sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PAPA FRANCISCO COLIDE FRONTALMENTE COM O ENSINAMENTO TRADICIONAL DA IGREJA





“Sim, neste procurar e encontrar Deus em todas as coisas fica sempre uma zona de incertezas. Tem que ser assim. Se uma pessoa diz que encontrou Deus com certeza total e não aflora uma margem de incerteza, então não está bem. [LER ABAIXO O QUE SÃO PIO X AFIRMA A RESPEITO] Para mim, esta é uma chave importante. Se alguém tem a resposta a todas as perguntas, esta é a prova de que Deus não está com ela. Quer dizer que é um falso profeta, que usa a religião para si próprio. Os grandes guias do povo de Deus, como Moisés, sempre deixaram espaço para a dúvida. Devemos deixar espaço ao Senhor, não às nossas certezas. É necessário ser humilde. A incerteza existe em cada discernimento verdadeiro que se abre à confirmação da consolação espiritual».
«O risco [SIC! SIC! SIC!] no procurar e encontrar Deus em todas as coisas [LER ABAIXO O QUE SÃO PIO X AFIRMA A RESPEITO] é, pois, a vontade de explicar demasiado, de dizer com certeza humana e arrogância: “Deus está aqui”. Encontraremos somente um deus à nossa medida. A atitude correta é a agostiniana: procurar a Deus para O encontrar e encontrá-l’O para O procurar sempre. E muitas vezes procura-se por tentativas [SIC! SIC! SIC!], como se lê na Bíblia. É esta a experiência [SIC! SIC! SIC!] dos grandes Pais da Fé, que são o nosso modelo. É necessário reler o capítulo 11 da Carta aos Hebreus. Abraão partiu sem saber para onde ia, pela fé. Todos os nossos antepassados da fé morreram vendo os bens prometidos, mas longe… A nossa vida não nos é dada como um libreto de ópera onde está tudo escrito, mas é ir, caminhar, fazer, procurar, ver… Deve-se entrar na aventura da procura do encontro e do deixar-se procurar e deixar-se encontrar por Deus».
«Porque Deus está antes, Deus está sempre antes, Deus antecede. Deus é um pouco como a flor da amendoeira da tua Sicília, António, que floresce sempre antes [3 O Padre António Spadaro, autor desta entrevista é um jesuíta italiano, nascido na Sicília.] . Lemo-lo nos profetas. Portanto, encontra-se Deus caminhando, no caminho. E neste ponto alguém poderia dizer que isto é relativismo. É relativismo? Sim, se é mal interpretado, como espécie de panteísmo indistinto. Não, se é interpretado em sentido bíblico [SIC! SIC! SIC!], onde Deus é sempre uma surpresa e, portanto, não sabes nunca onde e como O encontras, não és tu a fixar os tempos e os lugares do encontro com Ele. É necessário, portanto, discernir o encontro. Por isso, o discernimento é fundamental».
«Se o cristão é restauracionista, legalista, se quer tudo claro e seguro, então não encontra nada [SIC! SIC! SIC!]. A tradição e a memória do passado devem ajudar-nos a ter a coragem de abrir novos espaços para Deus. Quem hoje procura sempre soluções disciplinares, quem tende de modo exagerado à “segurança” doutrinal, quem procura obstinadamente recuperar o passado perdido, tem uma visão estática e involutiva. E deste modo a fé torna-se uma ideologia entre tantas. Tenho uma certeza dogmática: Deus está na vida de cada pessoa. Deus está na vida de cada um. [SIC! SIC! SIC!] [LER ABAIXO O QUE SÃO PIO X AFIRMA A RESPEITO]Mesmo se a vida de uma pessoa foi um desastre, se se encontra destruída pelos vícios, pela droga ou por qualquer outra coisa, Deus está na sua vida. Pode-se e deve-se procurar na vida humana. Mesmo se a vida de uma pessoa é um terreno cheio de espinhos e ervas daninhas, há sempre um espaço onde a semente boa pode crescer. É preciso confiar em Deus.” 



NÃO OBSTANTE...

Se alguém disser que o Deus, único e verdadeiro, criador e Senhor nosso, por meio das coisas criadas não pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana, seja anátema (De Revel. Cân. 1);


E também: Se alguém disser que não é possível ou não convém que, por divina revelação, seja o homem instruído acerca de Deus e do culto que lhe é devido, seja anátema (Ibid. Cân. 2);


Se alguém disser que a divina revelação não pode tornar-se crível por manifestações externas, e que por isto os homens não devem ser movidos à fé senão exclusivamente pela interna experiência ou inspiração privada, seja anátema (De Fide, Cân. 3).


Se alguém disser que o homem não pode ser por Deus elevado a conhecimento e perfeição, que supere as forças da natureza, mas por si mesmo pode e deve, com incessante progresso, chegar finalmente a possuir toda a verdade e todo o bem, seja anátema (De Revel Cân. 3). 




PERGUNTAS QUE URRAM DE SER FEITAS:

Que significa “procurar a Deus por tentativas, experiência dos grandes Pais da Fé, que são nosso modelo”?

Que significa afirmar: “neste procurar e encontrar Deus em todas as coisas fica sempre uma zona de incertezas. Tem que ser assim?”.

Que significa afirmar que “em sentido bíblico [SIC! SIC! SIC!], Deus é sempre uma surpresa e, portanto, não sabes nunca onde e como O encontras?”.

Que significa ser “restauracionisa, legalista?”.

Que significa isto: “quem hoje procura sempre soluções disciplinares, quem tende de modo exagerado à “segurança” doutrinal, quem procura obstinadamente recuperar o passado perdido, tem uma visão estática e involutiva. E deste modo a fé torna-se uma ideologia entre tantas. Tenho uma certeza dogmática: Deus está na vida de cada pessoa. Deus está na vida de cada um”. 

