sexta-feira, 7 de junho de 2013

SEM PERCEBER, AOS POUCOS, OS FIÉIS CATÓLICOS VÃO-SE TORNANDO PROTESTANTES — ”A LEI DA ORAÇÃO É A LEI DA ORAÇÃO”






Veja na foto abaixo os seis pastores protestantes que ajudaram na elaboração da Nova Missa com o Papa Paulo VI:
Pastores protestantes Georges, Jasper, Sephard, Konneth, Smith, e Thurian com o Papa Paulo VI.


"... No tocante à liturgia (ou à vulgarização da Missa), a intenção de Paulo VI era reformar a liturgia católica, para aproximá-la da liturgia protestante (...), da Ceia protestante. (...) Repito que Paulo VI fez tudo o que estava em seu poder para aproximar a Missa católica — em que pese o Concílio de Trento — da Ceia protestante". [Jean Guitton]



*** * ***


Como os ‘progressistas’ reconhecem a incompatibilidade entre a Missa tridentina e a Missa de Paulo VI


Raphael de la Trinité



"O que está em jogo é importante do ponto de vista teológico. A Missa em latim de Pio V salienta a ideia de um Deus onipotente, afastado do mundo, que julga os homens, quando a Missa resultante do Vaticano II salienta a ideia de um Deus entre os homens. Na primeira, o sacerdote sobe os degraus do altar, portanto volta-se para Deus, dando as costas aos fiéis. Na outra, o Padre preside a assembleia no meio dos fiéis, como Cristo que veio habitar entre os homens".

"São duas teologias que se confrontam, duas atitudes espirituais que se manifestam em liturgias diferentes. Não é uma questão de sensibilidade artística ou estética. Mas a manifestação de um sentido que é dado à mensagem cristã". (Christian Terras, Romano Libero, artigo Tradicional-Verdadeiramente,
http://www.golias.ouvaton.org
/Traditionnelle-vraiment, 21 de Outubro de 2006).

"Certamente, a Teologia da antiga missa, ignorando a assembleia e a dimensão de refeição nos parece superada e desequilibrada.[SIC! SIC! SIC!] Ao mesmo tempo, é principalmente o conjunto de uma visão de Deus e do homem subjacente à reivindicarão tradicionalista que nos incomoda profundamente. Trata-se de permanecer fiel ao impulso imprimido pelo Vaticano II". “(...) Em torno da Liturgia se confrontam visões muito vastas das coisas. Como nota o teólogo Jean Rigal". A Liturgia, além do fato de tocar o visual, o sentimento, o costume, envolve também toda uma concepção de Igreja e dos ministérios. Evidentemente, o fato de só o padre fazer as leituras bíblicas ou se os leigos as fazem também não quer dizer a mesma coisa. Não é também a mesma coisa se há somente homens distribuindo a comunhão, ou se há também mulheres. Eis porque as polêmicas sobre a Liturgia são freqüentemente bem mais profundas do que aparentam".

"(...) a escolha do rito tridentino não é só uma questão de sensibilidade; a liturgia, com efeito, é portadora de uma Teologia da Igreja, e a liturgia saída do Vaticano II exprime a teologia – permanente – da Igreja tal qual ela foi formulada pelo Concílio Vaticano II (...) a palavra sensibilidade não é suficiente para explicar a razão da escolha da liturgia tridentina: num domínio tão grave como o da Liturgia, a gente não se conduz somente pela sensibilidade" (François Maupu, Bispo de Verdun).


Outras citações muito concludentes:

Monsenhor Bugnini [indicado por Paulo VI no dia 5 de maio de 1964 como Secretário da Comissão para elaborar o Novo Ordo] declarou que iria fazer exatamente o que Paulo VI afirmara que desejava que fosse feito: eliminar o que havia de mais católico na Missa, e que só podia ser a Fé na Presença Real de Jesus Cristo na Hóstia Consagrada, e o caráter sacrifical e propiciatório da Santa Missa. (L'Osservatore Romano de 13 de maio de 1967)
 
              Jean Guitton [amigo e confidente de Paulo VI], avaliando a Nova Missa de Paulo VI, no  livro "L’infinito in fondo al cuore", declarou que "a Missa de Paulo VI parece ser a tradução de um serviço protestante". Em Paulo VI havia uma intenção ecumênica de eliminar, ou pelo menos de tirar ou de atenuar, o que na Missa era demasiado católico em seu sentido tradicional, com a finalidade de aproximar a missa católica da missa calvinista”(Jean Guitton, apud Padre Dominique Bourmaud, Cien Años de Modernismo, Ediciones Fundación San Pio X, Buenos Aires, 2006, p. 374).

