BEATIFICAÇÃO DE PAULO VI?
- Carta aos Cardeais -
Eminência
Reverendíssima:
Li na
Imprensa que, em 11 de Dezembro[1], os Cardeais e os Bispos,
ultrapassado o obstáculo dos teólogos, darão o seu “sim” à
beatificação de Paulo VI, apesar de não ter tido, durante a sua vida, fama de
santidade e de ter sido, para muitos, o primeiro responsável pelos problemas
atuais da Igreja, isto para não dizer que o seu Pontificado foi, na realidade,
catastrófico!
Então,
seja-me concedido citar o que foi relatado, em letras garrafais, na revista “Avvenire”
de 19 de Março de 1999, página 17, acerca de Mons. Montini: “Ruini[2] traça
o perfil do Papa [Paulo VI] que mudou a
Igreja”.
Certíssimo!...
Já o havíamos demonstrado com a nossa “Trilogia Montiniana”[3], nunca tida nem como falsa nem pouco fiável pelos meus
opositores, limitando-se a graçolas e insultos, sem nunca denunciarem em
público o “como”, o “onde”, o “porquê” de os nossos argumentos e documentos
serem contrários à verdade.
Decerto,
dizer a Verdade não é, de modo algum, uma ofensa, nem sequer à
pessoa de Paulo VI, já entrado na História, motivo pelo qual toda a sua vida é
objeto de estudo, sem reticências nem mistificações, sem lhe colocar a auréola
na cabeça, o que significaria colocá-la igualmente na sua“revolução” operada
pela Maçonaria, por seu intermédio, em nome do Vaticano II.
***
Deve-se,
assim, apresentar o esboço das suas presumíveis virtudes, necessárias para uma
beatificação. O Cardeal Ruini, no discurso de encerramento do Processo
Diocesano, disse: “A sua Fé resplandece através da
sua pessoa, brilha nas suas palavras. Em 1967, inicia o Ano da
Fé. Em 1968, no átrio de São Pedro, proclama o Credo do
povo de Deus[4]; uma Fé
baseada no Credo de Niceia”.
Todavia,
quanto a essa presumível Fé, que o Cardeal inclusivamente qualificou como “apaixonada”, desmente-a
o mesmo Paulo VI, no seu famoso discurso sobre a autodemolição da
Igreja, durante o qual disse: “A Igreja encontra-se numa hora de
interrogação, de autocrítica. Dir-se-ia mesmo de autodemolição. Uma Igreja que
quase, quase fere a si mesma. Todos esperam do Papa gestos clamorosos e
decisivos. Mas o Papa não considera que deva seguir linha diferente daquela da
confiança em Jesus Cristo, que se preocupa com a Sua Igreja mais do que
qualquer outro. Será Ele que acalmará a tempestade”.
Esta sua
declaração soa à traição ao seu dever de Vigário de Cristo, o Qual, para a
defesa da Fé, se serviu sempre de Seus sucessores, a começar por São Pedro, Seu
primeiro Vigário na Terra.
Logo, essa
decidida recusa de Paulo VI em defender ele próprio a Fé foi uma aberta recusa
de fazer aquilo que era, contudo, o seu primeiro dever. Portanto, a sua
política de “não intervenção” foi uma abdicação do seu ofício
próprio, no dever de intervenção na autodestruição da Igreja, que ELE mesmo
conduzia. Uma recusa, assim, que constitui autêntico pecado de omissão.
Como
pensar, então, em levar aos altares, à veneração dos fiéis, um Papa que tão
gravemente faltou ao seu principal dever, que é, de fato, a defesa do
“depositum fidei”?
Paulo VI
abdicou do seu principal dever, não o cumprindo como Cabeça da
Igreja Católica, a fim de se colocar ao serviço da Humanidade
e conciliar todas as crenças e todos os cultos numa única religião universal.
Sonhando converter-se no grande unificador dos povos, sacrificava a Igreja Católica,
a Tradição, as Instituições, os próprios fiéis, para formar esse movimento de
animação espiritual da Democracia Universal, que deve
escravizar a Igreja a o mundo.
Deste
modo, Paulo VI, não distinguindo já a Igreja de Cristo, que é “uma e
não duas ou mais”, foi o primeiro Papa que, no discurso de abertura da
Terceira Sessão[5], em 14 de Setembro de 1964,
conclamou as comunidades religiosas cismáticas e heréticas, dizendo:
“Oh
Igrejas distantes e tão perto de nós! Oh Igrejas objeto do nosso sincero
pensamento! Oh Igrejas da nossa incessante nostalgia! Igrejas das nossas
lágrimas!”… E anunciou, logo e em muitas
ocasiões, o mútuo perdão pelas culpas recíprocas[6].
Posteriormente,
a sua incessante propaganda ecumênica foi só para levar ao reconhecimento das
outras comunidades cristãs, e não para conduzi-las à verdadeira comunidade de salvação[7].
Prova
disso é a sua visita ao Conselho Ecumênico das Igrejas[8], em 10 de Junho de 1969, onde foi recebido por cerca de 230
comunidades religiosas. Ali, Paulo VI assumiu a linguagem deles e
ainda participou desse cisma geral com esta afirmação: “a fraternidade
cristã (…) entre as Igrejas que formam o Conselho Ecumênico e a Igreja Católica”…ignorando
que não pode haver fraternidade entre a Igreja Católica e osdissidentes. Por
outro lado, ele mesmo levantou a questão, dizendo: “A Igreja Católica
deve tornar-se membro do Conselho Ecumênico”. E disse logo: “em tão
grande fraternidade, não cremos que a questão da participação Católica no Conselho
Ecumênico esteja madura a ponto de que se possa e deva dar uma
resposta positiva. A questão fica no campo das hipóteses (…) graves implicações
(…) caminho largo e difícil”.
Foi um
discurso “balão de ensaio”, porque, no fundo, lá estava o seu “sim”;provou-o
ao dizer: “O espírito de um são Ecumenismo[9], que
anima uns e outros (…) reclama, como condição primeira para o contato frutuoso
entre diferentes confissões, que cada um professe lealmente a própria
fé”; e, aqui, Paulo VI convidou ao
reconhecimento dos valores positivos cristão-evangélicos que se encontram nas
outras confissões e à abertura de todas as possibilidades de colaboração… como
no campo da caridade e da busca da paz entre os povos.
Finalmente,
à pergunta sobre se há salvação em uma ou outra das 234 “igrejas” membros
do CEI, ao passo que a doutrina da Igreja Católica sempre
tinha respondido negativamente, Paulo VI, pelo contrário, responde
afirmativamente! Vê-se sempre esta “mens” sua quando acolhe judeus, muçulmanos,
bonzos, budistas… e visitando-os durante as “viagens
apostólicas”, com o fim do “diálogo”.
Mas, antes
de Paulo VI, nenhum Papa tinha declinado a Fé no plural; Paulo VI, contudo,
dizia que as “confissões” se homenageavam mutuamente.
Durante a
sua viagem ao Uganda, Paulo VI falou dos “mártires ugandeses”; foi, pois,
visitar esses “mártires católicos”, mas confundidos, indiscriminadamente, com os
muçulmanos, com os protestantes; segundo ele, morreram em “espírito
ecumênico”, unidos para além dos conflitos dogmáticos. Igualmente, na
sua viagem a Bombaim (onde os hindus lhe ofereceram um pequeno ídolo, e os
budistas, um Buda!), Paulo VI não mostrou nenhum discernimento entre as
religiões humanas e a Católica.
E mais se
poderia continuar sobre este tema da Fé. Bastará mencionar, por agora, esse seu
escandaloso gesto da entregar aos turcos, com um pedido de desculpas por
escrito, o “glorioso estandarte de Lepanto”, quase se
desculpando de que não tivessem tido liberdade para ocupar e entregar ao Islã
toda a Europa Católica.
Quanto ao
seu “Credo do povo de Deus”, que o Cardeal Ruini comparou ao“Credo
de Niceia” e apresentou como o non plus ultra da Fé
de Paulo VI, tem de se dizer que o citado “Credo”, recitado em público no átrio
de São Pedro, foi precedido por “dois esclarecimentos” de Paulo VI: o primeiro,
que ele queria dar um “firme testemunho da verdade divina confiada à Igreja”
(isto é louvável!); mas o segundo esclarecimento punha tudo em discussão,porque
excluía, expressamente, que o seu “Credo” fosse uma “definição
dogmática”. Disse, de fato: “Vamos fazer uma profissão de Fé,
pronunciar um ‘Credo’ que, sem ser uma definição dogmática (…),
com algum desenvolvimento requerido pelas condições espirituais do nosso tempo”[10].
Ora, esta
sua expressão eliminava do nosso Credo Católico a nota de
infalibilidade, por ser este de “Verdade revelada”, de
Fé Divina e de Fé Católica, atestada pela Sagrada Escritura e pela Tradição.
Em São
Pedro lê-se: “Inde oritur unitas sacerdotii”[11], ou seja, o Papa deve ser o vínculo da Caridade e,
portanto, da união. Todavia, Paulo VI honrava e preferia “aqueles que
estão distantes” aos próximos na Fé, mostrando, em relação a estes,
uma fria amizade; admirava a linguagem, os ritos religiosos e as tradições dos
“outros”, enquanto perseguia os que pertencem à antiga Tradição Católica. As
portas da sua casa estavam sempre abertas para os teólogos aventureiros, para
os agitadores, para os que espalhavam escândalos e heresias, não dissimulando
nunca, pelo contrário, a sua animosidade em relação aos tradicionalistas e
integristas que defendiam o que ele queria destruir. Não os excomungou porque
não tinha razões canônicas para tal, mas precavia-se em não manter contato
pessoal direto com eles. O que é mais do que uma excomunhão, porque é aanulação e supressão
dialética do adversário, como o que este texto assina, que não se
vergou jamais às loucuras, aos caprichos, às distorções, às extravagâncias de
tanto clero progressista de obediência servil em levar a termo, como disse o
Cardeal Garrone, “a derrota do outro partido”.
Dos muitos
feitos da sua falsa Caridade, podem se ler uns quantos nos meus três livros
sobre Paulo VI, a respeito do seu sectarismo que tinha todo o sabor do cisma.
Sim, porque o cisma, sendo a separação da Igreja Católica de uma parte dos
fiéis, pode se definir como um “pecado-delito” contra a Caridade,
que é amor guiado pela Fé e pela Esperança; e que,
necessariamente, implica ódio contra o Reino de Deus e a Igreja, para debilitar
esta e arrancar-lhe as almas mediante excisões e heresias!
Por isso,
jamais Paulo VI poderia ter lançado este grito:
“CHARITAS
CHRISTI URGET NOS!”[12].
***
Depois do
que escrevo sobre Paulo VI, sou obrigado a colocar em
evidência o profundo mistério da “mens” de Paulo
VI modernista, por meio dos seus“feitos” e “ditos, porque
constituem a razão da minha reação espiritual, que tanto me faz sofrer”.
Digne-se,
Eminência, tomar em consideração o meu trabalho, expressão do meu respeito e da
minha oração.
Pbro.
Luigi Villa
LISTA DOS “FEITOS” Y “DITOS” DE
PAULO VI
PAULO VI E A DUPLA MISSA NEGRA
A eleição
ao papado do Cardeal Montini (21 de Junho de 1963) foi devida
à intervenção de alguns representantes da Alta Maçonaria Hebraica da B’nai
B’rith[13].
Em 29 de
Junho de 1963, oito dias após a eleição de Paulo
VI, foi celebrada, na Capela Paulina e numa
capela de Charleston (Carolina do Sul – EUA) uma dupla missa negra, com o fim
de entronizar Lúcifer na Capela de São Paulo, coração do
Catolicismo.
No fim
dessa missa sacrílega, os participantes da Capela Paulina juraram:
“entregar
a Alma nas mãos do onipotente Lúcifer”;
“serem
instrumentos e colaboradores voluntários dos fundadores da ‘Casa do Homem sobre
a Terra’.”;
“modelar a
‘Nova Era do Homem’.”;
“erigir a
‘Igreja Universal do Homem’.”.
Desde a
sua viagem à Terra Santa, em
1964, Paulo VI começou a usar o“Éfode”[14], símbolo da negação da divindade de Jesus Cristo.
Em 1964,
Paulo VI, na presença de 2.000 Bispos, depôs definitivamente a Tiara sobre o altar, repelindo os três poderes
papais, significando, assim, que já não
desejava governar a Igreja.
Lendo
a Trilogia Montiniana de Dom Luigi Villa, descobre-se
que Paulo VI:
- inventou um cristianismo novo, desligado da Cruz;
-
substituiu o “Culto de Deus” pelo “Culto do Homem”, ou seja, o primado do sobrenatural pelo primado
do natural e do temporal;
-
substituiu o primado da “Lei de Deus” pelo primado da “consciência”;
-
substituiu o primado do “Reino de Deus” e da vida eterna pelo primado do
“mundo”, da “Paz” e do “paraíso
na Terra”!;
- inventou
um cristianismo que considera Cristo como um “libertador”,não do pecado, mas do sofrimento e da escravidão;
- inventou
um Evangelho confundido com a “Carta dos Direitos do Homem” e colocado ao serviço da “justiça social”; os “Direitos de Deus”
foram abolidos em favor da exaltação dos “Direitos” e dos “gostos” do homem;
- reduziu
a evangelização do sobrenatural “docete” a um “diálogo” que se apoia apenas nos meios humanos e não procura a conversão;
- inventou
um cristianismo que, idolatrando o homem, proclamou
a “Liberdade religiosa” como direito fundamental e absoluto do homem, e
promoveu um falso amor pelo homem, sobre o qual Paulo VI fundou a sua“Religião do Homem”:
“Devemos
assegurar, no caminho da Igreja, um novo modo de sentir, de querer, de
comportar-se”;
“A
religião deve ser renovada”;
“Já não é
caso de atrair as almas e interessá-las pelas ‘coisas supremas’.”;
“Não se
trabalha para a Igreja, mas trabalha-se para a Humanidade”;
“Não
chegará o homem moderno, um dia (…), a prestar ouvidos à voz maravilhosa do
Espírito que nele palpita? Não será a religião de amanhã?”;
“O nosso
Humanismo transforma-se em Cristianismo, e o nosso Cristianismo transforma-se
em teocêntrico, de modo que podemos igualmente afirmar: para conhecer Deus, há
que conhecer o homem”!;
“O homem
revela-se-nos gigante. Revela-se-nos divino. Revela-se-nos divino não em si,
mas no seu princípio e no seu destino. Honra ao homem, honra à sua dignidade,
ao seu espírito, à sua vida! […]. Honra ao homem; honra ao pensamento! Honra à
ciência! […]. Honra ao homem, Rei da Terra, e agora também Príncipe do Céu!”.
Em 7 de
Dezembro de 1965, Paulo VI, perante
toda a Assembleia Conciliar, pronunciou o discurso no qual proclamou o “CULTO do HOMEM”[15]:
“Para
conhecer Deus, há que conhecer o homem”.
“Toda esta
riqueza doutrinal do Concílio não visa senão uma coisa: servir ao homem”.
“o
Humanismo laico e profano apareceu, finalmente, na sua terrível estatura e, em
certo sentido, desafiou o Concílio. A religião do Deus que se fez Homem
encontrou-se com a religião do homem que se fez Deus… Nós, mais que quaisquer
outros, NÓS TEMOS O CULTO DO HOMEM!”.
“… O homem
revela-se divino. Revela-se-nos divino não em si, mas no seu princípio e no seu
destino”.
PAULO VI MAÇOM
Mons.
Montini disse ao P. Felix A. Morlion,
OP: “Não passará uma geração e será feita a paz entre as duas sociedades”
(Igreja e Maçonaria).
Em 20 de
Março de 1965, Paulo VI recebia em
audiência dirigentes do“Rotary Club”[16], uma
organização maçônica, e disse que “a forma
associativa deste grupo para-maçônico” era boa e que “bom era o método” e,
portanto, “bons também os fins”.
Em 1965,
Paulo VI recebeu no Vaticano o Chefe da Loja P2[17], Lício
Gelli[18] e conferiu-lhe a nomeação de Comendador: “Equitem Ordinis Sancti
Silvestri Papae”[19].
Paulo VI
recebeu o elogio fúnebre do Grão-mestre do Palácio Giustiniani[20], Giordano
Gamberini[21], escrito na Rivista Massonica.
Na
Comissão Diretiva para uma Bíblia harmonizada, Paulo VI quis também o
Grão-mestre do Grande Oriente de Itália, o já mencionado Prof. Giordano
Gamberini, um dos fundadores e “bispos” do ramo italiano da “Igreja Gnóstica”[22], que é a
“Igreja satanista”, fundada na França, em 1888[23].
O Visconde
Léon de Poncins[24] afirmou que a Maçonaria “com Paulo VI tinha
vencido”!
O alto
iniciado Marsaudon[25], falando de Montini, escreveu: “se pode
verdadeiramente falar de uma Revolução saída de nossas Lojas maçônicas, se
estendeu magnificamente sob a Basílica de São Pedro”[26].
No
Pontificado de Paulo VI aprovaram-se leis maçônicas, como o
aborto, o divórcio, a separação entre a Igreja e o Estado, a degradação dos
Seminários e das Congregações Religiosas.
Paulo VI,
na ONU, entrou na Sala de Meditação (Meditation Room), santuário
maçônico, em cujo centro está “um altar
para um Deus sem rosto”.
Durante a
sua viagem à Terra Santa, em 1964, no Monte
das Oliveiras,Paulo VI abraçou o Patriarca ortodoxo Atenágoras I, maçom do
33º grau!
Paulo VI
dará o “seu Pastoral” e o seu “anel” ao budista birmanês e maçom U’Thant[27], Secretário-geral da ONU.
Em 23 de
Março de 1966, Paulo VI colocou no dedo do Dr. Ramsey[28], laico e
maçom, o seu novo anel conciliar, e, a
seguir, ambos deram a bênção aos presentes.
Em 1971,
Paulo VI recebeu em audiência pública, no Vaticano, membros da Loja maçônica
dos B’nai B’rith, que Paulo VI chamou “meus queridos amigos!”.
O alto
iniciado mexicano Carlos Vasquez Rangel[29] revelou que “Ângelo Roncalli e Giovanni Montini foram iniciados,
no mesmo dia, nos augustos mistérios da Fraternidade”.
Paulo VI
– segundo especialistas de heráldica da
nobreza – seria descendente de judeus convertidos[30]. Além disso, teria sido “iniciado” na Loja dos B’nai
B’rith.
O Príncipe
Scortesco[31] escreveu que a eleição ao Papado do Cardeal Montini se deveu à
intervenção de representantes da Alta Maçonaria Hebraica dos B’nai
B’rith.
Os
principais e muito poderosos colaboradores de Paulo VI eram maçons. Entre eles:
- Mons.
Pasquale Macchi[32], seu Secretário pessoal de 1967 a 1978;
- Card.
Jean Villot[33], muitos anos Secretário de Estado de Paulo VI;
- Card. Ugo Poletti[36], representante de Paulo VI na Diocese de Roma;
- Card.
Sebastiano Baggio[37], Prefeito da “Congregação dos Bispos”;
- Card.
Joseph Suenens[38], um dos
grandes eleitores de Paulo VI;
- Mons.
Annibale Bugnini[39], a quem Paulo VI confiou a Reforma Litúrgica;
- Card.
Franz König[40], Arcebispo de Viena;
- Card.
Achille Liénart[41];
- Mons.
Paul Marcinkus[42], Presidente do Istituto per le Opere di Religione[43], a esta altura ligado à Máfia.
