sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A Rede conspiratória liderada por Dom Helder durante o Concílio Vaticano II


DESTAQUE

Dom Helder respondeu sem hesitar: "Temos reservado Montini para suceder João XXIII".

O novo modelo de reunião conciliar [Vaticano II] não lembrava em nada a Concílio Vaticano I, mas sim o Concílio de Constança do século 15, que promulgou no seu início a doutrina conciliarista, não reconhecida pelos Papas justamente por seu caráter democrático, com sua tese de que é o Concílio, e não o Papa, a autoridade suprema da Igreja.

Quem passou a controlar os trabalhos foram os teólogos nomeados como especialistas dos bispos. Eles não se limitavam a aconselhar, mas redigiam os textos dos bispos.Entre esses peritos nomeados estavam os teólogos defensores da nova teologia que defendia centenas de teses antitradicionais: Rahner, Schilebeeckx, Lubac, Danielou, Congar, Haring, etc.

Suenens ter-lhe-á perguntado [a D. Helder Câmara]: "toda a gente sabe que o senhor é amigo de Montini; por que pensa em mim e não nele, para este diálogo e para a liderança do Concílio? Ao que
Dom Helder respondeu sem hesitar: "Temos reservado Montini para suceder João XXIII".

O Cardeal Suenens disse certa vez sobre Dom Helder: 
“este homem  desempenhou um papel fundamental nos bastidores, embora nunca tenha tomado a palavra durante as sessões conciliares”(Suenens, “Souvenirs et esperances”, p. 177)


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A Rede conspiratória liderada por Dom Helder durante o Concílio Vaticano II



Dom Helder líder da sociedade secreta "Igreja dos pobres" criada com o fim de comunizar a Igreja Católica

O renomado historiador Roberto de Mattei , autor de “Concílio Vaticano II , uma história nunca escrita” traz informações importantes sobre um rede conspiratória que trabalhou pela eleição do Cardeal Montini ao Papado.

Essa rede tinha como meta tornar Montini Papa da Igreja para controlá-la por dentro pondo-
a  a serviço da revolução e da modernidade.

Isso ficou claro na medida em que desde o começo do CV II a ala modernista dos bispos francos - alemães(nessa ala inclua-se a ala belga – holandesa) buscaram frustrar os planos da cúria romana de controle dos temas e dos conteúdos  que seriam discutidos no Concílio.


Para frustrar tais planos o Cardeal Lienart , bispo de Lille , deu um golpe na primeira sessão exigindo do Cardeal Tisserant que paralisasse o processo de votação que iria decidir os membros das comissões.Lienart alegava que 
“é impossível votar desta maneira sem conhecer os candidatos mais qualificados” ao que Tisserant disse: “Eminência a ordem do dia não prevê debates.Estamos reunidos apenas para votar”.Insatisfeito com a resposta o bispo de Lille tomou o microfone e tentou convencer a assembleia a não votar.Os cardeais Konig ,Frings e Dopfner apoiaram Lienart e conseguiram levar a assembléia a se dispersar.

O que poderia parecer um fato espontâneo ou uma inspiração do Espírito Santo a Lienart se tratou antes de uma conspiração secretamente montada no dia 13 de outubro de 1962 um dia antes do concílio começar no seminário Santa Clara , onde os cardeais Garrone e Ancel tinham preparado um texto a ser lido por Lienart para barrar os planos da cúria.


Ao sair da aula conciliar um bispo holandês disse “foi nossa primeira vitória”. O concílio começou com um ato conspiratório.


Em conseqüência disso, uma nova forma organizativa foi criada: as conferencias episcopais é que passariam a ter a responsabilidade pela condução do concílio.Isso era um golpe: não seria mais Roma e o Papa que o conduziriam mas as Igrejas nacionais.

Cardeal Suenens líder da ala modernista dentro do CV II e patrocinador da RCC


Isso permitiu a articulação dos bispos da ala progressista européia com a CNBB e o CELAM ambas lideradas por Dom Helder Câmara, arcebispo comunista.

O novo modelo de reunião conciliar não lembrava em nada ao Concílio Vaticano I, mas sim o Concílio de Constança do século 15, que promulgou no seu início a doutrina conciliarista, não reconhecida pelos Papas justamente por seu caráter democrático, com sua tese de que é o Concílio, e não o Papa, a autoridade suprema da Igreja.


