sábado, 19 de outubro de 2013

Os 'bons selvagens' que a CNBB (de modo especial, o CIMI) tanto elogia e promove como modelos de vida social, num de seus mais 'admiraveis' rituais: o infanticídio


Crianças com problema mental ou físico são enterradas vivas em tribos indígenas, IMAGENS FORTES (Veja Vídeo)


Um vídeo mostrando crianças indígenas enterradas vivas na Amazônia está causando comoção e revolta nas redes sociais.





As imagens são do documentário intitulado ‘Hakani’, dirigido David Cunningham, filho do fundador de uma organização missionária norte-americana, lançado em 2008

Na gravação, um dos irmãos da vítima se revolta e grita: “Eu cuido deles! Eu cuido deles!”, sem sucesso. Ainda utilizado por volta de 20 etnias entre as mais de 200 do Brasil, infanticídio leva à morte não apenas de gêmeos, mas também filhos de mães solteiras, crianças com problema mental ou físico, ou doença não identificada pela tribo. VEJAM O VÍDEO ABAIXO!

O tema já gerou projetos de leis e muita polêmica em torno de saúde pública, cultura, religião e legislação. Em 2004, o governo brasileiro promulgou, por meio de decreto presidencial, a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que determina que os povos indígenas e tribais “deverão ter o direito de conservar seus costumes e instituições próprias, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais definidos pelo sistema jurídico nacional nem com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos”.


Entretanto, em novembro do ano passado, o jornalista australiano, Paul Raffaele, que participou de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, denunciou a tolerância ao crime de infanticídio e omissão de socorro a crianças expostas ao ato que ainda ocorre em tribos isoladas no território brasileiro.



