quarta-feira, 9 de setembro de 2015

QUE PENSAR DO MOTU PROPRIO DE FRANCISCO SOBRE A ‘SIMPLIFICAÇÃO’ DOS PROCESSOS DE NULIDADE MATRIMONIAL?


HAVERÁ ALGUÉM TÃO INGÊNUO E SIMPLÓRIO QUE NÃO SEJA CAPAZ DE DISCERNIR QUE, soltando-se ainda mais as amarras dos(já tão frouxos) liames matrimoniais— mediante uma PERIGOSA 'simplificação' e 'aceleração' dos processos —, TAL INCOMPREENSÍVEL AÇODAMENTO SÓ TENDERÁ A FAVORECER A PROLIFERAÇÃO AD INFINITUM DE CONTROVERSAS ‘DECLARAÇÕES DE NULIDADE’?



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TEXTO REFORMULADO, COM RETIFICAÇÕES E ACRÉSCIMOS




RAPHAEL DE LA TRINITÉ


É certo que GRANDE PARTE DOS QUE CONTRAEM MATRIMÔNIO, FAZEM-NO SEM CONHECER DEVIDAMENTE O QUE ESTÃO REALIZANDO.

Entretanto, pergunta-se: a que se deve essa gravíssima lacuna?
PRECISAMENTE ao fato de que, depois do Vaticano II, O CLERO DEIXOU DE ENSINAR TODA A VERDADE A RESPEITO DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO, COMO, ALIÁS, TAMBÉM DE VÁRIOS OUTROS PONTOS DA FÉ E DA MORAL.



‘Foram difundidas verdadeiras heresias, no campo dogmático e moral, criando dúvidas, confusões e rebeliões (...) [caminha-se para um] cristianismo sociológico, sem dogmas definidos e sem moral objetiva"(João Paulo II, L' Osservatore Romano, 7-2-81).


A fé se estabelecia sobre certezas. Abalando-as, semeou-se a perplexidade.
Esta, por sua vez, nutriu-se da ambiguidade, das contemporizações, das negações e dos subterfúgios, nos casos em que não houve manifesta distorção dos princípios basilares de nossa santa Religião.

Vejamos em que termos o Papa Bento XVI retrata, de forma bem sugestiva, essa ruína do ensinamento católico, após a hecatombe pós-conciliar: “OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA FÉ, QUE NO PASSADO TODA CRIANÇA SABIA, SÃO CADA VEZ MENOS CONHECIDOS” (Alocução da quinta-feira santa, 5 de abril de 2012). Mais recentemente, o Cardeal Burke afirmou, em sentido análogo: “NÃO COMBATEMOS ADEQUADAMENTE OS ERROS MODERNOS, PORQUE NÃO NOS FOI ENSINADA A FÉ CATÓLICA (…). UMA FALÊNCIA DA CATEQUESE, OU SEJA, DA CATEQUESE (…) REALIZADA NOS ÚLTIMOS 50 ANOS” (http://www.ilfoglio.it/soloqui/19951; grifos nossos) [cumpre observar que a referência aos últimos cinquenta anos coincide exatamente com o período pós-conciliar].

O futuro Papa Bento XVI, que, em 1984, fez referência ao desastre do ensino catequético, reafirmou, em 2003, que nada mudara nesse ponto de importância capital (sem dúvida, capítulo decisivo do processo de “autodemolição” da Igreja, apontado em 1968 por Paulo VI).

Expondo a necessidade de ensinar [adequadamente] o catecismo, o então Cardeal Ratzinger reitera: “Embora sem intenção de condenar a ninguém, TORNA-SE PATENTE QUE A AUSÊNCIA DE CONHECIMENTOS EM MATÉRIA DE RELIGIÃO É HOJE UMA REALIDADE TREMENDA. BASTA FALAR COM AS NOVAS GERAÇÕES [PARA NOS DARMOS CONTA DISSO]. EVIDENTEMENTE, APÓS O CONCÍLIO NÃO CONSEGUIRAM TRANSMITIR CONCRETAMENTE O QUE ESTÁ CONTIDO NA FÉ CRISTÔ
(Cfr. “La Razón”, edicióndel 28 de mayo del 2003. www.conoze.com/doc.php?doc=1806; grifos nossos).

Numa visão global sobre a devastação operada no período pós-conciliar, o mesmo Papa Bento XVI, quando ainda Cardeal Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, teve estas significativas palavras:

"Os resultados que se seguiram ao Concílio parecem cruelmente opostos às expectativas de todos, a começar do papa João XXIII e depois de Paulo VI [...] Os Papas e os Padres conciliares esperavam uma nova unidade católica e, pelo contrário, se caminhou para uma dissensão que — para usar as palavras de Paulo VI — pareceu passar da autocrítica à autodemolição. ESPERAVA-SE UM NOVO ENTUSIASMO E, EM LUGAR DELE, ACABOU-SE COM DEMASIADA FREQUÊNCIA NO TÉDIO E NO DESÂNIMO. ESPERAVA-SE UM SALTO PARA A FRENTE E, EM VEZ DISSO, ENCONTRAMO-NOS ANTE UM PROCESSO DE DECADÊNCIA PROGRESSIVA”
(Cfr. Vittorio Messori, “A coloquioconilcardinaleRatzinger, Rapportosulla fede”, EdizioniPaoline, Milano, 1985, pp. 27-28; grifos nossos).