Outras
provas da pertença de Paulo VI à Maçonaria são:
- O painel
nº 12 da Porta de Bronze da Basílica de São Pedro, no qual havia uma estrela de cinco pontas, inscrita num
círculo, sobre a mão esquerda de Paulo VI. Foto.
- O
monumento a Paulo VI, no Sacro Monte de Varese, que
glorifica as três traições de Paulo VI: a Cristo, à Igreja e à História. Foto.
- A
estranha assinatura que aparece no retrato oficial
de Paulo VI, além da Marca da Besta, do Número do Anticristo e
a Declaração de Guerra a Deus, indica Paulo VI como
a Segunda Besta saída da Terra no Apocalipse de São João, quer dizer, o Chefe Supremo da Ordem dosIlluminati da
Baviera[44].
- No pálio
de Paulo VI aparece a Cruz Templária coroada
pelo archote,símbolo do Chefe
Supremo dos Illuminati da Baviera.
- Na
lápide tumular de Giuditta Alghisi (mãe judia de Paulo VI, falecida em 1943), no cemitério de Verolavecchia (Brescia), estão
gravados, muito visivelmente, símbolos maçônicos: esquadro, compasso,
triângulo,desenhados por Mons. Montini. Estes símbolos exprimem a
geometria da blasfema e satânica Tripla
Trindade maçônica[45], o
segredo mais profundo e zelosamente guardado pelos Superiores desconhecidos da
Maçonaria. O significado desta representação não
pode ser senão a“predestinação” concedia pelos Superiores
Desconhecidos a Mons. Montinicomo futuro Patriarca do Mundo, isto é,
como futuro Chefe Supremo da Ordem dos Illuminati das
Baviera.
PAULO VI E O COMUNISMO
Durante os
anos da II Guerra Mundial, Dom Giovanni Battista Montini trabalhou para o
Office of Strategic Services (OSS –
informações militares, predecessor da CIA), como também para as Informações
Britânica e Soviética, e forneceu informações que serviram aos Aliadospara
conhecer os objetivos estratégicos dos bombardeamentos aéreos.
Montini
teve encontros secretos com os comunistas, apesar da posição oficial anticomunista dos Papas Pio XI e Pio
XII. Em 1938, Mons. Montiniteve um encontro reservadíssimo com os
comunistas Donini[46] eSereni[47]; em 1944,
entrou em negociações com Palmiro Togliatti[48]; em
1945, com o comunista Eugenio Reale[49].
Em
1954, Pio XII recebeu do Coronel Arnauld[50] as
provas da traição de Mons. Montini com os serviços secretos soviéticos e o afastou da Secretaria de Estado.
No arquivo
do Cardeal Tisserant[51] estavam
as cartas de Montini, que informavam ao
KGB[52] acerca
dos nomes e dos movimentos sacerdotais daqueles que exerciam, clandestinamente,
o ministério sacerdotal entre a gente oprimida e perseguida nos países
comunistas.
No arquivo
do Cardeal Tisserant está, também, o “credo”
marxista do então Mons. Battista Montini.
Em 1954,
Pio XII descobriu também que Mons.
Montini “lhe tinha escondido todas as mensagens noticiosas relativas ao cisma
dos Bispos chineses”.
Em
1954, em Milão, Montini reuniu à
sua volta uma camarilha de companheiros de viagem de mentalidade liberal,
anarquistas, comunistas, socialistas, mafiosos e membros da comunidade
artística e literária de “vanguarda”.
Outro
escândalo foi a subtração fraudulenta da “Petição dos 450 Bispos”[53] que queriam, em Setembro de 1965, no Concílio (e em concílio), a
condenação do comunismo, mas Paulo VI não quis que o Concílio
o condenasse. Uma verdadeira traição!
Paulo
VI não interveio mais, nem
tampouco condenou as campanhas em favor do comunismo e da exaltação
do racismo negro, permanecendo indiferente ante as desgraças dos Cristãos
injustamente reduzidos à escravidão.
Paulo VI
abriu a Igreja ao “diálogo” e à cooperação com os comunistas.A sua traição manifestou-se em 1971, com a remoção forçada do
grande Cardeal Mindszenty[54], ao qual Paulo VI impediu a publicação das suasMemórias.
Paulo VI
encontrou-se com Gromyko[55], com
Podgorny, e, em longas sessões secretas, com Mons. Nicodemo[56],
arcebispo de Leninegrado e agente secreto de alto nível.
Descobriu-se
que Berlinguer[57], então secretário do Partido Comunista italiano, era o agente
diplomático secreto de Paulo VI com o governo comunista de Hanói.
Paulo VI,
num apelo à China[58],
manifestou a sua alegria ante o anúncio da Revolução Cultural.
Sob o
Pontificado de Paulo VI, foram consumadas as traições ao Cardeal
Mindszenty, ao Cardeal Slipyi[59] e a
tantos outros milhões de vítimas do comunismo, em especial na Hungria,
Checoslováquia, Vietnam do Sul, Angola, Moçambique, Uganda…
A “Igreja
do Silêncio”[60] foi um crime para as “testemunhas” que se deixavam
matar para testemunhar e defender Jesus Cristo!
A “abertura
a Leste” de Paulo VI foi um verdadeiro matadouro para a Fé! Tal “abertura”, designada “Ostpolitik”,
veio a ser a maior traição de todos os tempos, para que Paulo VI se servisse da
Igreja com fins subversivos, até transformar Cristo em um “revolucionário
social” em prol do bem-estar humano.
A “Igreja
do Silêncio” incomodava o “Silêncio da Igreja” de Paulo VI. Por isso, o Cardeal
Slipyi, após decênios a viver em campos de concentração com
trabalhos forçados, foi, por vontade de Paulo VI, para o
Vaticano, onde, seguidamente, foi encerrado numa prisão, na qual –
como me disse ele mesmo durante uma minha “visita” – “em cada instante estão
na minha mente a odisseia passada nos campos de concentração soviéticos e a
minha condenação à morte; mas, em
Roma, dentro dos muros do Vaticano, vivi momentos piores!”.
Paulo VI
depôs o Cardeal Mindszenty do seu cargo de Primaz da Hungria, porque este sempre se recusou a aceitar o diálogo com o comunismo. O
Cardeal, num encontro em Viena, disse-me: “Creia-me (…), Paulo VI entregou países Cristãos inteiros nas mãos do
comunismo (…)mas a verdadeira Igreja continua
sendo a nossa, obrigada às catacumbas!”.
O
filo-comunismo de Paulo VI deu a vitória ao comunismo na Itália.
A sua “Ostpolitik”, no seu Pontificado, procurou e conduziu a uma grande aproximação
com a Rússia bolchevique.
A sua “Populorum
Progressio”[61] (26 de Março de 1967) tem um tom completamente marxista, porque
a sua “justiça” equivale à “igualdade”e porque quer a fusão das
religiões.
PAULO VI HOMOSSEXUAL[62]
Testemunhas
da homossexualidade de Paulo VI são:
O escritor
homossexual Robin Bryans[63], que revelou a relação
homossexual entre Mons. Montini e Mons. Hugh Montgomery.
O
ex-Embaixador homossexual Roger Peyrefitte[64], que
falou da homossexualidade de Paulo VI, dizendo que, quando este era Arcebispo de Milão, ia a uma casa afastada
para encontrar jovens ad hoc.
O
articulista do New York Times, que
publicou o nome de um famoso ator italiano, Paolo Carlini[65], que se tornou uma visita frequente dos apartamentos privados de Paulo
VI, no Vaticano.
O Abade
Georges de Nantes[66], que acusou Paulo VI de homossexualidade, citando várias
fontes.
O escritor
Franco Bellegrandi[67], que descreveu os seguintes fatos: a
chantagem dos soviéticos sobre Montini, a fim de conhecerem os nomes dos
sacerdotes enviados clandestinamente para o interior da Cortina de Ferro[68]; o processo de “colonização homossexual” sob o reinado de Montini; as intervenções noturnas da
polícia contra o Arcebispo de Milão,Mons. Montini, encontrado
nas ruas da cidade em trajes civis e em companhia duvidosa; a
autorização do predileto[69] de
Montini de entrar e sair à vontade do
apartamento do Papa; a chantagem que alguns maçons exerceram sobre
Paulo VI, ameaçando-o com a publicação de fatos referentes à sua
homossexualidade, a fim de obterem a cremação dos cadáveres, sempre recusada
pela Igreja.
O Cardeal
Pietro Palazzini[70] tinha em seu poder duas grandes pastas cheias de documentos que
atestavam, de maneira irrefutável, o vício impuro e contra natura de
Paulo VI.
A
homossexualidade de Paulo VI foi
instrumental na alteração do comportamento que originou o surgimento do “Coletivo
Homossexual”[71]na Igreja Católica dos Estados
Unidos, no qual constam:
O Cardeal
Joseph Bernardin[72], o Cardeal Terence
James Cooke[73], o
Cardeal John Wright[74], o Arcebispo Rembert George Weakland[75], oBispo James S. Rausch[76], o Bispo George Henry Guilfoyle[77], o Bispo Francis Mugavero[78], o Bispo Joseph Hubert Hart[79], o Bispo Howard James
Hubbard[80]…
PAULO VI E O SEU PONTIFICADO
Paulo VI
foi um Papa que não governou a Igreja, pelo que
não pode ser absolvido de toda essa autodestruição da Igreja, da qual só ele
foi o primeiro responsável.
A ação
demolidora do Pontificado de Paulo VI pode
resumir-se assim:
-
demolição do Santo Ofício[81], guardião da ortodoxia;
- ab-rogação
do Juramento Anti-modernista[82];
-
supressão do Index[83], que
proibia a leitura de livros danosos para a Fé;
-
escandalosa passividade perante o cisma holandês;
-
autorização de uma edição italiana do Catecismo dos heréticos holandeses;
- visita à
Assembleia do Conselho Ecumênico das Igrejas;
-
desintegração do tesouro litúrgico;
-
luteranização da Missa;
-
homenagens públicas a Lutero[84];
-
demolição de encíclicas que tinham condenado o Comunismo, oModernismo, a Maçonaria;
-
demolição da vida religiosa e clerical;
-
constante nomeação de Bispos liberais ou progressistas para as Sés vacantes em
todo o orbe Católico.
Paulo VI
substituiu a “religião”, princípio de união entre os homens, pela “liberdade”.
Com Paulo VI e o Vaticano II, entrou a “desunião” na Igreja, também entre a
Hierarquia, pelo que nos encontramos não perante uma Igreja, mas duas igrejas diferentes: a “Igreja de Cristo” e a “Igreja Universal do homem”, de
inspiração satânica.
Imediatamente
após a sua eleição como Sumo Pontífice, Paulo VI colocou-se ao
serviço do renascimento da “Nova Teologia”, chamando para o ensino
bíblico os jesuítas Lyonnet[85] e Zerwick[86], já
condenados[87]pelo Santo
Ofício; prontamente chamou, para fazerem
parte da Comissão Bíblica[88], os Cardeais Alfrink[89] e
König e mais quatro estudiosos progressistas modernistas, os quais, em 21 de Abril de 1964, publicaram uma “Instrução”[90] que era a rejeição do “Monitum”[91] do
Santo Ofício que defendia a historicidade dos Evangelhos.
Paulo
VI fez de Michele Sindona[92] o seu “homem de confiança”, o qual geria os dinheiros da Máfia
siciliana, da Loja Propaganda 2 e da Central
Intelligence Agency (CIA) [na Itália – N.T.].
Paulo VI
determinou a demissão dos Bispos aos 75 anos de idade, e dos Cardeais membros
do Conclave aos 80 anos.
Paulo VI
fez desaparecer todas as formas de devoção e de oração públicas. Nunca alguém o viu rezar. Nem sequer em Fátima, ninguém o viu ou
jamais o ouviu recitar uma Ave Maria! O mesmo se pode dizer dos “costumes”. Sob
o seu pontificado a sua decadência foi geral. Inclusivamente, o “matrimônio dos
sacerdotes” desenrolou-se com o seu consentimento, cumplicidade e cooperação.
Paulo VI
introduziu, também, o divórcio por mútuo acordo.
Paulo VI
não condenou o pérfido e satânico Catecismo Holandês[93], querendo
que tal venenoso livro se difundisse em toda a Igreja.
Paulo VI
acolheu no Vaticano terroristas assassinos de mulheres e crianças. De fato, em 1970, recebeu os três chefes do terrorismo de
Angola, Moçambique, Guiné e Cabo Verde[94].
Sob Paulo
VI foram rejeitadas a “Escolástica Tomista” e a “Tradição” da “Lei
Natural”, substituindo-as pelos métodos
teológicos do pensamento científico, como a Fenomenologia[95] e o Existencialismo[96].
Sob o
Pontificado de Paulo VI, os sacerdotes efeminaram-se no aspecto pouco casto,
sentimental, acomodatício, ecumênico, indiferente aos erros e a quem os ensina
e difunde, incapazes de conduzir uma batalha
contra o mal pela busca do bem.
O mesmo
Paulo VI presidiu à completa laicização de milhares de sacerdotes validamente
ordenados, concedendo-lhes a dispensa “pro-gratia”.
Paulo VI
debilitou o celibato obrigatório dos Sacerdotes, abrindo o diaconato permanente
aos casados (“Sacrum diaconatus ordinem”[97]), e
promoveu a aceitação de “Ministros leigos” no papel de “Leitores” e para abrir caminho ao “rito laico da Comunhão” (“Fidei custos”[98]).
Paulo VI
quis que se abandonasse o hábito talar pelo vestuário civil[99].
Paulo VI
eliminou todas as Ordens Menores[100]: a
Tonsura, o Ostiariato, o Exorcistado, o Subdiaconato; permitiu “concelebrações”
de Pastores anglicanos; tentou, várias vezes, suprimir a vida de “clausura”;
permitiu a “Comunhão na mão” (“Memoriale Domini”[101]) e,
também, que se desse a Comunhão a jovens de minissaia.
Paulo VI
aboliu o latim da Liturgia, obrigando
ao uso da língua nacional e até de dialetos; destruiu a música sacra
com o uso do tam-tam e dorock; fez virar os altares – agora mesas
para a “Ceia” protestante – para ficarem de frente para o povo, contra a
“Humani Generis”[102]; deixou
demolir os dogmas; deixou obscurecer os Sacramentos e debilitar os
Mandamentos; abençoou os “pentecostais”,
bailarinos estridentes em São Pedro.
Paulo VI,
com os seus “aggiornamenti” para se adaptar ao mundo, esvaziou os Seminários,
os Noviciados religiosos; deu à Igreja “sacerdotes sindicalistas”, de
“esquerda”, reduzindo a mensagem da Cruz a um vil
Humanismo; suprimiu muitas Festas de preceito; suprimiu a abstinência
da carne às Sextas-feiras; emitiu um “Decreto” sobre o “matrimônio misto” (“Matrimonia mixta”[103]), deixando de exigir o Baptismo Católico dos filhos.
Paulo VI
enviou o Cardeal Willebrands[104], como seu
legado, à Assembleia da Federação Luterana Mundial, realizada em Évian[105], na
França, a fim de fazer o elogio de Lutero; destruiu o “triunfalismo” na Igreja, criando o
slogan “a Igreja dos pobres”.
Paulo VI
teve uma espécie de fúria na destruição dos Estados Católicos (Itália, Espanha,
etc.).
Paulo
VI, pelo seu orgulho, seu sensualismo,
seu materialismo, seu laicismo, nunca fez nada sério e esforçado na
reabilitação da Europa descristianizada.
Paulo VI
destruiu a excomunhão “latae sententiae” de São Pio X contra os eclesiásticos que impugnavam o “decreto Lamentabili”[106] e a
encíclica “Pascendi”[107], e impôs que não se falasse sequer de excomunhão.
Paulo VI,
apesar de não ter formação teológica e de, além
disso, lhe faltar espírito sobrenatural, no Concílio
Vaticano II alterou e literalmente profanou a Religião Católica.
Paulo
VI, em 1978, disse: “A hora
presente (…) é, agora, de tempestade! O Concílio não nos deu (…) a
tranquilidade, mas, desafortunadamente, suscitou perturbação”.
Paulo VI,
com o Motu Proprio “Sacrum diaconatus ordinem”, estabeleceu que “podem ser chamados ao diaconato homens de idade
madura, sejam celibatários ou unidos em matrimónio”. Foi um gesto
papal que preludiava a Ordenação sacerdotal também para os casados[vide nota relativa:].
Paulo VI,
com o Motu Proprio “Matrimonia mixta” [vide
nota relativa:], desobrigou o cônjuge não Católico
do solene compromisso de batizar e educar os filhos na Igreja Católica. Esta
norma passou, prontamente, para o Código de Direito Canônico de 1983 (cân. 1125).
Paulo VI,
com a Instrução “Memoriale Domini” [vide nota
relativa:], autorizava as Conferências
Episcopais a conceder também a distribuição da Comunhão na mão. Foi outro gesto
sacrílego!
Paulo VI,
com a Instrução “Fidei custos”[vide nota
relativa:], autorizava os leigos a distribuir a
Santa Comunhão, contra o que Jesus havia reservado
para os Apóstolos e o Clero.
Paulo
VI, ao passo que travava amizade com
dissidentes, heréticos, mundanos, revoltosos, ateus e membros de todas as
religiões, manteve constante inflexível hostilidade para com os
defensores da Fé Católica.
Paulo VI
recusou receber 4.000 Católicos Tradicionalistas de todo o mundo, mas recebeu
em audiência um grupo de Rabinos
Talmúdicos e oPatriarca dos Bonzos.
Paulo VI,
com a desculpa do “aggiornamento”, também
doutrinal, abriu portas a todo tipo de heresias.
PAULO VI E A SUA NOVA IGREJA
A “Nova
Igreja” de Paulo VI resumia-se nestes termos:
- devia
mudar o seu conceito verdadeiro e profundo;
- devia
substituir o “docete” pelo “diálogo”;
- devia
ser libertada dos Dogmas;
- devia
transformar-se na “Igreja do Homem”;
- devia
aprender um novo modo de orar;
- devia
ter uma nova liturgia;
- a Igreja
devia ser descristianizada para ser “absolvida” pelo seu passado;
- devia aceitar o primado secular, e não o religioso;
- devia
substituir a “philosophia perennis” por outra “filosofia
revolucionária”;
- devia abrir-se ao Mundo, a todas as falsas religiões, aos não
crentes, aos ateus;
- devia aceitar um sincretismo ecumênico fundado na
filosofia moderna;
- devia
abandonar o sobrenatural em troca de uma simples atitude
religiosa;
- devia transformar-se numa contrarreligião natural;
- devia
servir à criação de uma “Nova Ordem Mundial”[108] maçônica;
- devia ser protestantizada para favorecer a sua transformação em“Igreja Universal do Homem”;
- devia
adoptar a política de não-intervenção, para facilitar aautodestruição
da Igreja.
Paulo VI,
em 1963, declarou: “Não há que
admirar-se de que, depois de vinte séculos (…) o conceito verdadeiro, profundo,
completo da Igreja, como Cristo a fundou (…) todavia necessite de ser mais
precisamente anunciado”.
Na sua
encíclica “Ecclesiam Suam”[109], Paulo
VI escreveu: “A Igreja faz-se
‘diálogo’, e este ‘diálogo’ deverá caracterizar a nossa tarefa católica”. Queria
abrir-se a todas as religiões e ideologias do mundo, que, em seguida,
foram suas colaboradoras na “autodestruição” da Igreja, para
substituí-la pela satânica “religião do homem”!