Quando resistir ao Papa é um dever


O caso singular do bispo Robert Grossateste







Por Cristiana de Magistris | Tradução: Fratresin Unum.com * – O nome do bispo inglês Robert Grossateste (1175-1253) é quase totalmente desconhecido do mundo italiano. Para os poucos que têm alguma erudição, ele é notável por sua genialidade no campo científico, onde suas obras são consideradas de valor inestimável, a ponto de lhe terem merecido o título de “pioneiro” de um movimento científico e literário, bem como de “primeiro” matemático e físico de seu tempo.
Mas Robert Grossetesta foi acima de tudo um Bispo santo, que se distinguiu por seu zelo em promover a salus animarum e por seu amor ao papado.
Mente absolutamente prodigiosa e versada não apenas em estudos científicos, mas também no literário, teológico e bíblico, Robert Grossateste tornou-se bispo de Lincoln em 1235. “Desde que fui nomeado bispo – escreveu – considero-me o pastor e guarda das almas que me comprometo a cuidar com toda a minha força, porque do rebanho que me foi confiado vou prestar estrita conta no Dia do Juízo” [1]. Seu principal objetivo era de “reformar a sociedade através da reforma do clero” [2]. A disciplina austera que exigia de seus sacerdotes era conhecida em toda a Inglaterra: renúncia à recompensa pecuniária, obrigação de residência, reverência na celebração da Santa Missa, fidelidade na recitação do Ofício Divino, educação do povo, total disponibilidade para os doentes e as crianças. Com essas regras, o bispo inglês, além de elevar o nível das pregações e do ensino do clero, queria melhorar sua conduta moral.
Mas uma das características mais originais de Grossateste foi a sua veneração pelo primado petrino, descrita nestes termos por um de seus biógrafos: “O mais interessante aspecto da teoria de Grossateste na formação e função da hierarquia eclesiástica é a exaltação do Papado. Ele foi provavelmente o papista mais fervoroso e resoluto entre os escritores ingleses medievais.” [3]
Tal veneração pela plenitudo potestatis do Romano Pontífice assume um significado todo especial e um alcance mais interessante em relação à sua próxima resistência a Inocêncio IV.
No ano de 1239, em discurso dirigido ao Decano e ao Capítulo de Lincoln sobre a hierarquia eclesiástica, Grossateste disse: “[...] seguindo o prefigurado no Antigo Testamento, o Senhor Papa tem o primado do poder sobre as nações e sobre os reinos, tem o poder de demolir e erradicar, destruir e dispersar, plantar e construir [...] Samuel era entre o povo de Israel como um sol, assim como na Igreja universal é o Papa e todos os bispos em suas dioceses”. [4]
Em 1237, escreveu ele a um legado pontifício: “Deus não permita que a Santa Sé e os que a presidem, aos quais normalmente cumpre prestar obediência em tudo quanto ordenam, tornem-se, pelo contrário, a causa da perda da fé para as pessoas que comandam, o que é contrário aos preceitos de Cristo e à Sua vontade. Deus não permita que para qualquer pessoa verdadeiramente unida a Cristo, não querendo de forma alguma ir contra a Sua Vontade, esta Sé e aqueles que a presidem possam ser causa da perda da fé ou de aparente cisma, ordenando fazer aquilo que se opõe à vontade de Cristo.”
O bispo Grossateste via com horror a simples idéia de desobedecer à autoridade eclesiástica legalmente constituída, pois considerava a obediência como a única resposta adequada a tal autoridade que vem de Deus. Mas a autoridade existe dentro de limites claramente definidos. Não há nenhuma autoridade além desses limites – ultra vires – e recusar-se a obedecer à autoridade quando ela ultrapassa esses limites não é um ato de desobediência, mas a afirmação de que a autoridade está abusando de seu poder. Muitos teólogos, como Suárez, acreditam que é lícito resistir até ao Papa, “se este faz algo manifestamente oposto à justiça e ao bem comum” [5].
Ninguém na Idade Média era tão convencido como Grossateste de que o Papa possuía a plenitudo potestatis. Mas, com os medievais de seu tempo, ele sustentava que tal poder não é um poder arbitrário, e sim um ofício a ele conferido “para o serviço de todo o Corpo (de Cristo)”, que é a Igreja. Tal poder é dado ao Papa para a salvação das almas, para edificar o Corpo de Cristo, e não para destruí-lo. O Papa – nós não devemos nos esquecer – é o Vigário de Cristo, não o próprio Cristo, e deve exercer seu poder de acordo com a vontade de Cristo, e não em manifesto conflito com esta. Deus não permita – dizia Grossateste – que a Santa Sé se torne a “causa” de um aparente cisma, ordenando aos fieis qualquer coisa que se opõe à Vontade de Cristo Senhor.
A ocasião que provocou a resistência de Grossateste dizia respeito ao problema dos benefícios eclesiásticos, cuja primeira função era o cuidado das almas. A complexa relação Igreja-Estado daquele tempo transtornou essa função, sendo os benefícios muitas vezes largamente concedidos a clérigos que não teriam podido (ou querido) de nenhum modo cuidar da grei a eles confiada. Aconteceu de o próprio Papa nomear para [receber] um benefício, uma prebenda ou um cabido, eclesiásticos que com frequência não residiam no lugar para o qual haviam sido designados, ou em alguns casos eram incapazes por um motivo ou por outro de se ocuparem disso. Por sua alta estima ao Papado, Grossateste se opôs a esta prática, que tinha forte odor de simonia e às vezes de nepotismo. Ele aceitou plenamente as nomeações do Papa quando os beneficiários NÃO estavam em condição de cumprir as funções para as quais recebiam os benefícios. Tanto o poder papal quanto os benefícios tinham de fato para Grossetesta um único objetivo: a salvação das almas.
O Bispo inglês resistiu a este estado de decadência com todos os meios possíveis, especialmente através de um uso inteligente e sábio do direito canônico. Em 1250, já octogenário, ele foi até Lyon – onde então residia Inocêncio IV – e confrontou-se com o Papa em pessoa. “Ele simplesmente levantou-se [...]. O Papa Inocêncio sentou-se com os seus cardeais e familiares para ouvir o ataque mais veemente e completo que um papa jamais ouviu em pleno uso de seu poder” (6).
O objeto da acusação era a falta de cuidado pastoral, que colocava a Igreja em um estado de profundo sofrimento. “O ofício dos pastores encontra-se em condições miseráveis. E a causa do mal deve ser encontrada na Cúria papal [...] que provê maus pastores para seu rebanho. O que é um ofício pastoral? Suas funções são variadas, mas, em particular, envolve o dever de visitas (aos fiéis) … ” [7]. Agora, como poderia um pastor não residente prover a seu rebanho? A esta questão nem sequer o Papa podia responder. Grossateste, além disso, ensinava mais pelo exemplo do que com palavras. Anos antes, em 1232, ele havia desistido de todos seus benefícios e gratificações, exceto uma prebenda que detinha em Lincoln, algo que o tinha coberto de ridículo aos olhos dos contemporâneos. Mas ele respondeu com estas palavras sublimes que revelam a nobreza de sua alma: “Se forem mais desprezados aos olhos do mundo, então serão mais agradáveis ​​aos cidadãos do céu [8] .