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O papel do católico militante


Perante esse quadro de formidável e insanável crise, o que fazer?

Diante disso, não pode o fiel calar-se, segundo ensina Dom Guéranger: "Quando o pastor se transforma em lobo, é ao rebanho que, em primeiro lugar, cabe defender-se. Normalmente, sem dúvida, a doutrina desce dos Bispos para o povo fiel, e os súditos, no domínio da Fé, não devem julgar seus chefes. Mas HÁ, NO TESOURO DA REVELAÇÃO, PONTOS ESSENCIAIS, QUE TODO CRISTÃO, EM VISTA DE SEU PRÓPRIO TÍTULO DE CRISTÃO, NECESSARIAMENTE CONHECE E OBRIGATORIAMENTE HÁ DE DEFENDER. O PRINCÍPIO NÃO MUDA, QUER SE TRATE DE CRENÇA OU PROCEDIMENTO, DE MORAL OU DE DOGMA. [...]. OS VERDADEIROS FIÉIS SÃO OS HOMENS QUE EXTRAEM DE SEU BATISMO, EM TAIS CIRCUNSTÂNCIAS, A INSPIRAÇÃO DE UMA LINHA DE CONDUTA; NÃO OS PUSILÂNIMES" (12).
(D. ProsperGuéranger, “L'annéeliturgique, Le temps de laSeptuagésime, fête de Saint Cyrille d’Alexandrie”, p. 321; grifos nossos).

Ouçamos, neste particular, ainda uma vez, as esclarecedoras palavras do Papa Emérito, Bento XVI, quando ainda Cardeal: "A IGREJA PÓS-CONCILIAR TORNOU-SE UM GRANDE ESTALEIRO. MAS É UM ESTALEIRO DO QUAL SE PERDEU O PROJETO E TODOS CONTINUAM A CONSTRUIR SEGUNDO O SEU GOSTO”.(Card. Joseph RATZINGER, Rapportosulla Fede, Entrevistado por Vittorio Messori, EdizioniPaoline, Milão, 1985, pp. 27-28; destaques e negrito nossos).

A indagação é evidente: PODE HAVER CONFISSÃO DE MAIS ROTUNDO FRACASSO?


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O ‘estaleiro’ da Igreja pós-conciliar


Será essa a mais recente novidade do ‘estaleiro’ da Igreja pós-conciliar — ou seja, ‘facilitar’ a declaração de ‘nulidade matrimonial’?

Não há como, em sã consciência, escapar ao trágico paralelo: há cinco séculos, Lutero investiu contra erros e abusos existentes em profusão no Episcopado e na Cúria Romana. Alegava, então, o heresiarca que havia abusos na Igreja, sendo, pois, imprescindível suprimi-los. De fato, porém, o que fez Lutero?

Desferiu golpe contra a Igreja, atribuindo todo o mal à instituição do papado, contra a qual se rebelou. Os abusos não passaram de pretexto para a sua sedição monstruosa.


Nos dias atuais, como Francisco pretende sanar erros e abusos que desfiguram o matrimônio católico? 

Removendo, em tese, óbices, delongas e etapas que dificultam o rápido reconhecimento de que, em muitos casos, não houve casamento. Em suma, supostos ou reais erros e abusos. Contudo, qual o clima reinante na Igreja atual?

DISSEMINA-SE O ERRO DE QUE A FÉ SE BASEIA EM UM SENTIMENTO INTERIOR. Era, por exemplo, o que já propugnava Maurice Blondel, filósofo "católico" que aderiu ao modernismo, heresia condenada por São Pio X, na Pascendi, no início do século 20. SENDO ASSIM, AO INVÉS DA CATEQUESE TRADICIONAL, O QUE IMPORTA É ATENDER ÀS ASPIRAÇÕES PSICOLÓGICAS DO HOMEM MODERNO. De fato, quantos são hoje os que falam na vida sobrenatural ou na necessidade de mortificar as paixões? Pelo contrário, a ênfase é na felicidade já, aqui, e a todo preço. Os grandes doutores da Igreja — Santo Tomás, Santo Agostinho, São João da Cruz, Santa Teresa de Ávila, Santo Afonso de Ligório —, na mente de muitos católicos neomodernistas, foram substituídos por JUNG, FREUD, SCHELLER, HUSSERL (AUTORES NÃO CATÓLICOS E, EM GRANDE MEDIDA, MILITANTEMENTE ANTICATÓLICOS), ALÉM DE NOÇÕES CORRIQUEIRAS TIRADAS DO CAMPO DO MARKETING, OU DA PSICOLOGIA APLICADA, ETC... A ISSO MUITOS DENOMINAM ‘PISCOLOGISMO’.
Alguém, em sã consciência, pode ser levado a crer que muitos não entendam o Motu Proprio como um sinal verde para que o critério supracitado passe a servir, quase oficialmente, como baliza NO SENTIDO DE AFIRMAR QUE ESTES OU AQUELES,‘NÃO GOZANDO DE CERTAS CONDIÇÕES PSICOLÓGICAS’, TERIAM CONTRAÍDO NÚPCIAS ILEGITIMAMENTE? 