Paulo VI
obrigou a Igreja a aprender uma nova maneira de orar, em coro; uma “nova Liturgia”, uma “nova atitude em
relação ao mundo”,um “novo relacionamento” com os irmãos de outras
igrejas e confissões cristãs. Com os “irmãos maiores judeus”; com os
não-cristãos; com os não-crentes…
Paulo VI
queria protestantizar toda a Igreja, para dissolvê-la logo na
“Super-Igreja-Universal” maçônica, ou seja,
uma religião sintética, a O.R.U., ou “Organização das Religiões Unidas”[110].
Paulo VI
levou a cabo a política de “não-intervenção” para justificar a renúncia do seu
dever de intervir no impedimento da autodestruição da Igreja, que ele mesmo
conduzia, para colocá-la ao serviço da Humanidade e conciliar todas as crenças
e todos os cultos em uma única Religião Universal.
PAULO VI E A SUA MISSA
Paulo VI
entendia que a Igreja dogmática era o maior obstáculo aoEcumenismo, porque a “verdade” revelada por Cristo, fundando a
unidade na Verdade, era um obstáculo à unidade das religiões!
Paulo VI,
com a Constituição “Missale Romanum”[111] e o
“Novus Ordo Missae”, de 3 de Abril de 1969, substituiu
o antigo Rito Romano da Santa Missa pela sua “Nova Missa”, completamente
protestante.
A “Missa”
de Paulo VI é a destruição intencional do conceito e do valor intrínseco do
“Sacrifício Eucarístico”, da
“Presença Real” e da“sacramentalidade” do
Sacerdócio ministerial, quer dizer, a destruição completa do valor dogmático essencial da Santa Missa.
A Missa
ecumênica de Paulo VI “dessacraliza” a Santa Comunhão,tomada de pé, na mão e distribuída por leigos; mistura o “Sacrifício
Propiciatório” do “povo de Deus” com o do Sacerdote (convertido em “Presidente”), com o rito no qual a “reforma” foi
inspirada com um maçônico Ecumenismo sincretista.
A Missa de
Paulo VI foi asperamente criticada pelos Cardeais Ottaviani[112] e
Bacci[113], porque “se afastava, de modo impressionante,
no conjunto e nos detalhes, da Teologia Católica da Santa Missa”, tal como
formulada pelo Concílio de Trento[114]. Paulo VI foi obrigado a alterar a sua definição herética, mas, na “nova
definição”, juntou só um débil aceno ao “Santo Sacrifício”, sem nada mudar em todo o resto do texto litúrgico.
Com a sua
“Nova Missa”, Paulo VI impôs “erros” já condenados pelo Concílio de Trento e
por PIO VI[115], que condenou os mesmos erros do “Sínodo de Pistóia”[116] contra
os Jansenistas[117].
Paulo VI,
após ter suprimido as “Ordens Menores” e o “Subdiaconato”, fez com que, pouco a pouco, os “leigos” assumissem o posto dos Sacerdotes,
como fez Lutero e como fazem os protestantes.
PAULO VI CONTRA O CULTO DE MARIA SANTÍSSIMA.
Montini
não tinha “sensibilidade Mariana”, sempre
ausente das tradicionais festividades de entronização de Maria e peregrinações
a Loreto, e não participava nunca da recitação pública do Rosário.
Paulo VI
tentou, inclusive, limitar o culto de Maria S.S.ª, para agradar aos protestantes[118].
Em Milão,
disse: “A proposta de um novo título, vale
dizer, de “Medianeira”, a ser atribuído a Maria S.S.ª parece-me “inoportuna” e,
inclusive, “nociva”…”. “A
extensão deste título não parece favorecer a verdadeira piedade”.
A “Mediação
de Maria” foi totalmente ocultada pelo Vaticano II, por vontade própria de Paulo VI.
O FÉRETRO DE PAULO VI
No ataúde
de Paulo VI não estava nenhum símbolo cristão, nem sequer a Cruz[119].
Fonte: Chiesa Viva
Revisão e notas: Giulia d'Amore di Ugento
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o PDF
Fonte: Pale Ideas
Fonte: Pale Ideas
_________________________________________
[1] Em meados se setembro os
teólogos da “Congregação para as Causa dos Santos”, depois de ter examinado a “Positio”
com os documentos o processo canônico manifestaram seu voto favorável sem
qualquer objeção. A 11 de dezembro será a vez dos cardeais e bispos,
membros da Congregação, se manifestarem. O último “sim” dos cardeais é
considerado quase provável. Portanto, já no próximo consistório para a
promulgação dos decretos relacionados às beatificações e canonizações, previsto
antes do Natal. Bento XVI poderia provar também este que
reconhece as “virtudes heroicas” de Papa Montini. Um ato que
garante a conclusão do processo. A este ponto, para a beatificação, faltaria só
o reconhecimento oficial de um milagre alcançado pela intercessão do candidato
ao altar. No caso de Paulo VI, o postulador da causa,padre
Antonio Marrazzo, já escolheu entre as indicações recebidas, um caso de
cura que até agora é “inexplicável” aos exames médicos. O possível milagre diz
respeito à cura de uma criança ainda não nascida, que aconteceu dezesseis anos
atrás na Califórnia. Durante a gravidez, os médicos detectaram um grave
problema no feto e por causa das consequências cerebrais que acontecem nestes
casos tinham sugerido à jovem mãe o aborto. A jovem mulher quis levar até o fim
a gravidez e, então, confiou na intercessão de Paulo VI, o papa que em 1968
escreveu a encíclica “Humanae vitae”. A criança nasceu sem
problemas: esperou-se que chegasse aos quinze anos de idade para constatar a
ausência de consequências e a perfeita cura. Também se formalmente o processo
vaticano sobre o milagre iniciará após a proclamação das virtudes heroicas, os
tempos poderão ser breve, porque toda a documentação já está pronta. Bento XVI
seguiu de perto todo o processo da causa de seu antecessor que o nomeou
Arcebispo de Munique e Cardeal. Após ter proclamado bem-aventurado no ano
passado em tempo recorde João Paulo II, o Papa com quem colaborou
durante 25 anos, agora Ratzingerespera poder fazer o mesmo com o
bresciano Montini. Fonte.
[2] Cardeal Camillo Ruini é
um Cardeal italiano, vigário emérito para a Diocese de Roma.
[3] Trilogia Montiniana:
“Paulo VI…beato? (em Espanhol)“; “Paulo
VI, processo a um Papa”; “A Nova Igreja de Paulo VI”.
[4] Credo do Povo de Deus: Vaticano (completo) e Revista 30 Dias (só o “Credo”). Há
quarenta anos, entre 1967 e 1968, Paulo VI dedicou um ano de celebração aos
Apóstolos Pedro e Paulo, por ocasião do 19º centenário de seu Martírio,
chamando-o de “Ano da Fé”. E o concluiu na Praça de São Pedro, no dia 30 de
junho de 1968, pronunciando uma solene profissão de fé, o “Credo do Povo de
Deus”. Como e por que nasceu em Paulo VI a ideia de coroar o Ano da Fé com a
proclamação do Credo do Povo de Deus? E como foi redigido aquele texto? A
resposta a estas duas perguntas está no Volume VI do livro “Correspondance“ entre o teólogo e Cardeal
suíço Charles Journet e o filósofo francês Jacques
Maritain, ou seja, as 303 cartas que os dois trocaram entre 1965 e 1973.
Porque foi exatamente Maritain quem escreveu o rascunho do
“Credo do Povo de Deus”, que depois Paulo VI pronunciou. No livro, são
publicados os dois textos, um ao lado do outro, com as poucas mudanças postas
em evidência. Leia mais.
[5] Do Concílio Vaticano II.
[6] De fato, só houve pedido
e concessão de perdão com reconhecimento de culpa por parte da Igreja. Nenhuma
“vítima” jamais se manifestou a respeito, a não ser para um clássico: “Eu
sabia! A Igreja estava errada!” Ou algo assim.
[7] Outra situação fática:
o Ecumenismo da igreja Conciliar é uma via de mão única.
Somente a Igreja “reza junto”, somente a Igreja cede seus templos às outras
“religiões”. Somente a Igreja assiste aos outros cultos. Os “outros” só recebem
os católicos que queiram se converter e só rezam as orações deles.
[8] O Conselho Mundial de
Igrejas (CMI) é a principal organização ecumênica em nível
internacional, fundada em 1948, em Amsterdam, Holanda. Com sede em Genebra,
Suíça, o CMI congrega mais de 340 igrejas e denominações. Estas igrejas e
denominações representam mais de 500 milhões de fiéis presentes em mais de 120
países. O atual secretário geral do CMI éOlav Fykse Tveit, luterano da
Noruega, e o Moderador do Comitê Central é Walter Altmann, luterano
do Brasil. Entre seus membros estão igrejas protestantes e ortodoxas, também
algumas pentecostais e independentes. A Igreja Católica não faz parte desta
organização, mas tem com ela um grupo de trabalho permanente e participa como
membro pleno de alguns departamentos, como na Comissão de Fé e Ordem e na
Comissão de Missão e Evangelismo. Ler mais aqui.
[9] Ecumenismo é
uma heresia que tem raízes antigas. A raiz do Ecumenismo moderno
data do final do século XVIII, com as missões protestantes. O grande
impulsionador destas missões,William Carey, propôs a cooperação entre os
cristãos para fazer frente à evangelização de um mundo cada vez maior a ser
cristianizado. O Papa Pio XI publicou em 1928 a
Encíclica “Mortalium animos”, que afirmava que a única Igreja verdadeira
é a Igreja Católica e que a salvação só pode ser alcançada pelo regresso a ela.
Apesar desta posição oficial, diversas iniciativas no âmbito católico foram
efetuadas no sentido da aproximação e cooperação com outras denominações
cristã, particularmente pelo Concílio Vaticano II. A Igreja
Católica incorpora-se oficialmente ao movimento ecumênico a partir de 1960,
quando o João XXIII criou o “Secretariado Romano para a
Unidade dos Cristãos”, o qual participou ativamente no assessoramento ao
papa e aos bispos durante o Vaticano II, além de ajudar os padres conciliares
na elaboração do decreto “Unitatis Redintegratio” de 1964, de Paulo
VI, que define o movimento ecumênico como “uma graça do Espírito Santo”,
considera que o caráter ecumênico é essencialmente espiritual e estabelece que
o olhar da Igreja Católica é dirigido às igrejas separadas do Catolicismo: as
Igrejas Ortodoxas e as Igrejas Protestantes. Paulo VI instituiu diversos grupos
de trabalho na linha do diálogo inter-religioso: o “Secretariado para os
Não-Cristãos”, a “Comissão para o Diálogo com os Judeus” e o “Secretariado
para os Não-Crentes”. Do ponto de vista institucional, o “Secretariado
para a Unidade dos Cristãos”estabeleceu o diálogo sobre a doutrina com
outras igrejas, assessorou as “Conferências Episcopais” pelo mundo
e foi responsável pelos documentos “Diretório Ecumênico” (1967-1970)
e A colaboração ecumênica em nível regional, nacional e local (1975).
João Paulo II reafirmou o Ecumenismo como essencial para a fé
cristã na Encíclica “Ut unum sint” (Que todos sejam um). Nem todas
as denominações protestantes participam do movimento ecumênico, algumas
(pentecostais e neopentecostais) não só não o aceitam como creem que o Ecumenismo cumpre
perfeitamente as profecias bíblicas do livro do Apocalipse que prevê que o seu
líder - o falso profeta - levará a Humanidade a aceitar o Anticristo que
está por vir (Apocalipse 13,11-12). No Brasil e no mundo existem vários
organismos de natureza ecumênica. O mais importante, no Brasil, é o “Conselho
Nacional de Igrejas Cristãs” (CONIC), fundado em novembro de 1982, com
sede em Brasília e cujo símbolo é um barco. Seus membros são: a Igreja
Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja
Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Presbiteriana Unida do
Brasil e Igreja Católica Ortodoxa Siriana do Brasil.
Existem também organismos ecumênicos que atuam em causas comuns, como Koinonia,
Diaconia, Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), Centro Ecumênico
de Serviços à Educação e Evangelização Popular, que têm ações de apoio ao
movimento popular e às igrejas. Fazem parte também a Igreja O Brasil
Para Cristo, Igreja Reformada do Brasil e Igreja Metodista.
No âmbito global, destaca-se o Conselho Mundial de Igrejas ver
nota 9. Ver mais aqui.
[10] Homilia de Paulo VI na Solene concelebração na conclusão do “Ano Da Fé”,
no Centenário do Martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo. Domingo, 30 de Junho de 1968.
[11] Na cúpula da Basílica
de São Pedro, há uma inscrição em letras douradas que diz: “Inde oritur
unitas sacerdotii”. Fonte.
[12] “Caritas Christi urget
nos”: o amor de Cristo nos impele (2 Cor 5, 14).
[13] Segundo a Wikipédia,
a “Ordem Independente de B’nai B’rith” (Os Filhos da
Aliança) é a mais antiga organização judaica em todo o mundo e também a mais
antiga organização dedicada aos “Direitos Humanos” ainda em funcionamento.
Funciona sob uma estrutura “semelhante” à da maçonaria. Fundada na cidade de
Nova York em 13 de outubro de 1843 porHenry Jones e onze outras
pessoas, a B’nai B’rith se dedica a inúmeros “serviços
sociais” dentro e fora da Comunidade Judaica, como assistência
médico-hospitalar a pessoas carentes, campanhas humanitárias em favor de
vítimas de guerras e desastres naturais, educação, combate ao racismo, ao
antissemitismo e à discriminação de todas as espécies, além da defesa do
sionismo e dos Direitos Humanos. Presente em 47 países, a B’nai B’rith é
considerada uma “Organização Não Governamental (ONG)”. É formada por
voluntários, que se reúnem em grupos, denominados ‘lojas’, como a
maçonaria. A organização chegou ao Brasil no ano de 1931, mas foi banida
durante a vigência do “Estado Novo” (1937-1945). Voltou às atividades com a
“redemocratização” e se tornou um distrito independente em 1969. Desde então,
tem contribuído com a “criação e o aperfeiçoamento de leis nacionais contra o
racismo”, mostrando que se imiscui em assuntos que não lhes dizem respeito.
Desta filosofia decorre a série de programas de relações sociais entre judeus e
não judeus, o incentivo permanente à fraternidade, ao diálogo inter-religioso,
a educação democrática e ao trabalho social, viabilizando parcerias com outros
setores da sociedade. A B’nai B’rith mantem ‘lojas’ nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
[14] Éfode (Ephod)
era uma antiga vestimenta feita de linho fino, carmesim, estofo azul, ouro e
púrpura que continha os nomes das doze tribos de Israel e era utilizada pelo
sumo sacerdote ao apresentar-se a Deus no Lugar Santo do templo. De acordo com
o Talmud, o uso do éfode expiou o pecado da idolatria por parte dos
“Filhos de Israel”. “Então tens de tomar as roupas e vestir Arão com a veste
comprida e a túnica sem mangas do éfode, e com o éfode e o peitoral, e tens de
atá-lo bem a ele com o cinto do éfode” (Êxodo 29:5). Foto: Paulo VI com o éfode, um alto
sacerdote judeu com o éfode, as pedras do éfode.
[15] Trata-se do Antropocentrismo:
toda a doutrina que considera o Homem o centro do cosmos, e não mais Deus.
[16] O Rotary é
uma organização de líderes de negócios e profissionais, que prestam serviços
humanitários, fomentam um elevado padrão de ética em todas as profissões,
através da Prova Quádrupla e ajudam a estabelecer a paz e a
boa vontade no mundo – A Prova Quádrupla foi criada em 1932, pelo
rotariano Herbert J. Taylor, que também foi Presidente do Rotary
International. As quatro perguntas foram utilizadas como filosofia de
trabalho pela Companhia do autor, que na época enfrentava uma grave crise. A
Prova Quádrupla: do que nós pensamos, dizemos ou fazemos: 1) É a VERDADE? 2) É
JUSTO para todos os interessados? 3) Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES? E
4) Será BENÉFICO para todos os interessados? – O Rotary Club é definido como um
clube de serviços à comunidade local e mundial sem fins lucrativos,
filantrópico e social. Seu lema principal é: Dar de si antes de pensar em si.
Atualmente, existem mais de 1.2 milhão de rotarianos associados a mais de
32.400 Rotary Clubs espalhados por 168 países do mundo. A Fundação
Rotária do Rotary International é a principal organização não governamental
sem fins lucrativos do mundo, promovendo a paz e a compreensão mundial através
de programas internacionais humanitários, educacionais e de intercâmbio
cultural. Alguns rotarianos célebres: Albert Sabin, Bill Gates, Ernest
Medina, My Lai, George W. Bush, José Alencar, Rainier III de Mônaco, Walt
Disney.
[17] Loja P2 ou Propaganda
Dois. Era uma Loja maçônica operando sob a jurisdição do Grande
Oriente da Itália, entre 1945 a 1976 (quando a Constituição foi reformada)
e uma Loja maçônica “negra” ou “encoberta”, funcionando ilegalmente (em
violação ao art. 18 da Constituição da Itália, que proíbe associações
secretas), de 1976 a 1981. Durante os anos em que a Loja foi liderada por Licio
Gelli nota 18, a P2 esteve implicada em inúmeros crimes e
mistérios na Itália, incluindo o colapso do Banco do Vaticano (afiliado
do Banco Ambrosiano), os assassinatos do jornalista Mino
Pecorelli e do banqueiro Roberto Calvi, e casos de
corrupção nacional no escândalo Tangentopoli. A P2 veio à tona
através das investigações sobre o colapso do império financeiro de Michele
Sindona nota 93. A Loja P2 esteve envolvida na Operação
Gládio (“Gládio” era o nome das organizações paramilitares nos
bastidores daOTAN). Entre 1965 e 1981, tentou condicionar o processo
político italiano através da penetração de indivíduos da sua confiança no Poder
Judiciário, no Parlamento, no Exército e na imprensa.
[18] Licio Gelli é
um financeiro italiano, Mestre Venerável da Loja
Maçônica P2. É conhecido o seu envolvimento nas mortes de Aldo Moro –
primeiro-ministro italiano assassinado nas mãos do grupo terrorista Brigadas
Vermelhas, em 1978 – , do jornalista Carmine “Mino” Pecorelli –
O nome dele constava na lista nota 34 de membros de Licio
Gelli, da Loja maçônica P2 descoberta em 1980 pela polícia italiana. Em 2002, o
ex-primeiro-ministro Giulio Andreotti foi condenado,
juntamente com Gaetano Badalamenti, o chefe da Máfia, a 24 anos de
prisão pelo assassinato de Pecorelli –, do “banqueiro de Deus” Roberto
Calvi – era chamado assim pela imprensa por causa de sua estreita
associação com a Santa Sé. Calvi era o presidente do Banco Ambrosiano,
que faliu em um dos maiores escândalos políticos da Itália. Sua morte foi
simulada como um suicídio, mas depois foi comprovada como assassinato. Os
suspeitos foram absolvidos em 2007 –, de João Paulo I (sua
morte até hoje é um mistério, apesar das várias versões dadas pelo Vaticano. A
freira que cuidava dele e o teria encontrado morto, após sua morte fez voto de
silêncio) e outros. A sua associação criminosa de Gelli com o Arcebispo
Paul Marcinkus, Roberto Calvi e Michele Sindona produziu
um buraco de 1.4 mil milhões de dólares no Istituti per le Opere di
Religione (Banco do Vaticano) nota 43. Atualmente vive
em prisão domiciliária na sua mansão na Toscana.