Quem passou a controlar os trabalhos foram os teólogos nomeados como especialistas dos bispos. Eles não se limitavam a aconselhar, mas redigiam os textos dos bispos.Entre esses peritos nomeados estavam os teólogos defensores da nova teologia que defendia centenas de teses antitradicionais: Rahner ,Schilebeeckx, Lubac , Danielou , Congar , Haring, etc.


O maior inimigo desses peritos era o Santo Ofício e a Cúria Romana, fontes das condenações que pesavam sobre eles.Estes fizeram uma aliança com os bispos para demolir o papel e o podersobretudo do Santo Ofício.Por isso afirmou Gerald Fogarty em “L’ avvio del assemblea”  : 
"a colaboração entre bispos e peritos permitiu arrebatar o Concílio ao controle de Ottaviani (Cardeal líder do Santo Ofício)".
Uma afirmação de Dom Marcel Lefebvre na época deixa claro o drama da situação:
"os nomes dos padres De Lubac e Congar são nomes que evocam, e com bons motivos, oposição ao pensamento da Igreja e da Humani Generis de PIO XII.Como é possível que estes teólogos de espírito modernista tenham sido nomeados ?”(Tromp , Diarium , p. 815).

Para efetivar a vitória modernista na Igreja Dom Helder criou vários grupos secretos para agir nos bastidores do CV II e junto deles uma rede conspiratória para tomar o controle da Igreja através da eleição do Cardeal Montini :

"Câmara estabeleceu desde a primeira semana de trabalho uma intensa cooperação com o cardeal Suenens que , na sua correspondência , designa pelo nome cifrado de "padre Miguel". O bispo brasileiro narra que... foi ter... com Suenens para lhe pedir que liderasse a frente progressista , que estava a organizar discretamente um grupo, posteriormente chamado de "Ecuménico"... 
Suenens ter-lhe-á perguntado: "toda a gente sabe que o senhor é amigo de Montini ; por que pensa em mim e não nele, para este diálogo e para a liderança do Concílio? Ao que Dom Helder respondeu sem hesitar: "Temos reservado Montini para suceder João XXIII".

O sacerdote belga François Houtart professor da Universidade de Lovaina reconstituiu a rede de Dom Helder:


"a rede que Dom Helder tinha estabelecido ...compreendia bispos não só da América Latina , mas também de quase todos os países Europeus ...da Bélgica , dos Países baixos , da França , da Alemanha ...E compreendia certo número de Teólogos como Schilebeeckx , Congar , Lubac e Danielou".

Dom Helder dirigia inclusive outros grupos semi-secretos como o "Opus Angeli" e a "Igreja dos Pobres".


O Cardeal Suenens disse certa vez sobre Dom Helder: 
“este homem  desempenhou um papel fundamental nos bastidores , embora nunca tenha tomado a palavra durante as sessões conciliares”(Suenens,”Souvenirs et espérances, p. 177).
A aliança dos bispos progressistas estava ligada ao CIDOC, aberto pelo padre Ivan Illich com o apoio financeiro do cardeal Spellman de Nova Iorque e dos judeus.Foi o CIDOC  que criou as estratégias de intervenção no Concílio utilizadas por tais bispos.


Illich escreveu em 1959 um artigo cujo título era: “ o clero em vias de extinção”. Nele afirmava que “dessem as boas vindas ao desaparecimento dos aspectos institucionais da Igreja”  augurando a redução do clero e sua secularização com a redução definitiva de poder da Igreja.


O próximo passo era dominar a Conferência Italiana de Bispos, a CEI, ainda muito ultramontana(ou seja, muito defensora do poder do Papa e de Roma, logo de uma Igreja monárquica e com forte autoridade).Para isso o cardeal Lercaro uniu os Padres Dossetti, jurista e canonista ao Pe. Congar para criarem as estratégias para mudar a mentalidade da CEI e ou impedir sua atuação ultramontana no Concílio. O Pe. Dossetti ajudou os bispos progressistas a usar o direito canônico para barrar as iniciativas dos bispos mais conservadores e Congar forneceu-lhes assistência teológica ficando responsável por converter os bispos italianos a idéia de 
COLEGIALIDADE.

