1949 - Fiéis
cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e,
sobretudo, os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio facto, como
apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé
Apostólica: o comunismo é de fato
materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam
a religião, os comunistas demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas
ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo. (Pio
XII, decreto do Santo Ofício, 1949).
LEMBRE-SE DISSO
NAS ELEIÇÕES!
2014 – Mascarados,
ou não, de Teologia da Libertação ou
de pruridos ecológicos...
Votar em Dilma (PT)
ou em Marina (PSB) equivale a dar um voto de aprovação ao comunismo ou ao
socialismo. Seria trair as promessas do
nosso Batismo.
Compete, pois,
sufragar (escolher pelo voto) o candidato que não pertence a nenhuma dessas
duas agremiações partidárias.
*** * ***

Por Raphael de la Trinité
LEMBRE-SE DISSO
NAS ELEIÇÕES!
Pio XII diz o motivo:
"Foi
perguntado à Suprema Sagrada Congregação:
1. Se é permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira?
2. Se é lícito publicar, divulgar ou ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina e a ação dos comunistas, ou escrever neles?
3. Se fiéis cristãos que consciente e livremente fizeram o que está em 1 e 2, podem ser admitidos aos sacramentos?
4. Se fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do
comunismo, e sobretudo os que defendem ou propagam, incorrem pelo próprio
facto, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial
à Sé Apostólica?
Os Eminentíssimos
e Reverendíssimos Padres, responsáveis pela proteção da fé e da moral, tiveram
o voto dos Consultores, na reunião plenária de 28 de junho de 1949, e responderam
decretando:
Quanto a 1.: Não; o comunismo é de fato materialista e anticristão; embora
declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas
demonstram de facto, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a
Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.
Quanto a 2.: Não, pois são proibidos pelo próprio direito (cf, CIC, cân. 1399);
Quanto a 3.: Não, segundo os princípios ordinários determinando a recusa dos sacramentos àquele que não tem a disposição requerida.
Quanto a 4.: Sim.
No dia 30 do mesmo
mês e ano, o Papa Pio XII, na audiência habitual ao assessor do Santo Ofício,
aprovou a decisão dos Padres e ordenou a sua promulgação no comentário oficial
da Acta ApostolicaeSedis. De Roma, dia 1 de Julho de 1949".
VEJA TAMBÉM:
CARTA ENCÍCLICA «RERUM NOVARUM»
CARTA ENCÍCLICA DIVINIS REDEMPTORIS
Comunismo: Ópio do Povo (Mons. Fulton Sheen)
CARTA ENCÍCLICA DIVINIS REDEMPTORIS
Comunismo: Ópio do Povo (Mons. Fulton Sheen)
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Em face disso,
pergunta-se: é possível um socialismo cristão?
O Papa Pio XI já
respondeu a esta questão na Encíclica Quadragesimo Anno: "Se este erro,
como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca
negaram, funda-se, contudo numa concepção da sociedade humana diametralmente
oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico
são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e
verdadeiro socialista".
E se o socialismo
for muito moderado? Mesmo neste caso continua incompatível com o Catolicismo.
Pio XI é explícito
também neste ponto. Ouçamo-lo: "E, se o socialismo estiver tão moderado no
tocante à luta de classes e à propriedade privada, que não mereça nisto a
mínima censura? Terá por isto renunciado à sua natureza essencialmente
anticristã? Eis uma dúvida que a muitos traz suspensos. Muitíssimos católicos,
convencidos de que os princípios cristãos não podem abandonar-se nem jamais
obliterar-se, volvem os olhos para esta Santa Sé e suplicam incessantemente que
definamos se este socialismo repudiou de tal maneira as suas falsas doutrinas,
que já se possa abraçar e quase baptizar, sem prejuízo de nenhum princípio
cristão.
Para lhes
respondermos, como pede a Nossa paterna solicitude, declaramos: o socialismo,
quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como ‘acção’, se
é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça
nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois
concebe a sociedade de um modo completamente avesso à verdade cristã".
(Encíclica Quadragesimo Anno).