[19] “Ordem Equestre de
Papa São Silvestre” (Ordo Sanctus Silvestri Papae) é uma ordem
honorífica do Estado do Vaticano. Foi regulamentada pelo Papa
Pio X em 7 de Fevereiro de 1905, dividindo-a em duas ordens, uma com o
nome de São Silvestre e outra com o nome de “Ordem da Milícia Dourada”.
É atribuída aos católicos que se nota bilizaram no exercício da sua profissão,
recomendada por padres, bispos ou Núncio Apostólico. João Paulo I, estendeu
esta ordem também às senhoras. É atribuída diretamente pelo Papa, como Sumo
Pontífice, chefe da Igreja Católica e do Estado do Vaticano.
[20] O Palácio
Giustiniani é um palácio romano que abriga tanto altos postos do
Senado italiano (presidente e senadores vitalícios) quanto, de 1901 a 1985, a
maçonaria Grande Orienta d’Italia.
[21] Giordano Gamberini foi
um ensaísta italiano, Grã-Mestre do Grande Oriente
d’Italia, a Maçonaria italiana, de 1961 a 1970. Com o nome de Tau
Julianus foi criado “bispo” da Igreja Católica de Rito Antigo
e Gnóstico. Foi diretor da “Rivista Massonica”. Foi um dos
principais autores da chamada “Bíblia concordata”, para a qual traduziu
o Evangelho de São João. Tentou fazer remover a excomunhão que
pesava sobre os maçons desde 1738 pela Igreja Católica. Negociou com a “Grã
Loja Unida” da Inglaterra para obter o reconhecimento da regularidade
maçônica do Grande Oriente d’Italia. Autor dos livros “Mille volti di
massoni italiani” (1975); “Attualità della massoneria. Contenti gli
operai?” (1978) e “Storia e costituzione della Repubblica Romana attraverso
i manifesti” (1981). Morreu em 2003.
[22] Igreja Católica de
Rito Antigo e Gnóstico, o ramo italiano da Igreja Gnóstica francesa,
deJules Doinel, surgida em 1910, com a “ordenação episcopal” de Vincenzo
Soro como bispo com o nome de Tau Marsilio e do
maçom Edoardo Frosini como “legado” italiano da Igreja
Gnóstica Universal.
[23] A Assembleia do
Paráclito, depois chamada Igreja Gnóstica, foi fundada pelo
maçom Jules Doinel, em 1888, na França, porque, em uma visão,
apareceu-lhe o “Éon Jesus Cristo” que o “sagrou” Bispo de Montségur e
Primaz dos Albigenses, exortando-o a fundar uma igreja. Durante uma reunião
espírita, na qual estavam presentes os esotéricos Stanislas de Guaita,
Gérard Encausse (Papus), que o fez entrar na Ordem
Martinista em 1890, e Joséphin
Péladan, fundadores da Ordem Cabalística e da Rosa-Cruz em
1887, em que se evocavam “espíritos do passado”, quarenta bispos cátaros o
consagraram bispo – de novo? – da citada Assembleia do Paráclito, assumindo o
nome de Tau (os bispos de “sua” igreja, antepunham a letra
grega para lembrar o ankh egípcio) Valentim II, em
homenagem a um gnóstico do século II. Os bispos deveriam administrar a igreja
em casais: os Taus e as Sophias, que não eram
necessariamente as próprias esposas. Sim, Jules era casado (por pelo menos duas
vezes). Contudo, ele não conseguiu uma “Sophia in terra”, pela recusa das
várias candidatas, e teve que se contentar com uma Sophia espiritual. Outros
“bispos” tiveram melhor sorte e assim houve a Sophia de Varsóvia, Marie
Chauvel de Chauvignie, entre outras. A teologia da igreja compreendia
elementos de doutrinas gnósticas de Simon Mago, Valentino e Marco,
dos cátaros (do qual recuperaram dois sacramentos: o Consolament, a
imposição das mãos, e o Aparelhament, a confissão pública dos
pecados), da Igreja Católica (foi copiada uma forma de missa com a quebra do
pão) e da iniciação maçônica. Repentinamente, em dezembro de 1894, Doinel
deixou a igreja Gnóstica e se demitiu da Maçonaria. Logo depois se converteu ao
Catolicismo e, em maio de 1895, sob o pseudônimo de Jean Kostka,
publicou o violento libelo Lucifer démasqué(Lúcifer desmascarado),
onde atacou a igreja Gnóstica, a maçonaria, o martinismo, a teosofia e o
espiritismo. Contudo, isso não durou muito pois Doinel fundou com certo Léo
Taxil(pseudônimo di Marie-Joseph Antoine Gabriel Jogland-Pages)
uma sociedade de pseudo-maçonaria católica; depois da saída de Taxil, Doinel
continuou seus libelos antimaçônicos até 31 de dezembro de 1899, quando, em uma
carta a Fabre des Essarts, eleito pelo sínodo como seu sucessor na igreja
Gnóstica, pediu a readmissão, sendo “reconsagrado” em 1900 como Tau
Jules, bispo de Alet e Mirepoix. Diversos autores dizem que ele manteve uma
dupla vida, dividindo-se até sua morte entre as atividades da igreja Gnóstica e
as missas católicas.
[24] Léon de Poncins foi
um visconde francês, jornalista e ensaísta católico. Ele reputava à maçonaria
as grandes ebulições sociais do século XX. Durante o CVII, após a votação de 20
de novembro de 1964, na terceira Sessão, que tratava da relação da Igreja com o
Judaísmo, Poncins escreveu um panfleto “Le Problème juif face au Concile”,
que foi distribuído aos padres antes da votação da última Sessão. O autor
observara que a maioria dos padres conciliares demonstrava um profundo
desconhecimento do que constituía a essência do Judaísmo. Os conselhos de
Poncins influenciaram a redação da Nostra Aetate, em outubro de 1965. Em seus
muitos livros, ele denuncia os segredos da maçonaria, sua participação decisiva
nas revoluções francesa e russa, deixando um rastro de 40 milhões de mortos;
seus métodos imorais como assassinatos, conspiração, mentira; seus planos de
destruição da moral cristã e da família; a participação hegemônica dos judeus
na maçonaria; seu ódio mortal e rancoroso contra a Igreja e contra os
Cristianismo; seu controle sobre a imprensa; revolução bolchevique foi liderada
por judeu de Nova Iorque; assassinatos da família do Tzar russo; seus planos de
uma nova republica mundial governada pelo Anticristo em detrimento dos governos
e soberanias nacionais. É considerado um herói do Catolicismo Romano.
[25] Barão Yves
Marsaudon, grau 33 da Maçonaria de Rito Escocês Antigo e
Aceito, membro do Supremo Conselho de França da Maçonaria; foi designado
Ministro da Ordem dos Cavaleiro de Malta por recomendação do Núncio Angelo
Roncalli (João XIII), levando a crer que, em 1950, na França, já se trabalhava
em uma operação de reconciliação da Igreja com a Maçonaria. Por problemas de
consciência, Marsaudon chegou a pensar em deixar a Maçonaria, por causa da
condenação da Igreja, mas foi dissuadido por Roncalli, o qual tinha por
“programa fraterno” aceitar o que une e afastar o que divide. Havia, portanto,
que ignorar os Dogmas Católicos, a necessidade de conversão, o que seria o
mesmo que evitar o próprio Jesus Cristo; Roncalli recusou sistematicamente
ajuda a quem o procurou, como aconteceu com jovens ortodoxos. Leia mais. Frase: “Pode-se dizer que o
Ecumenismo é o filho legítimo da Maçonaria” (Yves Marsaudon, O Ecumenismo Visto
por um Maçom de Tradição, pp. 119-120).
[26] L’oecumenisme vu par un franc-maçon de Tradition, de Marsaudon nota 25. Editions Vitiano, Parigi, 1° trimestre 1964, pag. 121. A frase completa:
“Eles [os católicos] não devem esquecer nunca que todos os caminhos [ou seja
todas as religiões] levam a Deus, e manter-se nessa corajosa noção de
liberdade de pensamento, que – neste sentido se pode verdadeiramente
falar de uma revolução saída de nossas lojas maçônicas – se estendeu magnificamente
sob a Basílica de São Pedro”. Vide aqui.
[27] Maha Thray Sithu
U’Thant foi um político da Birmânia. De 1962 a 1971 foi o terceiro
Secretário-Geral das Nações Unidas, com dois mandatos entre 1962 e
1971.
[28] Arthur Michael Ramsey,
Barão Ramsey de Canterbury, foi o 100º Arcebispo de Canterbury, de 1961 a 1974.
Em 1966, visitou Paulo VI em Roma, recebendo dele o anel episcopal de quando
era Bispo de Milão.
[29] Carlos Vasquez Rangel,
“Grande Comandante do Supremo Conselho da Maçonaria mexicana, nos últimos 30
anos foi confrade de Loja e confidente do Embaixador mexicano junto à Santa
Sé, Enrique Olivares Santana, o Grão-Mestre da
Maçonaria mexicana, membro ativo da Loja Vallée e detentor da
distinção de ‘o Maçom mais ilustre dos últimos anos’, e militante de honra, no
Rito Escocês e do Rito Mexicano”. (The Courrier de Rome of December 1992).
Vide aqui.
[30] “Não esquecer a ascendência
de Paulo VI, ‘Batista Montini ALGHISI’, cuja mãe, hebraica de
nascimento, JUDITH ALGHISI, se converteu para se casar com Giorgio
MONTINI. O confirmou o jornalista Pedro Rizo, em sua crônica contra
Montini, onde confirma a ascendência hebraica de Giovanni Batista
Montini”. No Artigo: “O humanismo de Maritain e Paulo VI”: “Para
evitar consequências da amizade de Paulo VI com Maritain seria
necessário remontar-se a quando o filósofo e o citado Sturzo militavam
na Democracia Cristiana com o comprometido apoio de toda a
família de Giovanni Batista Montini: O Pai, Giorgio Montini, descendente de um
rabino, advogado e jornalista muito ativo em compromissos políticos nada
próximos aos interesses da Igreja de seu tempo; sua mãe, Giuditta (Judith)
ALGHISI, judia de origem, que foi batizada católica pra se casar. Em Verolavecchia,
num pequeno recinto do cemitério rodeado por uma taipa de 1,60m, poucos anos
atrás aumentava para 2,50m, se guarda o tumulário de seu pai (Giorgio) e de sua
mãe (Judith). Os símbolos são variados, de identidade maçônica e judaica”. Vide
ambos em “Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI: Nascidos de ventre judeu”. VideFoto do túmulo materno.
[31] O Príncipe Paul
Scortesco, pioneiro da tradição, foi um fervoroso admirador de Mons.
Lefebvre. Ele era um ex-Embaixador da Romênia e primo de dois membros da Guarda
Nobre do Vaticano, entre os quais o Príncipe Borghese,
Presidente da Guarda e responsável para guardar os Conclaves de 1958 e 1963; o
Príncipe Borghese tinha que garantir que não fosse possível a comunicação com o
exterior. Em 1976, o Príncipe Scortesco escreveu esta carta; “No caso de João
XXIII (1958) e Paulo VI (1963), houve comunicações com o exterior. Tornou-se
conhecido que houve várias rodadas de votação no primeiro conclave [1958] que
resultou na eleição do Cardeal Tedeschini, e no segundo [1963]
do Cardeal Siri” (fonte). Scortesco foi encontrado morto, em
circunstancias muito suspeitas, alguns dias depois de ter revelado que ele
tinha a prova de que Paulo VI era maçon. (Vide aqui.) “Não se pode ignorar, além disso,
que a eleição ao Papado do Card. Montini foi devida à intervenção da Alta
Maçonaria Judaica da B’nai B’rith. Documento escrito pelo Príncipe
Scotersco, primo-irmão do Príncipe Borghese, Presidente do Conclave que elegeu
Montini a Supremo Pontífice, contém a seguinte informação sobre o Conclave de
21 de Junho de 1963: ‘Durante o Conclave saiu um Cardeal da Capela Sistina para
se encontrar com representantes da B’nai B’rith e
anunciou-lhes a eleição do Cardeal Siri. Responderam dizendo que as
perseguições contra a Igreja seriam imediatamente retomadas. Regressando ao
Conclave, fez eleger Montini’!”. (Vide aqui.)
[32] Pasquale Macchi foi
um Arcebispo italiano. Faleceu em 2006. Escreveu dois livros sobre Paulo VI: “Paolo
VI nella sua parola”, Ed. Morcelliana, Brescia 2003. “Paolo VI e la
tragedia di Moro. 55 giorni di ansie, tentativi, speranze e assurda crudeltà”,
Ed. Rusconi, Milano 1998.
[33] Jean-Marie Villot foi
um Cardeal francês. Morreu em 1979. Em 1967, foi nomeado Prefeitoda Congregação
para o Clero, por Paulo VI. Em seguida se tornou Cardeal Secretário de
Estado do Vaticano e Camerlengo. Em 1971, foi colocado no comando do Pontifício
Conselho “Cor Unum”.
[34] Agostino Casaroli,
foi um Cardeal italiano. Faleceu em 1998. Foi criado Cardeal por João Paulo II.
Tornou-se protagonista da chamada Ostpolitik da Igreja; JPII,
que era uma papa vindo do outro lado da Cortina de Ferro nota
68, o fez Cardeal Secretário de Estado em 1979. Seu nome foi encontrado
em uma lista que continha o nome de 121
eclesiásticos maçons, entre os quais Jean-Marie Villot (Cardeal
Secretário de Estado), Paul Marcinkus nota 42 (Prelado
Secretário do IOR), Pasquale Macchi nota 32 (Secretário
de Paolo VI), Mons. Donato de Bonis(alto expoente e, depois,
Prelado Secretário do IOR), Ugo Poletti nota 36 (vigário-geral
de Roma), Dom Virgilio Levi (vice-diretor do ‘L’Osservatore
Romano’), Mons. Annibale Bugnini nota 39 (cerimoneiro
pontifício) e Roberto Tucci (diretor de Radio Vaticana).
A lista foi publicada quando da eleição de João Paulo I, pela
revista ‘OP - Osservatore Politico’, de Mino Pecorelli,
morto no dia 20 de março de 1979. Casaroli foi indicado por Alì Agca como
o mandante do atentado a João Paulo II. Vide aqui.
[35] Ostpolitik (em
alemão significa Política do leste) é um termo usado para descrever
os esforços realizados pelo governo alemão para normalizar as relações com as
nações da Europa de Leste, incluindo a República Democrática Alemã. A Ostpolitik vaticana
caminha no mesmo sentido, pretendendo oficialmente melhorar as condições de
vida dos católicos que viviam naqueles países Ostpolitik recebeu
o seu grande impulso com a publicação da encíclica Pacem in
Terris (1963), por João XXIII, defendendo que a paz só pode ser alcançada
através da colaboração de todas as “pessoas de boa vontade”, incluindo aquelas
que defendem “ideologias erradas” (como o comunismo). Esta política diplomática
foi continuada por Paulo VI.
[36] Ugo Poletti foi
um Cardeal italiano. Faleceu em 1997. Participou dos dois Conclaves de 1978. Em
1986 foi encarregado por JPII de erigir o primeiro “Seminario
Redemptoris Mater” em Roma, depois que os “fundadores” do Caminho
Neocatecumenal apresentaram a ideia ao papa. Como resulta dos
documentos encontrados pela jornalista da RAI, Raffaella
Notariale, em 2005, foi ele quem autorizou o sepultamento do mafiosos Enrico
De Pedis na cripta da Basílica de Sant’Apollinare, a
pedido do então vigário da Basílica, dom Pietro Vergari, que
justificava a suposta atividade filantrópica para com os pobres da basílica.
[37] Sebastiano Baggio foi
um Cardeal italiano. Faleceu em 1993. Foi diretor geral daAssociação dos
Scouts Católicos italianos. Em 1953, Pio XII o nomeou Núncio
Apostólico no Chile; em 1959, Delegado Apostólico no Canadá; em
1964, Núncio Apostólico no Brasil; em 1969, Paulo VI o elevou a
Cardeal e, em 1973, o nomeou Prefeito para a Congregação dos Bispos.
Depois foi nomeado presidente da Pontifícia Comissão para a América
Latina e daComissão para a Pastoral da Migração e Turismo.
Depois, patrono da Soberana Ordem de Malta, e presidente da Pontifícia
Comissão para o Estado do Vaticano. Ainda Carmerlengo e sub-decáno do Colégio
Cardinalício.
[38] Leo-Jozef Suenens foi
Arcebispo de Malinas-Bruxelas (1961 a 1979) e Cardeal (desde 1962). Foi também
Presidente da Conferência Episcopal Belga. Com opiniões e
tendências progressistas e liberais, ele defendeu o aggiornamento da
Igreja Católica no Vaticano II, sendo nomeado um dos quatro moderadores do Concílio
por Paulo VI. Após o Concílio, Suenens tentou implementar reformas e
influenciar a Igreja a aceitar a sua interpretação liberal do chamado “espírito
conciliar”, tornando-se assim num crítico da Cúria Romana e da Encíclica “Humanae Vitae”, que, entre outras coisas, proibiu a contracepção por meios
artificiais. Além das críticas, ele foi um grande defensor do Ecumenismo e
do diálogo e adaptação da Igreja ao mundo moderno. Os seus contributos para o
desenvolvimento da Renovação Carismática Católica valeram-lhe
o Prêmio Templeton, em 1976. Suenens foi suspenso
pela Arquidiocese de Bruxelas porque resultou ser maçom, amasiado e com um
filho, chamado Paulo.
[39] Annibale Bugnini foi
um Arcebispo italiano. Faleceu em 1982. Teve um papel decisivo na reforma
litúrgica que se seguiu ao Vaticano II, com a Constituição “Sacrosanctum
Concilium”, como Secretário da Comissão para a Liturgia (1964).
Era membro da Congregação da Missão(Padres Lazaristas ou ainda
Padres e Irmãos Vicentinos). Foi também Secretário daCongregação para o
Culto Divino. Bugnini consta da lista nota 34 de
maçons de Mino Pecorelli com data de iniciação em 23 de abril de 1963, número
do código 1365/75 e o codinome deBUAN. Ele mesmo menciona o fato no seu
livro “La Riforma Litúrgica”, mesmo desmentindo a acusação. O Canônico Andrea
Rose, dizendo-se seu colaborador, o acusava, em 2004, em uma entrevista de
ter sido uma “pessoa sem qualquer profundidade de pensamento, um superficial, e
um hábil manipulador de Paulo VI”, provavelmente chantageável por causa da
suposta homossexualidade (Nota XXXX). Em 1976, foi enviado como Núncio Apostólico para o
Irã. Ele morreu subitamente, enquanto estava hospitalizado na Clínica
Pio XI; no livro “Via col Vento Vaticano”, diz-se que sua morte foi
encomendada [I Millenari (pseud.).Via col vento in Vaticano. Milano, Kaos
Editore, 1999], porque ele havia recebido alta e sairia naquele mesmo dia. Seus
funerais foram celebrados pelo Cardeal Casaroli.
