quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A indulgência plenária da Porciúncula



Interior da Porciúncula



I - ORIGEM

Numa noite do mês de Julho de 1216, como acontecia em tantas outras noites, na silenciosa solidão da pequena Igreja da Porciúncula, São Francisco ajoelhado no chão, estava profundamente mergulhado nas suas orações, quando de súbito, uma luz vivíssima e fulgurante encheu todo o recinto e, no meio dela, apareceu JESUS ao lado da VIRGEM MARIA sorridente, sentados num trono e circundados por diversos Anjos. JESUS perguntou-lhe:

“Qual o melhor auxílio que desejaria receber, para conseguir a salvação eterna das almas?”

Sem hesitar Francisco respondeu: “Santíssimo PAI, peço que a todos aqueles, que, arrependidos e confessados, vierem visitar esta Igreja, se lhes conceda um amplo e generoso perdão, uma completa remissão de todas as suas culpas”.

“O que você pede Frei Francisco, é um benefício muito grande”, disse-lhe o SENHOR, “muito embora você seja digno e merecedor de muitas coisas. Assim, acolho o seu pedido, com uma condição, você deverá solicitar essa indulgência ao meu Vigário na Terra”.

No dia seguinte, bem cedinho, Francisco acompanhado de Frei Nassau, seguiu para Perugia, a fim de se encontrar com o Papa Honório III. Diante de sua Santidade, falou:

“Santo Padre, há algum tempo, com o auxílio de DEUS, restaurei uma Igreja em honra de Santa Maria dos Anjos. Venho pedir a Sua Santidade colocar nesta Igreja uma indulgência para quem visitá-la, sem a obrigação de a pessoa oferecer qualquer coisa em pagamento (naquela época, toda indulgência concedida a uma pessoa estava ligada à obrigação dessa pessoa fazer uma oferta), a partir do dia da dedicação dessa mesma igreja”.

O Papa ficou surpreso e comoveu-se com o incomum pedido. Depois perguntou: “Por quantos anos você quer esta indulgência?”.

“Santo Padre, não peço anos, mas penso em almas”, respondeu Francisco.

“O que você quer dizer com isto?”

“Se Sua Santidade estiver de acordo, eu queria que todas as pessoas que visitassem Porciúncula, contritos de seus pecados, em estado de graça, tendo confessado e recebido a absolvição sacramental, obtenham a remissão de todos os seus pecados, na pena e na culpa, no Céu e na Terra, desde o dia de seu batismo até o dia em que entrarem na Igreja”.

“Mas não é um costume da Cúria Romana conceder tal indulgência!”

“Senhor, falou o Poverello, este pedido, não o faço por mim, mas por ordem de JESUS CRISTO. É da parte dEle que estou aqui”.

Ouvindo isto, o Papa, cheio de amor, respondeu três vezes seguidamente:

“Em nome de DEUS, meu filho, concedo-lhe esta indulgência”.

Como alguns Cardeais presentes quisessem interferir, o Papa confirmou:

“Já concedi a indulgência. Todo aquele que entrar na Igreja de Santa Maria dos Anjos, sinceramente arrependido de suas faltas e tendo confessado, seja absolvido de toda pena e de toda culpa. Esta indulgência valerá somente durante um dia, em cada ano, in perpetuo, a começar das primeiras vésperas, incluída a noite, até as vésperas do dia seguinte”.

A “consagração” da Igrejinha aconteceu no dia 2 de Agosto do mesmo ano de 1216. Assim sendo, a mencionada indulgência começa às 12 horas do dia 1 de Agosto até o entardecer do dia 2 de Agosto, todos os anos. A indulgência é conhecida com o nome: “DIA DO PERDÃO”. Para recebê-la, o fiel deve achar-se em "estado de graça", rezar um CREDO, um PAI NOSSO, fazer o pedido da Indulgência Plenária, e rezar um PAI NOSSO, uma AVE MARIA e um GLÓRIA pelas intenções de Sua Santidade o Papa.

Igreja da Porciúncula, atualmente contida dentro de uma Igreja 
muito maior, a basílica de Santa Maria dos Anjos, construída 
para proteger e venerar a tradição da pequena Igreja.

II - ENTRE A TARDE DO DIA 1 AGOSTO E O PÔR-DO-SOL DO DIA 2 AGOSTO, VÁLIDO PARA QUALQUER TEMPLO DA IGREJA CATÓLICA NO MUNDO, SEGUNDO AS CONDIÇÕES REQUERIDAS.