‘A história é mestra da vida’

Aqui vai o paralelo: HÁ MUITO QUE RECEAR que, após algum tempo de aplicação do Motu Proprio do Papa Francisco sobre ‘nulidade matrimonial’, nos deparemos, em presença do matrimônio, com situação semelhante àdo processo desencadeado por Lutero contra a Igreja, em consequência de sua insurreição.

Noutros termos, assim como Lutero ensejou a proliferação de seitas que se entrechocavam, também não é nada improvável que o que resta do matrimônio católico acabe em frangalhos, cada qual com sua ‘concepção’ particular de matrimônio.

Objetivamente falando, o resultado prático bem pode não sermuito diverso. Noutros termos, há certas iniciativas que, vendo o mal só pela rama, agravam-lhe a profundidade e extensão.

Lutero afirmava: há abusos sem fim na Cúria Romana — papas que causam indizíveis escândalos; péssimo comportamento de eclesiásticos muito bem colocados no Vaticano, e assim por diante.
O que fazer, diante disso?


Um Papa destemido


Ao ver que o edifício eclesiástico apresentava graves rachaduras, pura e simplesmente, Lutero resolveu lançar mão da picareta, em seu intento sacrílego de derrubar a construção divina...
Pouco tempo depois da revolta luterana, houve um Papa -- Adriano VI – que, entretanto, declarou:(...) “não é de espantar que a enfermidade se tenha propagado da cabeça aos membros, DESDE O PAPA ATÉ AOS PRELADOS.NÓS TODOS, PRELADOS E ECLESIÁSTICOS, NOS AFASTAMOS DO CAMINHO RETO, E JÁ HÁ MUITO NÃO HÁ UM QUE PRATIQUE O BEM... (...) E ACONTECERÁ QUE, ASSIM COMO A ENFERMIDADE POR AQUI COMEÇOU, TAMBÉM POR AQUI COMECE A SAÚDE (...)”.

Um documento memorável, nesse sentido, foi a instrução do Papa Adriano VI (1522-1523), lida pelo Núncio pontifício Francisco Chieregati aos Príncipes alemães reunidos em dieta, em Nuremberg, em 3 de janeiro de 1523.

Transcreve largos trechos desse documento o historiador austríaco Ludwig von Pastor, em sua obra célebre "Geschichte der papste" – História dos Papas (LUDOVICO PASTOR, Historia de los Papas, Editorial Gustavo Gili, Barcelona, 1952, tomo IV, vol. IX, pp. 107 a 109 / Imprimase: El Vicario General José Palmarolla, por mandato de SuSeñoria, L.c. Salvador Carreras, Pbro., Strio, Canc.)