[40] Franz König foi
um prelado austríaco, Arcebispo de Viena de 1956 até 1985 e um dos principais
teólogos do Concílio Vaticano II. Foi promovido a Cardeal em
dezembro de 1958 pelo recém-eleito João XXIII e se tornou célebre como um dos
campeões do Ecumenismo e da coexistência pacífica com o bloco
marxista. Em 1971, intercedeu pela soltura do Cardeal húngaro József
Mindszenty [nota relativa] que após 15 anos em prisão domiciliar
finalmente recebeu um salvo-conduto para deixar a Budapeste rumo a Viena. No
conclave de Outubro de 1978, foi um dos articuladores da candidatura vitoriosa
do polonês Karol Wojtyła. Entretanto, as suas relações com a Santa
Sé tradicionalmente amistosas, se deterioraram a partir de então, porque, para
ele, João Paulo II, por conta do seu estilo centralizador, reverteu as reformas
pós-conciliares. Ao morrer em 2004 era o último remanescente dos cardeais
criados por João XXIII. Foi ele que, no Conclave de 1978, diante do impasse
entre os Cardeais Siri e Benelli, propôs a candidatura do Wojtyła.
[41] Achille Liénart foi
um Cardeal Francês, nomeado por Pio XI, em 1930. Faleceu em 1973. Inovador, foi
um dos mais ardentes defensores do Vaticano II e um dos mais importantes bispos
liberais que apoiava o aggiornamento. Era chamado de Cardeal
Vermelho por apoiar o “sindicalismo católico”. Em 1962, Lienart era
membro do Conselho da Presidência do Vaticano II e, durante a
primeira Sessão de trabalhos, provocou uma reviravolta: enquanto a agenda
previa uma passagem direta de votação para os textos nas Comissões
preparatórias, ele procurou o Cardeal Frings pedindo uma
discussão preliminar. O pedido foi imediatamente aceito por João XXIII, e a
esmagadora maioria dos bispos decidiu, em votação, não seguir como previsto
pelas Comissões preparatórias, mas antes deliberar entre eles, por grupos nacionais
e regionais, bem como em reuniões mais informais.
[42] Paulius Casimir
Marcinkus foi um Arcebispo da Igreja, presidente do Banco do
Vaticano de 1971 a 1989, quando ficou conhecido como “o banqueiro de
Deus”. Filho de imigrantes lituanos, nasceu no Illinois, nos Estados Unidos.
Morreu em 2006, aos 84 anos, no estado de Phoenix (EUA). Marcinkus chegou a
Roma em 1950, para estudar Direito Canônico na Universidade Gregoriana. Em
1953, logo após sua formatura, tornou-se amigo de Giovanni Battista Montini,
que viria a ser Paulo VI. Marcinkus foi indicado como Núncio papal na Bolívia,
em 1955, e no Canadá, em 1959. Em 1981, foi indicado como pro-Presidente da
Cidade do Vaticano, tornando-se a terceira pessoa mais poderosa desse Estado
(abaixo do papa e de seu secretário de Estado). De 1971 a 1989, Marcinkus foi
presidente do Istituto per le Opere di Religione, IOR, fundado por
Pio XII, mais conhecido como o Banco do Vaticano. Sua altura e
compleição física lhe renderam o apelido de “Gorila”, e Marcinkus agia, na
prática, como guarda-costas de Paulo VI, a quem acompanhava em viagens
internacionais, oficialmente como intérprete. Foi durante uma viagem às
Filipinas que, ao se colocar diante do papa, o salvou de um golpe de punhal
desferido por um desequilibrado. Marcinkus ficou ferido. Em 1982, Marcinkus fez
malograr um tentativa de assassinato de João Paulo II, na cidade de Fátima, em
Portugal. Paul Marcinkus protagonizou o maior escândalo financeiro da história
do Vaticano: a quebra do Banco Ambrosiano de Milão, ocorrida
em agosto de 1982, quando o banco foi declarado insolvente pelo governo
italiano, após ter sido descoberto um “rombo” de cerca de US$ 1,5 bilhão. O
Vaticano possuía 16% do capital do Ambrosiano. As investigações da falência do
banco trouxeram à tona entre outras operações nebulosas, pagamentos obscuros
à Loja Maçônica P2 e, aparentemente, desvio de fundos para uso
particular. Foram acusados formalmente Marcinkus e dois administradores do
IOR, Luigi Mennini e Pellegrino Strobel. O
Vaticano deu asilo ao Arcebispo Marcinkus e seus dois colaboradores, para
impedir sua prisão. Dois meses antes da declaração de quebra do banco, em 16 de
junho de 1982, o corpo do presidente do Ambrosiano, Roberto Calvi,
tinha sido encontrado enforcado sob uma ponte de Londres, no que,
aparentemente, foi um suicídio. Entretanto, em 1998, o corpo foi exumado para
perícia e, em 2002, “uma equipe de médicos forenses encabeçados pelo professor alemão
Bernd Brinckman disse que Calvi foi assassinado em um terreno baldio perto da
ponte, onde foi pendurado para simular um suicídio”. O Tribunal Supremo da
Itália defendeu a impossibilidade de processar o Arcebispo e os dois
funcionários, em virtude do Pacto Lateranense, que em seu artigo 11
prevê que “os entes centrais da Igreja Católica estão isentos de qualquer
ingerência por parte do Estado italiano”. O Vaticano gastou cerca de US$ 100
milhões, em 1983, para ressarcir os clientes do Ambrosiano, gesto que foi
interpretado pela imprensa italiana como uma confissão de responsabilidade na
quebra do banco. Mais tarde, o Vaticano criou mecanismos de controle para
impedir casos como esse. Outro escândalo foi seu envolvimento num suposto
complô para a morte de João Paulo I. Marcinkus se mudou para uma paróquia de
Detroit (EUA).
[43] O Istituto per le
Opere di Religione, IOR, fundado por Pio XII, mais conhecido
como oBanco do Vaticano.
[44] Os Illuminati da
Baviera são um movimento de curta duração de republicanos
livres-pensadores, o ramo mais radical do Iluminismo – a cujos seguidores foi atribuído
o nome deIlluminati – foi fundado a 1 de Maio de 1776, pelo
professor de lei canônica e jesuíta Adam Weishaupt e
pelo Barão Adolph von Knigge, em uma floresta perto de Ingolstadt,
na Baviera, atual Alemanha. O grupo foi fundado com o nome de “Antigos e
Iluminados Profetas da Baviera”, mas tem sido chamado de “Ordem
Illuminati”, a “Ordem dos Illuminati” e os “Illuminati bávaros”.
Incentivado pelo seu sucesso em conseguir recrutar um grande número de
pensadores, filósofos, artistas, políticos, banqueiros, analistas etc.; Adam
Weishaupt tomou a decisão de juntar-se à Maçonaria por meio de Von Knigge, e
ordenou a infiltração e dominação da mesma. Em 16 de julho de 1782, numa
reunião da Maçonaria continental realizada no Convento de Wilhelmsbad,
os Illuminati tentaram unificar e controlar sob a sua
autoridade todos os ramos da Maçonaria. Embora tenham conseguido se infiltrar
nas Lojas em toda a Europa, a Grande Loja de Inglaterra, a Grande
Oriente de França e os Iluminados teósofos de Swedenborg decidiram
não apoiar os planos de Weishaupt. Devido ao fracasso do movimento, Von Knigge
renunciou pensando que seria inútil continuar com os. Em 22 de junho de 1784,
o Eleitor da Baviera, Duque Karl Theodor advertiu
sobre o perigo representado pelosIlluminati para a Igreja Católica
e as monarquias por causa de seus objetivos ideológicos, e aprovou um decreto
contra a sociedade bávara e em geral qualquer sociedade não autorizada por lei.
Weishaupt foi demitido de sua cátedra indo para o exílio em Regensburg, para liderar
a Ordem no exterior sob a proteção do duque de Saxe. Em 1785, o edital foi
confirmado e assim começou a perseguição e detenções aos membros da sociedade.
Caçados, tratados como criminosos, os Illuminati da Baviera desapareceram
completamente do sul da Alemanha; em 1786, apenas algumas lojas resistiram na
Saxônia até 1789. Os planos mais secretos dosIlluminati foram
revelados por acaso na noite de 10 de julho de 1784, quando um mensageiro de
Weishaupt, identificado como o Abade Lanz, morreu inesperadamente
devido a um raio. Seu corpo foi levado para a Capela de San Emmeran por
habitantes do local e entre os seus hábitos foram encontrados documentos
importantes que se tratavam de planos secretos para a conquista mundial. A
polícia da Baviera investigou os detalhes da conspiração, dando a entender
a Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico, o
complô contra todas as monarquias, sobretudo na França, onde mais tarde, em
1789, gestaria a chamada Revolução Francesa e a queda de Luís
XVI e Maria Antonieta. O governo da Baviera alertou a nobreza e o clero da
Europa. No entanto, logo se convenceram de que a conspiração tinha sido
destruída devido à dissolução formal dos Illuminati, juntamente com
o banimento de Weishaupt e a detenção de muitos de seus adeptos. Desde o final
do século XVIII até meados do século XX, muitos teóricos de conspiração
reacionários especulam que os Illuminati sobreviveram a sua
supressão, por causa de sua suposta infiltração na Maçonaria, e se tornaram o
cérebro por trás de grandes eventos históricos como a Revolução
Americana, a Revolução Francesa, a Revolução Russa, as Guerras Mundiais e
até os ataques de 11 de setembro de 2001; levando a cabo um plano
secreto para subverter as monarquias da Europa e a religião Cristã visando a
formação de uma Nova Ordem Mundial secular Nota
108 baseada na razão científica. Escritores como Mark
Dice, David Icke, Ryan Burke, Jüri Lina e Morgan Gricar têm
argumentado que osIlluminati da Baviera sobreviveram, possivelmente
até hoje. Muitas destas teorias propõe que os eventos mundiais são controlados
e manipulados pelos Illuminati e afirmam que muitas pessoas
notáveis foram ou são membros dos Illuminati, incluindo Winston
Churchill, a família Bush, Barack Obama, a família
Rothschild, a família Rockefeller e Zbigniew
Brzezinski, entre outros. O termo “Illuminati” também é geralmente
associado com os membros de instituições e sociedades secretas de inspiração
ocultista e/ou globalista, independentemente do fato de eles serem realmente
relacionados com a Ordem Illuminati: os Skull & Bones,
Grupo Mesa Redonda, a Sociedade Fabiana, o Royal
Institute of International Affairs, o Council on Foreign Relations,
o Bohemian Club, o Clube de Bilderberg, a Comissão
Trilateral, o Clube de Roma, aFundação Carnegie,
a Fundação Rockefeller etc. Frequentemente o símbolo da
pirâmide que tudo vê no Grande Selo dos Estados Unidos é
citado como exemplo do olho sempre presente dos Illuminati sobre
os americanos. Fonte.
[45] “TERRA, ÁGUA, AR e
FOGO” são elementos que compõem a blasfema TRIPLA TRINDADE MAÇÔNICA, para a
qual, o maçom candidato ao grau 31° faz juramento de cega obediência. (Cf. “O
Templo de Salomão”, p.64, de Eduard Emil Eckert, advogado de Dresden, perito e
célebre estudioso da Maçonaria.)
[46] Ambrogio Donini,
falecido em 1991, foi um historiador marxista italiano. Titular da cátedra
de História do Cristianismo na Universidade de Roma,
foi Embaixador italiano na Polônia em 1947, senador da República de 1953 a
1963, pelo Partido Comunista Italiano, e Secretario daAssociazione
Italia-Urss (1960). Em 1934, foi encarregado pelo Partido de uma
missão clandestina na Itália, para fazer contatos nos meios acadêmicos
católicos. Em 1938, junto com o “católico comunista” Fausto Marzi
Marchesi e Emilio Sereni nota abaixo, teve
um encontro secreto com Mons. Mariano Rampolla del Tindaro,
sobrinho do homônimo Secretario de Estado de Leão XIII e
Conselheiro de Pio XI, para analisar a possibilidade da aproximação
da Santa Sé à União Soviética para alegadamente por fim ao expansionismo
nazista na Europa.
[47] Emilio Sereni foi
um jornalista, partisan, político e historiador judeu-italiano. Em 1926 entrou
para o Partido Comunista Italiano. Em 1930 vai a Paris para se
encontrar com Palmiro Togliatti nota 48, mas no
mesmo ano é preso e condenado pelo Tribunal Especial a vinte anos de prisão; é
anistiado em 1935 e se muda para Paris. Preso novamente em 1943, por associação
subversiva, um anos depois consegue fugir e se muda para Milão, onde vai
dirigir um escritório do AgitProp. Durante o governo De
Gasperi, foi duas vezes ministro. Eleito senador em 1948 e em 1953, se
tornou diretor da Revista “Critica marxista” e, em 1956, durante
os Eventos da Hungria, foi um dos poucos que defendeu abertamente a
União Soviética.
[48] Palmiro Michele Nicola
Togliatti foi um político e dirigente do Partido Comunista
Italiano. Faleceu em 1964. Usou os pseudônimos de Ercole Ercoli e Mario
Correnti. Membro do Partido Socialista Italiano, fez parte do
grupo “dell’Ordine Nuovo” e foi um dos fundadores do Partido
Comunista na Itália. Em 1921, foi eleito para o Comitê Central
do Partido e, em 1924, entrou para o Comitê Executivo da
“Internacional Comunista”, da qual foi Secretário entre 1937 e 1939, na
Espanha durante a Guerra Civil. Retornou à Itália em 1944 e foi eleito
Secretário Geral do PCI (em 1944 o partido trocou o nome de Partido Comunista
da Itália para Partido Comunista Italiano). Foi o primeiro
a tirar conclusões europeias do “Relatório de Khrushchev”, em 1956, e,
por essa razão foi considerado como o fundador do “Eurocomunismo”.
[49] Eugenio Reale foi
um político e médico italiano. Faleceu em 1986. Era amigo e conselheiro de
Togliatti nota 48.
[50] Arnauld, coronel
dos serviços secretos franceses, enviado pelo Arcebispo de Riga para
investigar Montini. Ele conseguiu interceptar o jesuíta Alighiero Tondi,
conselheiro especial de Mons. Montini, identificado depois como agente do KGB,
instruído por Moscou, e que enviava as informações a seu Chefe na URSS: a lista
dos bispos e sacerdotes clandestinos enviados por Pio XII, que depois foram
presos, exilados e mortos nos lagers soviéticos.
[51] Eugène Tisserant foi
um Cardeal, Arcebispo e orientalista francês. Faleceu em 1972. Presidiu os
Conclaves de 1958 e 1963, além de participar do Conclave de 1939. Foi Presidente
do Conselho da Presidência do Vaticano II. Tisserant participou do movimento
pela canonização de Santa Joana d’Arc e lutou pela
normalização das relações entre França e a Santa Sé, depois dos anos delicados
que se seguiram à separação entre Estado e Igreja em 1905. Foi criado Cardeal
por Pio XI, em 1936. No mesmo ano, foi nomeado Secretario daSagrada
Congregação para a Igreja Oriental. Em 1937 se tornou bispo pelas mãos
do Cardeal Pacelli, futuro Papa Pio XII.
[52] KGB (Komitet
gosudarstvennoi bezopasnosti) era o Comité de Segurança do Estado,
principal organização de serviços secretos da União Soviética. O KGB surgiu com
o final daSegunda Guerra Mundial, no período da Guerra Fria,
com o colapso do então serviço secretoNKVD. O KGB era uma polícia
secreta e política que não tinha equivalente no mundo, porque se situava num
nível completamente diferente dos outros serviços secretos, pois constituía
igualmente um ministério. Dispunha de trezentos mil associados, blindados,
caças e barcos, sendo uma organização militar totalmente independente das
Forças Armadas.
[53] A petição representava
vários bispos de 86 países: “A América do Norte era representada na lista por
dois países; a Oceania, por 4; a Europa, por 15; a Ásia, por 16; a América do
Sul e Central, por 23 e a África, por 26. Vinte e quatro dos 86 países eram
representados por 4 ou mais padres conciliares, isto é: Argentina, Austrália,
Brasil, Chile, China-Formosa, Canadá, Guiné, Paraguai, Peru, Portugal,
República da África do Sul, Espanha, Tanzânia, República Árabe Unida, Estados
Unidos da América e Vietnam (...). Em 14 de setembro, dia da abertura da quarta
Sessão, os padres tinham em mãos o esquema sobre a Igreja no mundo moderno.
Nele encontrava-se uma seção sobre o ateísmo. Contudo, não havia uma referência
explícita ao comunismo. Tal fato levou 25 bispos a distribuírem uma carta,
datada de 29 de setembro de 1965, enumerando as razões pelas quais o comunismo
deveria ser abordado pelos padres conciliares (...) Junto a ela estava anexada
uma petição com 450 assinaturas. A carta, escrita por Carli, foi
distribuída por Lefebvre e Sigaud, ‘cujos nomes
não figuravam entre as 25 assinaturas, por causa do grande antagonismo de que
eles eram alvo’. O texto da carta era o seguinte: ‘Exmo. e Revmo. Senhor, os
Padres Conciliares abaixo assinados saúdam-no muito respeitosamente no Senhor,
e se permitem expor-lhe ISTO que segue: durante a discussão do Esquema da Igreja
no mundo moderno, muitos Padres nota ram que o Esquema não parte
suficientemente da questão do Comunismo, muito pastoral hoje. As razões que
eles invocam encontram-se em uma folha anexa. Pensamos que, certamente, após a
leitura delas, V.R. as aprovará e assinará, como já fizeram 450 Padres do
Concílio sobre os 800 que até o presente foram solicitados. Persuadidos de que,
fazendo-lhe este pedido, estamos praticando uma obra eminentemente pastoral,
nós lhe pedimos, Excelência, aceitar a expressão de nossos sentimentos,
atenciosamente em N.S.’(...).” (vide o PDF).
[54] József Mindszenty (1892-1975)
foi um Cardeal húngaro, que se opôs tenazmente ao regime comunista e em
particular na Hungria. Foi preso durante a revolução comunista de Bela Kun em
1919; eleito bispo de Veszprém em 3 de março e ordenado em 25 de março de 1944.
Caiu prisioneiro do regime nazista em 1944-1945, de quem se mostrou adversário
e depois de ter ajudado inúmeros judeus a fugir. Foi nomeado Arcebispo
metropolitano de Esztergom em 2 de outubro de 1945, cargo em que permaneceu até
18 de dezembro de 1973. Foi criado Cardeal em 18 de fevereiro de 1946 pelo papa
Pio XII. Preso pelo regime comunista em 1949 e libertado por ocasião da Revolução
Húngara de 1956, obteve asilo na Embaixada dos Estados Unidos até
1971. Por ocasião da sua prisão por parte das autoridades húngaras (2 de
janeiro de 1949), Papa Pio XII escreveu a Carta “Acerrimo Moerore”
(em Italiano), de protesto, dirigida aos
Arcebispos e Bispos da Hungria. Foi impedido pelo regime de participar dos
conclaves de 1958 e 1963, que procederam à eleição dos Papas João XXIII e Paulo
VI, respectivamente. Faleceu no exílio, em Viena, em 6 de maio de 1975. Antes
de deixar a Embaixada dos Estados Unidos e o seu País (28/09/1971), por
insistência do Papa Paulo VI, disse aos que foram despedir-se: “Logo virá o
dia em que o tempo presente será cancelado, por ter sido arrasado pela sua
própria insipiência. A pretensão de construir um mundo sem Deus será sempre
ilusória; e isso levará somente ao reforço a união da Igreja com o povo e com
todos os que sofrem. Só os que tem medo da verdade temem a Cristo”. Por
ocasião de sua saída da Hungria em obediência ao Papa escreveu a Paulo VI: “Após
ter examinado em consciência os deveres inerentes à minha dignidade de bispo e
de Cardeal, decidi, como prova do meu amor ilimitado à Igreja, deixar a sede da
Representação diplomática dos Estados Unidos. Desejo terminar a minha vida na
Hungria, entre o povo que tanto amo, sem que me preocupem as circunstâncias
externas que me esperam. Mas se isto se deve revelar impossível devido às
paixões que suscitam a minha pessoa ou devido a considerações superiores por
parte da Igreja, aceitaria o que constituiria talvez a cruz mais pesada de toda
a minha vida. Estou pronto para dizer adeus à minha cara pátria, para
prosseguir no exílio uma vida de oração e de penitência. Deposito humildemente
o meu sacrifício aos pés de Vossa Santidade, persuadido de que o sacrifício
mais grave pedido a uma pessoa torna-se pequeno quando se trata do serviço de
Deus e do bem da Igreja.”(Cf. Homilia do Cardeal Ângelo Sodano pelo 10°
aniversário da trasladação dos restos mortais do Cardeal József Mindszenty de
Mariazell em Esztergom em 19/05/2001). Em 1991, seu corpo é exumado e
encontrado incorrupto, após 16 anos de sua morte. Em 1996, a
documentação para o processo de sua beatificação foi apresentado à Congregação
para a Causa dos Santos pelo postulador da causa Fr. Janos Szoke.
