TRECHOS DECISIVOS
Segundo me consta -- afirma Dom Fellay --, certo grupo de cardeais está preparando algo; um deles disse “se, durante o sínodo de outubro, eles aprovarem a comunhão aos divorciados, então haverá um cisma na Igreja”.
Não podemos fazer nada além de
continuar, só isso. Então continuemos. Acho que esse não é o momento
de dizer que ele não é mais papa ou não sei o que mais.
Eis uma anedota que ouvi: há
padres em Roma que rezam no cânon “pro pontifice nostro Benedicto et pro
antistite nostro Francisco“, por nosso papa Bento e nosso bispo Francisco.
Esse sempre diz que ele é o bispo de Roma, ele não quer ser o papa, mas o bispo
de Roma. Bem, isso é uma anedota. Mas agora o que é verdade, é que
há padres em Roma que rezam ao mesmo tempo pelos dois, por Bento e Francisco:
eles estão de tal modo confusos, que eles não sabem mais quem é o verdadeiro
papa. Não são pessoas do nosso meio, mas modernos. Eis a que ponto
a perturbação chegou. Isso se torna insensato!
Quando nos apresentarmos diante do Bom
Deus no fim de nossa vida, Ele não nos perguntará: “então,
ele era papa ou não?“, mas “o que fizestes de teus dias? O que fizestes
das graças que te dei?“. É isso que deveremos responder,
e não querer se intrometer para resolver todos os problemas da humanidade.
Estes que estão ao nosso alcance, sim, certamente, e isso é o suficiente.
[SIC!]
O que quero insistir uma última
vez é sobre todas as bobagens que circulam na internet, sobre um pretendido
acordo entre a Fraternidade e Roma, superem tudo, ao passo que na realidade não
há acordo. Não há.
*** * ***
DESTAQUE
Posso estar errado, espero que esteja errado, mas acho que é
calculado: dá-se um golpe, logo depois um cardeal tenta desviar as questões, em
seguida dá-se novamente um golpe e tenta-se novamente desviar as questões, e no
fim mais ninguém sabe no que se deve crer ou não. Sobre essa questão da recusa
da comunhão aos divorciados “recasados”, isso é de tal modo forte: um
falso casamento assim é um estado de fornicação, um estado de pecado e é
absolutamente impossível dar a comunhão a alguém em estado de pecado. Esse é o
ensino da Igreja e nenhuma variação é possível. Não obstante, ele busca! Durante
o último consistório em preparação ao sínodo deste outono, sobre essa questão,
o papa pediu ao cardeal Kasper para fazer uma conferência que durou 2 horas, em
seguida os demais cardeais falaram: em torno de ¾ dos cardeais foram contrários
à tese apresentada pelo cardeal Kasper, que é (a favor) da abertura; esse disse
uma frase que corresponde ao que dissemos de seus métodos: “é preciso fazer
com esta questão exatamente o que fez o concílio”, e o que fez o concílio?
Ele reafirmou a doutrina católica e, em seguida, abriu as portas, em outras
palavras, ele negou o que ele acabara de afirmar. O cardeal Kasper não o diz
assim, mas esta é a realidade. Ele diz “é isso o que precisamos fazer agora”.
É o papa que corta o ramo sobre o qual ele está sentado. [Sobre o Vaticano II]
Isso é inaudito, seria
interessante fazer uma investigação histórica para ver se nunca na história dos
homens – não falo da Igreja, mas dos homens – viu-se tal coisa. Durante 2 anos,
vocês têm a instância legislativa – não ouso dizer uma constitucional, mas é
quase isso – que preparou textos. Esses textos são os textos da lei sobre as
quais se deve discutir e votar. Pois bem, todos eles vão ser jogados na
lixeira, salvo um. 72 textos, 2 anos de trabalho, 2000 pessoas, na lixeira! Um único
texto permanece: aquele sobre a liturgia. E todos os demais serão elaborados
não pelas autoridades estabelecidas, mas pelas conferências episcopais, pelos
pequenos grupos, por aqui, por acolá. E certamente depois vão oferecer isso por
trás daquelas que se apresentam agora como as comissões oficiais.
Perdeu-se depois do concílio, e por causa de toda essa atmosfera,
na ordem de 100.000 padres e de 200.000 a 300.000 irmãs. Isso provocou mais
danos que todas as perseguições juntas! Isso é absurdo, absurdo! Danos tais que
o próprio papa Paulo VI vai dizer “é um desastre“. Ele vai até dizer “isso é
uma força estranha, é o diabo“. Ele vai dizê-lo, mas foi ele quem gerou
tudo isso! Vejam, toca-se aí com o dedo em algo muito misterioso. Esses papas
produzem a desgraça e em seguida se lamentam sobre essa desgraça. Foi Paulo VI
quem criou a missa nova. Logo em seguida ele se queixa. E este é o estado da
Igreja há 50 anos.
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