A Indulgência da Porciúncula somente era concedida a quem visitasse a Igreja de Santa Maria dos Anjos, entre à tarde do dia 1 agosto e o pôr-do-sol do dia 2 agosto.  Em 9 de julho de 1910, o Papa São Pio X concedeu autorização aos bispos de todo o mundo, só naquele ano de 1910, para que designassem qualquer igreja pública de suas Dioceses, a fim de que, também nelas, as pessoas recebessem a Indulgência da Porciúncula. (Acta Apostolicae Sedis, II, 1910, 443 sq.; Acta Ord. Frat. Min., XXIX, 1910, 226).

Por último, este privilégio foi renovado por um tempo indefinido por  decreto da Sagrada Congregação de Indulgências, em 26 março de 1911 (Acta Apostolicae Sedis, III, 1911, 233-4). Significa dizer, que atualmente, qualquer Igreja Católica de qualquer país, tem o benefício da Indulgência que São Francisco conseguiu de JESUS para toda humanidade.

Assim, ganharão a Indulgência todas as pessoas que, em "estado de graça", visitarem uma Igreja nos dias mencionados, rezarem um
CREDO, um PAI NOSSO e um GLÓRIA, suplicando a DEUS o benefício da indulgência, e rezando também, um PAI NOSSO, uma AVE MARIA e um GLÓRIA, pelas intenções do Santo Padre o Papa. Poderão utilizar a Indulgência em seu próprio benefício, ou em favor de pessoas falecidas ou daquelas que necessitam de serem ajudadas na conversão do coração. 



quarta-feira, 31 de julho de 2013

A reencarnação sob o olhar da fé






Em 1982, uma sondagem do instituto Gallup revelava um fenômeno impressionante da mentalidade ocidental. Um em cada quatro europeus declarava ser adepto da teoria da reencarnação. O fenômeno tinha todas as oportunidades para se expandir, uma vez que, no mesmo ano, 28% dos britânicos apoiavam esta doutrina enquanto, dez anos antes, não eram mais de 18%.

As cifras crescem sem parar nos últimos 12 anos. Mostram de modo evidente que essa crença não se limita às margens do Ganges, mas que exerce uma real força de sedução nas mentalidades ocidentais. A multiplicação dos livros, artigos, programas televisivos, filmes, que se prestam a gravá-la na inteligência, convida-nos a examiná-la atentamente.

Apresentação geral

A reencarnação, ou metempsicose, é uma doutrina filosófica que prega a transmigração da alma, ao considerá-la suficientemente independente do corpo para que não esteja ligada a ele de modo exclusivo. Depois da morte, ela une-se a outro corpo para começar nova vida. A alma é semelhante a um homem que tem de mudar-se regularmente. Em uma determinada data, deixa necessariamente uma morada para ir habitar em outra. A metempsicose distingue-se da reencarnação no que admite a migração das almas nos animais e nas plantas, enquanto esta última a restringe ao gênero humano.

Uma breve exposição nos ajudará a conhecer melhor tais doutrinas1. As tribos animistas da África conservaram a religião das hordas ancestrais. Na morte, a alma lamenta pelo seu corpo, desejando assim unir-se seja aos objetos a que era apegada, seja aos animais ou mesmo aos seres humanos. As coisas ou animais tornavam-se protetores da família dos descendentes. A metempsicose encontra-se aqui mais próxima da superstição que da religião. Ainda que de modo secundário, essa crença ressurge em uma forma mais elaborada no Egito das pirâmides. Para os egípcios, a alma, depois da morte, vai juntar-se às estrelas incontáveis (versão mais antiga), ou fundir-se na alma universal que habita o sol (versão panteísta mais tardia). Por vezes, todavia, a alma do pecador pode ser constrangida a entrar no corpo de um porco para que ali leve uma vida miserável sobre a terra.

Tal doutrina aparece na Grécia por volta do século VI a.C.. Desconhecida até então, logo adota um novo formato, elaborado através do mito de Orfeu. Composto de um elemento mal e outro divino, o homem deve se libertar do princípio maligno que quer governá-lo, para permitir o triunfo da força divina. Logra-o por purificações sucessivas, reiteradas ao longo de uma série de existências terrestres, até o ponto em que se escuta dizer esta sentença liberadora: Bem-aventurado e feliz, serás deus e não mais mortal2.