Leiamos alguns trechos a seguir, para que se conheça melhor o contexto de tal terrível declaração: "Deves (dirige-se o Pontífice ao Núncio Chieregati) dizer também que RECONHECEMOS LIVREMENTE HAVER DEUS PERMITIDO ESTA PERSEGUIÇÃO À SUA IGREJA, POR CAUSA DOS PECADOS DOS HOMENS, E ESPECIALMENTE DOS SACERDOTES E PRELADOS, pois de certo não se encurtou a mão do Senhor para nos salvar; mas são nossos pecados que nos afastam dEle, de modo que não nos ouve as súplicas. A SAGRADA ESCRITURA ANUNCIA CLARAMENTE QUE OS PECADOS DO POVO TÊM ORIGEM NOS PECADOS DOS SACERDOTES, E POR ISTO, COMO OBSERVA (SÃO JOÃO) CRISÓSTOMO, NOSSO DIVINO SALVADOR, QUANDO QUIS PURIFICAR A ENFERMA CIDADE DE JERUSALÉM, DIRIGIU-SE EM PRIMEIRO LUGAR AO TEMPLO, PARA REPREENDER ANTES DE TUDO OS PECADOS DOS SACERDOTES; E NISSO IMITOU O BOM MÉDICO, QUE CURA A DOENÇA EM SUA RAIZ. BEM SABEMOS QUE, MESMO NESTA SANTA SÉ, HA JÁ ALGUNS ANOS VEM OCORRENDO, MUITAS COISAS DIGNAS DE REPREENSÃO; ABUSOU-SE DAS COISAS ECLESIÁSTICAS, QUEBRANTAM-SE OS PRECEITOS, CHEGOU-SE A TUDO PERVERTER. ASSIM, NÃO É DE ESPANTAR QUE A ENFERMIDADE SE TENHA PROPAGADO DA CABEÇA AOS MEMBROS, DESDE O PAPA ATÉ AOS PRELADOS.NÓS TODOS, PRELADOS E ECLESIÁSTICOS, NOS AFASTAMOS DO CAMINHO RETO, E JÁ HÁ MUITO NÃO HÁ UM QUE PRATIQUE O BEM. Por isso devemos todos glorificar a Deus e nos humilharmos em sua presença; que cada um de nós considere por que caiu, e se julgue a si mesmo, ao invés de esperar a justiça de Deus no dia de sua ira. Por isto (igualmente) deves tu prometer em nosso nome que estamos resolvidos a empregar toda a diligência a fim de que, em primeiro lugar, seja reformada a Corte romana, da qual talvez se tenham originado todos esses danos; E ACONTECERÁ QUE, ASSIM COMO A ENFERMIDADE POR AQUI COMEÇOU, TAMBÉM POR AQUI COMECE A SAÚDE. Nós nos consideramos tanto mais obrigados a levar isto a bom termo, quanto todo o mundo deseja semelhante reforma. Porém não procuramos nossa dignidade pontifícia (o Papado que Adriano VI exerce), e de mais bom grado teríamos terminado na solidão da vida privada nossos dias; de bom grado teríamos recusado a tiara, e só o temor de Deus, a legitimidade da eleição e o perigo de um cisma nos determinaram a aceitar o supremo munus pastoral. Em consequência, queremos exercê-lo não por ambição de mando, nem para enriquecer nossos parentes, mas para restituir à Santa Igreja, Esposa de Deus, sua antiga formosura, prestar auxilio aos oprimidos, elevar os varões sábios e virtuosos, e genericamente fazer tudo o que compete a um bom pastor e verdadeiro sucessor de São Pedro (...)”.

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O divórcio ‘católico’



Aqui está bem expresso o papel precípuo de um Pontífice: é o de CONSTRUIR, EDIFICAR, SANAR O MAL PELA RAIZ, EM CONTINUIDADE COM O QUE VEM SENDO FEITO HÁ DOIS MIL ANOS.

Ora, está em que condições a família, nos dias atuais?

Praticamente exangue. Não será, pois, com ‘simplificações’ e nebulosas casuísticas que o vínculo matrimonial sairá reforçado de toda essa refrega. As rachaduras nessa sagrada instituição são por demais visíveis para que não se tema que uma machadada afoita ponha abaixo o que ainda resta da fidelidade conjugal em âmbitos católicos.

Ou, por acaso, HAVERÁ ALGUÉM TÃO INGÊNUO E SIMPLÓRIO QUE NÃO SEJA CAPAZ DE DISCERNIR QUE, soltando-se ainda mais as amarras dos(já tão frouxos) liames matrimoniais— mediante uma PERIGOSA 'simplificação' e 'aceleração' dos processos —, TAL INCOMPREENSÍVEL AÇODAMENTO SÓ TENDERÁ AFAVORECER A PROLIFERAÇÃO AD INFINITUM DE CONTROVERSAS ‘DECLARAÇÕES DE NULIDADE’?

Com efeito, embora tanto João Paulo II como Bento XVI, em seus discursos à Rota Romana (1987 e 2009, respectivamente, Discurso de João Paulo II à Rota Romana em 1987 (em italiano)

Discurso de Bento XVI à Rota Romana em 2009
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2009/january/documents/hf_ben-xvi_spe_20090129_rota-romana_po.html)), tenham advertido contra A TENTAÇÃO DE CONSIDERAR COMO IMPEDIMENTO (PORTANTO, COMO CASOS PASSÍVEIS DE ‘DECLARAÇÃO DE NULIDADE’) QUALQUER DIFICULDADE DE CUNHO PSICOLÓGICO (O QUE LEVARIA A CONSIDERAR NULO PRATICAMENTE TODO CASAMENTO),ninguém ousaria negar a existência de uma forte tendência nesse sentido. Não raro, sobretudo nos EUA, propaga-se ser essa uma variante do que se entende por divórcio, isto é, uma espécie de divórcio ‘católico’!

Numa palavra, por via dos fatos, deslizando-se, precipício abaixo, chega-se a aprovar aquilo que, de si, é moralmente inaceitável.


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A ‘fumaça’ de Satanás, que asfixia...


Há mais de quatro décadas, o Papa Paulo VI advertiu que a fumaça de Satanás penetrara na Igreja (Cfr. Alocução Resistite fortes in fide, 29 de junho de 1972, in Insegnamentidi Paolo VI, Poliglotta Vaticana, vol. 10, pp. 707-709). Disse também que a Igreja estava passando por um misterioso processo de autodemolição (Cfr. Alocução aos estudantes do Pontifício Seminário Lombardo, de 7 de dezembro de 1968, in Insegnamentidi Paolo VI, vol. 6, p. 1188).