Sobre Congar, é interessante citar as anotações de seu diário que revelam os inimigos da ala progressista e como Congar os qualificava: Monsenhor Pietro Parente assessor do Santo Ofício: 
“o homem da condenação de Chenu,  fascista, o monofisita”, o PeTromp, secretário da comissão teológica: " um temperamento fascista”, o futuro Cardeal Ciappi: “espírito pobre e limitado, ultraprudente, ultracurial, ultrapapista”, o Cardeal Pizzardo “miserável, ultramedíocre, sem ponta de cultura, sem horizontes, sem humanidade” culpado por ter sido “um dos opositores de  Montini (FUTURO PAPA PAULO VI), um daqueles que o fizeram sair de Roma”.

A frase  mais reveladora de Pe.Congar é a seguinte: “A congregação dos estudos com o imbecil do Pizzardo, Staffa, Romeo é a típica concentração de cretinos... o ultramontanismo é uma realidade... os colégios, as universidades e as escola de Roma destilam-no em doses; e a dose mais alta quase mortal é que se ministra atualmente na Lateranense ... miserável eclesiologia ultramontana... 
o meu trabalho desagrada-lhes pois e eles sabem-no tem como objetivo por em circulação idéias que desde há 400 anos mas sobretudo nos últimos 100 eles procuraram eliminar por todas as formas”- Congar, Diário, vol I p. 278 (comentário nosso: ele se refere as idéias condenadas pelo Concílio de Trento e por PIO IX na Syllabus, Leão XIII na Libertas, PIO X na Pascendi e PIO XII na Humani Generis)

A "Igreja dos pobres" foi fundada no pacto das catacumbas feito por bispos modernistas

Caros, fica claro por esses testemunhos insuspeitos e bem confirmados pelas fontes documentais que o CONCÍLIO VATICANO II FOI DOMINADO DESDE O INÍCIO POR UMA CONSPIRAÇÃO MODERNISTA.

Fica claro inclusive que
 PAULO VI FOI ELEITO PAPA GRAÇAS A ESSA REDE DE CONSPIRADORES.

E também fica claro que essa 
ALA PROGRESSISTA (DE BISPOS E OS TEÓLOGOS), LIDERES DA NOVA TEOLOGIA, TINHAM  UM MESMO OBJETIVO: REDUZIR O PODER DO PAPA.

Senhores, depois de fatos tão estarrecedores só resta pedir a Deus que faça seu juízo vir sobre estes inimigos da Igreja instalados dentro dela desde então.


Hoje são os ensinos destes teólogos que são ministrados nos seminários, nas paróquias, dioceses, até nas universidades romanas.

A ala modernista venceu, mas não para sempre. Dia chegará em que Deus fará justiça aos verdadeiros católicos que dentro da Igreja militam contra estes mestres do erro, contra os doutores da ciência de satanás!


Retirado de: Concílio Vaticano II: uma História Nunca Escrita, Roberto De Mattei. Editora caminhos romanos. Páginas 187 a 195.

Fonte: Catolicidade Tradicional

Desmascarando o Dalai Lama e o budismo: A IDEOLOGIA DA REENCARNAÇÃO SUSTENTAVA A OPRESSÃO FÍSICA E O CATIVEIRO SEXUAL



DESTAQUE


“Nos anos 50 (...) no Tibete (...) sete em cada dez cidadãos eram servos presos à propriedade. Se fossem flagrados fugindo, ganhavam castigos que iam de açoites à amputação dos pés, mãos, nariz, orelhas e olhos. Garotos serviam como escravos sexuais dos monges, que governavam o país e a justiça local. À frente desse sistema estava ninguém menos que Tenzin Gyatso, o grande líder espiritual, o ganhador do Nobel da Paz, o homem que ainda hoje percorre o mundo espalhando mensagens de sabedoria e é conhecido como sua santidade, o Dalai Lama.

No livro The Struggle for Modern Tibet (‘A Luta pelo Tibete Moderno’), o tibetano Tashi Tsering relata sua vida como drombo, um escravo sexual de um monge influente. Os monges tibetanos eram celibatários, o que na sociedade tradicional tibetana significava essencialmente abster-se do sexo com mulheres. Por isso os homens mais poderosos arranjavam jovens amantes – os mais requisitados eram os que atuavam em papéis femininos na ópera tibetana. Ou aqueles que faziam parte de equipes de dança, como Tsering. Ele próprio, que se diz heterossexual, garante que a prática era considerada natural no Tibete".