Pitágoras faz sua a teoria. Mais ainda, afirma lembrar-se de todas as vidas anteriores, que faz começar em Aitalides, filho de Hermes. Platão é mais prudente em seus escritos: Em tal matéria, é impossível, ou pelo menos dificílimo, chegar a uma evidência. (Fédon, 85) Contudo, sua concepção da metempsicose não é menos precisa. Na morte, a alma passa uma estada no inferno para um tempo de provações, depois do que se une por iniciativa própria aos seres que se lhe assemelham. Se a alma se encontra pura no momento da morte, isto é, isenta de todas as máculas do corpo, é-lhe imposta não obstante uma provação de três mil anos, em meio de que precisará sofrer três outras vidas terrestres, conservando a inocência. Só então será fundida para sempre em um espírito divino, imortal e cheio de sabedoria. Por outro lado, a alma dos tiranos e dos incorrigíveis viverá em uma eterna infelicidade, unida aos seres corrompidos que se lhe assemelham. Quanto àqueles cuja malícia não é invencível, podem reencarnar para se purificar e avançar até à sabedoria. A despeito disso, mil anos de provação separam duas encarnações sucessivas. Aristóteles considera com desdém o que chama de “fábulas pitagóricas”3 Recusa-as baseado em graves razões filosóficas, que iremos examinar. A alma não é estranha ao corpo. Constitui, com o corpo, um todo substancial, uma só realidade concreta. Uma alma determinada dá o ser e aperfeiçoa um determinado corpo: “Uma alma não pode entrar num corpo qualquer”4

No final do século II antes de nossa era, a metempsicose passou da Grécia para Roma por intermédio do poeta Ênio (239-169 a.C.). Aí parece ter sido admirada, já que descobrimos menções a seu respeito em Horácio, Ovídio e Virgílio.

Mas é na Índia e no Oriente Distante que a teoria da reencarnação encontrou sua terra de predileção, conhecendo sucesso prodigioso. Notemos, antes de tudo, que os livros védicos, levados pelos Arianos ao norte do país (2000 anos a.C.), não davam qualquer sinal da metempsicose. Essa só aparece com os Upanishads (700 anos a.C.). Tal moral está subtendida por um princípio primordial: a felicidade das almas consiste na fusão com a alma universal do tudo. A boa ação é a que favorece o aniquilamento da personalidade, dos apetites, da atividade própria. E, já que a fonte de todo mal é a sede de existência, o ato mal é o que a alimenta. Enquanto a soma dos atos maus não for compensada pela dos atos bons, a alma deverá renascer à vida terrestre. Ela será liberada dessa fatalidade quando tiver apagado todo desejo de existir, quando tiver atingido a inação absoluta, o vazio completo. É a absorção na alma universal (o brahma) ou nirvana.

O budismo na China retoma o mesmo pensamento, radicalizando-o. Como seu predecessor, segue a destruição da personalidade, mas parece ignorar a alma suprema, a ponto de só se interessar pelo nirvana em si mesmo. Acentua, destarte, o niilismo hindu. Métodos ascéticos mui austeros são estabelecidos, a fim de se realizar o nada, não mais obstando a reminiscência das vidas passadas.

No Oriente assim como no Ocidente, a metempsicose nos parece como um fenômeno em contínua expansão. Nada parece deter sua progressão. Nada, salvo o cristianismo. Com efeito, só o formidável esforço da Igreja nos dois primeiros séculos de nossa era pôde estancar tal doutrina. Em todo lugar onde o Evangelho foi pregado, ela caiu no esquecimento ou teve de se esconder. No Ocidente, vemo-la refugiar-se na cabala do século II. Qualquer alma, ensina, possui em si o princípio de seu próprio aperfeiçoamento, devendo conduzi-la até à substância divina, onde entrará depois de uma ou várias vidas terrestres.

Os gnósticos retomam a mesma concepção dinâmica da reencarnação. Esta não é tão-somente punição pelas faltas de vidas passadas, mas uma etapa da ascensão da alma à divindade pelo impulso de seu próprio dinamismo interior.

Veiculada pela cabala e pela gnose, tal pensamento é retomado, no século XVI, pelo matemático Jerome Cardan (1501-1576) e pelo filósofo Giordano Bruno (1548-1600). O século XIX fornece vários adeptos notórios desse pensamento, mas é contudo com a teosofia e a antroposofia, no século XX, que o movimento toma um formidável alcance.