[55] Andrei Gromiko foi
um diplomata e político da União Soviética e Presidente do país entre 1985 e
1988. Foi Ministro das Relações Exteriores da URSS durante três décadas.
[56] Boris Georgievic Rotov,
foi um prelado ortodoxo e metropolitano de Leningrado comoNicodemos (ou Nikodim).
Defensor do diálogo inter-religioso, foi incluído entre as personalidades mais
ilustres da ortodoxia e da historia do Ecumenismo russo. Em
1971, sucedeu no episcopado a Sergej Izvekov, que se tornara Pimen
I de Moscou. A figura de Nicodemos é indissoluvelmente ligada ao Affaire
João Paulo I, por um trágico acontecimento. O bispo foi recebido pelo novo
Pontífice em audiência privada aos 5 de setembro de 1978; mas durante a
audiência caiu ao chão, morrendo entre os braços do papa, vítima provavelmente
de uma cardiopatia que ele tratava com nitroglicerina. Já tinha tido cinco
infartos. A morte de Nicodemos foi acompanhada pela suspeita de que se tratasse
de um espião do KGB e que tivesse tomado um café envenenado, destinado ao papa,
que, logo depois, acabou tendo a mesma sorte.
[57] Enrico Berliguer foi
um político Italiano e Secretário nacional do Partido Comunista
Italiano (PCI) de 1972 até sua morte. Era primo de Francesco
Cossiga e de Antonio Segni, ambos líderes da Democracia
Cristã (os dois mais tarde viriam a ser Presidentes da República
Italiana). Conheceu Togliatti nota 48 através
do pai, o senador comunista Mario Berlinguer, de quem era amigo.
Seu ato político de maior importância foi inequivocamente a dramática ruptura
com o comunismo soviético, o assim chamado strappo, juntamente com
a criação doeurocomunismo, além do seu substancial trabalho de contato
com a metade conservadora da Itália.
[58] No dia 31 de dezembro de
1965, Paolo VI manda a Mao Tsé-Tung, ditador chinês, umamensagem de saudação, que não teve resposta. Em
1964, Paulo VI havia surpreendido a todos, na Assembleia das Nações Unidas,
pedindo a entrada da China na ONU.
[59] Josyp Slipyj foi
um Cardeal Católico e Arcebispo maior da Igreja grego-católica da
Ucrânia. Faleceu em 1984. Prisioneiro do regime soviético, foi finalmente
libertado devido à pressão do Vaticano e dos Estados Unidos para que
participasse do Concílio Vaticano II. Sua vida inspirou o escritor
Morris West para seu romance “As Sandálias do Pescador”.
[60] Liderada então pelo Cardeal
Wyszyński, a Igreja da Polônia, frente ao domínio vermelho, decidiu-se por
conservar-se como a “Igreja do Silêncio”. Ela não podia lutar
abertamente contra o regime ateu implantado em Varsóvia pelos soviéticos visto
que fora URSS quem livrara a nação do pesado jugo nazista. Por conseguinte, o
mundo católico travou uma guerra surda contra as autoridades comunistas,
tentando manter ou ampliar os mosteiros e igrejas e equipar os seminários para
melhor formar seus quadros de padres e freiras. É claro que o clero polonês,
como consequência da situação nacional, não se permitia afastar-se um milímetro
sequer da ortodoxia e do dogmatismo. Eram tradicionalistas e conservadores dos
pés á cabeça. Stefan Wyszyński foi Cardeal, Bispo de Lublin de
1946 a 1948, Arcebispo de Varsóvia e Arcebispo de Gniezno de 1948 a 1981.
Criado Cardeal em 12 de janeiro de 1953 pelo Papa Pio XII, assumiu o título de
Cardeal-Primaz da Polônia.
[61] Carta Encíclica Populorum Progressio. 26 de
março de 1967.
[62] Acerca da
homossexualidade de Paulo VI, alguns livros: Cf. Biagio Arixi: “Peccati
scarlatti”, Edizioni Libreria Croce, Roma. Dino Martirano: “Dossiê sobre uma tentativa de chantagem a Paolo VI“, em “Corriere della Sera”, 27.1.2006, p. 20. Dra. Randy Engel:
“The Rite of Sodomy - Homosexuality and the Roman Catholic Church”, New
Engel Publishing, 2006, 1318 pp.
[63] Robin Bryans,
alias “Robert Harbinson”, escritor irlandês e homossexual confesso,
revelou em sua autobiografia de 1992, “The Dust Never Settles”, que seu
amigo, Mons. Hugh Montgomery, lhe havia contado que havia sido
amante do jovem Giovanni Montini quando ocupava um posto diplomático no
Vaticano (Chargé d’Affaires), sob o comando de Sir Alec Randall,
representante britânico da Santa Sé. Cf. aqui, aqui, aqui e principalmente aqui.
[64] Roger Peyrefitte foi
um diplomata e escritor francês, homossexual confesso e ativista gay, que, em
1976, em uma entrevista a D.W. Gunn e J. Murat,
representantes da “Gay Sunshine Press”, falou sobre a suposta
homossexualidade de Paulo VI. O Vigário de Roma e a Conferência Episcopal
Italiana convidaram para uma “jornada de reparação” universal. O próprio Paulo
VI, no Domingo de Ramos, fez uma declaração dizendo: “sabemos
que o Vigário de Roma e, depois, a Conferência Episcopal Italiana vos convidou
a rezar por nossa humilde pessoa, que tem sido objeto de zombaria e de
horríveis e caluniosas insinuações de certa pessoa que despreza a honestidade e
a verdade”; contudo, não fez qualquer denúncia contra os caluniadores.
Cf. Dossiê sobre uma tentativa de chantagem a Paolo VI e Paolo VI, Angelus Domini, Domingo, 4 de abril de 1976.
[65] Paul Hoffman,
ex-chefe da sucursal de Roma e correspondente estrangeiro do “New York Times”,
no livro “O Vatican! A Slightly Wicked View of the Holy See” (O
Vaticano! Uma visão um pouco má da Santa Sé), onde descreve os hábitos
privados dos últimos cinco papas e da comitiva pessoal de cada um deles.
[66] O Abade Georges
de Nantes, francês, fundador da “Liga da Contrarreforma Católica” em
Troyes (Francia), em 1969, na edição de Junho-Julho de “The Catholic
Reformation in the XXth Century”, expôs as acusações de homossexualidade
contra Paulo VI, iniciando por lembrar as acusações de Paul Hoffman nota
65 em relação à “Máfia Milanesa”; depois, fez referência a uma
citação retirada de um livro que tratava de um Cardeal não italiano, um
“homenzarrão afável e de olhos penetrantes” que Paulo VI havia colocado em uma
posição chave e que tinha uma reputação de pederasta em relação a garotos e
jovens que viviam nas proximidades do Vaticano. Também relata um episódio que
aconteceu na vigília do Conclave de 1963 que elegeu Montini. Na noite da
abertura do Conclave, uma Padre de Sant-Avit daBasílica de
São Paulo Extramuros, o havia informado de que a Seção Moral da
Polícia de Milão(polícia de costumes italiana) tinha um dossiê sobre
Montini. Então, anos depois, o Abade
de Nantes se dirigiu a JPII dessa forma: “Assim, depois do
escândalo da eleição de um homossexual confesso ao trono de Pedro, que
envenenou a Igreja, Vós, Santíssimo Padre, gostaríeis de fazê-lo
reviver e ganhar força [ao escândalo] fazendo subir este desventurado Paulo VI
à glória dos altares, e oferecer seus ossos como relíquias aos fieis
para seus beijos, e apresentar seu rosto aos fieis para seu fervoroso olhar
estupefato na glória do Bernini? Ah, não! Isto é impossível!”. Paulo VI nunca refutou o abbé de Nantes, em
suas acusações extensivamente documentadas de heresia, cisma, escândalo, e
apostasia.
[67] O escritor Franco
Bellegrandi, membro da Guarda de Honra do Soberano Pontífice –
“Camareiro de Espada e Capa de Sua Santidade” – e colaborador do “L’Osservatore
Romano”, em seu livro: “Nichitaroncalli - controvita di un Papa”
(Edizioni Internazionali di Letteratura e Scienze, Roma, 1977 – PDF em Inglês) escreve: “(...) Montini,
além de tudo se murmura em Roma e em toda a Itália, seria homossexual.
Portanto, chantageável. Portanto, nas mãos de quem pretende manobra-lo para
seus próprios fins. Em Milão, o Arcebispo [Montini] teria sido parado na rua,
de noite, pela polícia, em vestes civis e em duvidosa companhia. Cultiva, há
anos, uma amizade particular com um ator que pinta os cabelos de vermelho e que
não faz segredo de sua relação com o futuro papa. De resto, a relação irá
adiante por anos, solidíssima. Um oficial do Serviço de segurança do Vaticano
me confidenciaria que o predileto de Montini tinha autorização para entrar e sair
do apartamento do papa a seu bel-prazer. Tanto que, frequentemente, o viam
chegar pelo elevador, no meio da noite”. O brasileiro Átila Sinke
Guimarães, editor do sito americano “Tradition
in action“ (TIA), em sua obra “Vatican II,
Homosexuality & Pedophilia”, fala também da homossexualidade de Paulo
VI, citando Franco Bellegrandi, o qual relata as acusações de que, durante o
período que Montini passou em Milão, “foi preso em flagrante pela Polícia
local” em uma das ruas noturnas que o Arcebispo frequentava, dos bordeis
masculinos da cidade. O ex-guarda de honra vaticano descreve, também, o
processo de “colonização homossexual” começado sob o Pontificado de João
XXIII, mas que se acentuou sob o Reinado de Montini. Bellegrandi escreve,
ainda, que os antigos e honrados funcionários foram afastados para dar lugar
aos “confrades” de Montini, afeitos pelo mesmo vício, e que estes, por sua vez,
levaram consigo os seus prediletos “jovenzinhos efeminados em uniformes apertados”.
Bellegrandi diz também que Montini, logo que se tornou Pontífice, foi
chantageado pela Maçonaria italiana. Em troca do silêncio sobre as furtivas
estadas do Arcebispo Montini em um Hotel na Suíça, para encontrar o
ator-amante, os maçons pediram ao papa que retirasse a tradicional proibição da
Igreja sobre a cremação após a morte. Paolo VI concordou. Depois
disso, a perversão sexual de Montini se tornou alvo de chantagens. Em uma
correspondência trocada com um escritor britânico, familiarizado com as
operações do Serviço Secreto britânico, MIS, Bellegrandi
perguntou-lhe se a homossexualidade de Montini o tornava particularmente
vulnerável à chantagem por parte dos Serviços Secretos Britânicos ou
Soviéticos, durante a Segunda Guerra Mundial. O escritor lhe
respondeu que ele acreditava que os Britânicos (MIS) e os Americanos (OSS)
sabiam da homossexualidade de Montini e a usavam contra ele para obter sua
cooperação para fazer funcionar a rede Vaticano-Aliados depois
da guerra. Essas informações sobre as chantagens de Montini, por parte do KGB e
do GRU Soviéticos, vieram também de outra fonte: um ancião gentil-homem de
Paris, que trabalhou como oficial interprete para o Clero de alto nível do
Vaticano lhe disse que os Soviéticos chantageavam Montini para saber os
nomes dos padres que o Vaticano mandava, clandestinamente, além da Cortina de
Ferro nota 68, para assistir aos fieis católicos, na União
Soviética, durante a Guerra Fria. A Polícia Secreta soviética
estava, assim, sempre a postos e quando os padres clandestinos
ultrapassavam a fronteira russa eram presos e fuzilados ou enviados para os
“Gulag”. Fonte. Ver também.
[68] Cortina de Ferro foi
uma expressão usada para designar a divisão da Europa em duas partes: a Europa
Oriental e a Europa Ocidental como áreas de influência político-econômica
distintas, no pós- Segunda Guerra Mundial conhecido como Guerra Fria.
Durante este período, a Europa Oriental esteve sob o controle político e/ou
influência da União Soviética, enquanto a Europa Ocidental esteve sob o
controle político e/ou influência dos Estados Unidos. É uma expressão que
surgiu de um discurso do primeiro-ministro britânico Winston Churchill,
proferido a 5 de março de 1946 no Westminster College, na cidade de
Fulton, Missouri, EUA. No entanto, já havia sido usada antes no mesmo contexto
por Joseph Goebbels, Lutz Schwerin von Krosigk e pelo próprio
Churchill.
[69] Supostamente, o ator
italiano Paolo Carlini, ao qual, segundo algumas fontes, Montini
quis homenagear ao escolher o nome de Paulo ao ser eleito para o Trono de
Pedro.
[70] Pietro Palazzini foi
um Cardeal italiano. Faleceu em 2000. Em 1985, foi-lhe atribuído o prêmio
“Justos entre as Nações” pelo Yad Vashem, por seu trabalho de salvação de
Judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Palazzini sempre defendeu
que as suas ações decorreram de ordens de Papa Pio XII. Entre 1980
e 1988 foi Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos. Autor
de um importante “Tratado de Teologia Moral” em quatro volumes (1953),
foi o idealizador da “Bibliotheca Sanctorum” (1961) que conduziu
pessoalmente. Foi redator da parte jurídica, moral e sociológica da “Enciclopedia
Cattolica” (1958-1964). É ainda o autor do “Dizionario di Teologia
Morale” (1966), dos “Concili Ecumenici” em quatro volumes (1963) e
do “Dizionario Canonistico e Morale”, em quatro volumes (1962).
Palazzini foi nomeado por Paulo VI para servir como coordenador e secretário de
uma comissão de alto escalão de cardeais para analisar uma nova e muito
popular, mas controversa apresentação da Fé Católica, que foi emitida, em forma
de catecismo, pela Conferência dos Bispos dos Países Baixos e é costumeiramente
chamado de “Catecismo Holandês” nota 93. O parecer da
comissão foi: “Foi um trabalho que, por um lado é marcado por qualidades
excepcionais, mas, por outro lado, por causa de suas opiniões novas, desde o
momento da emissão perturbou não poucos fiéis”.
[71] O “Homossexual
Coletive” foi um plano de “colonização homossexual” da Igreja
Católica, denunciado, entre outros, pela dra. Randy Engel, em seu “The
Rite of Sodomy: Homosexuality and the Roman Catholic Church” nota
62, no qual ela estabelece a invasão, colonização e da metastatização do
Sacerdócio e da vida religiosa por homossexuais na Igreja Católica. Nele, ela
diz que “nem o Santo Padre, nem a hierarquia da Igreja parecem ter a
necessária vontade, coração e estômago” para limpar a homossexualidade nas
fileiras da Igreja. No século 20, o Concílio Vaticano II “provocou”
a “colonização homossexual” na Igreja. Muito disso se deve ao Pontificado de
Paulo VI, o qual, segundo ela, era homossexual; e ela dá evidências disso.
Engel diz que “o Papa Paulo VI teve um papel decisivo na seleção e avanço de
muitos membros homossexuais da hierarquia americana...”. Leia mais aqui.
[72] Joseph Louis Bernardin foi
um Cardeal norte-americano. Faleceu em 1996. Foi acusado pelo
ex-seminarista Stephen Cook de abusado dele em 1970, junto com
outro sacerdote. Cook depois voltou atrás e retirou o nome de Bernardin do
processo, alegando que não tinha certeza de sua memória, pois as informações
haviam sido obtidas em uma sessão de hipnose. Aderiu ardentemente às reformas
pós-conciliares, sobretudo quanto ao Ecumenismo e ao diálogo
inter-religioso.
[73] Terence James Cooke foi
um Cardeal e ArceBispo norte-americano. Faleceu em 1983. Apoiou o Movimento
Cursilhista, o Movimento Família Cristã e a Renovação
Carismática. Ele foi o fundador da “Courage International”, um
ministério que promove a castidade e apoio para os católicos gays e lésbicas.
Em 1992, a Congregação para as Causas dos Santos designou
oficialmente Cooke como um Servo de Deus, um primeiro passo no
processo que leva à beatificação e à canonização.
[74] John Joseph Wright foi
um ArceBispo norte-americano. Faleceu em 1979. Seu legado permanece
controverso, pois era um intelectual liberal em questões sociais, mas
conservador em teologia. Participou do Conclave que elegeu JPII em
1978.
[75] Rembert George
Weakland é um ArceBispo norte-americano. É autor do livro “A
Pilgrim in a Pilgrim Church: Memoirs of a Catholic Archbishop”, que explora
a reforma da Igreja e os abusos a crianças. Segundo o Milwaukee Journal
Sentinel, as denúncias feitas em 2009 contra padres, por abusos sexuais,
foram literalmente rasgadas por Weakland. Em 2000, foi um
crítico do documento “Dominus Iesus”, da Congregação para a
Doutrina da Fé, sobre o relativismo religioso. Aposentou-se compulsoriamente
em 2002, mas sua aposentadoria foi ofuscada por revelações de que pagou 450.000
dólares, de fundos diocesanos, a um ex-amante para evitar uma ação judicial.
Além disso, apesar de alegações de roubo/desvio de fundos diocesanos, Weakland
nunca foi processado criminalmente pelo crime e continua a residir em
Milwaukee, sendo que suas despesas continuam a ser abrangidos pela Arquidiocese
de Milwaukee.
[76] James Steven
Rausch foi um Bispo norte-americano. Faleceu em 1981.
[77] George Henry Guilfoyle foi
um Bispo norte-americano. Faleceu em 1991.
[78] Francis John Mugavero foi
um Bispo emérito norte-americano. Faleceu em 1991. Emitiu uma carta pastoral
defendendo os legítimos direitos de todas as pessoas, incluindo os
homossexuais. Ele disse que os homossexuais tinham sido “sujeitos a
mal-entendidos e, por vezes, a discriminação injusta”.
[79] Joseph Hubert Hart é
um Bispo norte-americano. Em 1989 e 1992, a Diocese de Kansas City-St.
Joseph recebeu acusações de que Hart havia abusado sexualmente de
meninos no início de 1970, quando ele ainda era um sacerdote em Missouri (EUA).
Ele se ofereceu para fazer uma avaliação psiquiátrica, que mais tarde concluiu
que Hart “não parece ser uma ameaça para si mesmo ou outras pessoas em qualquer
nível”. As alegações foram relatadas ao Núncio Apostólico e à Conferência
dos Bispos dos EUA, mas não foram reveladas ao público até janeiro de 2002.