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Leandro Narloch



INTRODUÇÃO

Nos anos 50 (...) no Tibete (...) sete em cada dez cidadãos eram servos presos à propriedade.  Se fossem flagrados fugindo, ganhavam castigos que iam de açoites à amputação dos pés, mãos, nariz, orelhas e olhos.  Garotos serviam como escravos sexuais dos monges, que governavam o país e a justiça local.  À frente desse sistema estava ninguém menos que Tenzin Gyatso, o grande líder espiritual, o ganhador do Nobel da Paz, o homem que ainda hoje percorre o mundo espalhando mensagens de sabedoria e é conhecido como sua santidade, o Dalai Lama.

(...)

O Dalai Lama tinha então 24 anos.  Na década de 1960, hippies se voltaram ao Oriente em busca de ensinamentos exóticos, e, assim, o líder vindo daquele país escondido e elevado começou a se transformar no que o Ocidente esperava dele: um mestre mundial da meditação e da paz interior.  Sua luta justa contra a opressão chinesa passou a estampar camisetas em todo o mundo, enquanto o passado negro do Tibete foi sendo esquecido.  Por isso é bom relembrá-lo, e uma boa forma de fazer isso é mostrando como o Tibete independente não vivia de acordo com os ensinamentos do Dalai Lama dos anos 2000.”

(...)


A IDEOLOGIA DA REENCARNAÇÃO SUSTENTAVA A OPRESSÃO FÍSICA E O CATIVEIRO SEXUAL

Nos mosteiros, os servos faziam quase todo o serviço braçal, o que, muitas vezes, resultava em arrancar jovens de suas famílias para enviá-los a trabalhos insalubres em lugares distantes.  Em 1940, por exemplo, o mosteiro de Drepung, o principal do Tibete, com cerca de 7 mil internos, enfrentou problemas de abastecimento de lenha para o chá que os monges bebiam diariamente.  O problema foi resolvido, obrigando-se 12 rapazes das famílias de servos a morar em tendas numa montanha distante.  Lá, tiveram de cortar e transportar lenha durante dez anos, além de arranjar comida por conta própria.

Esse sistema se fundamentava na visão do mundo dos tibetanos.  Eles acreditavam em carma e reencarnação.  Qualquer penúria nesta vida seria uma punição pelas más ações cometidas em vidas passadas.  O sofrimento, portanto, não vinha da opressão dos aristocratas ou do governo, mas de um castigo divino por atos em vidas pregressas, dos quais o culpado não fazia a menor idéia.  Para se livrar do carma e ter mais sorte na vida seguinte, o melhor caminho era aceitar o destino e ser obediente.  Não havia razão para se revoltar contra os senhores ou batalhar para ter uma vida melhor.

Nem por isso o sistema era aprazível.  O pior da vida dos servos era o vínculo eterno e a subserviência permanente.  Os senhores aplicavam punições, eram juízes em disputas e controlavam cada movimento das pessoas sob seu domínio e proteção”.

(...)

Por essas e outras, ver o Dalai Lama falando de igualdade e generosidade em palestras sustentáveis deveria soar tão estranho quanto um senhor de escravos brasileiro alcançar fama mundial pela luta contra a escravidão”.

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Outra característica que espantava os visitantes estrangeiros era a quantidade de monges no Tibete.  Em 1940, quando o país tinha cerca de 5 milhões de habitantes, entre 10% e 20% dos homens eram monges celibatários vivendo em 250 monastérios.  Os três maiores, ao redor de Lhasa, eram cidades que abrigavam, no total, 20 mil religiosos.  Na Tailândia, outro país em que o budismo é expressivo, os monges representavam apenas de 1 a 2% da população masculina.

Essa quantidade de sacerdotes existia por dois motivos.  O primeiro não era nada espiritual: ingressar nos mosteiros era a forma mais fácil de escapar da servidão.  Bastava pedir autorização para o senhor das terras, que costumava concedê-la, e pronto.  Enquanto o cidadão permanecesse na ordem monástica, estava livre de realizar trabalhos forçados e passava a ocupar uma atividade vista como uma grande honra.  Não é difícil imaginar a quantidade de tibetanos que escolhia a vida religiosa para fugir do trabalho nas lavouras e o número maior ainda de mães e pais que mandava seus filhos para um mosteiro buscando livrar pelo menos um familiar daquela sina”.

(...)