Profecias e revelações particulares: atitude correta diante delas: equilíbrio, cautela e abertura de alma (Parte II)




Ver Parte I



Santo Padre Pio de Pietrelcina. Corpo incorrupto.

Utilíssimas em períodos críticos da História da Igreja

Vimos como as revelações particulares e profecias têm sido convenientes e utilíssimas para a salvação das almas, produzindo grandes movimentos de piedade. Possivelmente, em artigos posteriores poderemos mostrar como elas têm sido muito úteis e benéficas sob outros aspectos, como orientar os fiéis a atravessarem períodos históricos críticos.

Ademais estão na origem de grande número de fundações religiosas, e até tiveram uma influência salutar na explicitação do dogma contido nas verdades reveladas.

Eventualmente poder-se-ão reproduzir revelações e profecias de Santos e bem-aventurados -- alguns deles tendo vivido em períodos relativamente recentes -- que servem, por exemplo, para compreender a enorme crise pela qual atravessa a Cristandade.

Alcance da aprovação da Igreja

As revelações e outros fenômenos místicos extraordinários, acima aludidos, receberam a aprovação da Igreja após longas e exaustivas investigações.

Qual o significado dessa aprovação? Explica o ilustre teólogo espanhol Pe. Antonio Royo Marín OP: “Quando a Igreja aprova uma revelação privada, não tenciona garantir sua autenticidade; declara simplesmente que nada contém que seja contrário à Sagrada Escritura e à doutrina católica e que se possa propor como provável à piedosa crença dos fiéis”.

Mas, de outro lado, o mencionado teólogo adverte que “seria muito repreensível contradizê-las ou pô-las em ridículo depois da aprovação da Igreja” (10).

São Pio V e a visão da vitória de Lepanto, Lyon
São Pio V e a visão da vitória de Lepanto, Lyon

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, baseado também em conceituados autores, explica que “tendo se encerrado com a morte do último Apóstolo o ciclo das revelações oficiais, as revelações de Fátima, como as de Lourdes e tantas outras, se incluem definidamente na categoria das revelações privadas”.

E que, portanto, “se às primeiras o católico deve dar assentimento sob pena de pecar contra a Fé, às últimas ele pode livremente dar ou recusar crédito, segundo seu prudente critério” (11).

Lembra o Pe. Tanquerey a “prudente reserva da Igreja e dos Santos” ao examinar a autenticidade das revelações privadas, e acrescenta:

“A Igreja não admite revelações senão quando são bem e devidamente verificadas e, ainda então, não as impõe à crença dos fiéis. Além disso, quando se trata da instituição de uma festa ou de alguma fundação exterior, espera longos anos antes de se pronunciar, e não se decide senão depois de haver examinado maduramente a coisa em si mesma e nas suas relações com o Dogma e a Liturgia” (12).