Essa fumaça de Satanás também espalhou o relativismo intelectual e moral por toda a Igreja, com reflexos em toda a sociedade. Aliás, até hoje, alguém fez um esforço de análise sério, vigoroso, decisivo, meticuloso, para nos livrar da asfixia dessa fumaça satânica e dos abalos sísmicos no sacrossanto edifício da Igreja?

Eis o fundo de quadro que deve nortear todo e qualquer esforço para o reerguimento de nossa vida religiosa e moral. A fortiori, do matrimônio monogâmico e indissolúvel, que estertora.



A única ‘reforma’ cabível: ensinar a verdade inteira


Não cabe alegar, como escusa:o povo está mal informado ou mal preparado acerca do matrimônio. Logo, as recentes medidas do papa Francisco se fazem necessárias como um mal menor.

NESTE PARTICULAR, SENDO REFERIDA IGNORÂNCIA O GRANDE MAL A SER COMBATIDO — e isso é inconteste —, debele-se a causa: QUE SEJA RESTABELECIDO POR INTEIRO O ENSINAMENTO CATÓLICO SOBRE O MATRIMÔNIO, DE TODAS AS CÁTEDRAS, DE TODOS OS PÚLPITOS, EM TODOS OS LIVROS, POR TODOS OS MEIOS CABÍVEIS.

Com efeito, a missão do Clero — ensina São Pio X — é governar, ensinar e santificar. Dado que o povo fiel nãovem recebendo o pão da verdade, de quem a responsabilidade maior?

AS PALAVRAS DE BENTO XVI FALAM POR SI.

O mal campeia desde cima, a começar pelos Papas, passando por todos os graus intermediários da Hierarquia, até as últimas ramificações.

Só por aí faz sentido começar a retificação dos desastrados rumos.


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Daqui, todavia, provém uma palavra de alento: trata-se de algo que NUNCA NOS DEMOVERÁ DA CERTEZA DA VITÓRIA.

Por maiores que sejam as crises com que se defronte a Igreja, é preciso perseverar na Fé, crendo firmemente na PROMESSA DE NOSSO SENHOR, DE QUE AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO CONTRA A IGREJA: “ET PORTAE INFERI NON PRAEVALEBUNT ADVERSUS EAM” (MT 18, 16).


Em honra da Natividade da Bemaventura Virgem Maria Mãe de Deus

2015

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Pedindo por orações

EDIT: O sr. Manoel Ricardo da Rocha Fiúza veio a falecer no dia 22/08/2015, lutou bravamente contra o câncer que o vitimou. Pedimos a todos que passarem por essa mensagem que rezem uma Ave-Maria pela sua alma.

Pedimos orações especiais por MANOEL RICARDO DA ROCHA FIÚZA, que se enconta gravemente doente. Padece de câncer ósseo, com metástases e respira com auxilio de balão de oxigênio.



quarta-feira, 15 de julho de 2015

O anão persiste, agora em Montes Claros...




Bispo de Montes Claros, Dom José Alberto Moura completa 25 anos de Ordenação Episcopal na Catedral com direito a bandeiras do MST, VIA CAMPESINA e diversos movimentos comunistas.

O objetivo da CNBB é o mesmo, cada vez mais tomada pelos bispos vermelhos. A infiltração da Teologia da Libertação já é quase total. É tanto bispo comunista ali, que o certo seria mudar o nome e passar a chamá-la de Conferência Nacional dos Bispos Bolivarianos.

























terça-feira, 14 de julho de 2015

O ANÃO NO OMBRO DO GIGANTE







| Por Raphael de la Trinité |


Nos tempos do Brasil-Colônia, dizia-se que os portugueses recebiam ouro e diamante dos índios e davam em permuta espelhinhos e colares de contas. Noutros termos, trocavam objetos de grande valor por bugigangas…

No caso do PT, era com míseros trocados que ‘compravam’ o apoio popular. Sucede, porém, que, mesmo sendo esquálidos, tais ‘favores’ e artimanhas, ao lado de muitas outras, foram perdendo o seu ‘poder de compra’ e exauriram-se... O feitiço virou-se contra o feiticeiro.

Que fazer agora?

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FRACASSO DA PROPAGANDA COMUNISTA

O comunismo, no Brasil, nunca teve penetração nas chamadas massas. Não se trata de particularidade nacional.


No mundo inteiro, décadas a fio, a não ser quando se valeu de artimanhas sórdidas, tais como coligações espúrias, uma das mil facetas ao estilo 'companheiros de viagem', o comunismo jamais logrou conquistar o poder em eleições livres e limpas.