O outro motivo é que, entre tibetanos, a superioridade espiritual não estava na virtude ou na capacidade intelectual dos monges, mas na quantidade de religiosos.  Por isso não era preciso ser aprovado em nenhum exame para entrar no monastério: provas de erudição eram necessárias apenas àqueles que pretendiam ocupar cargos administrativos.  Até mesmo os analfabetos tinham lugar garantido, e era preciso fazer algo bem grave para ser expulso, como matar alguém ou ter uma relação sexual com uma mulher (mas não com homens).

(...)

No livro The Struggle for ModernTibet (‘A Luta pelo Tibete Moderno’), o tibetano TashiTsering relata sua vida como drombo, um escravo sexual de um monge influente.  Os monges tibetanos eram celibatários, o que na sociedade tradicional tibetana significava essencialmente abster-se do sexo com mulheres.  Por isso os homens mais poderosos arranjavam jovens amantes – os mais requisitados eram os que atuavam em papéis femininos na ópera tibetana.  Ou aqueles que faziam parte de equipes de dança, como Tsering.  Ele próprio, que se diz heterossexual, garante que a prática era considerada natural no Tibete”.

OS CRIMES BÁRBAROS DO BUDISMO

A compaixão que o Dalai Lama defende hoje tampouco era o forte do Tibete.  Criminosos e servos que tentassem fugir dos seus senhores ganhavam castigos não exatamente condizentes com a idéia de direitos humanos.  Os tibetanos acreditavam que as punições deveriam ser breves, dolorosas e públicas.

(...)

Uma das leis máximas do budismo tibetano é que não se devem matar seres vivos.  Os monges budistas evitam matar animais (até baratas) por acreditar que eles poderiam ter sido gente em vidas passadas.  Desse modo, não poderiam condenar os prisioneiros à morte.  Mas para tudo há um jeitinho.  Um deles era chicotear o condenado até que ficasse agonizante e então liberá-lo.  Uma inglesa que visitou a cidade de Gyantse em 1922 testemunhou um chicoteamento público de uma pessoa que depois foi forçada a passar a noite no topo de uma montanha, onde congelou até morrer.  A morte era apenas questão de tempo, mas seria considerada “um ato divino”.  Mesmo quem concorda com essas punições para criminosos graves há de convir que elas não combinam com mestres de tolerância e da compaixão.

Outras formas de punição incluíam decepar mãos na altura dos pulsos, arrancar os olhos usando tiras de couro de iaque e ferro quente, pendurar um prisioneiro pelos dedões.  Esses castigos parecem boatos criados pelos comunistas chineses para justificar a invasão.  Não são.  Em diversos relatos de oficiais ingleses e de outros estrangeiros que viveram no Tibete, há comentários sobre pessoas com olhos arrancados e sem uma das mãos ou uma das pernas por terem cometido crimes.  Uma reportagem da revista americana Life, publicada em 1950, durante a invasão chinesa, exibiu relatos e fotos de açoites públicos e de condenados presos pelo pescoço a tábuas de madeira, como se faz em bois para atá-los a uma carroça.  Os condenados dessa ocasião eram seis oficiais de fronteira que atacaram, por engano, uma comitiva americana.  Como um americano foi morto, o governo do Tibete decidiu condenar os oficiais, de modo que os americanos puderam acompanhar o método local de julgamento.  O antropólogo Frank Bessac, um dos membros daquela comitiva, contou à revista Life:

‘Fui informado que os seis oficiais haviam sido condenados e sentenciados pela corte militar.  O líder teria nariz e orelhas cortados.  O homem que deu o primeiro tiro também perderia as orelhas.  O terceiro perderia uma orelha e os outros levariam 50 açoites cada um.  [...] Achei que essa punição era severa demais, então perguntei se poderia ser aliviada.  Meu pedido foi aceito, e os homens que seriam mutilados foram condenados a 200 chibatadas.’

Apesar da freqüência de relatos como esse, a imagem que ficou dos monges tibetanos é a oposta.  Um exemplo é o filme Sete Anos no Tibete, em que Brad Pitt interpreta o austríaco Heinrich Harrer, um alpinista refugiado no Tibete durante a Segunda Guerra.  O Dalai Lama trava amizade com o estrangeiro e pede que ele o ajude na construção de um cinema no país.  Quando as obras começam, o lama vai visitar o local, mas decide interromper a construção.  As obras de fundação estariam machucando as minhocas do terreno.  Pelo visto, as minhocas não eram culpadas por nenhum crime”.

(Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo, São Paulo, Leya, 2013, pp. 209-220)


Fonte: Catolicismo e Conservadorismo
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