Os critérios da Igreja

Como é que a Igreja faz esse maduro exame a que se refere esse destacado teólogo? Quais as regras de discernimento? É o que veremos, resumidamente, a seguir.

A algum leitor as normas abaixo poderão parecer demasiado árduas, exigentes e até excessivas.

Mas lembre, caro leitor, que por esse sapiencial crivo passaram Santa Bernardette, vidente de Lourdes, os pastorinhos de Fátima e tantos Santos e bem-aventurados que receberam revelações divinas, tiveram o dom da profecia, etc.

Mas isso não é excessivo; na realidade indica a seriedade com que a Igreja procede nesse terreno, assim como uma mãe terrena verifica a fidelidade e a veracidade de um filho para melhor cumulá-lo de maternal afeto e benquerença. E tudo isto redunda, em suma, na maior glória de Deus, no bem da Igreja e no incremento da saúde espiritual dos fiéis.

Quanto à pessoa -- O Pe. Tanquerey explica que as regras de discernimento sobre a autenticidade das revelações dizem respeito, em primeiro lugar, à pessoa que afirma receber revelações.

Deve-se estudar suas qualidades naturais: se possui equilíbrio psicológico, bom senso, juízo reto, sinceridade, ou se tem uma imaginação exaltada, a saúde debilitada por doença, tendência a amplificar a verdade ou até a inventar, etc.
São Domingos de Gusmão recebeu o terço de Nossa Senhora
São Domingos de Gusmão recebeu o terço de Nossa Senhora

E as sobrenaturais: se é dotada de virtude sólida, de humildade sincera, se dá a conhecer as revelações a seu diretor espiritual, e segue os conselhos com docilidade (13).

Quanto ao conteúdo -- O mesmo autor aconselha prestar especialmente atenção na matéria das revelações, para discernir se elas são ou não de origem divina: “Toda revelação contrária à fé ou aos bons costumes deve ser implacavelmente rejeitada, conforme a doutrina unânime dos Doutores, fundada nestas palavras de São Paulo: 'Ainda que nós mesmos ou um anjo descido do céu vos anunciasse outro Evangelho diverso daquele que vos anunciamos, seja anátema' (Gal. 1, 8). É que, efetivamente, Deus não se pode contradizer, nem revelar coisas contrárias ao que nos ensina pela sua Igreja” (14).

Quanto aos efeitos -- Por sua vez, o Pe. Antonio Royo Marin OP acrescenta que “a principal regra de discernimento -- nisto como em tudo -- serão sempre os efeitos que produzem na alma as pretensas revelações: 'A árvore boa não pode dar frutos maus, nem a árvore má dar bons frutos' (Mt 7, 18)” (15).

O Pe. Tanquerey afirma a esse respeito: “As verdadeiras revelações confirmam a alma nas virtudes da humildade, obediência, paciência, conformidade com a vontade divina; as falsas geram orgulho, presunção, desobediência”.

“O contrario -- esclarece -- sucede nas visões diabólicas; se no princípio causam alegria, bem depressa produzem perturbações, tristezas, desalento; é por esse caminho, efetivamente, que o demônio faz cair as almas” (16).

Evitar três erros

O Pe. Adolfo de la Madre de Dios OCD (17) menciona três atitudes de alma erradas, que devem ser evitadas pelos fiéis, em relação aos fenômenos místicos extraordinários:

1) a dos “colecionadores do maravilhoso, que de qualquer histérica trivial que pretende receber mensagens divinas, tomarão suas notas e sua informação gráfica, e pressurosos proclamarão que viram uma santa”;

2) a dos que assumem uma “atitude negativa” em relação às revelações, com medo de “serem tidos por crédulos”, se não tomarem essa atitude;

3) a dos “que se valem dos progressos da ciência para combater tudo que seja maravilhoso”, tentando desse modo desprestigiar as revelações divinas.