No dia 19 de dezembro de 1993, no debate "Lumière 101" da Rádio Courtoise, o mesmo Jean Guitton fez as declarações (que já citamos), tiradas do livro do Padre Bourmaud, sobre as intenções de Paulo VI ao reformar a Missa de sempre: 

"...a intenção de Paulo VI em relação à liturgia, ou à vulgarização da Missa, era para reformar a liturgia católica para aproximá-la da liturgia protestante... à Ceia protestante. (...) repito que Paulo VI fez tudo o que estava em seu poder para aproximar a Missa católica --- apesar do Concílio de Trento --- à Ceia protestante".

       E quando um Padre, presente no debate, protestou, Guitton respondeu:

"A Missa de Paulo VI se apresenta principalmente como um banquete, não é verdade?... e insiste muito  pouco na noção de sacrifício, de sacrifício ritual (...). Em outras palavras, há em Paulo VI uma intenção ecumênica de eliminar, ou pelo menos de atenuar, o que há nela de muito 'católico', no sentido tradicional e de aproximá-la -- repito -- da Missa calvinista"! (UNA VOCE - França - maio/junho de 1994)


Com mudanças, Ministério da Saúde relança campanha para prostitutas



"O que o governo faz é um crime, é apologia à prostituição. O governo está patrocinando um crime ao defender essa conduta", disse o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).


A HISTÓRIA É SEMPRE FECUNDA EM EXEMPLOS







Fonte: FSP
JOHANNA NUBLAT




Dois dias depois de retirar do ar uma ação voltada para prostitutas e de demitir o responsável pela campanha, o Ministério da Saúde relançou as peças com alterações.

Na terça-feira (4), o ministro Alexandre Padilha (Saúde) criticou a mensagem de uma das peças da ação lançada no último final de semana, voltada para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

"Eu sou feliz sendo prostituta" era a frase que acompanhava a foto de uma mulher. Segundo o ministro, a pasta deve se limitar a divulgar mensagens de prevenção --o que, para ele, não seria o caso da peça em destaque.

O diretor exonerado do departamento de DST, Aids e hepatites virais do ministério, Dirceu Greco, defendeu que a mensagem tinha conteúdo de saúde, por trabalhar a redução do preconceito [SIC! SIC! SIC!]. Greco foi demitido após a polêmica.

No novo formato, que entrou no site do ministério no início da noite desta quinta, as peças tiveram o reforço da mensagem de prevenção e do uso do preservativo. A peça polêmica foi retirada e a ação ganhou outro nome: "Prostituta que se cuida usa sempre [PRESERVATIVO]" em vez de "Sem vergonha de usar [PRESERVATIVO]".

O vídeo que acompanha as peças, com mulheres olhando para a câmera afirmando serem prostitutas, não voltou para o site.


Após a divulgação da campanha, deputados da bancada evangélica dispararam ataques à presidente Dilma Rousseff e cobraram explicações do ministério. "O que o governo faz é um crime, é apologia à prostituição. O governo está patrocinando um crime ao defender essa conduta", disse o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).

Notre Dame restaura sinos destruídos pela Revolução Francesa (Parte II)







Nomes, símbolos, carrilhões e significado dos novos sinos de Notre Dame





Ver Parte I








Símbolos gravados em cada sino

Os novos sinos são:

bourdon “Marie” (6.023 kg; 206,5 cm de diâmetro), dedicado a Nossa Senhora, protetora especial da catedral. Ele é reprodução de idêntico bourdon que tocou de 1378 a 1792, ano do infame saque republicano. Nele estão gravados a “Ave Maria” e um medalhão de Nossa Senhora com o Menino Jesus rodeado de estrelas; tem friso representando a Adoração dos Reis Magos e as bodas de Caná, e por fim uma Cruz de Glória com a inscrição “Via viatores quaerit” (“Eu sou a Via em busca de viajantes”).


Bourdon Maria é o maior do novo conjunto

sino “Gabriel” (4.162 kg e 182,8 cm de diâmetro) é dedicado ao arcanjo São Gabriel que anunciou a Nossa Senhora a encarnação do Verbo.