Limitamo-nos a recordar um exemplo não muito recente. À caça do poder em Cuba, Fidel Castro, subindo a Sierra Maestra, fez questão de mostrar-se a todos (que o denunciavam como comunista) com o Rosário no pescoço. Logo depois, perpetrado o golpe, arrancou a máscara de vez, proclamando, sem rebuços, que nunca deixara de ser comunista...

Frei Betto explicou a Fidel Castro (segundo narra o livro-entrevista em que o ditador barbudo respondia a perguntas feitas pelo frade dominicano, conhecido ‘companheiro de viagem’ de comunistas e terroristas, entre os quais Marighella) que a melhor tática em relação aos católicos não era persegui-los e fazê-los mártires, mas integrá-los à revolução comunista em torno de metas supostamente comuns a católicos e a comunistas. Fidel desde há muito intuía isso. Em discurso na Universidade de Havana, já havia traçado essa maquiavélica retificação: "Não cairemos no erro histórico de semear o caminho com mártires cristãos, pois bem sabemos que foi precisamente o martírio que deu força à Igreja. Nós faremos apóstatas, milhares de apóstatas" ( cf. Juan Clark, "Cuba: mito e realidade", Edições Saeta, Miami-Caracas, 1ª. ed. 1990, páginas 358 e 658).

A seu modo, também entre nós — mas sem estardalhaço e sem derramamento de sangue —, a mesma manobra seria conduzida, mesmo com percalços diversos.

UM ATALHO SALVA-VIDAS

Na década de 1980, após rotundos e repetidos fracassos, nutria a esquerda perspectiva real de empalmar o governo do Brasil? 

Praticamente nenhuma.

Seria possível contornar esse enorme obstáculo? À primeira vista, nada faria supor.

Nesse ínterim, um expediente muito oportuno teve o condão de aplainar a via: por que não uma força auxiliar, condimentada de cristianismo?

Camuflando ao máximo o desastroso rótulo e surrados símbolos da foice e martelo, organizou-se o novo partido a partir de células da esquerda-católica, isto é, das Comunidades Eclesiais de Base. Constituído assim o Partido dos Trabalhadores (PT), aquele aparentemente utópico projeto da esquerda — abiscoitar o poder não mais pela persuasão, nem pela força das armas, mas pelo ardil e engodo — passava a ganhar, com esse novo recurso, força e plausibilidade.


Prevalecendo esta e outras formas de camuflagem análoga, após diversas tentativas, coroou-se de êxito o malfadado plano.

Realmente, segundo confirma o depoimento dos maiores próceres petistas — religiosos ou não, entre os quais avulta o de Lula —, não seria exagero apontar as CEBs como núcleo condutor, ou espinha dorsal, da agremiação política que então era oficializada, ou seja, do Partido dos Trabalhadores (PT).

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COMO SE DESENVOLVEU A OPERAÇÃO 'CAÇA-AO-PODER'?


Graças à presença maciça do PT junto às sacristias e aos chamados 'grotões' (lugares muito distantes dos centros urbanos), foram granjeados votos em profusão para essa agremiação de esquerda. Uma vez aboletada no poder, teria todas as condições para fincar pé na administração pública, ‘loteando todos os postos-chave’. Foi o que concretamente ocorreu.


À luz desses esclarecimentos, não é difícil ajuizar o motivo pelo qual Lula, o ‘showman’ desse novo partido, reuniu-se, dias atrás, com representantes da CNBB. Tratava-se do encontro de velhos amigos, à busca de uma solução para o evidente descrédito da ‘coligação’ (esquerda partidária e esquerda católica) junto a camadas significativas da população brasileira.

ANGRURAS DE QUEM É INCAPAZ DE PERSUADIR 

De duas ou três décadas para cá, presenciamos um fenômeno curioso: ao mesmo tempo em que estendia os seus tentáculos pelo País afora e avançava sobre a administração pública, o polvo PT-esquerda católica perdia, por sucessivas etapas, o arremedo de força de magnetização no âmago da vida popular, precisamente aquilo que, num primeiro instante, imaginara ter. Paradoxo digno de nota. 

Ambos os processos (esquerdismo petista e esquerdismo clerical), de certo modo, entrecruzaram-se. Tanto a esquerda política como a esquerda religiosa — talvez por uma espécie de envelhecimento precoce — estiolaram-se. Longe estiveram de fincar raízes profundas na alma nacional.

Mais recentemente, algo ficou patente aos olhos de todos: piruetas, mandiga e sortilégios, empregados pelos ‘progressistas’, nada disso chegou a causar grande efeito sobre largas parcelas da juventude, que, em seus filões mais sadios, já deixara de ser porta-voz de correntes de esquerda. De fato, a esquerda demorou bastante a perceber essa fundamental metamorfose nas fileiras juvenis. 

