segunda-feira, 22 de abril de 2013

Da pornografia para a pureza - um testemunho, um caminho…




"Houck pede ao clero para que seja mais pró-ativo em confrontar o mal da pornografia. “Nunca ouvi uma homilia sobre pornografia ou sobre anticoncepcionais. Essas são as principais frentes de batalha na Igreja hoje em dia, e não vemos nenhum combate por parte de quem ocupa o púlpito”, ele diz."





Mark Houck ao lado do Pe. Richard Gray, da Universidade Católica de Maryland

  

Mark Houck era jogador de futebol americano na Universidade Católica. Ele era também viciado em pornografia. “A primeira vez que vi pornografia tinha 10 anos de idade”, confessou Houck em sua palestra proferida no Centro Cultural João Paulo II, em Washington, Estados Unidos. “Meu problema com a pornografia se tornou sério quando entrei na universidade. Era um problema crônico para mim”. Mark não é o único a ter esse problema. O vício em pornografia, uma adicção psicológica caracterizada pela obsessão em ver, ler e pensar sobre pornografia em detrimento de outras áreas da vida, é o vício mais comum no mundo de hoje, ele garante.

Em 2006, as receitas gerais da indústria pornográfica chegaram a estimados 97 bilhões de dólares – um montante maior que o das maiores companhias de tecnologia juntas: Macintosh, Google, eBay, Yahoo, Netflix e Earthlink. Com ganhos anuais de 13,3 bilhões de dólares, os Estados Unidos são o país onde há mais ganhos com pornografia: 89% de todos os sites pornográficos são dos Estados Unidos. A faixa etária que mais consome pornografia online é formada por adolescentes de 12 a 17 anos. Um estudo descobriu que 5 de cada 10 homens fiéis de igreja (praticantes de religião) vêem pornografia na Internet.

Houck, apesar de ter tido 22 anos de educação em colégio católico, incluindo a faculdade, tornou-se viciado em pornografia. Ele diz: “Eu não sabia o que era pecado mortal, não conhecia minha fé católica”. Mas na idade de 26 anos, ele se lembra que algo aconteceu. “Comecei a me preocupar com esse problema, e assumi um compromisso diante de Deus de que pararia de olhar para a pornografia. Fiquei livre somente por causa da graça de Deus”. Houck tornou-se um palestrante, divulgando a castidade, na organização “Generation Life”. Em 2006 ele fundou “The King’s Men”, um apostolado masculino que ensina os homens a cumprirem seu papel diante de Deus, de líderes, protetores e responsáveis pela família.

Segundo Houck, os homens não devem ficar na defensiva diante do monstro da pornografia. “A natureza do homem é a de um guerreiro. Você é chamado a estar na batalha, a liderar”. Como parte de sua posição agressiva contra a pornografia, a organização “The King’s Men” regularmente organiza manifestações em áreas próximas a lojas de material pornográfico. Mas Houck alerta que o vício em pornografia pede compaixão, e não condenação para suas vítimas.

O Dr. Mark Laaser, em seu livro, “Healing the Wounds of Sexual Addiction” (Curando as feridas da adicção sexual) aponta para o fato de que a pornografia é um sintoma de um problema bem maior. “O vício (adicção) é uma auto-medicação para tentar curar alguma ferida séria em sua vida”, explica Houck. “Se quisermos ajudar as pessoas, precisamos chegar até a ferida”. Dr. Mark acredita que sua própria ferida psicológica foi a morte de seu pai, quando ele tinha apenas 11 anos. “Para muitos homens, a ‘ferida do pai’ é um problema-chave. Provavelmente é pior para um rapaz cujo pai está fisicamente presente, mas espiritualmente ausente”.
Essas feridas levam a quatro crenças básicas: (1) Eu não sirvo para nada, ninguém me ama. (2) Se as pessoas realmente me conhecessem, me rejeitariam. (3) Não posso ficar dependendo de ninguém para satisfazer minhas necessidades; portanto, minha melhor amiga é a pornografia em revistas, vídeos ou na Internet. (4) O sexo ou a pornografia é minha maior necessidade.

Se você quer curar-se do vício da pornografia, Houck avisa que é necessário primeiro perguntar a si mesmo: “Eu realmente quero ficar bem?” Nós ‘gostamos’ do nosso pecado; por isso, nos tornamos ligados a ele, segundo Houck. Santo Agostinho certa vez falou para Deus: “Dai-me continência e castidade, mas não agora”. Do que você tem mais sede, das coisas da terra, ou das coisas do céu? As coisas dessa terra nunca irão satisfazê-lo completamente. Pelo que você estaria disposto a morrer? Você preferiria morrer a cometer um pecado mortal? Houck acredita que, como Santa Maria Goretti, devemos ter essa determinação.

