sexta-feira, 20 de junho de 2014

Santa Hildegarda de Bingen e a desigualdade social




Interrogada por que só admitia em seu convento damas de alta linhagem, quando o Senhor se rodeara de gente humilde, escreveu Santa Hildegarda:

“Deus vela junto de cada homem para que as classes baixas nunca se elevem sobre as altas, como fizeram outrora Satanás e o primeiro homem, que quiseram exaltar-se acima de seu próprio estado...”.

Assim continua: “Quem há que guarde num só estábulo todo o seu rebanho, bois e jumentos, ovelhas e carneiros? Por isso devemos velar para que o povo não se apresente todo misturado num só rebanho. De outro modo produzir-se-ia horrorosa depravação dos costumes, e todos se dilacerariam mutuamente, levados pelo ódio recíproco ao ver como as classes altas se rebaixariam ao nível das classes baixas, e estas se alçariam até a altura daquelas. Deus divide seu povo sobre a terra em diferentes classes, como no Céu classifica seus anjos em diferentes grupos. Porém Deus ama a todos igualmente”.

(Fonte: Migne, t. 197, col. 336)
Retirado de: Pale Ideas


Assim também ensinava Pio XII:


“As desigualdades sociais, inclusive as ligadas ao nascimento, säo inevitáveis. A natureza benigna e a bênção de Deus à humanidade iluminam e protegem os berços, osculam-nos, porém não os nivelam”. Logo adiante, continua: “Uma mente instruída e educada de modo cristão não pode considerar tais desigualdades senão como disposição desejada por Deus, pela mesma razão que Ele quis as desigualdades no interior da família, e, portanto, destinadas a unir mais os homens entre si na viagem da vida presente para a pátria celeste, uns ajudando os outros do mesmo modo que um pai ajuda a mãe e os filhos” (Nota (1) Alocuçäo ao Patriciado e à Nobreza romana em 5 de janeiro de 1942, Discorsi e Radiomessaggidi Sua Santità Pio XII, Tipografia Poliglotta Vaticana, pp. 345-349).

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