Neste sino está inscrita a primeira frase do Angelus “O anjo do Senhor anunciou a Maria” —, além de 40 faixas que simbolizam os 40 dias que Jesus passou no deserto e os 40 anos de travessia dos judeus pelo deserto do Sinai; na coroa do sino há flores de lis e, rodeados de estrelas, Nossa Senhora e o Menino Jesus. No corpo do sino há também uma Cruz de Glória com a inscrição “Via viatores quaerit” e um perfil da catedral no coração de Paris. 

sino “Ana Genoveva”(3.477 kg; 172,5 cm de diâmetro) é dedicado a Santa Ana, mãe de Nossa Senhora, e a Santa Genoveva, padroeira e protetora de Paris. Nele está inscrita a segunda frase do Angelus “E ela concebeu do Espírito Santo”. Três faixas simbolizam a Santíssima Trindade; labaredas de fogo evocam a tenacidade de Santa Genoveva; no demais, repete o sino “Gabriel”.

Sino "Ana-Genoveva" dedicado às duas santas

O sino “Dionísio”(2.502 kg; 153,6 cm de diâmetro) lembra a São Dionísio, primeiro bispo de Paris. Enviado pelo Papa, o bispo sofreu o martírio. Neste sino está inscrita a terceira jaculatória do Angelus: “Eis a escrava do Senhor”. Sete faixas simbolizam os sete dons do Espírito Santo e os sete sacramentos da Igreja. Há também desenhos simbolizando o martírio, Cruz de Glória, inscrições e desenhos idênticos aos anteriores.


O sino “Marcelo” (1.925 kg; 139,3 cm de diâmetro), em memória de São Marcelo, nono bispo de Paris, muito venerado pelos parisienses por sua caridade para com os pobres e os doentes. Neste sino está inscrita a quarta frase do Angelus: “Faça-se em mim segundo tua palavra”. Cinco faixas simbolizam as três pessoas da Santíssima Trindade e as duas naturezas formando um só Deus em Jesus Cristo encarnado. No demais, acompanha os modelos anteriores. 

Toda a família de novos sinos restaurados
O sino “Estêvão” (1.494 kg; 126,7 cm de diâmetro) relembra a catedral de Paris que precedeu a atual e que era dedicada a Santo Estêvão. Neste sino está gravada a quinta jaculatória do Angelus: “E o Verbo se fez carne”. Uma faixa em honra dessa jaculatória e motivos diversos evocam o martírio de Santo Estêvão. Cruz de Glória, frases e imagem de Nossa Senhora, Menino Jesus e perfil de Notre Dame como nos anteriores.

O sino “Bento-José” (1.309 kg; 120,7 cm de diâmetro) em alusão ao então Papa Bento XVI e a São José. Inscrição com a sexta frase do Angelus: “E habitou entre nós”. Doze faixas simbolizam os doze Apóstolos sob as chaves de São Pedro. Cruz de Glória e outros detalhes como nos anteriores.

O sino “Maurício” (1.011 kg; 109,7 cm de diâmetro) em memória de Maurício de Sully, 72º bispo de Paris, que colocou a primeira pedra da catedral de Notre Dame em 1163. Nesse sino está inscrita a sétima frase do Angelus: “Rogai por nós, Santa Mãe de Deus”; oito faixas simbolizam a plenitude (7+1); há ainda elementos arquitetônicos do plano da catedral, evocação de seus construtores, Cruz de Glória etc., como nos anteriores.

O sino “Jean-Marie” (782 kg; 99,7 cm de diâmetro), o menor deles, recebeu esse nome em alusão ao cardeal Jean-Marie Lustiger. Nele está inscrita a oitava e última frase do Angelus: “A fim de que sejamos dignos das promessas de Cristo”; nove faixas simbolizam as nove hierarquias angélicas; no corpo do sino, as iniciais dos quatro evangelistas, cada um com seu símbolo. Cruz de Glória, inscrição e imagens como nos anteriores.

Além dos dez sinos mencionados acima, há outros três na flecha da catedral, totalizando 13.
Toques e melodias

Os toques e as melodias dos sinos de Notre-Dame de Paris se subdividem em quatro grandes categorias:



Veja vídeo
Notre Dame:
Clique para ouvir
os novos sinos.
(23.03.2013)
— o carrilhão das horas das cerimônias litúrgicas;

— o carrilhão do Angelus três vezes por dia: 6h00, 12h00 e 18h00, segundo costume do rei Luís XI, que se generalizou na Cristandade;



— o carrilhão das horas (toque breve a cada quarto de hora; melodia curta a cada hora, e mais de 50 toques e melodias diversas do fundo musical de Notre-Dame que variam ao longo do ano litúrgico);

— o carrilhão das grandes ocasiões: acontecimentos ligados ao Papado ou de outra índole, de importância nacional e internacional, datas históricas, grandes desgraças na humanidade etc.

