhe desse um sinal de sua proteção. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, Nossa Senhora apareceu-lhe com o Menino Jesus nos braços e rodeada de anjos. Apresentou-lhe então um escapulário dizendo-lhe:
“Recebe, filho muito amado, este Escapulário da tua Ordem, sinal de minha confraternidade. Será um privilégio para ti e para todos os Carmelitas. Todo que com ele morrer não padecerá do fogo eterno. Ele é, pois, um sinal de salvação, defesa nos perigos; aliança de paz e de pacto sempiterno” (7)
Esse autor, sobre a autenticidade tal milagre, argumenta com Santo Agostinho: “Assim como as palavras exprimem a linguagem humana, os milagres exprimem a divina”; ora, “é contra todos os atributos divinos o fato de Deus aprovar a mentira com milagres”, como os que até hoje se obtêm por meio do Escapulário.
Nota o Pe. Besalduch que São Simão pedia à Virgem “um signo, um sinal de sua graça que fosse visível aos olhos de seus inimigos”. E que Ela, ao entregar-lhe o Escapulário, “declara que o entrega a ele e a todos os Carmelitas como um signo de sua confraternidade e um sinal de predestinação” (8).
A predileção de Nossa Senhora pelo Carmo foi confirmada de modo ainda mais maternal no século seguinte, quando, aparecendo ao Papa João XXII, prometeu-lhe especial assistência aos que trouxessem o Escapulário do Carmo, e que os livraria do Purgatório no primeiro sábado após sua morte. Essa segunda promessa é conhecida como Privilégio Sabatino (9).
Por Carmelitas aqui se entendiam os membros das Ordens PrimeiraSegunda e Terceira mais os das Confrarias do Carmo. Entretanto, concedeu depois a Igreja a várias Ordens religiosas a faculdade de benzer também pequenos escapulários e impô-los aos fiéis independente de estarem ligados ou não às Confrarias (10); assim, estendeu-se também a todos os que portam o Escapulário do Carmo aquelas promessas da Mãe de Deus.
Isso provocou a tão universal divulgação desse Escapulário, que passou a ser o escapulário por antonomásia. E, juntamente com o Rosário, um dos símbolos do católico piedoso e servo de Maria (11).


*** * ***



Observações úteis sobre o Escapulário
“Além da grande promessa de preservação do inferno, do singular privilégio Sabatino, do honroso título de Irmãos da Virgem [os frades do Carmo são chamados ‘Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo’] e da salvação nos perigos, assim como do grande número de indulgências, os que vestem o Escapulário do Carmo gozam da participação de todas as boas obras que se praticam em toda a Ordem do Carmo. Isto quer dizer que, na Ordem do Carmo, tudo o que cai sob o comum denominador de ‘boas obras’, como virtudes, satisfações, Missas, orações, pregações, jejuns, disciplinas, imolações, fruto das Missões, prática dos votos, austeridade da vida do claustro, efeitos saudáveis do apostolado da devoção à Virgem do Carmo e a seu santo Escapulário etc., forma um acervo comum ou um capital social que se reparte entre todos e cada um dos membros que, seja pela profissão (religiosa), ou em virtude do privilégio da agregação, pertencem à dita Ordem da Virgem do Carmo” (1).
O Escapulário pode ser imposto mesmo em crianças que não chegaram ao uso da razão, pois servir-lhes-á de “defesa e salvação nos perigos”. Além disso, quando adultos, se tiverem tido a infelicidade de o abandonarem e levar vida irreligiosa, tendo já recebido a imposição anterior, bastará que qualquer um lhes coloque o Escapulário ao pescoço para que gozem de seus privilégios.
Ele pode também ser imposto em pecadores moribundos que o aceitem, pois ser-lhes-á penhor de salvação. Por isso, os sacerdotes chamados a atender moribundos nesse estado costumavam, antes de mais nada, propor-lhes tão-somente que aceitassem a imposição do Escapulário; o resto vinha por acréscimo. São inúmeros os casos em que pecadores empedernidos solicitam a assistência de um sacerdote, depois que alguém de sua família, sem que o saibam, coloque um Escapulário sobre seus travesseiros.
Para se gozar o privilégio sabatino, uma prática piedosa geralmente prescrita pelos sacerdotes em comutação da recitação do Ofício Parvo e jejuns prescritos, é a da recitação dos Sete Padre-Nossos, Ave-Marias e Glórias em louvor das Sete Alegrias de Nossa Senhora, outrora muito comum na Europa.
Pelo significado que o Escapulário tem de ser uma aliança com Nossa Senhora, recomenda-se que se o oscule freqüentemente. Com essa prática – agradável à Mãe de Deus – ganham-se também indulgências.
Quando se substitui um Escapulário, o modo mais correto de eliminar o antigo é queimá-lo por respeito, e nunca jogá-lo ao lixo como traste velho.
Uma pessoa que tenha sido objeto da imposição do Escapulário e tenha passado muito tempo sem usá-lo, pode por si mesma recolocá-lo ao pescoço, sem necessidade de nova bênção ou imposição por sacerdote.



