segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O PADEIRO QUE PREFERE A PRISÃO AO ‘CASAMENTO GAY’





Fonte: Riposte Catholique - Tradução: Dominus Est

Para a justiça de Denver, Colorado, um confeiteiro que se recusa a fornecer um bolo de casamento para um “casamento” gay merece uma multa pesada, provavelmente até a prisão. É o que Jack Phillips aprendeu a duras custas, ele que foi condenado na semana passada a produzir bolos de casamento – chamemo-los de “para todos” – sob a ameaça de uma pena ainda indefinida.[...]
Os fatos remontam a 19 de julho de 2012, data na qual dois homens entraram na loja de Jack Phillips, “Masterpiece Cakeshop“, para ver os bolos de casamento, confeitos que ele produz com tal convicção, tal arte, que ele julga homenagear seu Criador, Jesus Cristo, seu salvador, fazendo-os da melhor forma que ele pode – assim como nota o juiz. 
David Mullins e Charlie Craig, após circular pela loja, começaram a explicar o que eles queriam. A partir do instante em que ele entendeu que se tratava de participar, de certo modo, de seu “casamento”, Phillips se recusou. Fazer-lhes brownies, ou qualquer outro confeito para a festa, isso sim. Mas o bolo de noiva, o bolo símbolo da festa que, nos Estados Unidos, tem tal importância, não. Um não educado, tranquilo, porém definitivo. 
David e Charlie deram meia volta, furiosos. Eles vão fazer ele pagar! De fato, a partir dos dias seguintes, haverá manifestações em frente à loja, e ameaças de morte e insultos da parte da comunidade LGBT contra a “confeitaria homofóbica”. 
Os dois homens não pararão por aí. Com a ajuda da ACLU (associação laicista) eles darão queixa contra Phillips diante da comissão dos direitos civis do Colorado, apoiando-se sobre as leis de não-discriminação do Estado que, desde 2008, incluem a “orientação sexual” no número das categorias protegidas.
Phillips se defendeu invocando três coisas: o fato de que a Constituição americana garante seu direito de viver e de trabalhar em conformidade com suas crenças religiosas, o fato de que a Constituição do Colorado define o casamento como podendo existir exclusivamente entre um homem e uma mulher, e o fato de que a lei de não-discriminação também protege a religião. É preciso notar, com efeito, que os dois “casados”, não podendo obter a cerimônia em seu próprio Estado, foram celebrar sua união no vizinho Massachusetts, onde o “casamento” gay foi oficializado pela jurisprudência em 2004, somente a festa ocorrendo no Colorado. 
O juiz não quis saber de nada. “Pode parecer razoável que uma empresa privada possa decidir recusar um serviço a qualquer um. Este ponto de vista, contudo, recusa levar em conta o que isso custa à sociedade e a dor causada às pessoas a quem se recusa um serviço, simplesmente pelo o que elas são”, estimou ele. 
Certamente não há “casamento” gay no Colorado, acrescenta o julgamento, mas Phillips se tornou culpado de “discriminação por causa da orientação sexual”, agindo como se ele tivesse se recusado a fabricar um bolo para um “casamento inter-racial” (sic), porque ele teria sido pessoalmente contra os casamentos inter-raciais. 
Podemos ficar assustados diante deste raciocínio estranho, porém esta é a lógica de todas as leis que reprimem o “racismo” e a “discriminação” através do mundo. E especialmente na França.
Interrogado há alguns dias pela Fox News, Jack Phillips explicou que ele não cederia. Ele ainda prefere fechar sua loja e perder seu emprego que participar dos “casamentos gays”, afirmou ele, ao lado de seu advogado. Ele está disposto a ir preso? “Vocês sabem, farei isso se isso for necessário. Esta não é uma história de ter escolhido esta ou aquela equipe. Trata-se de quem eu sou, do que eu acredito”.

Phillips não trabalha somente pelos dólares que sua profissão lhe obtém. “Não tenho a intenção de abandonar minha fé religiosa. Não acredito dever participar de seu casamento, e quando faço um bolo, sinto participar da cerimônia ou da ocasião através desse bolo. Minhas prioridades me levam rumo à minha fé ao invés de minha garantia ou minha segurança”. 

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