Os sinos continuarão a fazer-se ouvir com a mesma frequência respeitada até agora. A grande variante será dada pela riqueza do novo conjunto, que permitirá uma diversidade maior de melodias e toques.

O “Emanuel” fica reservado para as grandes solenidades como Natal, Epifania, Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Assunção, Todos os Santos etc.

O entusiasmo pela restauração dos sinos da grande catedral de Paris não se cingiu a um evento meramente religioso; foi uma amostra a mais das profundas inversões de tendências que estão ocorrendo na opinião pública da França hodierna.




Simbolismo e importância do sino para a Igreja

Eis uma substanciosa explicação das bênçãos do toque do sino feita por Mons. Jean-Joseph Gaume (1802-1879), célebre por sua ciência teológica.





“Como todas as coisas grandes e belas, é à Igreja que devemos o sino. 


O sino nasceu católico, por isso a Igreja o ama como a mãe ama seu filho. Ela benze o metal de que é feito. Logo que ele veio ao mundo, a Igreja o batizou e fez dele um ente sagrado. 

Com razão, porque o sino é destinado a cantar tudo o que há de santo e de santificante na Terra e no Céu. Pelas orações e cerimônias que o acompanham, o batismo vai dizer-lhe a sua vocação.

A Igreja sempre considerou com muito respeito o sino, o que se constata com novo esplendor nas preces e nas cerimônias de seu batismo. 

Reunidos os fiéis em torno do sino suspenso a alguns metros acima do solo, chega majestosamente o bispo em hábitos pontificais, acompanhado do clero e seguido do padrinho e da madrinha do sino.

Em nome de Deus, de quem é ministro, o bispo invoca sobre essa maravilhosa criatura a virtude do Espírito Santo, tornando-a fecunda no primeiro dia de sua criação. 

Certo de ser atendido, o bispo asperge o sino com água benta, conferindo-lhe o poder e o dever de afastar de todos os lugares onde seu som repercutir, as potências inimigas do homem e de seus bens: os demônios, os redemoinhos, o raio, o granizo, os animais maléficos, as tempestades e todos os espíritos de destruição.

Vejamos sua missão positiva. 

A sua voz proclamará os grandes mistérios do cristianismo, aumentará a devoção dos cristãos para cantarem novos cânticos na assembleia dos santos, e convidará os anjos a tomarem parte nos seus concertos. 

O sino fará tudo isto, porque esta missão lhe é confiada em nome d’Aquele que possui todo o poder no Céu e na Terra.

Cada badalada faz retinir ao longe os dois mistérios da morte e da vida — alfa e ômega — necessários para orientar a vida do homem e consolar suas esperanças.

Não admira, pois, que o bispo, dirigindo-se ao próprio sino, o dedique a um santo ou a uma santa do Paraíso dizendo-lhe, com uma espécie de respeitosa ternura: “Em honra de São N., a paz doravante esteja contigo, caro sino”. 

Como o sino deve ter um nome, cumpre que tenha também um padrinho e uma madrinha. O nome do sino é gravado abaixo da cruz em relevo, que o marca com o selo de Nosso Senhor e o consagra ao seu alto culto.

Daí vem um fato pouco notado: o amor dos verdadeiros filhos da Igreja ao sino e o ódio que lhe votam os inimigos de Deus. 

Uma das mais doces alegrias de nossos pais, ao se libertarem da Revolução Francesa, foi ouvir os sinos, emudecidos durante muitos anos.


Esse incontestável poder do sino contra os demônios do ar justifica as virtudes de que ele goza: dissipar os ventos e as nuvens, afugentar diante de si o granizo e o raio, conjurar as tempestades e os elementos desencadeados, pois que todas essas perniciosas influências da atmosfera provêm muito menos de coisas naturais do que da maldade desses espíritos maléficos. 


Nossos pais, na hora do perigo, faziam ouvir pelo Pai Celeste o som dos sinos, seu primeiro grito de alarme. O Senhor não permanecia muito tempo insensível à voz de seu povo.