Medalha-escapulário

                                           















          O Papa São Pio X concedeu, através de regulamentação de 16 de dezembro de 1910, emanada pelo Santo Ofício, a permissão de usar, em vez de um ou mais pequenos escapulários, uma só medalha de metal. Esta deve ter em uma das faces o Sagrado Coração e, na outra, a Santíssima Virgem.
Todas as pessoas validamente investidas com um escapulário de lã, já bento, podem trocá-lo pela medalha de metal. Para se gozar o privilégio da Medalha-Escapulário do Carmo "é de todo necessário que se receba antes a bênção e imposição do Escapulário de lã, com a fórmula prescrita e cumprindo com os demais requisitos. Se antes não se impõe o Escapulário uma vez para toda a vida, a medalha não serve, mesmo que benta por um sacerdote com faculdade para tal e com a intenção de que valha como Escapulário" (2).
Tais medalhas devem ser usadas constantemente, penduradas ao pescoço ou “de outra maneira conveniente”, ganhando-se com seu uso quase todas as indulgências e privilégios concedidos aos pequenos escapulários (3).
           Entretanto, aconselha-se portar de preferência o Escapulário propriamente dito. Pois ele, além de gozar de maior número de indulgências do que a medalha, foi diretamente concedido por Nossa Senhora a São Simão Stock. A Virgem Santíssima em sua aparição entregou-lhe um Escapulário de lã marrom. Embora condescendendo em conceder à medalha as graças do Escapulário, São Pio X declarou muito explicitamente "seus veementes desejos de que todos os fiéis continuassem levando o Escapulário da mesma forma que antes", e que a medalha só fosse usada quando houvesse um inconveniente real em se levar o Escapulário de lã.

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Notas:
1 - EE, p. 324.
2- EE, p.293.
3 - Cfr. The Catholic Encyclopedia, p. 510, Cfr. Enciclopédia Espasa-Calpe, Tomo XI, pp. 1118 e ss.


