terça-feira, 30 de abril de 2013

"Sim, Santo Padre, somos teimosos, permaneceremos católicos, afinal, não entendemos nada de carnaval e revolução"


Judeus argentinos dançam na sinagoga comemorando a eleição do Papa Francisco. Foto: Espolon 



Fonte: Annales Historiæ



Em uma homilia proferida hoje, na casa de Santa Marta, em Roma, o papa Francisco disse que "o Concílio foi uma linda obra do Espírito Santo... Mas depois de 50 anos, fizemos tudo o que o Espírito Santo nos disse no Concílio? Não. Comemoramos este aniversário, erguemos um monumento, mas desde que não incomode. Nós não queremos mudar, e o pior: alguns querem voltar atrás. Isto é ser teimoso, significa querer domesticar o Espírito Santo; ser tolo, de coração lento".

Em respeito à Sua Santidade, dizemos que sim, Santo Padre, somos muito insistentes, afinal, parece que estamos falando com surdos que não veem a realidade ao redor. Uma obra divina jamais poderia gerar tantos frutos podres, jamais poderia gerar tantos padres afeminados, jamais poderia criar tanta deformação, tanta mazela, tantas blasfêmias e tantos escândalos. O Espírito Santo jamais poderia operar a dessacralização da Igreja, jamais poderia introduzir moças seminuas dançando ao redor do altar, jamais poderia falar de lutas de classes, nem fazer propaganda sobre uma pretensa humildade. Não, Santo Padre, os verdadeiros teimosos são todos aqueles que defendem este concílio pastoral, que querem introduzi-lo a todo custo e acabar com o que sobrou da Igreja Católica.

Quanto a nós, nós somos católicos, e defenderemos a todo custo as verdades que sempre foram defendidas e cridas pela Igreja. Defenderemos a Igreja monárquica, cujo rei é Cristo, e que tem um papa com Tiara e Pluvial. Sim, Santo Padre, somos católicos e permaneceremos católicos, continuaremos a acreditar em Adão e Eva, a defender o Santo Sacrifício da Missa e a combater a Ceia Protestante que se celebram hoje na Igreja. Continuaremos a falar de modéstia, de pudor, de gentileza, de autoridade, de moral, de pecado, de família, de casamento, de abstinência, de zelo, de penitência, de piedade, enfim, continuaremos a dizer com Pedro: importa obedecer antes a Deus do que aos homens (Atos 5, 29).

E, por fim, não pretendemos domesticar o Espírito Santo, afinal, não somos nós que estamos passando com um trator sobre tudo aquilo que já foi ensinado, muitas coisas, inclusive, de forma definitiva, para agradar o mundo, sim, este mundo que “me odeia porque Eu testemunho contra ele e suas obras más” (Jo 7, 7). Não somos nós que operamos a Revolução dentro da Igreja (Cfr. Cardeal Joseph Ratzinger); não fomos nós que fizemos um anti-syllabus. Afinal, Santo Padre, de qual espírito estamos falando, do Espírito Santo, 3ª pessoa da Santíssima Trindade, ou do espírito distribuído a atacado pelos hereges? 

Simplesmente não podemos dizer que dom Marcel Lefebvre não tinha razão, e, com ele, Nossa Senhora de La Salette: Rome est dans l'apostasie.

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