A corda que serve para tocar o sino, que sobe e desce sem cessar, indica o trabalho do pregador, e é também uma imagem da nossa vida” 

(Mons. Gaume, L’Angelus au dix-neuvième siècle, Editions Saint-Remi, 2005).

Um breve retrato dos “anjinhos” indígenas, aqueles que Rousseau denominava de “bons selvagens”...




Quando índios [manipulados pela esquerda ‘católica’] torturam pais de família, isso não constitui crime, nem é inafiançável!!! 

 Acompanhe o vídeo abaixo e veja para onde caminha o Brasil





A Polícia Civil fez uma declaração confirmando que o produtor rural e policial aposentado Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos, foi cruelmente torturado antes de morrer, apos ter sua casa cercada por indígenas guranis-kaiuas na cidade de Douradina, no Mato Grosso do Sul. 


Saiba mais: 




Sobre o ‘sou feliz sendo prostituta’ do Ministério da Saúde



"Palavras como “direitos humanos”, “dignidade humana” e similares são hoje em dia meros talismãs destituídos de significado, empregados no discurso político para justificar quaisquer barbaridades que os detentores do poder em um determinado momento histórico julguem por bem impor à população. A prostituição é somente o aspecto menos tragável dessa revolução moral abjeta, uma coisa contra a qual os cidadãos ainda acham importante se levantar."


 *** * ***





Gazeta do Povo de Curitiba publicou mais uma vez um corajoso e oportuno editorial: «Um apagão ético-jurídico», falando sobre a “campanha de apologia à prostituição que o Ministério da Saúde colocou e retirou do ar”. Trata-se da campanha que continha, entre outras, a imagem abaixo. O responsável por ela foi demitido após o escândalo.

Não me parece crível que a veiculação dessa campanha possa ter sido um mero engano. Afinal de contas, exaltar a prostituição está perfeitamente de acordo com os rumos que a nossa elite “bem-pensante” julga necessário impôr ao país para o “modernizar” (a bandeira, inclusive, é despudoradamente defendida na Câmara pelo sr. Jean Wyllys, o deputado que parece ter um prazer doentio em se colocar a favor de tudo o que não presta). O mais provável é que a peça tenha sido calculadamente liberada para “sondar” a aceitação popular; se não houvessem chovido reclamações, eu sinceramente duvido de que o senhor Padilha tivesse se dado ao trabalho de mover mundos e fundos para retirar a campanha de circulação.
Mas voltemos ao editorial do periódico curitibano. A Gazeta do Povo é contundente no seu diagnóstico:
Em questões que envolvem a dignidade humana, a mera neutralidade do Estado já seria preocupante, por ser, no fundo, uma omissão. Mas pior ainda é ver o poder público abraçar essas plataformas, chegando-se a extremos como o “Eu sou feliz sendo prostituta”.
E, no fundo, trata-se exatamente disso. Palavras como “direitos humanos”, “dignidade humana” e similares são hoje em dia meros talismãs destituídos de significado, empregados no discurso político para justificar quaisquer barbaridades que os detentores do poder em um determinado momento histórico julguem por bem impor à população. A prostituição é somente o aspecto menos tragável dessa revolução moral abjeta, uma coisa contra a qual os cidadãos ainda acham importante se levantar. É óbvio que não há nada de digno na mercantilização do sexo; que seja necessário defender publicamente isso contra uma campanha oficial do Governo do Brasil que afirma haver felicidade na prostituição, no entanto, serve para nos fazer ver quão densas são as trevas em que o Século XXI achou a sociedade brasileira mergulhada.
Em um comentário que enviei à Gazeta do Povo cumprimentando-a pelo editorial [coisa que, aliás, recomendo que todos façam; ou pelo site ou pelo emailleitor@gazetadopovo.com.br], eu pontuei que nem sempre dignidade e liberdade andam de mãos dadas. O livre-arbítrio humano, que sem dúvidas é parte constituinte da nossa dignidade, por sua própria natureza pode ser empregado para nos degradar. Qualquer pessoa há de convir que há diversas formas pelas quais um ser humano pode degradar-se a si mesmo, e que portanto somente o binômio “voluntário” x “coagido” não se revela satisfatório para nos dizer se certas atitudes são dignas ou não. É importante defender a liberdade sim, mas isso não nos pode fazer fechar os olhos à existência de certas coisas que, por mais que nos incomodem e desconcertem, são ao mesmo tempo radicalmente voluntárias e vergonhosamente indignas. E, se é, sem dúvida, necessário defender a liberdade, não se pode nunca, a este pretexto, louvar a degradação humana.

