"O que o governo faz é um crime, é apologia à prostituição. O governo está patrocinando um crime ao defender essa conduta", disse o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).
A HISTÓRIA É SEMPRE FECUNDA EM EXEMPLOS
JOHANNA
NUBLAT
Dois dias depois de retirar do ar uma
ação voltada para prostitutas e de demitir o responsável pela campanha, o
Ministério da Saúde relançou as peças com alterações.
Na terça-feira (4), o ministro
Alexandre Padilha (Saúde) criticou a mensagem de uma das peças da ação lançada
no último final de semana, voltada para a prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis.
"Eu sou feliz sendo
prostituta" era a frase que acompanhava a foto de uma mulher. Segundo o
ministro, a pasta deve se limitar a divulgar mensagens de prevenção --o que,
para ele, não seria o caso da peça em destaque.
O diretor exonerado do departamento de
DST, Aids e hepatites virais do ministério, Dirceu Greco, defendeu que a
mensagem tinha conteúdo de saúde, por trabalhar a redução do preconceito [SIC! SIC! SIC!]. Greco foi demitido
após a polêmica.
No novo formato, que entrou no site do
ministério no início da noite desta quinta, as peças tiveram o reforço da
mensagem de prevenção e do uso do preservativo. A peça polêmica foi retirada e a ação ganhou outro nome:
"Prostituta que se cuida usa sempre [PRESERVATIVO]" em vez de
"Sem vergonha de usar [PRESERVATIVO]".
O vídeo que acompanha as peças, com
mulheres olhando para a câmera afirmando serem prostitutas, não voltou para o
site.
Após a divulgação da campanha,
deputados da bancada evangélica dispararam ataques à presidente Dilma Rousseff
e cobraram explicações do
ministério. "O que o governo faz é um crime, é apologia à prostituição. O
governo está patrocinando um crime ao defender essa conduta", disse o
deputado Marcos Rogério (PDT-RO).
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