No livro “Pornografia, qual o problema?”, que escreveu para a Conferência Católica dos Bispos dos Estados Unidos, Houck oferece dez passos para superar o vício da pornografia:



1. Decida ficar bem e se determine a parar de ver qualquer forma de pornografia que seja.


2. Retire de sua casa tudo que possa ser ocasião de pecado. Houck teve que tirar a sua TV de casa. “O conteúdo da TV muitas vezes é só pornografia mesmo”, ele diz.



3. Tenha força de vontade para fazer sacrifícios, que podem envolver mudanças de hábitos e compromissos. Talvez você precise mudar o caminho ao ir para o trabalho para evitar lugares provocativos, ou mesmo desligar a Internet – ou ao menos instalar um filtro no browser.


4. Conheça os rituais ou processos através dos quais você costumava cair.

5. Encontre uma rede de apoio, que pode ser um grupo de outros homens, ou um grupo de oração. “Se você quer superar os vícios sexuais, precisa de apoio”, diz Houck. Ele formou um grupo de homens há 5 anos atrás, que se encontra semanalmente para suporte mútuo.

6. Reze diariamente.

7. Procure se fortalecer nas virtudes, especialmente na justiça,  prudência, temperança e fortaleza.

8. Pratique a paciência e a perseverança. Se você cair, não se deixe vencer – vá para a confissão o mais rápido possível.

9. Faça jejum: “Se você pode controlar seu apetite por comida, o apetite sexual será mais fácil de ser controlado”.

10. Vá para a confissão. Comungue diariamente, se possível.


Houck pede ao clero para que seja mais pró-ativo em confrontar o mal da pornografia. “Nunca ouvi uma homilia sobre pornografia ou sobre anticoncepcionais. Essas são as principais frentes de batalha na Igreja hoje em dia, e não vemos nenhum combate por parte de quem ocupa o púlpito”, ele diz.


Fonte: Homem Casto

O rabino francês prestigiado por Ratzinger é acusado de plágio








Desatou-se uma polêmica na França e que envolve o rabino de Paris, Gilles Bernheim, de 60 anos, e a quem Bento XVI havia citado há alguns meses por seu ensaio “O que muitas vezes esquecemos de dizer”, dedicado aos temas do casamento e da adoção entre pessoas do mesmo sexo. Bernheim teve que reconhecer, agora, que eram fundadas as acusações de plágio, pois teria copiado de outros autores parágrafos inteiros publicados em seus livros. E, além disso, acrescentou-se uma circunstância pouco edificante. Ao constatar os fatos, descobriu-se que o doutorado em Filosofia que aparece em todos os seus currículos, na realidade, não existe: Bernheim nunca esteve inscrito em nenhuma prova de exame para obter esse título acadêmico na França.


A reportagem é de Giorgio Bernardelli e publicada no sítio Vatican Insider, 10-04-2013. A tradução é do Cepat.




A acusação de plágio surgiu com a denúncia de um blogueiro, que descobriu que em seu livro de 2011 “Quarenta meditações hebraicas” havia passagens inteiras, sem indicação da fonte, do livro/entrevista do filósofo Jean-François Lyotard. Depois de tê-lo negado em um primeiro momento, Bernheim havia se justificado dizendo que, por falta de tempo, havia encarregado, “apenas desta vez”, a tarefa de redigir o livro a um de seus colaboradores. O problema é que não parece tratar-se de um episódio isolado: com o passar do tempo descobriu-se que inclusive algumas partes do ensaio sobre o argumento dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo teriam sido copiadas de reflexões de alguns escritores católicos, entre as quais figura um livro do padre Joseph-Marie Verlinde. O que piorou ainda mais a situação foi a notícia do doutorado em Filosofia inexistente, como confirmou o próprio ministro da Instrução.


Originário da Savoia, guia da comunidade judaica europeia mais importante desde 1º de janeiro de 2009 e nomeado Cavaleiro da Legião de Honra por Nikolas SarkozyGilles Bernheim foi “descoberto” no mundo católico quando Ratzinger – no discurso que pronunciou na Cúria Romana em 21 de dezembro passado – citou seu ensaio e o definiu como “um tratado cuidadosamente documentado e profundamente comovedor” sobre os problemas antropológicos postos pela “ideologia de gênero”.


Agora, Bernheim terá que ajustar as costas com fortes pressões na comunidade judaica francesa e poderá inclusive ter que deixar o posto (1). Contudo, por enquanto, não parece ter a intenção de renunciar, como ele mesmo explicou em uma entrevista à Rádio Shalom, da comunidade judaica francesa: “Renunciar por uma questão pessoal seria uma deserção – declarou. Na minha vida privada, assim como na vida pública, sempre fui um homem que assumiu suas responsabilidades. Tenho algumas culpas. A história do doutorado, os plágios nos livros são fatos importantes e graves. Mas não cometi nenhuma culpa no cumprimento das minhas funções de rabino. E isto, espero, ajudará a restabelecer a confiança na minha pessoa”. [SIC! SIC! SIC!]


Nota:


1.- Gilles Bernheim deixou o posto ao renunciar. (Nota da IHU On-Line)

Fonte: Unisinos
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