Fazendo eco a isso, um expoente representativo da mentalidade petista reconheceu, semanas atrás: ‘em primeiro lugar, [o problema é que] apareceram no cenário jovens de direita, o que há muito não existia. Desde os anos 1960, a juventude no Brasil inclinava-se à esquerda. Agora há uma divisão...’ (http://www1.folha.uol.com.br/…/1605819-pt-precisa-mudar-rap…). [grifos nossos]

Abaixo, transcreveremos o texto completo de vários depoimentos nesse sentido, o que constitui eloquente confirmação do que afirmamos aqui. 

Faixas populacionais, de condições e idades diversas, andam entediadas pelo ‘empanturrar’ dessas ’acrobacias’, coreografias litúrgico-pastorais. Permanentemente em voga, e progressivamente mais insossas, em muitos locais, sequer despertam atenção, exceto desgosto e visível mal-estar.

Não era, entretanto, à custa de ‘modernizações’ e vulgaridades desse naipe que os ‘progressistas’ julgavam estar investidos da missão de ‘rejuvenescer’ a Igreja, atraindo o ‘poder jovem’ para o seu lado? Notório revés! 

Não há como esquivar-se à realidade dos fatos: é inequívoco que a esquerda católica está em descompasso com a maioria silenciosa do Brasil.

Tantos artifícios conjugados acabaram por espantar e afugentar dos dessacralizados templos católicos sucessivas levas de jovens. Desalentadas e confusas, inconformadas e rejeitadas, legiões de jovens ‘pedem pão’, mas recebem ‘pedra’ (Mateus, 7-9). Sedentos de ideal verdadeiro e formação séria, rapazes e moças, em proporções crescentes, manifestam clara repulsa pelas velhas algazarras e pirotecnias balofas litúrgico-clericais. Numa palavra, autênticos órfãos da chamada Igreja ‘pós-conciliar’.

Desassistidos em suas melhores apetências de alma, e dotados de visão mais ampla, souberam não se deixar fisgar pelo ‘canto de sereia’. 

Cavou-se, por aí, verdadeiro fosso: parcelas do Clero ‘autodemolidor’ da Igreja, de um lado, e idealismo de certa juventude, de outro. 

Em sentido oposto, esclerosados e turrões, viciados e obstinados, muitos próceres do Clero progressista fecharam os olhos para a desagradável realidade do próprio fracasso, embevecendo-se apenas com o estridente eco da própria voz.

Ao cabo e ao termo, retraiu-se o poder de expansão ‘progressista’, para além dos grupelhos que, por um sinuoso trabalho de ‘baldeação ideológica inadvertida’, a duras penas, puderam, num primeiro momento, reunir em torno.


'A CNBB DECRÉPITA E A JUVENTUDE DA FÉ CATÓLICA'

Nessa direção, merecem registro eloquentes desabafos de certas figuras do Clero, atestando quão desconcertados ficam quando grande número de ovelhas (principalmente jovens) lhes fazem ouvidos moucos, por descobrirem que, por detrás do cajado do pastor, o indesejável uivo do lobo.
Já o título de certa matéria — ‘A CNBB decrépita e a Juventude da Fé Católica’ — resume, com objetividade inequívoca, o grande embaraço do clero ‘progressista’, em face da crescente falta de ‘emprise’ (influência, domínio) sobre grupos cada vez mais expressivos da juventude. Muitos dentre estes, efetivamente, ao se desgarrar da ditadura do ‘politicamente correto’, e vendo-se ‘agredidos pela realidade’ do escandaloso descompasso entre o que Igreja sempre ensinou e os desmandos sem fim que se estadeiam impunemente agora, só encontram como saída lutar pela preservação da fé em si e à sua volta. Assim agindo, estão em plena consonância com os preceitos da Lei Natural e do Direito Canônico. Aliás, isso não constitui uma extensão do direito de legítima defesa? Ou, por acaso, deveriam ser recriminados por isso?

“Quando o pastor se transforma em lobo, compete primeiramente ao rebanho se defender” (D. Guéranger, L’Anneé Liturgique, na festa de S. Cirilo de Jerusalém).

Aliás, se assim não fosse, onde iria parar a decantada liberdade de consciência, de que o período pós-conciliar se fez arauto e propagandista?


Tendo em vista, pois, o alcance da matéria que analisamos aqui, segue na íntegra o texto.

INDIGNAÇÃO DA CNBB... CONTRA 'O CONSERVADORISMO' DOS JOVENS!!!



A CNBB decrépita e a Juventude da Fé Católica.
FratresInUnum.com - Da matéria de Alexandre Trindade, Assessor de Imprensa da Câmara dos Deputados, sobre o encontro de Lula com religiosos, dentre os quais, Dom Pedro Luiz Stringuini, bispo de Mog...


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Impasse: o anão, quer dizer, a esquerda travestida de católica, só progride no dorso do gigante. De seu lado, o gigante, quer dizer, a opinião católica reluta mover-se na direção que lhe é imposta. Pergunta-se, então: há como desvencilhar-se do imbróglio?
O gigante continuará dando corcovas? 