O aborto ortográfico





Fonte: Folha
João Pereira Coutinho

O acordo ortográfico é conhecido em Portugal como o aborto ortográfico. Difícil discordar dos meus compatriotas. Basta olhar em volta. Imprensa. Televisões. Documentos oficiais. Correspondência privada.

Antes do acordo, havia um razoável consenso sobre a forma de escrever português. Depois do acordo, surgiram três "escolas" de pensamento.

Existem aqueles que respeitam o novo acordo. Existem aqueles que não respeitam o novo acordo e permanecem fiéis à antiga ortografia.

E depois existem aqueles que estão de acordo com o acordo e em desacordo com o acordo, escrevendo a mesma palavra de duas formas distintas, consoante o estado de espírito --e às vezes na mesma página.

Disse três "escolas"? Peço desculpa. Pensando melhor, existem quatro. Nos últimos tempos, tenho notado que também existem portugueses que escrevem de acordo com um acordo imaginário, que obviamente só existe na cabeça deles.

Felizmente, não estou sozinho nestas observações: Pedro Correia acaba de publicar em Portugal "Vogais e Consoantes Politicamente Incorrectas do Acordo Ortográfico" (Guerra & Paz, 159 págs). Atenção, editores brasileiros: o livro é imperdível.

E é imperdível porque Pedro Correia narra, com estilo intocável e humor que baste, como foi possível parir semelhante aberração.

Sem surpresas, a aberração surgiu na cabeça de duas dezenas de iluminados que, em 1990, se reuniram na Academia de Ciências de Lisboa para "determinar" (atenção ao autoritarismo do verbo) como os 250 milhões de falantes da língua deveriam escrever. Qual foi a necessidade teórica ou prática do conluio?

Mistério. Em todos os países de língua portuguesa, com a exceção do Brasil, respeitava-se o acordo de 1945. E nem mesmo as diferenças na ortografia brasileira incomodavam os portugueses (ou vice-versa).

Nunca ninguém deixou de ler Saramago no Brasil por causa do "desacordo" ortográfico. Nunca ninguém deixou de ler Nelson Rodrigues em Portugal pelo mesmo motivo.

Acontece que as cabeças autoritárias sempre desprezaram a riqueza da diversidade. Em 1986, no Rio de Janeiro, conta Pedro Correia que já tinha havido uma tentativa ainda mais lunática para "unificar" a língua, ou seja, para unificar 99,5% das palavras (juro). Como?

Por uma transcrição fonética radical que gerou termos como "panelenico" (para "pan-helênico") ou "bemumurado" (para "bem-humorado"). Será preciso comentar?

O novo acordo é menos radical desde logo porque admite "facultatividades" que respeitem a "pronúncia culta" de cada país. Deixemos de lado a questão de saber se a escrita pode ser mera transcrição fonética (não pode) ou se a etimologia deve ser ignorada nas "simplificações" acordistas (não deve).

Uma deficiente interpretação do que significam essas "facultatividades", conta o autor, levou o governo português, no seu Orçamento do Estado para 2012 (o documento central da política lusa), a escrever a mesma palavra de formas diferentes: "ópticas" e "óticas"; "efectiva" e "efetiva"; "protecção" e "proteção"; e etc. etc.

Mas mais hilariantes são os casos em que a aproximação portuguesa ao Brasil gerou palavras que nem no Brasil se usam. No novo acordo, "recepção" perdeu o "p"; no Brasil, o "p" continua. O mesmo para "acepção", "perspectiva" e por aí fora.

Perante este aborto ortográfico, que fazer?

Curiosamente, Angola e o Brasil já fizeram muito: a primeira, recusando-se a ratificá-lo; o segundo, adiando a sua aplicação.

Só os portugueses continuam a marrar contra a parede --e, pior, a marrar contra uma ilegalidade: o tratado original do Acordo Ortográfico de 1990 garantia que o mesmo só entraria em vigor quando todos os intervenientes o ratificassem na sua ordem jurídica. Essa intenção foi reafirmada em protocolo modificativo de 1998.

Mas eis que, em 2004, há um segundo protocolo modificativo segundo o qual bastaria a ratificação de três países para que o acordo entrasse em vigor.

