Em Caracas, falta comida até nos hotéis de luxo, a
insegurança é cada vez maior, a eletricidade é duvidosa e até água falta nas
torneiras.
Fonte: Blog do Lampeia - O Globo
Luiz Felipe Lampeia
Luiz Felipe Lampeia
Nicolás Maduro, o atual presidente
venezuelano, já tentou todos os truques para ser visto como um novo Hugo Chavez.
Já se disse filho do falecido, já se fantasiou de tudo, mas as mágicas cada vez
convencem menos sua plateia.
De acordo com pesquisa do Instituto
Venezuelano de Análise de Dados (IVAD), se houvesse nova eleição 45,8% das
pessoas votariam por Henrique Capriles e apenas 40.8% por Maduro, que venceu de
forma duvidosa por 1 ponto percentual de diferença nas eleições de 14 de abril.
A mesma pesquisa indicou que 47,2% dos entrevistados considera o resultado
incorreto, enquanto 44,3 o aprovam.
Em Caracas, falta comida até nos hotéis de luxo, a insegurança é cada
vez maior, a eletricidade é duvidosa e até água falta nas torneiras. Quem
poderia estar feliz nessas condições? Com Chavez, tudo se perdoava por efeito
de sua mística. Maduro não a possui e em torno dele rondam cada vez mais
próximos os seus inimigos. O Exército aguarda em silêncio. É muito difícil
imaginar que o status quo político possa se manter por muito tempo, porém não
por um golpe militar, que me parece improvável. Talvez o melhor cenário tenha
como paralelo histórico o golpe de 18 de Brumário, que marcou o início do
Consulado napoleônico em novembro de 1799, quando a burguesia, como meio de
terminar a revolução francesa, que já durava dez anos (de 1789 a 1799) instalou
uma ditadura que viria a se transformar em império e durar até 1815. Quem sabe
venha a repetir-se a história?
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