Nesse caso, que fará o anão? Continuará saltitando infrene no lombo do gigante, enquanto este, do indesejável e oportunista aliado tenta escapar? 

Com a aproximação do Sínodo dos Bispos, em outubro, novas relações entre anão e gigante poderão despontar.

Capciosas metamorfoses? ‘Correções de rota’? Como será tudo isso? 

Ergamos o olhar para as promessas e ameaças que, há praticamente cem anos, Nossa Senhora formulou em Fátima, e teremos resposta: ‘Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará!’

sexta-feira, 10 de julho de 2015

QUE PENSAR DAS PALAVRAS 'NÃO ESTÁ BEM' DE FRANCISCO, PRESENTEADO COM A CRUZ DA FOICE E MARTELO POR EVO MORALES?









Raphael de la Trinité


Acompanhando-se o vídeo, não é difícil observar que Evo Morales coloca duas medalhas no pescoço do Papa.

A segunda medalha traz em relevo a foice e o martelo, como que circundando o Crucifico onde está o nosso Santíssimo Redentor.


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‘Não está bem!’ — palavras de Francisco, que, não obstante, NÃO RETIROU DO PESCOÇO A CORRENTE COM O CRUCIFIXO GLORIFICANDO A FOICE E MARTELO!

A EMENDA SAIU PIOR DO QUE O SONETO.

A blasfêmia inaudita e o sacrilégio nefando não ficam em nada menores com isso. De certo modo, ainda se tornam mais gritantes.

Isso é matéria de escândalo universal: consagração do comunismo e acinte completo contra Nosso Senhor. Pior, em certo sentido, do que a quase absolvição e glorificação’ do homossexualismo, pois associar Nosso Senhor à foice e ao martelo tem um só significado: identificar o regime antinatural do comunismo com o Divino Redentor.

Será que um simples ‘Não está bem’ terá o condão de velar a infâmia?


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Inconcebível imaginar que o Papa não soubesse disso previamente. Nem em conto de carochinha se poderia elucubração mais bisonha.

Sair-se com um subterfúgio desse quilate seria o mesmo que negar os rudimentos da diplomacia mundial, e a fortiori, vaticana (QUE JÁ FOI CONHECIDA COMO A MELHOR DO MUNDO).

Praticamente tudo quanto o Papa Francisco diz ou faz é assinalado por essa nota fundamental, que induz a supor uma invariável tática de autodemolição’: após uma enormidade inconcebível (por meio de atos, gestos, atitudes, omissões, quando não palavras), vem a público um 'porta-voz' oficial ou oficioso para 'dourar a pílula', mais ou menos nestes termos: 'não foi exatamente isso que o Papa disse ou fez; a imprensa exagerou ou distorce’...”. Ora....

Isso corresponde a uma tática de psy-war muito mais velha do que a Sé de Braga.

Aliás, Mao-tsé-Tung, a propósito dessa estratégia universalmente conhecida (algo que já atravessa mais de um século), exprimiu, como máxima lapidar, a concepção de que o melhor meio de avançar rumo à Revolução completa consiste em agir deste modo: CAMINHAR DOIS PASSOS À FRENTE E DAR UM PASSO ATRÁS. Assim, sempre haverá quem acredite na 'moderação' de quem avança...

As Escrituras já diziam que o número dos tolos é infinito: stultorum infinitus est numerus (Liber Ecclesiastes 1,15)

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ATOS. GESTOS, ATITUDES E OMISSÕES PODEM CARACTERIZAR O HEREGE

No início do Cristianismo, como se distinguiam os verdadeiros católicos (mártires) daqueles que apostatavam da fé? Era por meio de um gesto característico: lançar incenso aos deuses.

Um exemplo mais recente (século XVI. Japão): o imperador pagão indicava um crucifico diante de uma pessoa, que era compelida a escarrar sobre o mesmo. Se assim fizesse, não morreria.

Qual a atitude que os mártires japoneses adotavam diante disso? Ajoelhavam-se e osculavam o crucifixo.

Imediatamente, tinham suas cabeças cortadas. Mártires!

Pode-se indagar o que seria pior: escarrar sobre o Crucificado ou esculpir em torno o emblema da foice e do martelo. — Simbolicamente falando, haveria diferença substancial entre os dois gestos?

Que pensar, então, do gesto de Francisco, ao receber o crucifixo da foice e martelo?

Apesar da insignificante ressalva ('Não está bem'), Francisco NÃO RECUSOU RECEBER O CRUCIFIXO DA FOICE E MARTELO.

Por acaso, a foice e o martelo não são a expressão mais autêntica do comunismo, o pior dos inimigos da Igreja, denunciado por Nossa Senhora em Fátima, ocasião em que a Mãe de Deus anunciou que os erros desse regime ‘intrinsecamente mau’ (Pio XI) se espalhariam pelo mundo, como de fato ocorreu?

O leitor tire as suas conclusões.
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