Excertos da entrevista de Papa Francisco à CIVILTÀ CATTOLICA



Fonte: A Capa
Entrevista original: Brotéria

Durante uma longa entrevista à revista italiana "La Civilta Cattolica (Civilização Católica), reproduzida em dezesseis línguas, o papa Francisco criticou a perseguição da Igreja e dos clérigos quanto ao aborto e o casamento gay.

Assim como fez durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, o pontífice afirmou que a a Igreja Católica deve ser uma casa aberta a todos, 
e não uma pequena capela focada em doutrina, ortodoxia e em uma agenda limitada de ensinamentos morais".

O papa disse ainda que a religião não tem o direito de interferir espiritualmente na vida dos homossexuais. "Deus nos fez livres", afirmou.


"Não precisamos insistir nesses assuntos relacionados a abortos, casamento gay e o uso de contraceptivos. Eu não falei muito sobre essas coisas, e fui repreendido por isso. Não é necessário falar sobre isso todo o tempo. 
Os ensinamentos dogmáticos e morais da Igreja não são todos equivalentes. O ministério pastoral da Igreja não pode ser obcecado com a transmissão de um conjunto desarticulado de doutrinas a serem impostas insistentemente", completou.

Papa nega ser de direita e se abre aos divorciados e gays





Fonte: Yahoo

 Entrevista Original: Brotéria

O papa Francisco desmentiu que seja de direita em uma longa entrevista concedida à revista dos jesuítas, na qual convida a refletir sobre o papel da mulher na Igreja e a "curar as feridas" de gays e divorciados, em vez de condená-los.
Em uma longa entrevista concedida em italiano à revista Civilta Cattolica, o Papa de nacionalidade argentina falou sobre sua "forma autoritária e rápida de tomar decisões", que o levou "a ser acusado de ultraconservador" na Argentina, e da necessidade que a Igreja tem de "acompanhar as pessoas a partir de sua condição" de divorciados ou homossexuais.
"Minha maneira autoritária e rápida de tomar decisões me trouxe problemas sérios e cheguei a ser acusado de ultraconservador. Tive um momento de grande crise interior quando estava em Córdoba. Certamente não fui como a beata Imelda, mas jamais fui de direita. Foi a minha maneira autoritária de tomar decisões que me criou problemas", reconheceu.
Francisco relembrou os anos em que foi provincial (chefe) dos jesuítas na Argentina, tema que gerou polêmica no início de seu pontificado pelo fato de ter evitado se pronunciar sobre os desaparecidos durante a ditadura militar (1976-1983).
"Tinha 36 anos: uma loucura. Precisava enfrentar situações difíceis, e eu tomava as minhas decisões de forma brusca e personalista", reconheceu na longa entrevista de 27 páginas.
--- "Curar feridas, dar calor" ---
Ao analisar a situação atual da Igreja, o papa reconhece que a instituição milenar precisa de reformas e afirma que considera urgente "curar feridas", "dar calor" e "acompanhar as pessoas a partir de sua condição", o que inclui os homossexuais e os divorciados que voltaram a se casar.
"Em Buenos Aires recebia cartas de pessoas homossexuais que são verdadeiros 'feridos sociais', porque me diziam que sentiam que a Igreja os condenava. Mas a Igreja não quer isso", comentou Francisco.
"Nesta vida Deus acompanhar as pessoas e é nosso dever; acompanhá-las a partir de sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia", insistiu.
O Papa reconheceu que a Igreja tem sido obcecada com temas como o aborto, o casamento homossexual ou o uso de anticoncepcionais.
"Não podemos continuar a insistir apenas nessas questões. É impossível. Falei muito a respeito delas e recebi críticas por isso", ressalta.
"Temos, portanto, que encontrar um novo equilíbrio, porque de outra maneira o edifício moral da Igreja corre o risco de desabar como um castelo de cartas, de perder a frescura e o perfume do Evangelho", insistiu.
"A proposta do Evangelho deve ser mais simples, mais profunda e irradiante", disse.
--- O papel da mulher na Igreja ---
A inédita entrevista foi concedida ao jesuíta Antonio Spadaro, durante três sessões em um total de seis horas durante o mês de agosto e foi publicada simultaneamente em 16 revistas da Companhia de Jesus em todo o mundo. Nela, Francisco reflete sobre o papel da mulher dentro da Igreja.
"É necessário ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja", assegura o Papa, que ressaltou que "o gênio feminino é necessário nos locais onde são tomadas decisões importantes".
"Maria, uma mulher, é mais importante que os bispos. Digo isso porque não se pode confundir a função com a dignidade", sustenta o Papa, que defende a elaboração de "uma teologia profunda da mulher".
"Enfrentamos hoje este desafio: refletir sobre o posto específico da mulher, inclusive ali onde é exercida a autoridade nos âmbitos da Igreja", ressaltou.
"Temo a solução do 'machismo com saias', porque a mulher tem uma estrutura diferente do homem", admite.
Spadaro, que confessou que entrevistar Francisco foi como estar diante de "uma espécie de fluxo vulcânico", pediu que ele se definisse.
"Sou uma pessoa desperta", mas ao mesmo tempo "bastante ingênua" [SIC! SIC! SIC!], que prefere o contato pessoal, contou o primeiro Papa jesuíta da história.

"Da Companhia de Jesus me impressionaram três coisas: seu caráter missionário, a comunidade e sua disciplina. Isso é curioso, porque sou um indisciplinado nato, nato, nato", confessou.
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