Não é preciso ser um gênio da jurisprudência para detectar aqui um abuso grosseiro: como permitir que o segundo protocolo tenha força de lei se ele nem sequer foi ratificado por todos os países?

O resultado é o caos. Como escreve Pedro Correia, um caos "tecnicamente insustentável, juridicamente inválido, politicamente inepto e materialmente impraticável".


Para usar uma palavra bem portuguesa, "touché"!

Cuba não exporta médicos qualificados - exporta médicos escravos, saiba porquê






   



CFM e imprensa denunciam restrição de liberdade imposta a médicos cubanos exportados para outros países

A agressão aos direitos individuais e coletivos sofridos pelos médicos cubanos “exportados” para outros países foi denunciada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), na representação encaminhada à Procuradoria Geral da República, e tema de matéria na imprensa. Para fazer parte dessas missões estrangeiras, o médico cubano tem de assinar um Regulamento Disciplinar, em que abre mão de vários direitos, como o de namorar com quem quiser. “É um regime próximo à escravidão, e não podemos concordar com tratamento desumano e cruel em nosso país”, afirmou o presidente do CFM, Luiz Roberto d’Avila.


Para ler o Regulamento Disciplinar, na íntegra, regulamento_medicos_cubanos.
De acordo com o Regulamento Disciplinar, tema de reportagem publicada em 17/05, pelo jornal O Globo, os médicos cubanos enviados em 2006 para Bolívia deveriam informar imediatamente às autoridades cubanas caso tivessem uma relação amorosa com “nativas”. Além disso, para que o namoro pudesse ir adiante, a parceira do médico deveria estar de acordo com o “pensamento revolucionário” das missões cubanas. “Os profissionais também foram proibidos de falar com a imprensa sem prévia autorização, de pedir empréstimos aos nativos, e de manter amizade com outros cubanos que tenham abandonado a missão”, informa a matéria.
Outra proibição era a de beber em lugares públicos, com algumas poucas exceções, como festividades nacionais cubanas, aniversários e despedidas de outros médicos cubanos do país. Pelo regulamento, eles não poderiam sequer falar, sem prévia autorização, sobre seu estado de saúde com seus amigos e parentes que vivem em Cuba.
Os médicos também eram impedidos de sair de casa depois das 18h sem autorização de seu chefe imediato. Ao pedir permissão, os médicos deveriam informar aonde iam, os motivos da saída e se estavam acompanhados de cubanos ou bolivianos. Se quisessem sair da área onde residiam e trabalhavam, também precisariam de autorização. Se fossem sair de um dos departamentos bolivianos (o equivalente aos estados brasileiros), a autorização deveria vir do chefe máximo da missão naquele departamento.
Segundo o regulamento, o não cumprimento dos deveres resultaria em infração, o que poderia levar o médico a ser processado e punido pela Comissão Disciplinar. Entre as punições previstas estavam a advertência pública, a transferência para outro posto de trabalho no país e o regresso a Cuba.
A matéria do jornal O Globo, publicada também no site G1, corrobora o posicionamento do Conselho Federal de Medicina, de que a vinda de médicos cubanos nos moldes defendidos pelos ministérios da Educação, Saúde e Relações Exteriores, fere os direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal, inclusive para os estrangeiros.
Na representação apresentada pelo CFM na Procuradoria Geral da República, o Conselho argumenta não ser crível que o Estado Brasileiro, signatário de diversos tratados internacionais para a tutela dos Direitos Humanos, inclusive para a erradicação do trabalho escravo, “admita a possibilidade de contratação de pessoas estrangeiras em situações precárias, inclusive de suspeita de retenção de parte dos recursos percebidos para posterior remessa para Cuba”.
O CFM também buscou informações junto a Confemel, órgão similar ao Conselho Federal na Bolívia. Segundo o vice-presidente da entidade, responsável pela região Andina, Aníbal Antonio Cruz Senzano, os cubanos que foram para o país, apesar das proibições de namorar, aproveitaram a missão para casar-se com bolivianas e, assim, deixar o regime de Cuba.
Também foram registradas muitas denúncias de negligência, as quais causaram danos à saúde da população. “O trabalho dos médicos cubanos tem sido desacreditado a tal ponto, que as pessoas pararam de procurá-los, retornando a buscar apenas os médicos bolivianos. Tudo não passou de uma campanha política e não de um verdadeiro ato de apoio à Bolívia”, informou Senzano.
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