Tal é, por exemplo, o vaticínio de Rudolf Steiner5, fundador da antroposofia: “Quando superamos a ilusão do EU terrestre habitual, escreve ele, quando logramos a visão espiritual, podemos reconhecer o EU tal como atravessou o mundo espiritual entre a morte e um novo nascimento, e como no seio desse mundo dotado de impulsos morais, ele se comporta em função de sua vida terrestre precedente, e como introduz na vida terrestre atual tudo o que vimos exprimir-se nas inclinações do ser humano (...). “Quando observo uma planta, me é possível perceber que ela tem em si um impulso vital durável, que reaparecerá em uma outra planta quando a primeira já estiver, muito tempo depois, reduzida a cinzas.”6

Nos anos 60, com a fascinação pela Índia, a expansão toma aspecto de um grande contágio. Assistimos a uma verdadeira campanha orquestrada por todos os meios de comunicação. Os livros se multiplicam, os testemunhos mais perturbadores são transmitidos pelas ondas e telas7. Logo, a “Nova Era” faz disso um de seus temas favoritos, dando a ele a eficaz sustentação de sua organização e finanças. A propaganda alcançou um formidável sucesso, o que constatamos até à hora presente.

Concluamos este sobrevôo de séculos e civilizações por um comentário geral. O cônego Vernette observa, com justeza, que a teoria da reencarnação não aparece nas diversas religiões, nem no seu nascimento nem à sua idade de ouro, mormente em seu declínio. Denuncia certo desgaste, marca o fim de uma era. “A crença na reencarnação parece surgir no momento das grandes crises de sentido: quando buscamos uma nova resposta religiosa às questões metafísicas a respeito da origem e do fim do homem, sobre o mal e o sofrimento”. A religião é sufocada e torna-se impotente para responder as inquietudes do homem. Este, pois, se refugia na metempsicose. Graças a ela, em primeiro lugar, nossos mortos não nos deixam mais, porém continuam a viver entre nós. Ela também nos vem consolar de nossos fracassos e de nossa impotência em fazer o bem, fazendo-nos crer que outra vida nos tornará melhores. Nada está definitivamente decidido. O sofrimento toma um novo sentido. Não é mais um escândalo revoltante para aqueles que  não são cristãos, mas a justa expiação de uma vida anterior. Enfim, essa doutrina nos dá serenidade para enfrentar os males do tempo presente. Os cataclismos e a morte são apenas passagens obrigatórias para uma nova existência mais feliz. O “paraíso terrestre” permanece sempre possível. Compreendemos melhor a força de sedução que essa doutrina exerce sobre os espíritos deste fim de século XX. Mas a metempsicose cumpre suas promessas? Tem alguma possibilidade de conduzir o homem à felicidade? É crível? É verdadeira?

Para responder, devemos examinar tal doutrina de um duplo ponto de vista: o da fé e o da razão natural.

Súmula bíblica contra protestantes


Fonte
Permanência
 Pe. Antônio Miranda, S. D. N.Manhumirim, 1960




ABSOLVIÇÃO


1 ― JESUS PROMETEU CONFERIR O PODER DE PERDOAR PECADOS

MAT. XVI, 19 ― “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: e tudo o que ligares sobre a terra será ligado nos céus e tudo o que  desligares sobre a terra será desligado também nos céus”.

Aqui vemos o poder de perdoar, conferido primeiramente ao chefe dos Apóstolos, no singular; depois, Jesus conferirá o mesmo poder a todo o Colégio Apostólico, no plural. Leia-se o texto seguinte:

MAT. XVIII, 18 ― “Em verdade, vos digo: tudo que ligares sobre a terra, será ligado também no céu: e tudo o que desligardes sobre a terra será desligado também no céu”.


2. JESUS CONFERIU ESTE PODER, APÓS A RESSURREIÇÃO

JOÃO, XX, 22-23: ― “Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem vós perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.

NOTA-SE que, no texto último, Jesus faz questão de, antes de conferir aos Apóstolos o poder de perdoar pecados, soprar sobre eles, conferindo-lhes o Espírito Santo.  Logo, o poder de perdoar não convém, de maneira nenhuma, a todo e qualquer indivíduo, como o entendem os protestantes, mas é um poder sacramental, conferido mediante a colocação do Espírito Santo.

