sábado, 20 de setembro de 2014

Putin ameaça invadir Polônia, Romênia e países bálticos, diz jornal alemão


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Caso Putin avance com as ameaças, o Reino Unido pode entrar em guerra com a Rússia, avança o Telegraph. Todos os países nomeados por Putin estão cobertos pela garantia de segurança da NATO, que diz que “um ataque a um dos países é um ataque a todos”. No início do mês, o presidente dos Estados Unidos da América confirmou o compromisso com esta doutrina num discurso em Tallinn.


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A notícia foi avançada pelo jornal alemão Suddeutsche Zeitung, que refere que a ameaça foi feita por Vladimir Putin ao presidente ucraniano PetroPoroshenko, numa conversa privada, pelo telefone.

É a primeira vez que Putin ameaça invadir países membros da NATO ou da União Europeia, diz o The Telegraph. AFP/Getty Images.




















Por Ana Pimentel

O presidente russo Vladimir Putin ameaçou invadir a Polónia, Roménia e os países bálticos numa conversa privada com o presidente ucraniano PetroPoroshenko, diz o The Telegraph. A notícia foi avançada pelo jornal alemão SuddeutscheZeitung esta quinta-feira e, a ser verdade, é a primeira vez que Putin ameaça invadir países membros da NATO ou da União Europeia.

“Se eu quiser, em dois dias tenho tropas russas não só em Kiev, como em Riga [Letónia], Vilnius [Lituânia], Tallin [Estónia], Varsóvia [Polónia] e Bucareste [Roménia]“, disse alegadamente Putin ao presidente ucraniano, segundo o jornal alemão.

Caso Putin avance com as ameaças, o Reino Unido pode entrar em guerra com a Rússia, avança o Telegraph. Todos os países nomeados por Putin estão cobertos pela garantia de segurança da NATO, que diz que “um ataque a um dos países é um ataque a todos”. No início do mês, o presidente dos Estados Unidos da América confirmou o compromisso com esta doutrina num discurso em Tallinn.

No início de setembro, Vladimir Putin também disse ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso que, se quisesse, poderia tomar a capital ucraniana em duas semanas, segundo o jornal italiano La Repubblica. Depois de Putin ter ameaçado divulgar a conversa toda, Durão Barroso veio a público lamentar que a conversa privada com o presidente russo tenha sido divulgada de forma “distorcida” e “fora do contexto”.

Segundo a publicação alemã, Durão Barroso ter-se-á encontrado com o presidente ucraniano Poroshenko na semana passada, onde terá surgido a divulgação sobre a ameaça decorrente das conversas que os líderes dos dois países tiveram durante o cessar-fogo. 

Além de ameaçar com a invasão de mais países, Putin alertou o presidente ucraniano para que não tenha “muita fé” na União Europeia, porque a Rússia poderia exercer a sua influência e lançar uma “minoria de bloqueio” entre os Estados membros.

Os países bálticos estão particularmente nervosos com as intenções da Rússia, mas o presidente norte-americano Barck Obama tentou tranquilizá-los com o discurso que fez em Tallinn no início do mês, dizendo que a NATO “está com a Estónia, com a Letónia e com a Lituânia”.

Comissão Europeia não confirmou nem negou se é verdade que Durão Barroso se reuniu com Poroshenko. “O que importa para a Comissão e para a União Europeia é contribuir para que haja uma paz duradoura, estabilidade e prosperidade na Ucrânia”, disse Pia Ahrenkilde Hansen, porta-voz da Comissão Europeia.

O presidente ucraniano PetroPoroshenko reuniu-se esta quinta-feira com Barack Obama na Sala Oval da Casa Branca, para pedir mais assistência militar norte-americana na luta contra os rebeldes russos, segundo a Fox News.

“A imagem do presidente Poroshenko sentado na Sala Oval vai valer mais do que mil palavras – em inglês e em russo”, disse Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca.



Fonte: Observador
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