Equilíbrio, cautela e abertura de alma

Santa Bernadette Soubirous, vidente de Lourdes. Corpo incorrupto em Nevers.
Santa Bernadette Soubirous, vidente de Lourdes. Corpo incorrupto em Nevers.
O Pe. Adolfo condena estas três atitudes como “daninhas à religião e à fé”; e, em oposição a elas, apresenta a posição que considera correta: uma atitude “ao mesmo tempo de equilíbrio, de cautela e abertura de alma face às visões e revelações” (18).

O conselho do Apóstolo São Paulo sintetiza eximiamente essa verdadeira atitude em relação às revelações e outros fenômenos místicos extraordinários como as profecias: “Não extingais o Espírito (Santo). Não desprezeis as profecias. Examinai tudo; retende o que for bom” (I Tes. 5, 19-21). Ou seja, é preciso evitar de pecar por demasiada credulidade como por ceticismo excessivo.

Aplicação às profecias do século XX

As revelações e profecias de Nossa Senhora de Fátima em 1917, com sua severa Mensagem de advertência sobre os males do mundo contemporâneo, suscitaram, como era de esperar, antipatias e rejeições nos ambientes comunistas e socialistas, e mesmo entre elementos da chamada esquerda católica.

Ainda hoje, nesses meios, se procura desprestigiar de todos os modos essa Mensagem. Sem embargo, o católico que acredita nas revelações de Fátima está longe de poder ser acoimado de crédulo ou leviano, tão grande tem sido o apreço manifestado pelos Romanos Pontífices, inclusive S.S. João Paulo II, bem como por incontáveis Prelados do mundo inteiro, ao culto de Nossa Senhora de Fátima (19).

O Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, grande devoto de Nossa Senhora de Fátima e propagador de sua celestial Mensagem, afirmou que a Providência suscitou grandes Santos para anunciar certas catástrofes ocorridas na história da Cristandade: Santo Agostinho, São Vicente Ferrer, São Luís Maria Grignion de Montfort...

Porém, os tempos contemporâneos -- que parecem na iminência de um novo castigo, de um grande perdão para os pecadores sinceramente arrependidos e de triunfo dos mais gloriosos para a Santa Igreja -- têm um grande privilégio: foi a própria Mãe de Deus que veio falar advertindo os homens e prometendo sua vitória final!