Vide também o verbete CONFISSÃO.


ADORAÇÃO

1 ― EM SENTIDO ESTRITO, SÓ SE PODE ADORAR A DEUS
MAT. IV, 10 e LUC. IV, 8: “Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e a Ele só servirás”.

ATOS, X, 25, narram que Cornélio, ao receber S. Pedro, “prostrou-se para adorá-los, mas S. Pedro lhe disse: “Levanta-te. Também eu sou um homem”

APOC. XIX, 10, narra também que São João se prostrou aos pés de um Anjo para o adorar, mas este lhe disse: “Não faças isto !  Eu sou um servo como tu e teus irmãos, que tem o testemunho de Jesus. Adora a Deus”.

2 ― MAS, EM SENTIDO IMPRÓPRIO, A ESCRITURA FALA DE ADORAÇÃO EM VÁRIOS LUGARES

GEN.  XXXIII, 1 :  ― “Levantando, porém, Jacó os seus olhos viu Esaú,  ...  3. E ele, adiantando-se, adorou-o sete vezes prostrado por terras”.

NÚMEROS, XXII, 31: ― “No mesmo ponto abriu o Senhor os olhos a Balaão, ele viu  o Anjo parado no caminho com a espada desembainhada, e, prostrado por terra, o adorou”.

II REIS, XIV,22: ― “Joab, prostrando-se por terra sobre o seu rosto, adorou e felicitou o rei”.

III REIS, 1, 16: ― “Inclinando-se Betsabé profundamente, adorou o rei”.

IV REIS, IV, 36 e 37: ― “Chegou ela e lançando-se-lhe aos pés (de Eliseu), adorou prostrada em terra”.

IPAR. XXIX,20: ― “E todo o povo bendisse o Senhor Deus; e se prostraram e adoraram a Deus, e depois ao rei”.

A adoração de que fala a Escritura nestes textos não é propriamente adoração, e, sim, veneração profunda que se demonstra com a prostração. A Escritura narra estes fatos sem reprová-los, porque o sentido deles é fácil de entender-se, entre os orientais principalmente.

É neste mesmo sentido que, em português antigo. falavam alguns autores de adoração dos Anjos e Santos. Estavam, pois, muito de acordo com a Sagrada Escritura.

Hoje em dia se usa o termo adoração só para Deus. E para a Sma. Virgem e os Santos se usa o termo veneração.

ADORAR EM ESPÍRITO E VERDADE

JOÃO, IV, 23 e 24: ― “A hora vem, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Por que é destes adoradores que o Pai procura. Deus é Espírito, e em espírito e verdade é que o devem adorar os que o adoram”.

Deste texto os protestantes deduzem contra a Igreja Católica a abolição de todo culto externo, principalmente o culto das imagens. Mas é dar à palavra de Jesus uma extensão que não tem. Jesus apenas quer dizer à samaritana que vai ser abolido o culto da lei antiga e que não será necessário ir mais ao templo de Jerusalém para ali adorar a Deus, porque, em a nova religião cristã, não são as formas antigas, prescritas por Moisés, que vão agradar ao Pai, e sim a adoração “em espírito e verdade” isto é: adoração espiritual e sincera, não só externa, mas partindo do intimo da alma, sobretudo adoração de almas em estado de graça.


ANJOS

1. ― SOMOS CONFIADOS À SUA GUARDA

MAT. XVIII,10: “Vede que não desprezeis a nenhum destes pequeninos; porque eu vos declaro que os seus anjos, no céu contemplam sempre a face do Pai que está no céu”.

HEBR. I, 14: ― “ Não são eles espíritos ministradores, enviados para exercer  o seu ministério em favor daqueles que deverão herdar a salvação ?”

ÊXODO, XXIII, 20: ― “Eis que te envio um anjo (mensageiro), diante de ti para que te guarde no caminho, e te leve ao lugar que te guarde no caminho, e te leve ao lugar que te preparei”.

ÊXODO, XXIII, 21: ― “Guarda-te diante dele e ouve a sua voz, e não provoques a ira. Porque não perdoará a vossa rebelião; porque meu nome está nele”

NOTE-SE a força destes textos. Deus encarregou os Anjos de zelar pelos homens. Eles estão, assim, constituídos intermediários, de algum modo medianeiros entre Deus e nós.

