sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Milicianos da 'República Popular de Donetsk' beijam ícone de Putin. Um cristianismo adulterado, posto a serviço de uma ambição anticristã



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Vladimir Putin “brinca com fogo” no leste da Ucrânia, escreveu o filósofo francês Bernard-Henri Lévy para o “The New York Times”.
“A esse mundo do crime soturno, sem estrutura ou disciplina, a esses baderneiros indômitos que só conhecem a lei da selva e constituem um novo estilo de tropa sem uma mínima ideia da guerra, cujas leis, Deus é testemunha, desconhecem em absoluto, a essa coleção heterogênea o presidente Putin entregou um arsenal aterrador, com o qual esses soldados amadores não estavam familiarizados e com o qual vêm brincando como crianças com fogos de artifício.
“A Rússia distribuiu grandes quantidades de armamento pesado aos separatistas e os treinou para utilizar o sistema de mísseis SA-11, do gênero que se acredita ter sido empregado para derrubar o voo MH 17 da Malaysia Airlines”.
Quando escreveu isso, Lévy não pensava na América Latina e no quanto certas gangues e/ou organizações criminosas de narcotraficantes ou de ideologias social-progressistas estão predispostas a tentar em nossos países análogas ‘proezas’ anárquicas, seguindo o modelo de Putin.

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Putin, o “espírito de Munique”  e a tragédia prevista em Fátima



Milicianos da 'República Popular de Donetsk' beijam ícone de Putin. Um cristianismo adulterado, posto a serviço de uma ambição anticristã.


Vladimir Putin “brinca com fogo” no leste da Ucrânia, escreveu o filósofo francês Bernard-Henri Lévy para o “The New York Times”. Lévy criou a imagem de pensador radical da esquerda chique, não podendo ser tido como um conservador ou direitista.

Na teoria Lévy não está tão longe do pensamento que justifica Putin, porém na prática está espantado com os crimes que estão sendo cometidos até com ar de "cristianismo" pelo chefe do Kremlin.

Para ele, Putin “mobilizou os piores elementos existentes na região: criminosos, ladrões, estupradores, ex-presidiários e vândalos e os transformou numa força paramilitar”.

Os comandantes que seguem as instruções de Putin devem matar ou afugentar intelectuais, jornalistas e autoridades morais em Donetsk e Lugansk, acrescenta o filósofo, que entretanto omite a perseguição anticatólica e contra todo religioso não submisso ao Patriarcado de Moscou.

Para Lévy, as milícias separatistas pró-russas constituem um exército de agitadores que toma conta e destrói prédios públicos, hospitais, escolas e prefeituras do país que pretende liberar.

Segundo o autor, Putin permitiu a consolidação de “uma verdadeira guerra de gangues”, que em certa medida ele não controla plenamente, pois umas se voltaram contra as outras numa anarquia que faz pensar nos piores momentos do caos feudal.

 
Mercenários em estado de ebriedade se gabam de matar ucranianos



“A esse mundo do crime soturno, sem estrutura ou disciplina, a esses baderneiros indômitos que só conhecem a lei da selva e constituem um novo estilo de tropa sem uma mínima ideia da guerra, cujas leis, Deus é testemunha, desconhecem em absoluto, a essa coleção heterogênea o presidente Putin entregou um arsenal aterrador, com o qual esses soldados amadores não estavam familiarizados e com o qual vêm brincando como crianças com fogos de artifício.

“A Rússia distribuiu grandes quantidades de armamento pesado aos separatistas e os treinou para utilizar o sistema de mísseis SA-11, do gênero que se acredita ter sido empregado para derrubar o voo MH 17 da Malaysia Airlines”.

Lévy tenta imaginar a gangue vitoriosa comemorando seu troféu, os oficiais russos destinados pelo Kremlin para supervisionar esses mísseis, e a consternação destes quando o autoproclamado ministro da Defesa da República de Donetsk se atribuiu a responsabilidade de abater um avião militar ucraniano que acabou sendo o MH-17.


 
Fivela de mercenário pró-Putin

O filósofo verbera com paixão a atitude dos pró-russos que deixaram os corpos das vítimas abandonados nos campos ou amontoados em vagões mal refrigerados, que exportaram para a Rússia restos possivelmente comprometedores, e pilharam os objetos de valor dos corpos das vítimas.
Quando escreveu isso, Lévy não pensava na América Latina e no quanto certas gangues e/ou organizações criminosas de narcotraficantes ou de ideologias social-progressistas estão predispostas a tentar em nossos países análogas ‘proezas’ anárquicas, seguindo o modelo de Putin.

Para o filósofo, em todo caso estamos diante de crimes contra a humanidade, resultantes de uma estratégia de guerra nova promovida pelo chefe máximo do Kremlin.

Em face dessa ofensiva que faz do crime organizado uma tropa de choque regular, o autor francês acena para a obrigação moral de tirar as consequências.

Moralmente, como pode a França, país natal de Lévy, entregar à Rússia dois porta-helicópteros da classe Mistral? Transformar-se-ão eles na ‘joias da coroa da frota russa diante da Sebastopol invadida e, quiçá, de um outro porto ucraniano?

Lévy aponta outros sinais desalentadores de claudicação na União Europeia diante do comandante da imoral ofensiva russa.

Para ele, a atitude de apaziguamento, condescendência e até bajulação de certos representantes europeus em face de Putin, se chama “espírito de Munique”.


Charmberlain, Daladier, Hitler, Mussonlini e Ciano após a assinatura do Acordo de Munique. Falso espírito de paz preludiou a pior das guerras. Obama e a UE parecem optar por análoga entrega diante de Putin.

O mesmo espírito que, em 1938, preludiou a imensa tragédia da II Guerra Mundial.

Para ele, esse espírito é um estigma.

Estigma, acrescentamos, que atrai horizontes sombrios como os de 1938 sobre os países liderados por populistas enamorados de Putin.

Esse horizonte apavorante pode ser concluído com base na história humana. Mas, se considerarmos a dimensão moral dos movimentos presentes diante de Deus, o que dizer?

Os terríveis dias futuros para os quais Nossa Senhora acenou em Fátima e o papel que neles teria a Rússia revolucionária, fazem com que a ‘manobra Putin’ ganhe toda a sua dimensão.


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