__________________
Notas:
1) Eventualmente, em posteriores edições poderemos abordar outros aspectos de tão importante matéria.
2) Cfr. José Ma. Navalpotro, Cómo distinguir cuándo es una aparición de la Virgen -- La Iglesia, prudente ante la proliferación de estos fenómenos”, “Palabra”, nº 361, Madri, 1-95 (36), pp. 60 ss.
3) Dictionnaire de Spiritualité, verbete Révélations privées, Beauchesne, Paris, vol. XIII, col. 491.
4) Cônego Auguste Saudreau, L'état mystique, sa nature, ses phases et les faits extraordinaires de la vie spirituelle, Paris, Charles Amat Ed./ Arras, Brunet Ed./ Angers, G. Grassin, Richou Frères, Ed., 2ª ed. 1921, capítulo “Avantages des Révélations privées”, itens “Faits historiques” e “Responsabilité de ceux qui dédaignent les révélations privées”, pp. 216 e ss. A essas belas páginas remetemos desde já -- a título exemplificativo -- o leitor interessado em aprofundar o tema.
5) Pe. J.-H. Nicolas OP, Les révélations privées: La foi et les signes, VVS, t. 7, 15-5-53, p. 139; Dictionnaire de Spiritualité, verbete Révélations privées, vol. XIII, col. 491.
6) Pe. Augustin Poulain, Des Grâces d'Oraison -- Traité de Théologie Mystique, Beauchesne, Paris, 1909, p. 337.
7) Pe. Juan G. Arintero OP, La evolución mística, Madrid, BAC, 1952, pp. 678-679; Pe. Jordan Aumann, OP, La credibilidad de las revelaciones privadasTeología Espiritual -- Revista cuatrimestral de los estudios generales dominicanos de España, nº 7, Valencia, vol. 3, 1/4-59, vol. III, p. 44.
8) Pe. Daniel Iturrioz SJ, Revelaciones privadasEstudios Eclesiásticos, nº 145, Madri, vol. 38, 4/6-63, p. 181.
9) Pe. J. Forget, Dictionnaire de Théologie Catholique, verbete Apparitions, vol. I, 2ème partie, cols. 1691-1692.
10) Pe. Antonio Royo Marín, Teología de la Perfección Cristiana, BAC, Madrid, 1958, p. 916.
11) Plinio Corrêa de Oliveira, Guerreiros da Virgem -- A réplica da autenticidade, Editora Vera Cruz, São Paulo, 12-85, p. 167.
12) Pe. Ad. Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, Livraria Apostolado da Imprensa, Porto, 1961, p. 722.
13) Op. cit., idem, pp. 717-718.
14) Op. cit., idem, p. 719.
15) Pe. Antonio Royo Marin, OP, Teología de la Perfección Cristiana, pp. 823-824.
16) Pe. Tanquerey, op. cit., idem, p. 720.
17) O sacerdote carmelita se baseia na classificação do Dr. Alain Assailly sobre o homem moderno face ao “merveilleux”, na obra Medicine et Merveilleux, Paris, 1956, capítulo 2, “L'homme d'aujourd'hui face au problème du merveilleux”, pp. 49-69.
18) Pe. Adolfo de la Madre de Dios OCD, Aportaciones de la psicología al problema de las visiones y revelaciones, revista “Salmanticensis”, Salamanca, 1958, vol. 5, p. 608.
19) Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, Guerreiros da Virgem -- A réplica da autenticidade, Editora Vera Cruz, 12-85, pp. 167-169, onde o autor transcreve uma relação de manifestações de apôio da Santa Sé e de altos Prelados romanos à devoção a Nossa Senhora de Fátima.

(Fonte: Gonçalo Guimaraes Acquistapace, CATOLICISMO, Agosto de 1997)



Profecias e revelações particulares: atitude correta diante delas: equilíbrio, cautela e abertura de alma (Parte 1)




Beata Ana Maria Taigi
Beata Ana Maria Taigi
O demônio – pai da mentira – como um moedeiro que normalmente só falsifica moedas de ouro e prata, já tem enganado muita gente mediante falsas aparições. Tornou-se, pois, mais do que nunca necessário saber discernir entre as falsas e as verdadeiras.

O fiel vigilante e bem instruído pode evitar a queda nas armadilhas do demônio, bem como aproveitar os auxílios especiais que a Providência proporciona à humanidade através das autênticas manifestações sobrenaturais.





*** * ***

Há muitas recentes aparições e revelações particulares atribuídas à Santissima Virgem, Santos, anjos e fenômenos supostamente sobrenaturais em diversas regiões do Brasil, bem como no Exterior.

Alguns leitores receberam impressos com mensagens que Nossa Senhora teria transmitido a videntes contendo supostas profecias.

O que pensar de tudo isso? –perguntam-nos eles.

Como discernir as revelações autênticas das falsas, evitando as ciladas que o demônio, pai da mentira, pode preparar nesta matéria?



Qual o papel das revelações particulares na vida da Igreja, inclusive as que contêm profecias?

Qual o grau de assentimento que o católico lhes pode dar?

São João Bosco
São João Bosco
Numa palavra, o que ensina a Igreja a esse respeito?

A revista “Catolicismo” publicou há já alguns anos matéria muito esclarecedora.

Digamos desde logo que não vamos ser exaustivos em matéria tão vasta, limitando-nos a reproduzir neste artigo alguns comentários e observações de conceituados autores e especialistas (1).