2.  ELES OFERECIAM NOSSAS PRECES A DEUS, A  MODO DE MEDIANEIROS

APOC. VIII, 3:  ― “ Veio, pois, outro anjo, e parou diante do altar, tendo um turíbulo de ouro, e foram-lhe dados  muitos perfumes para oferecer com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que está ante o trono de Deus”.

APOC. VIII. 4: ― “ E da mão do anjo subiu a fumaça dos perfumes das orações dos santos diante de Deus”.


 ELES ROGAM POR NÓS DIANTE DO TRONO DE DEUS

ZACARIAS, I, 12: ― “ Então o Anjo do Senhor respondeu e disse: ― “ Então o Anjo do Senhor respondeu e disse: “O Senhor dos Exércitos ! Até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado estes setenta anos ?”

GÊN. XL.VIII. 16: ― “ O anjo que me livrou de todo mal, abençoe estes rapazes, seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaac e se multipliquem como peixes em multidão no meio da terra”.

OSÉIAS, XII, 3 E 4: ― “Jacó suplantou seu irmão no ventre materno e com fortaleza lutou com seu anjo. E prevaleceu contra o anjo e ficou vencedor. Chorou e suplicou-lhe”.

domingo, 28 de julho de 2013

Nudistas profanando, quebrando crucifixos e imagens sagradas



Nudistas profanando, quebrando crucifixos e imagens sagradas.

Onde está a indignação, a santa cólera dos verdadeiros católicos?

Nesse mesmo momento, desenrolava-se a JMJ Rio 2013...

Pregação ou pegação: O apogeu da decadência moral nos meios 'católicos' está aí...




A sacerdote santo —houve quem dissesse— corresponde um povo fervoroso; a sacerdote fervoroso, um povo piedoso; a sacerdote piedoso, um povo honesto; a sacerdote honesto, um povo ímpio. Sempre um grau de vida a menos, naqueles que são gerados. Seria talvez exagero admitir esta proposição. Julgamos, contudo, que as seguintes palavras de Santo Afonso Maria de Ligório explicam bem a atual situação:

“Os bons costumes e a salvação dos povos dependem dos bons pastores. Se, à frente de uma paróquia, estiver um bom pároco, depressa nela se verá florescer a devoção, os sacramentos serão frequentados, a oração mental praticada. Daí o provérbio: ‘Tal padre, tal paróquia’, segundo esta palavra do Eclesiástico (10, 2): ‘Qual o governador da cidade, tais os seus habitantes’”.

- A Alma de todo o Apostolado - J.B. CHAUTARD


Zé Zacarias Essa JMJ é uma grande promiscuidade e uma grande irresponsabilidade de seus promotores. Jovens saindo do mundo inteiro para ficarem alojados em barracas ou em outros aglomerados, totalmente expostos a ocasiões de pecados, os mais diversos. E no final, isso não converte absolutamente ninguém, em uma Jornada Mundial da Juventude, dos quais, muitos pensam que são Católicos, mas discordam da Doutrina Católica; discordam da Fé Católica, até mesmo porque essa jornada, de Católico não tem nada. O discurso de Bergoglio era vazio e de natureza eminentemente política, e o que é pior, política esquerdista, voltada para o comunismo ateu. QUE BELA "SANTIDADE"!.... Isso é uma pouca vergonha!


Fonte: UOL

A Imoralidade - Pio XII


Fonte: MJCB 







Discurso, mulheres católicas, 20 de fevereiro de 1942.