Em 2002, Hart foi acusado de coagir repetidamente um menino de 14 anos de idade
a se expor, em 1977, quando Hart era bispo auxiliar em Cheyenne. Mais tarde foi
absolvido desta acusação. Em 2004, Hart foi acusando, em uma ação civil, de ter
abusou sexualmente de três crianças, quando ele estava servindo em Kansas City
e, posteriormente, em Cheyenne. Em 2005, uma quinta pessoa alegou abuso por
parte de Hart, em 1973 ou em 1974, quando ele era um garoto de doze anos na
Paroquia St. John Francis Regis. Em agosto de 2008, a Diocese de Kansas City-St.
Joseph pagou um acordo de 10 milhões de Dólares a um grupo de 47 vítimas que
citaram Hart entre 12 outros clérigos responsáveis por seu abuso.
[80] Howard James Hubbard é
um Bispo norte-americano. Em 19 de março de 2011, Hubbard colocou três padres
aposentados em licença administrativa e removeu outro do ministério depois de
receber denúncias de abuso sexual infantil.
[81] A Suprema e Sacra
Congregação do Santo Ofício – até 1.908 chamada Suprema e
Sacra Congregação da Inquisição Universal da Idade Moderna – foi
criada pelo Papa Paulo III, em 21 de Julho de 1.542, com o objetivo
de defender a Igreja da heresia. O Santo Ofício se encarregava de investigar
casos de apostasia e heresia entre os católicos, principalmente no clero. O
julgamento implicava penas de prisão, excomunhão, uso de vestes que
identificassem o herege etc. a pena de morte, ao contrário do que comumente se
afirma, era evitada e concedida apenas na minoria dos casos, mesmo porque o
perdão era concedido àquelas pessoas que se arrependessem durante o julgamento.
Após o CVII, em 7 de dezembro de 1965, Paulo VI modificou a Sacra
Congregação, não apenas no nome (Congregação para a Doutrina da Fé), mas
na essência. Hoje, segundo JPII, “a tarefa da Congregação para a Doutrina da
Fé é promover e salvaguardar a doutrina sobre a Fé e a moral católica em todo o
mundo: Por esta razão, tudo aquilo que, de alguma maneira, tocar este tema cai
sob a sua competência”.
[83] Index Librorum
Prohibitorum é uma lista de publicações literárias que são proibidas
pela Igreja, e as regras para que um livro entrasse nessa lista. A primeira
versão do Index foi promulgada pelo Papa Paulo IV,
em 1559, e uma versão revista desse foi autorizada peloConcílio de Trento nota
114 A última edição do índice foi publicada em 1948, e o Index só
foi abolido pela Igreja Católica em 1966 por Paulo VI. O objetivo do Index inicialmente
era reagir contra o avanço do protestantismo, ficando sob a
administração do Santo Ofício. Esta lista continha os livros ou de obras que se
opusessem a Doutrina da Igreja Católica e deste modo tinha o objetivo de
prevenir a corrupção dos fiéis. O Direito Canônico recomenda ainda que os
trabalhos sobre a Sagrada Escritura, Teologia, Direito Canônico, História da
Igreja, e quaisquer escritos que dizem respeito especialmente à religião ou aos
bons costumes, ser submetido ao juízo do Ordinário local: se este dava o “nihil
obstat” (nada impede), os subalternos do Ordinário local forneciam o “imprimatur”
(imprima-se). O índice foi atualizado regularmente até a 32ª edição, em 1948,
tendo os livros sido escolhidos pelo Santo Ofício ou pelo Papa. A lista não era
simplesmente reativa, os autores eram encorajados a defender os seus trabalhos.
Em certos casos eles podiam republicar, com omissões se pretendessem evitar a
interdição. A censura prévia era encorajada. A 32ª edição, publicada em 1948,
continha 4 000 títulos censurados por várias razões: heresia, deficiência
moral, sexualidade explícita, incorreção política etc. A escassez dos meios de
comunicação da época dificultava e até impossibilitava que a Igreja pudesse se
defender em tempo útil.
[84] Martinho Lutero (1483-1546),
alemão, foi um sacerdote agostiniano (1507) e professor de teologia, principal
responsável pela herética Reforma Protestante. Alegando que a Igreja Católica
negociava as indulgências e contestando que a liberdade da punição de Deus
sobre o pecado poderia ser comprada, confrontou (1517), com suas 95 Teses,
o pregador enviado por Roma para pregar sobre as indulgências, o frade
alemão Johann Tetzel (1465-1519), o qual respondeu com 122
Antíteses; Lutero replicou com o sermão sobre a Graça e a
Indulgência. Mas Tetzel, após estudos teológicos junto à Universidade
de Frankfurt an der Oder, compôs uma dissertação e mais 50
teses que contrapôs a Lutero. A recusa de Lutero em retirar seus
escritos a pedido do Papa Leão X (1520) e do Imperador
Carlos V (Dieta de Worms, 1521) resultou em sua excomunhão pelo Papa e
em sua condenação, pelo Imperador, sendo proscritas suas obras. Sobre sua
vocação: ele teria se tornado monge apenas para escapar à prisão, por ter
matado um colega de estudos, Jerônimo Buntz. A sua elogiosa
biografia naWikipédia, no entanto, informa que se deveu à intercessão
de Sant’Ana, a quem recorreu durante uma tempestade, prometendo que
se o salvasse dos raios tornar-se-ia monge. Lá até se menciona a morte do
colega, mas não lhe é atribuída. A Wikipédia também informa que sua morte foi
“natural”, embora, algumas linhas abaixo, sugira que “possa ter sido
assassinado”. Mas a tese de suicídio parece ser mais crível, tendo em vista que
é apontada tanto por católicos como por protestantes, como Ambrósio
Kuntzell (ou Kudtfeld), seu criado, que depois se tornou médico, e que
teria contado que encontrara seu amo enforcado no quarto; oDoutor De Coster,
que o teria examinado logo após a morte, já no chão, mas com os sinais típicos
de enforcamento; Jacques Maritain, que, em sua obra “Três
Reformadores”, publicou uma ilustração feita por Lucas Fortnagel logo
após a morte de Lutero; Thomas Bozio, em seu “De Signis
Ecclesiae” (1592), que afirma que ouviu de um criado de Lutero que ele
havia se enforcado. O Doutor G. Claudin, na Crônica Médica (1900,
p. 99), publicou o texto do depoimento do criado. Evidentemente, uma figura
como Lutero não cabe em uma biografia de notas de pé de página.
[85] Stanislas Lyonnet,
S.J., padre. Faleceu em 1986.
[86] Maximilian Zerwick,
S.J, padre, teólogo e filosofo. Faleceu em 1975. Foi professor de grego
bíblico, literatura grego-hebraica e, depois, de exegese dos Evangelhos e das
Epístolas de São Paulo, no “Instituto Bíblico Pontifício”, de onde foi
licenciado em 1960, por causa da condenação do Santo Oficio nota 87.
Em 1964, apesar da citada condenação, Zerwick foi readmitido no Instituto, onde
lecionou até sua morte. Breve biografia.
[87] Por causa deles, o Santo
Ofício publicava, a 20 de junho de 1961, no “L’Osservatore Romano” um “Monitum”
sobre a historicidade dos Evangelhos. Os jesuítas do Instituto Bíblico
Pontifício se opuseram ao Santo Ofício, ao declarar: “o ‘Monitum’ não nos
atinge”. Seguros da cumplicidade do Card. Tisserant nota 51,
o Presidente que personificava a “Comissão Bíblica Pontifícia”,
prepararam a represália, difundindo uma versão dos fatos em que se
tachava Mons. Romeo e Mons. Spadafora de
“reacionários e caluniadores”. Os dois padres, ouvidos pelo Santo Ofício, não
puderam negar os fatos de eram acusados: o ensino (e a difusão mediante
artigos) de erros relacionados à inspiração, à inerrância dos Santos Livros, à
historicidade dos Evangelhos; também o artigo do Pe. Lyonnet, “O pecado
original e a exegese de Rom. 5, 12”, publicado em “Recherches de Science
Religieuse” (n. 44, 1956, p. 63-84), que negava que “Rom. 5, 12” versa
sobre o pecado original, apesar da definição em contrário do
Concílio de Trento. Tratava-se de algo muito diferente de uma campanha de
calúnias. Note-se a pretensão verdadeiramente grave de a Companhia de
Jesus opor-se ao ato do Santo Ofício. Era o espírito que animava e
anima os tais antigos alunos do Instituto Bíblico Pontifício: o
Magistério da Igreja e o próprio Dicastério Supremo, desautorizados pelos
jesuítas do Instituto! Chegamos assim à tempestade que castigou
Roma durante o Concílio Vaticano II (1960-1965). O espírito de desforra contra
o Santo Ofício prevalecia desde há muito entre os teólogos franceses, belgas e
alemães; basta recorrer às páginas que o jesuíta Giacomo Martina dedica
a essas escolas teológicas em relação ao Concílio, no primeiro tomo da obra “Vaticano
II, balanço e perspectivas, vinte e cinco anos depois” (1962-1987), escrita
por René Latourelle. Nelas se encontram o bordão habitual: tal
pessoa, condenada pelo Santo Ofício, entra no Concílio como o “dominador”, faz
votar seus erros e sai como o glorificado. As páginas de Pe. Martina poderiam
ser chamadas de o guia das “humilhações” impostas pelo Santo Ofício e de suas
“vítimas” exaltadas, a partir do CVII e ao transcurso das vergonhosas décadas
pós-conciliares. Ver mais aqui.
[88] A Comissão
Bíblica do CVII era composta, além de Lyonnet, Zerwick,
pelos Cardeais Alfrink e König, para contrapor-se aos Cardeais
Ottaviani, Ernesto Ruffini e Michael Browne.
[89] O holandês Bernard
Jan Alfrink, padre em 1924, Arcebispo de Utrecht em 1955 e Cardeal em 1960,
foi membro da Comissão Preparatória e do Conselho dos
Presidentes do CVII, e um dos purpurados progressistas mais ativos
no aggiornamento. Faleceu em 1987. Enquanto coadjutor, ele anunciou
que a capela Dominicana em Huissen, onde uma grande quantidade de católicos ia
confessar, em vez de suas próprias, seria fechado ao público, resultando na
reação de espanto e violento de muitos. Apoiou o seu conselheiro teológico no
CVII, Pe. Edward Cornelis Florentius Alfonsus Schillebeeckx, OP (Em
1965, Schillebeeckx, junto com teólogos ditos progressistas como Yves
Congar, Karl Rahner, Johann Baptist Metz, Hans Küngcriou a Revista
Internacional de “Teologia Concilium”. Em 1968, sua obra foi alvo de um
processo da Congregação para a Doutrina da Fé, por sua visão
positiva da secularização. Em 1979, seu livro “Jesus. A história de um
vivente” foi investigado. Em 1981, sofreu novo processo pela obra “O
mistério eclesial”. Nenhum dos três processos resultou em condenação. É
conhecido pela afirmação: “Fora do mundo não há salvação”, em
contraste com o aforismo: “Fora da Igreja não há salvação”), dizendo que
sua condenação era uma ofensa à Igreja Holandesa. Em 1964, se tornou o
Presidente do movimento “Pax Christi”, iniciado por Montini em 1954 e
que teve toda uma série de presidentes progressistas, e visava promover a “paz
social”.
[91] O “Monitum” sobre
a historicidade dos Evangelhos foi publicado em 20 de junho de 1961, no “L’Osservatore
Romano”. Foi “silenciado” pela Encíclica Conciliar “Dei Verbum”. Com todo o peso da autoridade e da
responsabilidade do Dicastério Supremo, de onde emanava, o “Monitum”
alerta aos exegetas para levarem em conta, em seu trabalho, as normas
diretrizes da Igreja. Em verdade, o “Monitum” é uma sentença, e tal
sentença foi a expressão derradeira do Magistério Eclesiástico, prestamente
condenada à inanidade por Paulo VI.
[92] Michele Sindona foi
um banqueiro italiano e criminoso condenado. Faleceu em 1986, por
envenenamento. Conhecido nos círculos bancários como “Tubarão”, Sindona era um
membro da P2, a Loja maçônica secreta italiana, e teve relações claras com
a Máfia siciliana. Ele teria sido fatalmente envenenado na prisão,
enquanto cumpria uma sentença de prisão perpétua (ergástulo) como mandante do
assassinato do advogado Giorgio Ambrosoli. Ele estaria envolvido
também no Affaire Calvi. Ele chegou a forjar o próprio sequestro,
quando respondia a um processo nos EUA; queria camuflar uma viagem à Sicília
junto com um boss mafioso. Na verdade, o sequestro era um
recado aos aliados políticos de Sindona, entre os quais Giulio
Andreotti, para salvar seus bancos e recuperar o dinheiro de “Cosa
Nostra”, a Máfia siciliana. No sequestro chegou a mandar dar um tiro em sua
perna, pelo médico maçom norte-americanoJoseph Miceli Crimi, para tornar
verídico o fato. Nos EUA foi condenado por 65 acusações. Foi morto no cárcere
de Voghera, dois dias depois de sua condenação ao ergástulo. Diz-se que até o
envenenamento teria sido ideia sua, para não ser extraditado para os EUA, mas
alguém aproveitou a oportunidade para eliminá-lo. Segundo a mídia, o
idealizador do envenenamento teria sido Andreotti, para evitar que em apelação
ele contasse mais coisas ainda.
[93] O “Catecismo Holandês” foi
o “1968” da Igreja. A resposta do papa Montini foi o “Credo do Povo de
Deus” nota 4. Hoje se sabe que quem o escreveu foi seu amigo, o
filósofo Jacques Maritain. “O Novo Catecismo. A fé para adultos”,
mais conhecido como “Catecismo Holandês”, foi escrito pelo Instituto
Catequético Superior de Nijmegen, na Holanda, em 1966. Logo se vendem
mais de 400 mil exemplares na Holanda. O catecismo introduz um novo gênero
literário, abandonando o clássico sistema catequético de perguntas e respostas,
cuja preocupação principal era a exatidão objetiva da formulação das Verdades
de Fé. O“Catecismo Holandês” é redigido em estilo corrente. Em vez
de partir diretamente da exposição das Verdades da Fé, considera o homem em
busca de Deus. É, portanto,antropocêntrico, por refletir uma verdadeira
revolução copernicana. Baseia-se na Teologia liberal do CVII.
[94] No dia 1 de julho de
1970, Paulo VI recebeu três líderes dos principais movimentos de libertação das
colônias portuguesas: Antônio
Agostinho Neto, de Angola; Marcelino dos Santos, de Moçambique; e Amílcar
Lopes Cabral, para a Guiné-Bissau e Cabo Verde.
[95] Fenomenologia.
Tratado científico sobre a descrição e classificação dos fenômenos, que se
propõe a ser uma “ciência do subjetivo, dos fenômenos e dos objetos como
objetos”. Fenomenologia deriva das palavras gregas “phainesthai”
(significa aquilo que se mostra) e “logos” (significa estudo), sendo
etimologicamente, então, “o estudo do que se mostra”. Na filosofia de Edmund
Husserl é o método de apreensão da essência absoluta das coisas. Para
a fenomenologia um objeto é como o sujeito o percebe, e tudo tem que ser
estudado tal como é para o sujeito e sem interferência de qualquer regra de
observação cabendo a abstração da realidade e perda de parte do que é real,
pois tendo como objeto de estudo o fenômeno em si, estuda-se, literalmente, o
que aparece. Para a fenomenologia um objeto, uma sensação, uma recordação,
enfim, tudo tem que ser estudado tal como é para o espectador. Para Husserl,
que elaborou a doutrina da crítica fenomenológica, é a “crítica literária
que privilegia as experiências humanas no estudo do texto literário, o que
significa que a busca do sentido se deve fazer não só por aquilo que ele
comunica diretamente mas também avaliando todas as respostas que esse texto
recebeu e provocou”. Que o Vaticano II assumiu a linguagem da fenomenologia
subjetivista é reconhecido pelo teólogo jesuíta, Padre J.B. Libânio:
“O Concílio significou um novo paradigma teológico, em comparação com a
teologia comum pós-tridentina e pré-moderna (...). Primeiro se estabelecia a
tradição, depois o sujeito envolvido nela. No horizonte longínquo estava o
mundo rural com a matriz da natureza. O sujeito se inseria numa tradição sem
tomar distância dela e sem olhá-la como objeto de análise (...). A Tradição se
opõe a interpretação (...). O sentido mais profundo do Concílio Vaticano II não
foi brindar a Igreja um texto terminado, mas criar novo espírito, nova
mentalidade, introduzindo no interior da Igreja, a dimensão histórica,
hermenêutica, dialética” (Pe. J.B. Libânio S.J, A Volta à Grande
Disciplina, Loyola, São Paulo, 1983, p. 128). A Tradição Católica é dogmática,
fixa, e objetiva. A interpretação fenomenológica é subjetiva, fruto do encontro
da visão de mundo do autor com a de seu leitor, resultando desse encontro uma
leitura pessoal.
[96] Existencialismo é
um termo aplicado a uma escola de filósofos dos séculos XIX e XX que, apesar de
possuir profundas diferenças em termos de doutrinas partilhavam a crença de que
o pensamento filosófico começa com o sujeito humano, não
meramente o sujeito pensante, mas as suas ações, sentimentos e a vivência de um
ser humano individual. Filósofos existencialistas posteriores retêm este ênfase
no aspecto do indivíduo, mas diferem, em diversos graus, em como cada
um atinge uma vida gratificante, e no que ela se constitui, que obstáculos
devem ser ultrapassados, que fatores internos e externos estão envolvidos,
incluindo as potenciais consequências da existência ou não existência de Deus.
O Existencialismo tornou-se popular nos anos após as guerras mundiais, como
maneira de reafirmar a importância da liberdade e individualidade humana.
O Existencialismo cristão descreve um grupo de escritos que
levam a uma abordagem filosoficamente existencialista da Teologia Cristã. A
escola de pensamento é muitas vezes marcada após a obra do filósofo
dinamarquês Søren Kierkegaard, que
argumentava que o Universo é, fundamentalmente, paradoxal, e que o seu maior
paradoxo é a união transcendente de Deus e do homem na pessoa de Jesus Cristo.
Ele também postulou ter um relacionamento pessoal com Deus que supera todas as
normas morais, as estruturas sociais e normas comuns, afirmando que, seguir as
convenções sociais é essencialmente umaescolha estética pessoal feita
por indivíduos.
[97] Motu Proprio “Sacrum
diaconatus ordinem”. Paulo VI. 18 de junho de 1967. Vide aqui, em Italiano.
[98] Instrução “Fidei
custos” (Guarda da Fé), pela qual são constituídos os Ministros
Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística: Paulo VI. 30 de abril de
1969. Download “doc”.
[99] Instrução “Ut Sive
Sollicite”. 31 de Março de 1969. As insígnias, os objetos sumptuários e as
cerimônias do clero católico ocidental foram alvo de profunda simplificação no
rescaldo das orientações nascidas do CVII. O documento promulgado por Paulo VI
esteve na origem do abandono da tiara, sedia gestatória e flabelos. Tombaram
rapidamente em desuso também oporte diário da batina, as murças de
arminhos, as batinas de cauda, o barrete eclesiástico, a chapelaria ligada à
investidura dos cardeais, o ferraiolo, o manttelone, o manttelette e as luvas
de cerimônia. Paulo VI se lamentaria em 17 de Setembro de 1969: “fomos longe
demais na intenção, em si louvável, de inserir o padre no contexto social, até
o ponto de secularizar sua forma de viver, de pensar, e mesmo seu hábito, com o
grave risco de enfraquecer sua vocação e de ridicularizar seus compromissos”. Vide o
documento, em Inglês.
