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O relator Geral da
III Assembléia Geral Extraordinária do Sínodo de Bispos e Arcebispo de
Budapest, Hungria, Cardeal Peter Erdo: a Igreja deve "propor e não impor", "acompanhar e não empurrar" e "convidar e não expulsar".
Sobre os casais do mesmo sexo [SIC! SIC! SIC!], o
Cardeal Baldisseri distinguiu contextos, segundo a legislação civil seja
"mais ou menos favorável", e insistiu na necessidade de um
"cuidado pastoral das Igrejas particulares", sobre tudo pensando em
" questões relacionadas com os eventuais filhos", referindo-se ao
contexto das uniões civis de mesmo sexo que em diversos países, em um número
crescente, podem adotar filhos.
SOBRE OS DIVORCIADOS – CARDEAL BALDISSERI: a Igreja
"sente-se interpelada a encontrar soluções compatíveis com sua doutrina,
que guiem uma vida serena e reconciliada".Assim, manifestou a
"relevância de simplificar e agilizar os processos judiciais de nulidade
matrimonial".
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CARDEAL BALDISSERI - VATICANO PROMOVERÁ ‘PASTORAL DE MISERICÓRDIA’ PARA OS DIVORCIADOS E CASAIS DO MESMO SEXO
O Vaticano anunciou
que promoverá uma "pastoral de misericórdia" para aqueles casais que
estão em situações de irregularidade canônica, como os que convivem, os
divorciados, os desquitados, os divorciados que voltaram a casar pelo civil, as
mães solteiras ou casais do mesmo sexo e o cuidado a ser dado aos eventuais
filhos adotivos. O conteúdo do anúncio foi feito pelo cardeal Lorenzo
Baldisseri durante a apresentação do Instrumento de trabalho que será usado
pelos bispos de todo o mundo durante Sínodo sobre os desafios pastorais para a
Família, que se celebra entre os dias 5 e 19 de outubro.
O Instrumento de
trabalho, que será estudado durante o Sínodo pelos prelados e demais
participantes, constitui um diagnóstico da preocupação pelas situações
familiares, fruto das respostas enviadas ao Vaticano por episcopados,
congregações e movimentos de todo o mundo.
Deste modo, o
secretário geral do Sínodo dos bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, assinalou
que serão consideradas de maneira particular as situações pastorais difíceis
que se referem, entre outras, às situações de "convivência e uniões de
fato, casais desquitados e divorciados (que casaram pela Igreja) e voltaram a
casar", aqueles que se encontram em condições de "irregularidade
canônica" ou que pedem casar-se pela Igreja "sem ser crentes ou
praticantes".
Sobre os casais que se uniram em matrimônio
religioso e após o divórcio estão impedidos de casar pela Igreja ou aceder aos
sacramentos, o Secretário do Sínodo e Ex-Núncio apostólico no Brasil reconheceu
que estes "vivem com sofrimento sua situação de irregularidade na
Igreja" e afirmou que a Igreja "sente-se interpelada a encontrar
soluções compatíveis com sua doutrina, que guiem uma vida serena e
reconciliada".
Assim, manifestou a "relevância de simplificar
e agilizar os processos judiciais de nulidade matrimonial".
Sobre os que se
casam "sem fé explícita", reclamou "maior atenção da pastoral
eclesiástica" e uma "melhor qualidade" nos cursos de preparação
do matrimônio para que os esposos possam continuar sendo "recém casados
depois das bodas".
Cuidado dos filhos
de casais do mesmo sexo
Sobre os casais do mesmo sexo, o Cardeal Baldisseri
distinguiu contextos, segundo a legislação civil seja "mais ou menos
favorável", e insistiu na necessidade de um "cuidado pastoral das
Igrejas particulares", sobre tudo pensando em " questões relacionadas
com os eventuais filhos", referindo-se ao contexto das uniões civis de
mesmo sexo que em diversos países, em um número crescente, podem adotar filhos.
"Urge permitir às pessoas feridas curar-se e
reconciliar-se, encontrando de novo confiança e serenidade", acrescentou.
Por isso, promoveu a necessidade de uma pastoral
capaz de oferecer a "misericórdia que Deus concede a todos sem
medida", e evidenciou que a Igreja deve "propor e não impor",
"acompanhar e não empurrar" e "convidar e não expulsar".
Do mesmo modo, o Cardeal Baldisseri reconheceu que
"a convivência e as uniões de fato" estão em crescente difusão e
atribuiu o fato a "diversas razões sociais, econômicas e culturais".
"A Igreja sente o dever de acompanhar estes
casais na confiança de poder sustentar uma responsabilidade como é a do
matrimônio", disse.
Por sua parte, o
relator Geral da III Assembléia Geral Extraordinária do Sínodo de Bispos e
Arcebispo de Budapest, Hungria, Cardeal Peter Erdo, comentou que o documento de
trabalho oferece "uma panorâmica da situação da pastoral da família",
a partir da perspectiva do nível da consciência, que proporcional ao
conhecimento, "dos ensinamentos de Cristo e da Igreja sobre o
matrimônio" e do nível relativo "ao comportamento real das
pessoas", onde se apresentam as "situações críticas".
O Cardeal Erdo
expressou que muitas das respostas evidenciam que as pessoas, em geral,
"casam-se cada vez menos, também de maneira civil". "Tal
fenômeno se insere no contexto do individualismo e do subjetivismo
prático", acrescentou.
Sobre o tema dos
divorciados que voltaram a casar, o Cardeal Erdo manifestou que em algumas
partes do mundo se fala de "um sofrimento causado por não receber os
sacramentos" e que a pergunta "o que pedem os divorciados à
Igreja?" em outras partes do mundo a resposta mais frequente é que
"não pedem nada, ou porque ignoram que não podem participar dos
sacramentos ou se mostraram indiferentes tanto antes como depois do matrimônio
civil, inválido desde o ponto de vista eclesiástico".
Fonte: ACI Digital
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