Não diversamente dos demais cristãos, também as pessoas dotadas simplesmente de honestidade e de bom-senso natural se admiram e aterram à vista da crescente maré de imoralidade que, embora estes últimos tempos já sejam extraordinariamente graves, ainda ameaça submergir a sociedade. Ninguém hesita em reconhecer como causa particular as publicações licenciosas e os espetáculos desonestos, que se apresentam aos olhos e aos ouvidos dos adolescentes e dos homens maduros, dos jovens e dos velhos, das mães e das crianças. Que dizer então da arte, da moda, dos costumes públicos e privados, masculinos e femininos? Difícil crer a que grau de corrupção moral não titubearam em descer determinados autores, editores, artistas, empreendedores e divulgadores de semelhantes obras literárias e dramáticas, artísticas e cênicas, convertendo o uso da pena e da arte, do progresso industrial e das admiráveis invenções modernas em meios, armas e lisonjas para a imoralidade. Escritos e obras, indignos da honra das letras e das artes, encontram leitores e espectadores aos milhares. E vós vêdes adolescentes atirarem-se a tal alimento, para a mente e para os olhos, com toda a fúria das paixões que se acordam, vêdes progenitores levarem e conduzirem consigo, a tão tristes cenas, meninos e meninas, em cujos tenros corações e em cujas pupilas se imprimem assim, em troca de inocentes e santas visões, fatais imagens e ânsias, que muitas vezes não mais se desvanecerão.
Que se deve portanto pensar que a natureza humana seja universal e profundamente depravada e que sua avidez de escândalos seja irremediável? Não, no coração humano Deus colocou por fundamento a bondade, à qual porém Satanás e a não refreada concupiscência armam ciladas. Salvo uma pequena minoria, o povo não procuraria espontaneamente, menos ainda pediria, divertimentos malsãos, se não fossem oferecidos, apresentados e, por vezes, quase impostos de surpresa. Por isto, se "contro miglior voler, voler mal pugna", é de extraordinária importância entrar na liça para a defesa da moral pública e social. Não é um combate de armas materiais e de sangue derramado mas um conflito de pensamentos e de sentimentos, entre o bem e o mal. Convém que todos aqueles que são bons (e já são muitos), enderecem seus esforços e coloquem todo seu talento para criar, promover uma literatura, um teatro, um cinema, que sejam educativos, sãos de conceitos e de costumes, e ao mesmo tempo interessantes e atraentes, verdadeiras obras artísticas. Não podemos suficientemente louvar e animar os beneméritos intelectos que a esta empresa se dedicam; são quais apóstolos do bem. É porém evidente que tal carga de apostolado não é para todos os ombros.
Não haveria para os outros algo que lhes conviesse? Podem eles acalentarem a esperança de que a atração das boas e belas obras será universalmente capaz de fazer nascer e difundir invencível desgosto e repúdio por todas as torpezas? Sobre isto ninguém é tão ingênuo que se iluda. E, então, encontram-se porventura desarmadas as pessoas de bem, diante dos mais desfrutadores da imprensa, da tela e do humorismo? Isto seria injusto afirmar, e tal injustiça manifestar-se-ia logo a quem quer que conhece e considera atentamente a louvável legislação que honra o País. Aos cidadãos respeitáveis, aos pais de família, aos educadores, está aberto o caminho para assegurar a aplicação e eficaz sanção daqueles leis providenciais, levando à autoridade civil, de modo devido, as denúncias baseadas sobre o fato, exata nas referências e quanto às pessoas, coisas e palavras, a fim de que tudo o que de reprovável fosse apresentado ao público seja reprimido ou impedido.
O trabalho, não o dissimulamos, é imenso e variado; porque imenso, oferece vasto campo para todos os de boa vontade; porque variado, é passível de todas as atitudes. Sua amplidão, porém, se de uma parte possui algo que causa medo e desencoraja os pusilânimes, de outra parte, no entretanto, serve para inflamar sempre mais o ardor das almas generosas.

Discurso, mulheres da Ação Católica, 24 de julho de 1949.

Examinemos agora mais de perto nosso argumento, porque muito ainda permanece por ser feito, e a Igreja, de sua parte, muito espera de nós.
Sempre mais altas e penetrantes ressoam, do solo europeu e de além-mares, os gritos, as vozes de socorro pela infeliz condição das famílias e das gerações de jovens. Que a guerra seja a principal culpada, parece não padecer dúvidas. É responsável sobretudo pela violenta e funesta separação de milhões de cônjuges e de famílias, e pela destruição de inumeráveis habitações.
Mas é igualmente certo que a verdadeira e própria razão de tão grande mal é ainda mais profunda. Deve ser procurada naquilo que com um termo geral se chama materialismo, na negação ou ao menos no descaso e no desprezo de tudo o que é religião, cristianismo, submissão a Deus e a sua lei, vida futura e eternidade. Como um hálito pestífero, o materialismo invade sempre mais todo o ser e produz maléficos frutos no matrimônio, na família e nos jovens.
É, pode-se afirmar, unânime o juízo de que a moralidade dos jovens está em contínua decadência. E não somente isto acontece com a juventude da cidade. Também na do campo, onde outrora floriam sãos e robustos costumes, a degradação moral não se torna inferior, porque muito daquilo que na cidade leva ao luxo e ao prazer, obteve igualmente entrada franca nas vilas.
É supérfluo recordar quanto o rádio e o cinema foram usados e abusados para a difusão daquele materialismo, e do mesmo modo: o mau livro, a licenciosa revista ilustrada, o espetáculo impudico, o baile imoral, a imodéstia das praias contribuíram para aumentar a superficialidade, o mundanismo, a sensualidade da juventude.
Os relatórios que provêm de diversas regiões, assinalam tais fatores como causa do abandono moral e religioso dos jovens. É porém responsável, em primeiro lugar, a desagregação do matrimônio, cuja funesta consequência e cujo índice é o abaixamento moral da juventude.

