DESTAQUE
Até onde pode conduzir a propaganda
do ‘politicamente correto’ e a inversão de valores: ao desejar “proteger as
minorias” de estigmas e discriminações, os fanáticos do pensamento
politicamente correto acabam desprotegendo outras minorias que estariam mais
bem servidas se a lei fosse igual para todos...
Mas o pensamento politicamente
correto não trata os indivíduos como indivíduos. Prefere a atitude totalitária
de tratá-los em rebanho, removendo-lhes a identidade — e a responsabilidade.
Eis a ironia final: aqueles que
defendem a “política de grupos” são os mesmos que destroem a dignidade desses
grupos.
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1.400 menores foram abusados sexualmente e traficados para prostituição pelo país inteiro por muçulmanos paquistaneses durante 16 anos. |
Por João Pereira Coutinho
Era uma vez uma pequena cidade no sul do Yorkshire chamada
Rotherham. Nunca a visitei. Mas, pelas fotos disponíveis, parece uma daquelas
típicas cidades do interior de Inglaterra, com o seu encantador ar de desolação
e sujidade. Conheço várias.
Acontece
que Rotherham passou a estar nas notícias devido a um “escândalo” que terá
ocorrido entre 1997 e 2013.
Nesse
período, e como tem relatado o enviado desta Folha, 1.400 menores terão sido
abusados sexualmente e traficados para prostituição pelo país inteiro. Caso
recusassem participar nos crimes, eram ameaçados com violências de uma
inimaginável crueldade.
A
resposta, contida no relatório do professor Alexis Jay, é de arrepiar um
defunto: as “autoridades” locais – serviços sociais, polícia, até políticos–
sabiam ou desconfiavam do sucedido. Alguns até receberam as vítimas – peço
desculpa: as “alegadas” vítimas, que denunciavam os crimes e pediam ajuda na
punição dos agressores.
O
problema, como afirma o mesmo relatório, é que essas vítimas eram brancas; e os
agressores – peço desculpa novamente: os “alegados” agressores eram na sua
maioria paquistaneses muçulmanos, que gostavam de “caçar” carne branca.
As
“autoridades” preferiram não investigar a fundo a monstruosidade de Rotherham
porque, no glorioso mundo do multiculturalismo demente, parece que é pior ser
racista, ou acusado de racismo, do que ser pedófilo e cafetão.
A
verdadeira ameaça, para os serviços sociais, estava no fato dos pais daquelas
crianças votarem num partido que se recusa a “promover ativamente a causa
multiculturalista”. A mesma causa que condenou 1.400 menores a um regime de
escravidão sexual. Desconheço se as três crianças retiradas da família também
fizeram parte do circuito de violação e prostituição que não perturbou os
serviços sociais.
Esperemos
pelas cenas dos próximos capítulos. Por enquanto, a história de Rotherham
oferece duas lições.
A
primeira, óbvia, é mostrar como o pensamento politicamente correto não é apenas
uma doença intelectual. Na prática, essa doença tem consequências: ao desejar
“proteger as minorias” de estigmas e discriminações, os fanáticos do pensamento
politicamente correto acabam desprotegendo outras minorias que estariam melhor
servidas se a lei fosse igual para todos. Cega e justa.
Também
é uma traição para a própria comunidade paquistanesa, sobretudo para os
milhares de inocentes que, como lembra o enviado desta Folha, ajudaram a construir o país e a defender o reino
na Segunda Guerra Mundial.
Se os
criminosos tivessem sido tratados e punidos individualmente, a comunidade
paquistanesa não seria confundida com eles. Nem manchada pelos seus crimes.
Mas o
pensamento politicamente correto não trata os indivíduos como indivíduos.
Prefere a atitude totalitária de os tratar em rebanho, removendo-lhes a
identidade — e a responsabilidade.
Fonte: FSP
Pedofilia é a atração sexual primária por pré-púberes (menores de 9/10 anos)
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