O fim daqueles que se dedicam a destruir a obra de Deus, que justificam suas vidas em aniquilar todas as construções físicas ou metafísicas que levam o selo divino, é horrendo e em várias descrições de visões do inferno toma uma tônica agonizante insuportável para a boa alma. Diz-se não somente do mais famoso traidor da história Bíblica — Judas Iscariotes — terríveis narrativas, bem como de alguns outros heresiarcas que lograram conquistar levas de cristãos para suas terríveis causas, como bem descreve o Rev. pe. Leonel Franca¹ sobre o fim de Lutero, miserável e congruente com seu pecado.
Abaixo transcrevemos sucinto texto que relata a morte do famoso Rev. Ário, um dos primeiros hereges que gozou de grande potencial destrutivo da fé pela sua eloquência sofismática, combatido com superior verve por Santo Agostinho.
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A morte de Ário
Por volta de trezentos anos depois do nascimento de Nosso Senhor, Ário, um padre de Constantinopla, começou a ensinar que Cristo não era Deus. Ele angariou muitos seguidores, mas ele e sua heresia foram condenados no Concílio de Niceia.
Mais tarde, contudo, o Imperador Constantino esposou sua causa e ordenou ao Bispo de Constantinopla que o recebesse na comunhão da Igreja. O bispo ficou indefeso e só podia suplicar a Deus que evitasse tal escândalo. Deus não deixou de ouvir sua oração.
Quando Ário, com seus seguidores, chegou numa procissão festiva às portas da catedral, o herege foi subitamente atacado por espasmos horrorosos, e tendo sido levado para uma sala para se recuperar, lá permaneceu por tanto tempo que seus seguidores foram à sua procura. Eles o encontraram lívido e morto, como seu sangue e intestinos espalhados pelo chão do aposento. Seu corpo se despedaçou como o do traidor Judas².
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¹ – A Igreja, a Reforma e a Civilização, Pe. Leonel Franca, Editora Agir, 1952.
² - Anecdotes and Examples Illustrating the Catechism, Rev. Francis Spirago, Roman Catholic Books, 1903.
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