Escapulário: grande escudo contra perigos terrenos



Imagem de Nossa Senhora do Carmo, igreja de Nossa Senhora do Carmo, São Paulo




É possível que alguns leitores não se dêem inteiramente conta do grande tesouro que representa o Escapulário. Como afirmou o Papa Pio XII, “não é coisa de pequena importância procurar-se a aquisição da vida eterna segundo a tradicional promessa da Virgem Santíssima [ao Escapulário]; trata-se, com efeito, da empresa mais importante e do modo mais seguro de a levar a cabo” (12). E o mesmo Pontífice acentua a importância do Escapulário como meio de incrementar a tão necessária devoção mariana. Eis suas palavras: “Certamente ninguém ignora quantocontribuiu para avivar a fé católica e emendar os costumes o amor à santíssima Mãe de Deus, especialmente através daquelas expressões de devoção com as quais, preferentemente às outras, parece que as mentes se enriquecem de doutrina sobrenatural e as almas são solicitadas ao cultivo da virtude cristã. Entre estas, figura em primeiro lugar a devoção ao santo escapulário dos carmelitas que, adaptando-se por sua simplicidade à índole de todas as pessoas, com ubérrimos frutos espirituais está amplissimamente difundida entre os fiéis cristãos” (13).
O Escapulário não é só um penhor de salvação eterna, mas uma concreta proteção nos perigos da vida. Isso compreenderam-no santos, monarcas e simples pessoas do povo. Alguns exemplos:
O piedoso Rei Luís XIII, da França, trazia-o preso a seu pendão. No sangrento sítio de Montpellier, viu cair a seu lado, atingido no peito por dois tiros, o cavaleiro de Beauregard. Quando o foram levantar, supondo-o morto, o cavaleiro, que só havia desmaiado, levantou-se e mostrou, sob a veste perfurada pelas balas, o Escapulário do Carmo. O rei, emocionado por essa prova de proteção de Maria, pediu-lhe o Escapulário miraculado para portá-lo sobre si (14).
Em Caxias do Sul (RS), o Sr. Leonardelli estava à janela vendo três meninos brincarem na rua. De repente, apareceu um cachorro louco e, num abrir e fechar de olhos, mordeu dois dos meninos. Tentou morder o terceiro mas não conseguiu, afastando-se correndo. Os dois feridos foram levados ao hospital. Quando foram ver o que impedira o cão de morder a terceira criança, constataram que ela trazia sobre si o Escapulário do Carmo... (15)
Uma jovem foi confessar-se com o Cura D'Ars. Antes que ela se acusasse de seus pecados, disse-lhe o Santo: “Lembra-te de que, no baile a que foste há alguns dias, apareceu um vistoso jovem, que dançou com todas as moças, menos contigo? E que ficaste muito vexada por isso? E que, no momento em que ele saía, pareceu-te ver faíscas em seus pés? Pois saibas que era o demônio em forma humana, e que só não dançou contigo porque levavas o Escapulário. Dá graças à Virgem por isso” (16).
No bairro de Santana, na capital paulista, Luiz Barreto, então com 15 anos de idade na década de 40, ao atravessar a estrada da Cantareira de bicicleta, foi apanhado pelo trem, ficando debaixo dos vagões. Quando o trem acabou de passar, transeuntes acorreram e encontraram a bicicleta destroçada, mas o rapaz ileso. Ajoelhando-se, ele beijou seu Escapulário dizendo: “Foi o bentinho de Nossa Senhora do Carmo que me salvou”. Diante do milagre, todos os presentes apressaram-se também em recebê-lo (17).
São inúmeros os casos em que incêndios são apagados, quando se arremessa sobre as chamas o Escapulário do Carmo. Citamos aqui dois casos, em países totalmente diferentes, para mostrar a universalidade do prodígio:
Um incêndio em Videira (SC), devorara já três casas de madeira pertencentes a João Ferlim e ameaçava a maior casa comercial da cidade, encostada a uma delas. Da. Santina Brandalise, sua proprietária, imediatamente mandou colocar um escapulário no teto de sua casa. O fogo estancou imediatamente sem nela tocar, fato tido por milagroso por centenas de pessoas que acompanhavam a cena (18).
“O Rev. Prior do Convento de Claudete, na província de Albacete, Espanha, conserva em seu poder um Escapulário que, atirado ao fogo que lavrava em uma casa dessa vila no ano de 1832, o apagou imediatamente sem provocar-lhe dano. No Convento de São Felipe, de Játiva, conserva-se um Escapulário que apagou imediatamente outro incêndio ocorrido no povoado de Cela, província de Alicante, a princípios deste século” (19).
Notas:


1 - Cfr. O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, livreto elaborado e difundido na Basílica do Carmo, São Paulo, s/d, p. 13.
2 - São citados muitos exemplos de autênticos milagres obtidos através do Escapulário, por exemplo, naEnciclopédia del Escapulario del Carmen do Pe. Simón María Besalduch (Luis Gili, Editor, Librería Católica Internacional, Barcelona, 1931, que passaremos a citar com a sigla E.E.).
3 - Pietro Siffrin, Enciclopedia Cattolica, verbete Scapolare, tomo XI, pp. 15 e 16.
4 - Cfr. E.E., p. 667.
5 - Cfr. Enciclopédia Universal Ilustrada Europeu Americana, Espasa-Calpe S. A., Bilbao, tomo XI, pp. 1118 e ss.
6 – Fica assim refutado, por exemplo, Joseph Hilgers, entre outros autor dos verbetes Sabbatine Privilege Scapular em The Catholic Encyclopedia, Caxton Publishing Company, Limited, London, 1912, vol. XIII, pp. 289,290, 508 e ss.
7 - E.E., pp. 99, 203 entre outras.
8 - Op. cit., p. 150.
9 - Cfr. op. cit., pp. de 243 a 293.
10 - Cfr. Enciclopédia Espasa-Calpe tomo XX, p. 667.
11 - Cfr. The Catholic Encyclopedia, Caxton Publishing Company, Limited, London, 1912, vol. XIII, pp. 508 e ss.
12 - Op. cit., p. 626.
13 - Pio XII, Epístola de 11/2/1950 aos Gerais dos Padres Carmelitas, por ocasião do VII Centenário do Escapulário do Carmo, apud DOCTRINA PONTIFICIA, IV, Documentos Marianos, Hilario Marín, S.I., BAC, Madrid, 1954, pp. 626-627 (Grifos nossos).
14 - Cfr. E.E., p. 442.
15 - Cfr. O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, p. 12.
16 - Francis Trouchu, “Le Curé D'Ars Saint Jean-Marie Baptiste Vianney” Librairie Catholique Emmanuel Vite, Lyon, 1935, p. 350.
17 - Cfr. O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, p. 21.
18 - Cfr. op. cit., p. 20.
19 - E.E., pp. 346 e 347.



Fonte: Catolicismo
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