Realmente, Deus
estabeleceu uma ordem natural, que não é lícito ao homem violar, e a esta ordem
pertencem dois pontos que todo o socialismo viola. São os seguintes:
a) O papel subsidiário
do Estado. O Estado não existe para absorver ou substituir os indivíduos, as
famílias e as associações, mas para realizar as tarefas que estes elementos não
podem realizar por si mesmos. Assim João XXIII, na Encíclica Materet Magistra:
"Essa acção do Estado, que protege, estimula, coordena, supre e
complementa, apoia-se no ‘princípio de subsidiariedade’ (A. A. S., XXIII, 1931,
p. 203), assim formulado por Pio XI na Encíclica Quadragesimo Anno:
"Permanece, contudo, firme e constante na filosofia social aquele
importantíssimo princípio que é inamovível e imutável: assim como não é lícito
subtrair aos indivíduos o que eles podem realizar com as próprias forças e
indústria para confiá-lo à colectividade, do mesmo modo passar para uma
sociedade maior e mais elevada o que sociedades menores e inferiores poderiam
conseguir, é uma injustiça ao mesmo tempo que um grave dano e perturbação da
boa ordem. O fim natural da sociedade e da sua acção é coadjuvar os seus
membros e não destruí-los nem absorvê-los" (ibid., p. 203) (apud
"Catolicismo", n.° 129, de Setembro de 1961).
b) O indivíduo, as
famílias, as associações têm direito de possuir bens de raiz, bens móveis e
bens produtivos. O Estado não pode açambarcar estes bens para si. Os homens têm
o direito e o dever de proverem às suas necessidades, e o Estado não pode
arvorar-se em Providência e suprimir este direito ou substituir-se a este
dever.
Por isto tudo, o
socialismo é condenado pelo direito natural, e não pode haver socialismo
cristão.
Objeção: A Igreja primitiva
foi comunista? As ordens religiosas são comunistas?
Nem a Igreja
primitiva praticou, nem as Ordens Religiosas jamais praticaram o comunismo.
Com efeito, o
essencial do comunismo é a negação do direito de propriedade.
Ora, examinemos
sob este aspecto a Igreja primitiva. Levadas da vontade de seguir de perto o
exemplo do Divino Mestre e realizar os conselhos evangélicos, várias famílias
cristãs de Jerusalém resolveram viver no voto de pobreza. Para isto venderam
tudo o que tinham e entregaram o dinheiro aos Apóstolos para que com ele fosse
mantida a comunidade. Note-se bem: os indivíduos desta comunidade renunciavam
aos seus bens porque queriam. Quem não quisesse viver na pobreza, não
precisava.
Assim disse São
Pedro a Ananias: "Conservando o campo, ele não permanecia teu? E
vendendo-o, não dependeria de ti o que farias com o dinheiro?" (At. 5, 4).
A Igreja permitia
que os que quisessem viver sem possuir nada pessoalmente, o fizessem. Mas, de
um lado, isto era livre; de outro, o imóvel ou o dinheiro apurado passava a ser
propriedade da comunidade. Ficava, pois, de pé o direito de propriedade da
comunidade; não era negado nem transferido ao Estado.
Para desiludir os
comunistas utópicos, devemos dizer que a primeira tentativa de realizar o ideal
da pobreza não foi bem sucedida. Consumidos os capitais apurados na venda dos
imóveis, criou-se em Jerusalém uma situação difícil, e foi preciso as outras
comunidades cristãs enviar periodicamente esmolas para Jerusalém a fim de
sustentarem os irmãos que tinham renunciado aos seus bens. Verificou-se que o
voto de pobreza só é possível juntamente com o voto de castidade, e que o
estado de pobreza evangélica não é possível quando há família: marido, mulher e
filhos. Para pessoas casadas o caminho da santidade está no trabalho e na recta
administração das riquezas temporais.