[100] Antigamente, o acolitado era
a mais alta das chamadas “ordens menores”, após ohostiarato, o leitorado e
o exorcistado. O subdiaconato, durante muito tempo foi
considerado o primeiro grau das “ordens maiores”, seguindo-se-lhe o diaconato,
o presbiterato e oepiscopado. Com o Motu Proprio “Ministeria Quaedam”, Paulo VI reformou as Ordens Menores e Maiores, eliminando o subdiaconato e
agrupando o diaconato, o presbiterado e o episcopadonuma
única categoria de ordens, todas estritamente sacramentais, que passaram a ser
chamadas de “Ordens Sagradas”; conservaram-se das “ordens menores”, apenas o
leitorado e o acolitado, ressaltando seu carácter de função delegada – não
sacramental – ao denominá-las “ministérios instituídos”. As duas maiores
novidades da reforma, entretanto, consistem na instituição do Diaconato
Permanente e da disponibilização dos ministérios (tanto o leitoradoquanto
o acolitado) para leigos, mesmo os que não aspiram ao Sacerdócio
ministerial.
[101] Instrução “Memoriale
Domini”, sobre a Maneira de Distribuição da Santa Comunhão. 28
de maio de 1969. Vide aqui.
[104] Johannes Gerardus
Maria Willebrands foi um Cardeal e Arcebispo holandês. Faleceu em
2006. Em 1951, principalmente por sua inspiração e iniciativa, foi instituída a
“Comissão católica para as questões ecumênicas”. João XXIII o chamou, em
1960, para o “Secretariado pela Unidade dos Cristãos”, onde desenvolveu seu
trabalho em favor do Ecumenismo, com efeitos sobre o Decreto “Unitatis
redintegratio” sobre o Ecumenismo. Vide aqui.
[105] Quinta Assembleia
da Federação Luterana Mundial, realizada em Évian, em 1970. O Cardeal Willebrands nota
104 declarou na ocasião que o herege Martinho Lutero era um “doutor
comum”.
[106] Decreto “Lamentabili
Sane Exitu”, da Congregação do Santo Ofício, de 3 de julho de
1907. O decreto é um tipo de antecipação do que São Pio X exporá, em 8 de
Setembro seguinte, na Encíclica Pascendi Dominici gregis. Com estes
dois documentos, é condenado oModernismo que andava se difundindo
dentro dos ambientes católicos. Vide aqui.
[108] Nova Ordem Mundial.
Tida por uma Teoria conspiratória, a NOM trata-se
de um grupo poderoso e secreto está planejando dominar e escravizar o mundo
através de um governo mundial único. Acontecimentos históricos e atuais são
passos de um curso planejado para governar o mundo, principalmente através de
uma combinação de políticas financeiras, corrupção política, engenharia social,
controle mental, e o medo à base da propaganda (cultura do medo). Há um plano
concebido por Adam Weishaupt, fundador dos Illuminati,
que ainda existe e continua a perseguir a implementação desta nova ordem. O
chamado “processo de globalização”, iniciado em finais do Século XX a nível
mundial, seria uma das muitas facetas do estabelecimento progressivo dessa nova
ordem. Muitas organizações internacionais como oBanco Mundial, o FMI,
a União Europeia, as Nações Unidas e a OTAN são
fundamentais para as organizações da NOM. Presidentes e primeiros-ministros de
nações também estão incluídos na teoria. São incluídos também os seguintes
grupos: “Comissão Trilateral”, “Conferência Bilderberg”, “Council
on Foreign Relations”, “Clube de Roma”, “Projeto para o Novo
Século Americano”, “Federal Reserve Bank”, Maçonaria, G8,
“Skull & Bones”, “Ordem de Malta”, CIA, entre
outros. Os “Protocolos dos Sábios de Sião” são um documento, publicado
em 1903, denunciando uma conspiração judaico-maçônica para alcançar a dominação
mundial. Os autores do livro “The Holy Blood and the Holy Grail”, de
1982, concluíram que “Os Protocolos” são o elemento mais persuasivo de
prova para a existência das atividades do “Priorado de Sião”. Esta
sociedade secreta está trabalhando nos bastidores para estabelecer um
teocrático “Estados Unidos da Europa” (país política e religiosamente
unificado através do culto imperial de um rei sagrado Merovíngio,
que ocuparia o trono tanto da Europa como da Santa Sé), que irá se tornar a
hiperpotência do século XXI. Na teoria das relações internacionais,
o termo “Nova Ordem Mundial” tem sido utilizado para se referir a um
novo período no pensamento político e no equilíbrio mundial de poder, além de
uma maior centralização deste poder. Apesar das diversas interpretações deste
termo, ele é principalmente associado com o conceito de governança global. Foi
o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson que, pela
primeira vez, desenvolveu um programa de reforma progressiva nas relações
internacionais e liderou a construção daquilo que se convencionou denominar de
“uma Nova Ordem Mundial” através daLiga das Nações (atual ONU). Nos
Estados Unidos a expressão foi usada literalmente pela primeira vez pelo
presidente Franklin Delano Roosevelt em 1941, durante a Segunda
Guerra Mundial.
[110] A “Organização das Religiões
Unidas” é o equivalente espiritual da ONU. Em 2008, O líder
do Partido Democrático italiano, Walter Veltroni,
propôs a criação de uma ORU, com sede em Roma, e assegurou que a
ideia agradou muito ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, eBento
XVI. Veltroni explicou que sua ideia consiste na criação de um “palácio das
religiões” em Roma, como o da sede da ONU em Nova York, no qual representantes
de todas as confissões do mundo possam se encontrar e dialogar. Em seu livro, “Nova
Genesis”, Robert Muller (líder visionário da ONU) diz: “Eu
apoiaria de todo o coração a criação de um arranjo institucional na ONU ou na
UNESCO para o diálogo e cooperação entre as religiões”. A visão de Muller
se tornou realidade com a assinatura da Iniciativa das Religiões Unidas.
A iniciativa, assinada porWilliam Swing, um bispo episcopaliano, e pelo
próprio Robert Muller busca “... trazer as religiões e as tradições
espirituais para uma mesa comum, uma assembleia global permanente e diária. Lá,
respeitando-se uns aos outros sem distinção, eles irão buscar a paz entre as
religiões para que possamos trabalhar juntos pelo bem de toda vida e pela cura
da terra”. Vide aqui, aqui. A carta sobre a Iniciativa das Religiões Unidas, aqui.
[111] Constituição Apostólica “Missale
Romanum” pela qual se promulga o Missal Romano, restaurado segundo o
decreto do Concílio Ecumênico Vaticano II. 03 de abril de 1969. Videaqui.
[112] Alfredo Ottaviani (1890-1979)
foi um Cardeal italiano, chamado de ‘guardião da fé’ por ter sido um
rigoroso defensor da Tradição e um forte opositor das reformas na Igreja. Era
chamado também de ‘o homem das excomunhões’. Participou do “Coetus
Internationalis Patrum”. O Concílio Vaticano II, a reforma da
Cúria e o início das atividades do Sínodo Episcopal foram para ele um golpe
excessivo. Nomeado pelo Papa Presidente da Comissão Doutrinal,
Ottaviani viu implementarem-se, especialmente nas aplicações distorcidas do
Concílio, algumas das posições contra as quais ele havia mais se oposto e
temido (abusos litúrgicos, distorções doutrinárias etc.). Ele se mostrou contra
também a reforma do Santo Ofício e a abolição do Índice dos livros proibidos e
do juramento anti-modernista. Em 1968, entregou sua demissão e em 1969
escreveu, junto com o Card. Antonio Bacci, uma carta, conhecida
como “Intervenção Ottaviani: Breve estudo crítico do Novus Ordo Missae”
(PDF), a Paulo VI, contra a reforma
litúrgica e, especialmente, o novo “Missal Romano” ou “Novus Ordo Missae”,
então prestes a entrar em vigor. Entre suas intervenções mais conhecidas,
houve, em 1962, a redação do atento documento “Crimen sollicitationis”
(crime de provocação ou de aliciamento), reservado a todos os Bispos, no qual
eles eram instruídos sobre as modalidades de gestão dos casos de pedofilia (“sollicitatio
ad turpia” – provocação para coisas obscenas – praticada durante o
Sacramento da Confissão) dentro da Igreja. Nele foi prevista, para episódios
mais graves, a excomunhão para quem não acatasse o documento, o qual foi
aprovado pelo Papa João XIII. O documento foi parcialmente ‘revisto’ (2001)
pela carta “De delictis gravioribus” (acerca dos delitos mais graves),
do então Card. Ratzinger. Foi Prefeito do Santo Ofício durante os pontificados
dos Papas Pio XII, João XXIII e Paulo VI.
[113] Antonio Bacci foi
um Cardeal, Arcebispo e latinista italiano. Faleceu em 1971. Participou do
CVII, em favor da Tradição Católica. Em 24 de outubro de 1962, durante a primeira
Sessão, defendeu o latim como língua litúrgica e defendeu o esquema
preparatório sobre as fontes da Revelação, que repropunha a doutrina
tradicional da Igreja. Na segunda Sessão se manifestou contra o diaconato
permanente. Na quarta Sessão lutou para que nos documentos conciliares houvesse
uma condenação explicita ao comunismo. Em 1963, participou do Conclave que
elegeu Paulo VI. Em setembro de 1969, escreveu, junto com o Cardeal Ottaviani,
uma carta – conhecida por “Intervenção Ottaviani: Breve estudo crítico do
Novus Ordo Missae” (PDF) – dirigida a Paolo VI, na qual
expressavam, os dois Cardeais, a sua oposição à reforma litúrgica e, em
particular, ao novo “Missal Romano” ou “Novus Ordo Missae”, às
vésperas de entrar em vigor.
[114] O Concílio de
Trento (1545-1563) foi o 19º concílio ecumênico da Igreja Católica e é
considerado um dos três concílios fundamentais na Igreja. Foi convocado
pelo Papa Paulo IIIpara assegurar a unidade da Fé e a disciplina
eclesiástica, no contexto da Reforma da Igreja Católica, e a reação à divisão
então vivida na Europa devido à Reforma Protestante, razão pela qual é
denominado também de Concílio da Contrarreforma. Foi o concílio
mais longo da História da Igreja e aquele que emitiu o maior número de decretos
dogmáticos e reformas e que produziu os resultados mais benéficos, duradouros e
profundos sobre a Fé e a disciplina da Igreja. Para opor-se ao protestantismo,
o Concílio emitiu numerosos decretos disciplinares e especificou claramente as
doutrinas Católicas quanto à salvação, aos sete Sacramentos (como por exemplo,
confirmou a presença de Cristo na Eucaristia), ao cânone bíblico (reafirmou
como autêntica a Vulgata) e à Tradição, à doutrina da graça e do pecado
original, à justificação, à liturgia e ao valor e importância da Missa
(unificou o ritual da missa de rito romano, abolindo as variações locais,
instituindo a chamada ‘Missa Tridentina’), ao celibato clerical, à hierarquia
Católica, ao culto dos santos, das relíquias e das imagens, às indulgências e à
natureza da Igreja. Foram criados seminários nas dioceses como centros de
formação sacerdotal, e confirmou-se a superioridade do Papa sobre qualquer
concílio ecumênico. Foi instituído o ‘Index Librorum Prohibitorum’ nota
83, um novo Breviário (o Breviário Romano) e um novo Catecismo (o
Catecismo Romano). Foi reorganizada também a Inquisição. Celebrou-se em três
períodos: 1º Período (1545-48; 10 sessões, promulgando-se os decretos sobre a
Sagrada Escritura e Tradição, o pecado original, a justificação e os sete
sacramentos em geral e vários decretos de reforma disciplinar); 2º Período
(1551-52; 6 sessões, continuando a promulgar-se, simultaneamente, decretos de
reforma e doutrinais ainda sobre sacramentos, particularmente sobre a
eucaristia – nomeadamente sobre a questão da transubstanciação –, a penitência,
e a extrema-unção); 3º Período (1562-63; 9 sessões, em que se promulgaram
importantes decretos doutrinais, principalmente decretos eficazes para a
reforma da Igreja). Assinaram as suas atas 217 padres oriundos de 15 nações. Os
decretos tridentinos e os diplomas emanados do Concílio, foram as principais
fontes do direito eclesiástico durante os 4 séculos seguintes até à promulgação
do Código de Direito Canónico em 1917.
[115] Antonio Michele
Ghisleri (1504-1572), Papa Pio V, O.P., foi o 225º Papa da
Igreja Católica. Nascido no norte da Itália, ingressou aos 14 anos na Ordem
Dominicana e fez uma brilhante carreira eclesiástica, como bispo, Cardeal (sob
o título de Santa Maria Sopra Minerva), inquisidor-mor e, por fim, Papa.
Aplicou energicamente as decisões do Concílio de Trento, restabelecendo a moral
e a ascese espiritual, e combateu fortemente a Reforma Protestante. Com sua
Bula “In cœna Domini”, reafirmou a legitimidade e supremacia da
Igreja Católica e da Cabeça Visível do Corpo Místico, o Santo Padre. Reduziu
substancialmente os gastos da Sé de Roma, foi responsável pela publicação do
Catecismo Romano e ordenou o ensino da teologia tomista nas universidades.
Ordenou a residência compulsória para os clérigos e regulou os hospícios
(instituição católica). Com a Bula Quo Primum Tempore instituiu a Missa
tridentina, através do estabelecimento do texto oficial da Missa e do Ofício
Divino, que foram a práxis litúrgica ordinária do Rito Latino em toda a Igreja
até o Concílio Vaticano II. A bula teve por finalidade unificar a
Reapresentação do Sacrifício da Cruz e impedir abusos e deturpações no culto
sagrado. Em Roma mandou que Daniele da Volterra, discípulo de Michelangelo,
recobrisse com roupas a nudez pintada no teto da Capela Sistina. Sua Bula “De
salutis gregis dominici” proibia os cruentos espetáculos das touradas.
Conseguiu a duros esforços coordenar os interesses de potências católicas e
levá-las à vitória de Lepanto, em 7 de Outubro de 1571. A importância desta
vitória, para a defesa de uma Europa cristã e obtida em circunstâncias
militares muito difíceis, graças à intercessão de Nossa Senhora, para quem o
Papa mandou rezar o terço em todo o mundo católico, levaram o Papa Pio V a instituir
naquela data o dia de Nossa Senhora da Vitória, bem como a divulgar, em toda a
Cristandade a prática da oração do Rosário, cuja origem é atribuída à aparição
da Santa Virgem ao fundador da Ordem dos Pregadores, São Domingos de Gusmão.
Beatificado a 27 de Abril de 1672, foi proclamado santo (1712) pelo Papa
Clemente XI. Memória: dia 30 de abril.
[116] O Sínodo de
Pistóia foi realizado nesta cidade toscana em 1786. Sob a direção do
BispoScipione de Ricci, com o apoio de jansenistas holandeses, franceses
e italianos, e com a presença de 234 sacerdotes, este Sínodo pretendeu realizar
reformas e dar o impulso para a criação duma Igreja nacional. Os primeiros
decretos reafirmavam as doutrinas jansenistas sobre a graça, a predestinação e
a moral, reprovando a devoção ao Coração de Jesus, os exercícios espirituais e
as missões populares. Reconheciam-se os quatro artigos galicanos, numa visão
favorável ao controlo do estado sobre a Igreja. A tendência era também a de
aumentar o poder dos bispos em detrimento da autoridade do Papa. No meio destes
pontos negativos ressaltavam também algumas outras propostas, relacionadas com
a purificação do culto e a participação dos fiéis na liturgia. A condenação
do Sínodo de Pistóia, realizada em 1794, com a Bula “Auctorem
fidei”, de Pio VI, deve-se ao seu contexto dogmático jansenista
e à sua eclesiologia desviada.
[117] O Jansenismo foi
uma heresia que surgiu na França e Bélgica, no século XVII e se desenvolveu no
século XVIII. Trata-se de um movimento de caráter dogmático, moral e
disciplinar e que assumiu também contornos políticos. O nome deriva do Bispo de
Yprès, Jansênio, que escreveu um livro intitulado “Suma
Agustinus seu doctrina S. Agostini de humanae naturae sanitae, aegritudine,
medicina adversus Pelagianos et Massilienses”(publicada em 1640), onde dizia
que os homens já nasciam predestinados ao Céu ou ao Inferno, nada podendo mudar
esse destino. Ele afirmava ter entendido totalmente Santo Agostinho de uma
forma que a Igreja ainda não tinha compreendido; porém, com receio de Roma, por
algum tempo permaneceu apenas amadurecendo suas ideias. O Jansenismo já havia
sido condenado pelos Papas Urbano VIII, Inocêncio X e Alexandre VII, sem que se
lograsse a submissão completa dos hereges ou seu lançamento fora da Igreja.
Papa Inocêncio X, em Breve de 29 de setembro de 1654, condenara, através da
Bula “Cum occasione”, de 9 de junho de 1653, as cinco proposições que a
Assembleia Geral do Clero Francês lhe apresentara como contendo os principais
pontos da doutrina sustentada no “Augustinus” de Jansênio. Ler mais aqui e aqui.
[118] Constituição Dogmática “Lumen Gentium”. 21 de Novembro de 1964: “62. Esta maternidade de
Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que
fielmente deu na anunciação e que manteve inabalável junto à Cruz, até à
consumação eterna de todos os eleitos. De fato, depois de elevada ao Céu, não
abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão,
continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida, com amor materno,
dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na
terra, até chegarem à Pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é invocada na
Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro,medianeira. Mas isto
se entende de maneira que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do
único mediador, que é Cristo. Efetivamente, nenhuma criatura se
pode equiparar ao Verbo encarnado e Redentor; mas, assim como o sacerdócio
de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e
assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres
criados, assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes
suscita nas criaturas” – aqui equipara todos os seres
humanos a Maria – “cooperações diversas, que participam dessa
única fonte. Esta função subordinada de Maria, não
hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a aos fiéis,
para mais intimamente aderirem, com esta ajuda materna, ao seu Mediador e
Salvador”. “8. Cristo, Mediador único,
estabelece e continuamente sustenta sobre a Terra, como um todo visível, a Sua
Santa Igreja, comunidade de Fé, Esperança e Amor, por meio da qual difunde em
todos a Verdade e a Graça”. Ler também a Exortação Apostólica “Signum
Magnum”, aqui.
[119] “A viagem do seu féretro,
de Castel Gandolfo à Basílica de São Pedro em Roma ocorreu de forma nunca
vista, como foi descrita pela revista SI SI NO NO (ano IV,
número 9) sob o título: ‘Um papa sem alma?’: ‘Ao microfone estava um
sacerdote para animar a pompa funérea: seu comentário era dirigido a todo o
mundo pela TV! Mas o mundo não ouviu uma só prece a Deus pela alma do defunto.
O que o mundo viu foi o carro fúnebre percorrendo a Via Appia, das Catacumbas,
por onde passaram os Apóstolos e Mártires que vieram a Roma para ensinar sobre
Deus e a alma, e para rezar a Deus, o que significa entregar-lhe a alma. Mas
acaso não teria esse ‘sumo pontífice’ uma alma a salvar? Teria Paulo VI deixado
disposições também para essa sua derradeira viagem terrena? Porque se põe uma
tremenda questão: estes ‘famosos personagens’ buscando agradar e impressionar
os homens, podiam agradar a Deus? Ou ao contrário, se faziam inimigos das almas
e de Deus’.
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