Obviamente, tampouco nos pronunciaremos sobre a autenticidade dos casos recentes, no Brasil ou no estrangeiro, de presumíveis revelações e outros fenômenos místicos extraordinários.

Com efeito, essa matéria é da alçada das autoridades eclesiásticas competentes, as quais muitas vezes demoram anos em se manifestar, após exaustivas investigações para verificar a autenticidade das revelações em questão (2).

Origem de grandes devoções

Ao longo da História da Igreja, as revelações autênticas, e outros fenômenos místicos extraordinários, têm sido fonte e alimento de grandes movimentos de piedade.

Dictionnaire de Spiritualité lembra que “poderosos movimentos de piedade se viram desencadeados ou alimentados por revelações particulares de uma vasta repercussão eclesial”. E cita como exemplo as devoções ao Sagrado Coração de Jesus e à Nossa Senhora.

São João Evangelista
São João Evangelista
Essas devoções alcançaram uma expressão histórica e um impulso “que certamente não teriam tido” sem as revelações de Santa Margarida Maria Alacoque sobre o Sagrado Coração, e as grandes aparições mariais do século passado e deste século, como Lourdes e Fátima.

A mencionada obra qualifica como “considerável” a influência dessas revelações na vida da Igreja. E acrescenta que “o valor delas aparece confirmado” pelo fato de que conduzem os fiéis à fé, à oração, aos sacramentos, especialmente à Eucaristia, como se pode observar nos lugares de grandes aparições mariais (3).

Escapulário do Carmo, Medalha Milagrosa

Além de ser fonte e alimento de devoções como as do Sagrado Coração, e de Nossa Senhora sob as invocações de Lourdes e Fátima, outras revelações têm estado na raíz de magníficas devoções como o escapulário carmelita e a Medalha Milagrosa.

É o que lembra o Cônego Auguste Saudreau, que numa de suas obras faz uma exposição sintética, mas muito densa, de “algumas revelações que produziram maravilhosos frutos na Igreja”.

Afirma ele: “A devoção ao escapulário do Monte Carmelo, que foi para um tão grande número de almas um meio de salvação e do qual numerosos milagres demonstraram a maravilhosa eficácia, tem por origem a revelação feita a São Simão Stock. O mesmo se deu quanto à devoção ao escapulário da Imaculada Conceição, ao da Paixão, à Medalha Milagrosa”.

E com admiração e entusiasmo se refere a tais revelações suscitadas pela Providência: “Quantas graças de proteção, de conversão, de progresso na piedade se devem a tais práticas, que tiveram como ponto de partida revelações!” (4).

Importante para a edificação dos fiéis

São Luís Maria Grignon de Montfort, estátua na basílica vaticana
São Luís Maria Grignon de Montfort, estátua na basílica vaticana
Diante de tantos frutos de devoção, não estranha que o Pe. J.-H. Nicolas OP afirme que as revelações autênticas provocam no povo cristão “um choque salutar”, e que por isso devem ser consideradas como “providenciais” (5).

O conceituado Pe. Augustin Poulain SJ -- especialista no tema da mística, e ele próprio um místico -- assevera de seu lado que as revelações particulares autênticas são “muito úteis”:

 “É claro que as revelações ou visões que são de origem divina estão isentas de perigo e são muito úteispois a graça só age para nosso bem, e quando é de ordem tão extraordinária, não pode ser destinada a um bem que seja medíocre” (6).

O Pe. Arintero OP constata que as revelações privadas são “utilíssimas para a edificação dos fiéis, e mesmo de toda a Santa Igreja” (7).

O Pe. Iturrioz SJ acrescenta que as “intervenções sobrenaturais” refletem “a providência e, por assim dizer, a política sapientíssima de Deus” (8).

E o teólogo francês Pe. Forget afirma que as aparições, “longe de serem inúteis ou indignas de Deus”, “elas apresentam grandes vantagens”, “testemunham a bondade do Criador”, e “são para o homem um dos meios de conhecer seguramente a religião revelada” (9).



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