Mais tarde, a
Igreja retomou a experiência: primeiro com indivíduos isolados, os anacoretas;
depois com pequenas comunidades de eremitas, os cenobitas. Só quando raiou a
liberdade para o Cristianismo é que dois grandes Santos organizaram a vida de
pobreza evangélica aliada à obediência e à castidade: no Oriente, São Basílio;
no Ocidente, São Bento. Mas, se o monge renuncia a toda a propriedade pessoal,
o mosteiro passa a ser o proprietário. Verifica-se o que se dá muitas vezes na
família: se os indivíduos não são donos, a família é a proprietária.
Vejamos agora o
valor que tem a afirmação de que as Ordens Religiosas são comunistas ou
socialistas.
Ninguém afirmará
que as doutrinas filosóficas, sociológicas, teológicas do comunismo se
encontram realizadas nas Ordens Religiosas. Tal afirmação é tão absurda, que
ninguém a tomaria a sério. Restaria então o tipo de vida econômica das Ordens
Religiosas. Perguntamos: o tipo de vida econômica que o comunismo pretende
implantar é aquele que as Ordens Religiosas realizam há tantos séculos? Para
respondermos com clareza a este absurdo, que, no entanto, se repete com
enfadonha monotonia, vamos analisar um pouco mais de perto o tipo de vida
económica das Ordens Mendicantes. É sabido que, dentre as comunidades
religiosas, são as que realizam o ideal de pobreza evangélica de modo
mais completo. Verificado que nelas não há sombra do tipo econômico comunista,
fica provado que as outras Ordens e Congregações, em que o tipo de pobreza é
mais suave, a fortiori não podem ser tachadas de comunistas.
Nas Ordens
Mendicantes mais rigorosas, não só os Religiosos individualmente nada possuem
de próprio, mas, nem mesmo a Ordem, as Províncias ou conventos são os titulares
das propriedades. Em vez deles, a Santa Sé ou a Diocese são os proprietários
formais. A administração dos bens destinados à Ordem, à Província ou ao
convento, é realizada por pessoas nomeadas pela Santa Sé ou pela Diocese. Mas,
se a propriedade não é nominalmente da Ordem, etc., os frutos do patrimônio que
existirem, ou as esmolas dadas pelos fiéis, aplicam-se formalmente à manutenção
daquele convento e daquela comunidade, para que são destinados. Assim, os
Religiosos não têm os ônus da propriedade e da sua administração, caridosamente
suportados pela Autoridade Eclesiástica, mas têm as rendas necessárias para conseguirem
manter-se. É a realização da pobreza de Cristo e da fé na Providência. É o
"nihilhabentes, etomnia possidentes" de São Paulo (2 Cor. 6, 10 ) .
Assim, as Ordens Mendicantes são a mais formal refutação do comunismo. Assim se
explica:
a) A renúncia às
propriedades é uma afirmação clara da existência do direito de propriedade,
pois ninguém renuncia seriamente ao que não existe.
b) Cada comunidade
e cada Religioso tem o direito de viver dos frutos do patrimônio e das esmolas
que tocam ao convento, e que são administradas pela Autoridade Eclesiástica em
favor da comunidade, e não arbitrariamente.
c) O Religioso
renuncia ao direito de propriedade voluntariamente. O comunismo nega este
direito e confisca as propriedades violentamente.
d) O Religioso
abraça a pobreza voluntária para melhor seguir Nosso Senhor Jesus Cristo e
santificar melhor a sua alma, na esperança da vida eterna. O comunismo diz que
destrói a propriedade particular para proporcionar a todos os homens a maior
soma de prazeres nesta terra, uma vez que não existe a vida eterna.
e) Na realidade, a
pobreza voluntária dos Religiosos leva-os à maior liberdade no serviço de Deus.
O comunismo, prometendo a maior soma de prazeres, realmente tem por fim
escravizar os homens, e depois, por meio da fome, obrigá-los à total apostasia
de Deus.
f) A pobreza
voluntária das Ordens Religiosas serve a Deus. O comunismo serve a Satanás.
Concluindo, devemos, pois,
dizer que a afirmação de que as Ordens Religiosas realizam o tipo econômico do
comunismo é uma verdadeira blasfêmia.
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