Discurso aos Cineastas, E.U.A., 14 de julho de 1945

Pergunta-se, por vezes, se os dirigentes das indústrias cinematográficas avaliam exatamente o vasto poder que possuem de influenciar na vida social, quer no recesso da família, quer em mais amplos grupos civis.
Os olhos e os ouvidos são como amplas vias, que levam diretamente à alma do homem e estão abertas, o mais das vezes sem obstáculos, pelos espectadores dos vossos filmes. Que é que passa da tela para os recônditos da mente onde se desenvolve o fundo dos conhecimentos e se plasmam e afinam as normas e os motivos da conduta, que formarão o caráter definitivo dos jovens?
É algo que contribuirá para nos dar um cidadão melhor, trabalhador, observante da lei, temente a Deus o que o faz encontrar suas alegrias e recreio nas telas e nos divertimentos?
São Paulo citou Menandro, antigo poeta grego, quando escreveu aos fiéis de sua Igreja em Corinto que"a péssima conversa corrompe os bons costumes". Isso, que então foi verdade, não deixa de hoje também ser verdade, porque a natureza humana muda pouco com os séculos. E se é verdade, como o é realmente, que a má conversa corrompe a moral, quanto mais eficazmente não será esta corrompida pela má conversa acompanhada pela conduta, vivamente projetada, que contradiz as leis de Deus e da decência civil? Oh, imenso é o bem que o cinema pode fazer! Eis porque os espíritos maléficos, sempre ativos neste mundo, desejam perverter este instrumento para seus ímpios escopos; é encorajante saber que o vosso Comitê está consciente do perigo e torna-se sempre mais consciente de suas graves responsabilidades diante da sociedade e de Deus.
Cabe à opinião pública sustentar de todo o coração e efetivar todo esforço legítimo executado por homens de integridade e honra para purificar os filmes e mantê-los limpos, para melhorá-los e aumentar-lhes as utilidades.

Discurso, Juventude da Ação Católica, 6 de outubro de 1940.


Moda e modéstia deveriam caminhar juntas como duas irmãs, porque ambos os vocábulos têm a mesma etimologia; do latim "modus", quer dizer, a reta medida, além e aquém da qual não se pode encontrar o justo. Mas a modéstia não é mais moda! Semelhantes àqueles pobres alienados que, tendo perdido o instinto da conservação e a noção do perigo, se atiram no fogo ou nos rios, não poucas almas femininas, esquecidas por ambiciosa vaidade, da modéstia cristã, vão miseravelmente ao encontro de perigos onde sua pureza pode encontrar a morte. Sofrem a tirania da moda, até a da moda imodesta, de sorte que parecem não suspeitar mais, nem mesmo da inconveniência; perderam o próprio conceito do perigo, o instinto da modéstia.

sábado, 27 de julho de 2013

Manifestantes da 'Marcha das vadias' durante a JMJ Rio 2013: Nudismo, quebra de Crucifixos e imagens de Nossa Senhora



"Eu vou pro inferno, mas vou feliz porque amei a pessoa que eu quis", cantam manifestantes na "Marcha das Vadias", segundo o repórter Henrique Coelho.


Fonte: G1
Tasso Marcelo/ AFP Photo
Participantes da Marcha das Vadias quebram imagens de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima. A atitude chocou os fiéis que estavam na Praia de Copacabana.

Marcelo Elizardo/G1
Em Copacabana, imagens de Nossa Senhora e crucifixos são colocados no chão e profanados.




Foto: Murilo Rezende/Agência Estado

Em meio aos peregrinos, durante a 'Marcha das vadias', mulher "senta"
(?) em imagem de Nossa Senhora e põe o crucifixo...

Marcelo Elizardo / G1
Batucadas e cantoria na "Marcha das Vadias" que acontece agora no calçadão da Praia de Copacabana.

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