quinta-feira, 9 de maio de 2013

Uma lição de Catecismo











Raphael de la Trinité




É o homem a razão e o fim de todas as coisas?




Segundo alguns filósofos, o homem seria a medida de todas as coisas (fim último). Ora, essa concepção é fundamentalmente anti-católica. A vida humana sobre a terra só tem sentido quando nos conduz ao nosso fim, que é Deus. A prática das virtudes, por amor a Deus, este sim, é o meio que nos conduz à salvação. Em si mesmo, o homem não é meio e nem fim de nada. Por quê?



Somos contingentes, isto é, existimos, mas poderíamos não existir. Por isso, jamais seremos ser a razão e o fim de nós mesmos. Só Deus é absoluto, incriado e eterno. Somente ele possui todas as qualidades, em grau máximo. Mais ainda, Deus é a própria Justiça, Misericórdia, Bondade, Grandeza, etc. Deus é ato puro, segundo a perfeita definição de Aristóteles; em Deus não há potência. Dito de outro modo, Deus não pode ser mais do que já é.



O homem foi criado para conhecer, amar e servir a Deus neste mundo, e gozar eternamente de Sua presença no Céu. Somente então teremos uma felicidade perfeita.

Tudo devemos a Deus, nosso Criador. Além de termos sido criados por efeito da magnanimidade divina (Deus não precisava de nós para aumentar a Sua glória intrínseca), fomos resgatados pela Paixão e Morte de Nosso Senhor (mistério da Redenção), somos mantidos e conservados vivos pela constante solicitude divina e, quando perseveramos na prática da virtude, só o fazemos porque a graça de Deus (que nos é dada sem nenhum mérito de nossa parte, daí a expressão "de graça") nos é comunicada, sobretudo por meio dos sacramentos.

Quando fomos criados, Deus, obviamente, não nos consultou - não existíamos ainda. Entretanto, só nos salvará se o quisermos. Noutras palavras, em sua infinita liberalidade, Deus desejou fazer-nos partícipes de sua glória, tirando-nos do nada. Como consequência do pecado de nossos primeiros pais, Adão e Eva, perdemos a inocência primitiva, fomos expulsos do paraíso terrestre e padecemos nesta terra de exílio, que é um lacrimarum valle.

Para que a nossa culpa original fosse paga, Deus enviou-nos um Redentor: a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade (Deus é Uno e Trino) tomou a forma humana, no seio de Maria Virgem; morreu na cruz, ressuscitou e subiu ao Céu.

Antes, porém, fundou a Santa Igreja Católica, que é depositária de Seus méritos infinitos, obtidos em Sua gloriosa Paixão. Cumpre-nos fazer uso desse incalculável benefício para termos acesso à felicidade eterna, no paraíso.

Depois do batismo, dois são os principais sacramentos, que preparam a nossa alma para o encontro com o fim último (Deus): Confissão e Comunhão frequentes, após correta preparação.

Aquele que se recusa a fazer uso habitual desses meios estabelecidos por Jesus Cristo, ou o faz negligentemente, coloca em gravíssimo risco a sua salvação eterna.

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